A fabricante chinesa de smartphones e acessórios Xiaomi resolveu investir também em um outro ramo do mercado industrial, o de automóveis elétricos. A empresa lançou nesta quinta-feira (28/12) o Xiaomi SU7, o primeiro automóvel do grupo que promete percorrer até 800 km sem recarregar a bateria veicular.

Segundo a CNN, o CEO do grupo chinês, Lei Jun, afirmou que nos próximos 15 a 20 anos, espera que a empresa esteja entre as maiores produtoras de veículos elétricos do planeta. “É um novo ponto de partida para a Xiaomi e estou convencido de que um dia, no futuro, haverá Xiaomis a circular em todas as estradas deste mundo.”

Apesar de não divulgar o preço do produto, espera-se que seja semelhante ao valor do SUV Aito M9, da empresa Huawei, que também produz celulares. O veículo, lançado na terça-feira (25/12) custa cerca de 66,5 mil dólares, algo em torno de R$ 322 mil.

Vale destacar que o Dolphin, carro da <a href="https://aratuon.com.br/economia/2023-10-09/complexo-da-byd-na-bahia-sera-o-maior-da-empresa-fora-da-china-veja-videos-do-projeto/" target="_blank" rel="noopener">empresa BYD</a>, que vai ocupar a planta industrial da Ford em Camaçari, custa cerca de R$ 149.800.

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Com a chegada da montadora chinesa de veículos elétricos BYD na Bahia, ocupando a fábrica deixada pela Ford, há uma expectativa sobre a absorção desses automóveis na sociedade baiana e, consequentemente, brasileira. Para além da geração de empregos e renda com a atividade fabril, a questão automotiva levanta debates quanto ao preço desses veículos e a aceitação deles pelos consumidores.

Atualmente, de acordo com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA), a Bahia possui mais de cinco milhões de carros. Desse total, apenas 923 são 100% elétricos, ou seja, 0,02% da frota. Outros 5.235 automóveis no estado são híbridos. Esses modelos poluem menos o meio ambiente por emitirem menos gases poluentes que os motores a combustão.

PROCESSO GRADUAL

Apesar da curiosidade e até euforia com os carros elétricos, haverá “um longo caminho” para “que o mercado passe a consumir naturalmente os veículos elétricos”, afirma o economista e especialista em finanças Edisio Freire, em entrevista para Aratu On.

Ele comentou ainda que a chegada da BYD em Camaçari é um ponto positivo para a expansão dos veículos elétricos no país. Apesar disso, é preciso que haja um amadurecimento da indústria, em geral, para que os preços fiquem mais acessíveis.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/economia/2023-07-04/temos-um-longo-caminho-ate-o-mercado-baiano-comprar-carros-eletricos-afirma-economista-apos-anuncio-de-nova-montadora-na-bahia/" target="_blank" rel="noopener">‘Temos um longo caminho até o mercado baiano comprar carros elétricos’, afirma economista após anúncio de nova montadora na Bahia</a>

ISENÇÃO DO IPVA

Uma estratégia que pode fazer com que haja uma aproximação desses modelos com o público é a isenção do Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA). De acordo com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, automóveis elétricos produzidos no estado e que custem até R$ 300 mil terão o imposto zerado.

“A intenção é que a gente possa enviar para a Assembleia Legislativa um projeto de lei que, para os próximos cinco anos, garanta uma isenção de 100% no IPVA de automóveis elétricos”, disse o petista.

Um dos pontos <a href="https://aratuon.com.br/economia/2023-07-06/reforma-tributaria-economista-impactos-proxima-decada/" target="_blank" rel="noopener">da atual reforma tributária</a> em tramitação no Congresso Nacional é o chamado “IPVA Ecologico”, onde veículos menos poluentes terão uma alíquota menor na cobrança do imposto.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/politica/2023-07-07/reforma-tributaria-byd/" target="_blank" rel="noopener">Reforma tributária inclui benefícios fiscais para BYD na Bahia</a>

Deputados estaduais baianos sugeriram na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) que houvesse a substituição da frota oficial por veículos da BYD. Apesar disso, o presidente da casa, Adolfo Menezes, pregou cautela com os gastos públicos, uma vez que, até o momento, o preço dos veículos é elevado.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/politica/2023-07-06/veiculos-byd-alba/" target="_blank" rel="noopener">Deputados sugerem aquisição de veículos da BYD para AL-BA; presidente pede cautela</a>

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O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, descartou qualquer risco de desabastecimento el&eacute;trico ou de apag&atilde;o no pa&iacute;s, por conta da crise h&iacute;drica dos reservat&oacute;rios. A fala foi nesta sexta-feira (3/23), durante a inaugura&ccedil;&atilde;o do novo laborat&oacute;rio do Centro de Pesquisas de Energia El&eacute;trica (Cepel) da Eletrobras, em Nova Igua&ccedil;u (RJ).

