A posse do presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT), ocorrida no &uacute;ltimo domingo (1/1), em Bras&iacute;lia, ocasionou diversas mudan&ccedil;as no corpo da administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica do Pa&iacute;s. N&atilde;o somente na capital federal, mas tamb&eacute;m em Mato Grosso, onde uma prefeita abriu m&atilde;o do cargo por causa do petista.

Carmelinda Leal Martines Coelho (Uni&atilde;o Brasil) entregou nesta ter&ccedil;a-feira (3/1) sua carta de ren&uacute;ncia para os vereadores da C&acirc;mara Municipal de Carlinda, cidade que fica a 760 km de Cuiab&aacute;. No documento, ela afirma: &ldquo;Minhas convic&ccedil;&otilde;es pol&iacute;ticas me colocaram na contram&atilde;o da Administra&ccedil;&atilde;o que se inicia no dia 01/01/2023&rdquo;.

A gestora afirmou que devido ao &ldquo;desalinhamento&rdquo; entre suas vis&otilde;es e o que representa o atual presidente do pa&iacute;s, n&atilde;o tem &ldquo;for&ccedil;as para continuar dando o melhor&rdquo; na gest&atilde;o da prefeitura.

&Agrave; frente da cidade pelo seu segundo mandato, que iria at&eacute; 2024, ela afirma que apesar da tristeza em abdicar do cargo, sai &ldquo;com a sensa&ccedil;&atilde;o de dever cumprido&rdquo;. A C&acirc;mara de Vereadores da cidade aceitou o pedido e a prefeita ficar&aacute; no cargo at&eacute; o final de janeiro, quando seu vice assumir&aacute; o comando da cidade.

Aos 43 anos, Carmelinda foi a primeira prefeita a assumir o comando de Carlinda, em 2016, ap&oacute;s receber 4036 votos. Na elei&ccedil;&atilde;o seguinte, em 2020, se reelegeu com 4646 votos. A cidade tem cerca de 10.094 habitantes, segundo estimativa do IBGE.

CONFIRA O DOCUMENTO

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A prefeita do munic&iacute;pio de Carlinda, no interior do Mato Grosso, deve deixar o cargo. Carmelinda Coelho (Uni&atilde;o), disse, em entrevista, que vai renunciar ao cargo de gestora municipal por conta da elei&ccedil;&atilde;o de Lula (PT) para presidente do Brasil.

Ela informou ao jornal Gazeta Digital que decidiu abdicar da fun&ccedil;&atilde;o por n&atilde;o aceitar a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) no 2&ordm; turno das elei&ccedil;&otilde;es presidenciais. O vice-prefeito da cidade, Padre Fernando de Oliveira Ribeiro, vai assumir o cargo.

&nbsp;Carmelinda disse que tomou a decis&atilde;o por n&atilde;o compactuar com a &quot;ideologia&quot; do presidente eleito. &nbsp;&quot;Vou renunciar ao meu cargo, sim. J&aacute; pedi para os meus secret&aacute;rios organizarem todas as pastas, deixar tudo certo. Eu n&atilde;o compactuo com a ideologia que o presidente eleito tem. Por eu ser uma pessoa que falo o que penso e por estar ainda em um pa&iacute;s democr&aacute;tico, ainda democr&aacute;tico&quot;, disse.

A prefeita ainda explicou que deixar&aacute; a fun&ccedil;&atilde;o por temer ser penalizada. &quot;Todos sabem que n&oacute;s, do munic&iacute;pio, temos que cumprir leis federais. Se caso tiver uma lei contr&aacute;ria a minha ideia, eu n&atilde;o vou cumprir e se eu n&atilde;o for cumprir, eu vou ser penalizada. Para que a minha fam&iacute;lia n&atilde;o sofra com isso, eu vou entregar o meu mandato e seguir como qualquer cidad&atilde;o&quot;, completou.

Carmelinda foi eleita prefeita em 2020 com 4.646 votos, ou 90,16% dos eleitores. &quot;Diante do meu perfil, do jeito que eu sou, se eu continuar, irei prejudicar a minha fam&iacute;lia e os meus amigos&rdquo;, alegou.

Em entrevista ao portal Primeira P&aacute;gina,&nbsp;o presidente da C&acirc;mara Municipal, Jos&eacute; Henrique Bertpaglia (Uni&atilde;o Brasil), explicou que&nbsp;a prefeita ainda n&atilde;o oficializou a ren&uacute;ncia, e a C&acirc;mara ainda n&atilde;o recebeu nenhum comunicado oficial por parte dela at&eacute; o momento. Mesmo assim, ele diz que apoia a decis&atilde;o da gestora e que, quando for protocolada, ele ir&aacute; aceitar.

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