A taxa de desocupação no primeiro trimestre deste ano foi maior entre as mulheres, pretos e pardos. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) foram divulgados nesta quinta-feira (18/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a pesquisa, a taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 10,8%, enquanto entre os homens o índice foi de apenas 7,2%. “A taxa das mulheres é 50% maior do que a dos homens. Mas a gente vê que houve um aumento da taxa tanto para mulheres quanto para homens”, afirma a pesquisadora do IBGE Alessandra Brito.
No último trimestre de 2022, o índice de desocupação das mulheres era de 9,8% enquanto o dos homens era de 6,5%.
No recorte por cor ou raça, o IBGE verificou que a taxa de desocupação, no primeiro trimestre deste ano, era de 11,3% entre os que se autodeclaravam pretos, 10,1% entre os pardos e 6,8% entre os brancos.
“A maior taxa de desocupação entre mulheres e entre pessoas de cor preta e parda é um padrão estrutural do Brasil, que a pesquisa acaba refletindo. Essas populações também estão sub-representada na informalidade, se comparadas aos homens e às pessoas de cor branca”, explica Alessandra.
Também foi verificada uma taxa maior para aqueles que têm ensino médio incompleto (15,2%). A menor taxa foi encontrada nas pessoas com ensino superior completo (4,5%). Nos demais níveis de escolaridade, os índices foram os seguintes: sem instrução (6,7%), fundamental incompleto (8,7%), fundamental completo (10,1%), médio completo (9,9%) e superior incompleto (9,2%).
Na análise das faixas etárias, os mais jovens enfrentam maiores dificuldades em encontrar emprego. De 18 a 24 anos, a taxa de desocupação é de 18%. De 25 a 39 anos, a taxa cai para 8,2%. Na faixa de 40 a 59 anos, passa para 5,6%. E chega a 3,9% entre aqueles que têm mais de 60 anos.
*Agência Brasil
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O Congresso Nacional decidiu cortar R$ 1,76 bilh&atilde;o que seria destinado ao censo 2021, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE). Os censos demogr&aacute;ficos s&atilde;o a &uacute;nica forma de informa&ccedil;&atilde;o sobre a situa&ccedil;&atilde;o de vida da popula&ccedil;&atilde;o em cada um dos munic&iacute;pios e localidades do pa&iacute;s.&nbsp;

De acordo com a CNN, a previs&atilde;o anterior era de R$ 2 bilh&otilde;es para a realiza&ccedil;&atilde;o da pesquisa. Com o corte, sobraram apenas R$ 190,7 milh&otilde;es j&aacute; autorizados e outros R$ 50 milh&otilde;es, condicionados a proposta de cr&eacute;dito suplementar. Esse &uacute;ltimo valor ainda depende da autoriza&ccedil;&atilde;o do Congresso.

Em nota, o IBGE afirmou que o corte no or&ccedil;amento tornar&aacute; a realiza&ccedil;&atilde;o do censo invi&aacute;vel. &quot;O pa&iacute;s necessita das informa&ccedil;&otilde;es geradas pelo Censo, que s&atilde;o essenciais para subsidiar pol&iacute;ticas p&uacute;blicas em diversas &aacute;reas, especialmente em um contexto de pandemia, onde esses dados s&atilde;o estrat&eacute;gicos para o avan&ccedil;o da vacina&ccedil;&atilde;o e para o planejamento de infraestrutura em sa&uacute;de&quot;, diz trecho.

O censo &eacute; feito de 10 em 10 anos, nos anos terminados em 0, no entanto, foi adiado de 2020 para 2021 por conta da pandemia.

&quot;A defesa do Censo Demogr&aacute;fico &eacute; crucial n&atilde;o apenas para o pacto federativo, mas tamb&eacute;m para a gera&ccedil;&atilde;o de dados que permitam solucionar os enormes desafios impostos ao pa&iacute;s [...] Sem o Censo em 2021, as a&ccedil;&otilde;es governamentais p&oacute;s-pandemia ser&atilde;o fragilizadas pela aus&ecirc;ncia das informa&ccedil;&otilde;es que alicer&ccedil;am as pol&iacute;ticas p&uacute;blicas com impactos no territ&oacute;rio brasileiro, particularmente em seus munic&iacute;pios&quot;, defende, ainda, o IBGE.

O censo demogr&aacute;fico &eacute; realizado no Brasil desde 1872. Este ano, a pesquisa estava prevista para ir a campo entre 1&ordm; de agosto e 31 de outubro, visitando 72 milh&otilde;es de domic&iacute;lios brasileiros, em tr&ecirc;s meses. O trabalho iria contar, ainda, com a participa&ccedil;&atilde;o de mais de 200 mil pessoas trabalhando na coleta de dados e organiza&ccedil;&atilde;o. Os concursos que iriam selecionar os recenseadores estavam planejados para serem realizados em abril deste ano.

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