Segundo o gestor, tirando causas meteorol&oacute;gicas externas, n&atilde;o haver&aacute; racionamento por falta de energia. &ldquo;N&atilde;o h&aacute; hip&oacute;tese alguma de racionamento ou apag&atilde;o por falta de energia. Pode ser por conta de um raio, de uma tempestade, mas n&atilde;o por falta de energia. &Eacute; isto que n&oacute;s estamos trabalhando, h&aacute; mais de ano, para garantir aos consumidores brasileiros&rdquo;, afirmou o ministro.&nbsp;

Bento Albuquerque disse tamb&eacute;m que o pa&iacute;s atravessa a pior crise h&iacute;drica dos &uacute;ltimos 90 anos, com falta de chuvas sobre os principais reservat&oacute;rios, mas, para ele, o setor el&eacute;trico soube trabalhar e superar o problema. &ldquo;N&atilde;o h&aacute; risco de desabastecimento de energia de forma alguma, mas eu entendo que o uso racional da energia tem que fazer parte da nossa educa&ccedil;&atilde;o e da nossa cultura&quot;, ponderou.

USINA NUCLEAR

Em entrevista aos jornalistas ap&oacute;s a inaugura&ccedil;&atilde;o do laborat&oacute;rio, o ministro tamb&eacute;m falou sobre a possibilidade de constru&ccedil;&atilde;o de uma quarta usina nuclear no pa&iacute;s, que hoje tem Angra 1 e 2 e est&aacute; em vias de concluir Angra 3.

Ele n&atilde;o definiu onde seria constru&iacute;da a pr&oacute;xima usina, podendo ser na Regi&atilde;o Sudeste ou mesmo no Nordeste, mas frisou que ela ser&aacute; de uma nova gera&ccedil;&atilde;o, menor, mais eficiente e mais segura que as atuais. Segundo Albuquerque, o estudo sobre o assunto dever&aacute; estar pronto para ser apresentado no Plano Decenal, no in&iacute;cio de 2022.

CARROS EL&Eacute;TRICOS

O ministro falou tamb&eacute;m sobre a tend&ecirc;ncia de eletrifica&ccedil;&atilde;o da frota de ve&iacute;culos, que est&aacute; sendo acelerada em v&aacute;rios pa&iacute;ses, principalmente os europeus, pelas montadoras, que pretendem fabricar basicamente carros el&eacute;tricos entre 2025 e 2030. &ldquo;A eletrifica&ccedil;&atilde;o faz parte da realidade de cada pa&iacute;s. Um determinado pa&iacute;s pode dizer que ter&aacute; toda sua frota el&eacute;trica. Em um pa&iacute;s continental, como Brasil, &Iacute;ndia, China ou Estados Unidos, a eletrifica&ccedil;&atilde;o n&atilde;o ocorre em anos. Ela poder&aacute; ocorrer em d&eacute;cadas. O Brasil &eacute; privilegiado pela abund&acirc;ncia de fontes energ&eacute;ticas renov&aacute;veis e limpas. Temos o maior programa de bioenergia do mundo, que &eacute; baseado em biocombust&iacute;veis, e eles ser&atilde;o fundamentais&rdquo;, disse.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/coronavirus/noticia/coronavirus/orgao-estadual-aponta-risco-de-nova-onda-da-covid-19-na-bahia-se-ocorrerem-festejos-de-carnaval-pode-ameacar-todo-esforco-feito-ate-aqui" target="_blank">&Oacute;rg&atilde;o estadual aponta risco de nova onda da Covid-19 na Bahia se ocorrerem festejos de carnaval; &quot;pode amea&ccedil;ar todo esfor&ccedil;o feito at&eacute; aqui&quot;</a>

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