Passados oito dias da opera&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Militar&nbsp;que acabou vitimando o subtenente Alberto Alves dos Santos e ferindo um sargento que estavam trabalhando como seguran&ccedil;as do candidato ao governo da Bahia, ACM Neto (UB), uma pergunta segue sem resposta: onde est&aacute; o traficante conhecido como &ldquo;Bui&uacute;&rdquo;.

Segundo a Secretaria de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica da Bahia (SSP-BA), a a&ccedil;&atilde;o do &uacute;ltimo dia 27/9, operada por agentes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE/Cacaueira) e 15&ordm; Batalh&atilde;o (BPM/Itabuna), tinha como alvo Andr&eacute; M&aacute;rcio de Jesus, apontado como l&iacute;der de uma fac&ccedil;&atilde;o criminosa de atua no estado.

Ele havia sido liberado do Pres&iacute;dio de Lauro de Freitas, na Regi&atilde;o Metropolitana de Salvador, em um &ldquo;said&atilde;o&rdquo; tempor&aacute;rio e se livrou da tornozeleira eletr&ocirc;nica. Depois,&nbsp;passou a ser monitorado pela PM.&nbsp;

Ap&oacute;s a Cipe/Cacaueira receber a informa&ccedil;&atilde;o de que Bui&uacute; estava em uma pousada em Itaju&iacute;pe, no Sul da Bahia, os militares foram ao local e teriam&nbsp;confundido&nbsp;os colegas de farda com bandidos. Al&eacute;m do sub Santos, o sargento Adeilton Rodrigues D&#39;Almeida foi baleado e hospitalizado.

Por meio de nota, a SSP da Bahia deu sua vers&atilde;o para o caso, dizendo que&nbsp;os seguran&ccedil;as do candidato atiraram contra as guarni&ccedil;&otilde;es que estavam trabalhando. &quot;Outros dois homens, que estavam armados, reagiram a tentativa de abordagem e atingiram dois soldados que estavam em servi&ccedil;o&quot;.

QUEM &Eacute; BUI&Uacute;?

Indiciado por tr&aacute;fico de drogas, Andr&eacute; M&aacute;rcio de Jesus coordena a fac&ccedil;&atilde;o Movimento Atitude Povo,&rdquo; bra&ccedil;o&rdquo; do PCC no Sul da Bahia, especificamente na regi&atilde;o de Porto Seguro. Al&eacute;m de tr&aacute;fico de drogas, ele ainda &eacute; respons&aacute;vel por ataques a bancos na mesma regi&atilde;o baiana. &nbsp;

&quot;Bui&uacute;&quot; chegou a integrar o Baralho do Crime da SSP, uma ferramenta l&uacute;dica que apresenta os homens e mulheres mais perigosos da Bahia. Ele era o &aacute;s de copas. Andr&eacute;&nbsp;havia sido preso em 2014, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em S&atilde;o Paulo, com mandados de pris&atilde;o em aberto por tr&aacute;fico e tentativa de homic&iacute;dio.

VERS&Atilde;O DO SARGENTO

O sargento D&rsquo;Almeida, ainda no hospital, gravou um v&iacute;deo afirmando que n&atilde;o houve troca de tiros e que teria sido baleado enquanto dormia. &quot;N&atilde;o sei se eu ca&iacute; no ch&atilde;o, se me joguei no ch&atilde;o... a&iacute; alguns policiais entraram, quebraram a janela e a porta e j&aacute; atiraram. [Disse] &#39;Sou pol&iacute;cia&#39; e ainda assim me alvejaram mais tr&ecirc;s vezes. A&iacute; me deixaram l&aacute;. Eu gritando &#39;eu sou pol&iacute;cia, me d&ecirc; socorro&#39;, mas n&atilde;o me deram, e sa&iacute; me arrastando at&eacute; a porta do quarto.&rdquo;, afirmou.

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O QUE DIZ ACM NETO

O candidato ACM Neto rebateu a vers&atilde;o da SSP e disse que n&atilde;o houve confronto algum. &quot;A vers&atilde;o do Comando-Geral da Pol&iacute;cia n&atilde;o &eacute; verdadeira. N&atilde;o houve confronto policial. Os policiais que sobreviveram est&atilde;o a&iacute; e j&aacute; se prenunciaram. Ao contr&aacute;rio: o subtenente foi brutalmente assassinado enquanto estava dormindo&rdquo;, afirmou Neto durante entrevista no vel&oacute;rio do militar.

Ele ainda afirmou que ir&aacute; interpelar uma a&ccedil;&atilde;o no Minist&eacute;rio P&uacute;blico da Bahia (MP-BA) para que a investiga&ccedil;&atilde;o seja conduzida pela Pol&iacute;cia Federal, de modo a garantir uma imparcialidade na apura&ccedil;&atilde;o dos fatos.

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