O que antes era especula&ccedil;&atilde;o se tornou fato cient&iacute;fico. Segundo o estudo&nbsp;&quot;Sharing Without Clicking on News in Social Media&quot;&nbsp;(Compartilhar sem Clicar em Not&iacute;cias nas Redes Sociais), publicado na revista&nbsp;Nature&nbsp;de novembro,&nbsp;75% das pessoas compartilham not&iacute;cias nas redes sociais sem ler.

A pesquisa, realizada pela Universidade Estadual da Pensilv&acirc;nia, nos Estados Unidos,&nbsp;analisou dados de mais de 35 milh&otilde;es de publica&ccedil;&otilde;es na rede social Facebook&nbsp;entre 2017 e 2020.

O estudo, que contou com o apoio da&nbsp;Meta&nbsp;e do cons&oacute;rcio de pesquisa do Instituto de Ci&ecirc;ncias Sociais Quantitativas da Universidade de Harvard,&nbsp;apontou que a cada 10 pessoas, 7 compartilham not&iacute;cias sem ler de fato o conte&uacute;do.

O vi&eacute;s pol&iacute;tico das not&iacute;cias tamb&eacute;m foi considerado, verificando-se que as pessoas de ambas as pontas ideol&oacute;gicas n&atilde;o se deram ao trabalho de ler o que compartilharam.

Na pr&aacute;tica, os leitores de esquerda ou de direita apenas leram o t&iacute;tulo, independentemente do teor do conte&uacute;do, compartilhando-o nas redes para aumentar o engajamento.

Eugene Cho Snyder, um dos autores do estudo e professor assistente de humanidades e ci&ecirc;ncias sociais no New Jersey Institute of Technology, relatou em comunicado &agrave; imprensa que,&nbsp;quanto mais alinhado ao conte&uacute;do pol&iacute;tico a vis&atilde;o de mundo do usu&aacute;rio, mais esse conte&uacute;do era compartilhado sem a realiza&ccedil;&atilde;o de leitura pr&eacute;via&nbsp;da not&iacute;cia.

&ldquo;Eles est&atilde;o simplesmente encaminhando coisas que parecem concordar com sua ideologia pol&iacute;tica, sem perceber que, &agrave;s vezes, podem estar compartilhando informa&ccedil;&otilde;es falsas&rdquo;, explica Snyder.

Um dos principais motivos de comportamento, segundo o estudo, &eacute; o fato de as pessoas serem bombardeadas e sobrecarregadas com informa&ccedil;&otilde;es, sem parar para refletir sobre o conte&uacute;do e, muito menos, fazendo uma verifica&ccedil;&atilde;o prim&aacute;ria das not&iacute;cias, o que acaba gerando desinforma&ccedil;&atilde;o de forma involunt&aacute;ria.

&ldquo;Se as pessoas est&atilde;o compartilhando sem clicar, elas est&atilde;o propagando desinforma&ccedil;&atilde;o e, involuntariamente, contribuindo para campanhas encenadas por advers&aacute;rios hostis que tentam semear desuni&atilde;o e desconfian&ccedil;a&rdquo;, afirmou Shyam Sundar, principal autor da pesquisa.

Para Sundar, a solu&ccedil;&atilde;o para esse problema seria as plataformas de m&iacute;dias sociais criarem formas de desacelerar o compartilhamento veloz de conte&uacute;do, como, por exemplo, implementar uma etapa extra que exija a confirma&ccedil;&atilde;o de leitura do conte&uacute;do completo antes do repasse.

Com informa&ccedil;&otilde;es do SBT News

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Um homem está sendo investigado, suspeito de compartilhar e armazenar pornografia infantil, no município de Juazeiro, a 500 km de Salvador. A operação "Otaro", da Polícia Federal, que deu origem aos mandados de busca e apressão, ocorreu na última quinta-feira (14), mas só foi divulgada nesta segunda-feira (18/9).
Segundo os investigadores, os aparelhos eletrônicos estão relacionados a diversos crimes contra crianças e adolescentes no norte da Bahia. As ações ocorriam através do compartilhamento de vídeos e fotos destes jovens, através das redes sociais.
Os dispositivos cibernéticos apreendidos serão periciados a fim de confirmar os crimes e impedir a propagação do material. O suspeito responderá pelos crimes de armazenamento e de compartilhamento de material pornográfico infanto-juvenil. Se condenado, as penas somadas podem chegar a 10 anos de prisão.
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