O papa Francisco, que enfrenta as dificuldades da idade e n&atilde;o descarta a possibilidade de renunciar por motivos de sa&uacute;de, prepara sua sucess&atilde;o com a posse, no s&aacute;bado, de 20 novos cardeais, 16 deles com direito a voto no conclave para a elei&ccedil;&atilde;o. A informa&ccedil;&atilde;o foi publicada nesta quinta-feira (25/8), pelo Uol.

O pont&iacute;fice de 85 anos convocou todos os cardeais do mundo para uma reuni&atilde;o in&eacute;dita de dois dias, que acontecer&aacute; ap&oacute;s a &quot;cria&ccedil;&atilde;o&quot;, o termo religioso relacionado&nbsp;aos 20 novos &quot;pr&iacute;ncipes da Igreja&quot;. A cerim&ocirc;nia de posse dos novos cardeais acontecer&aacute;&nbsp;no s&aacute;bado (27/8), a partir das 11h, de Bras&iacute;lia, durante uma cerim&ocirc;nia solene na bas&iacute;lica de S&atilde;o Pedro.

Ainda de acordo com a publica&ccedil;&atilde;o, dedicada &agrave; reforma da Constitui&ccedil;&atilde;o Pontif&iacute;cia, aprovada em mar&ccedil;o e em vigor desde 5 de junho, a convoca&ccedil;&atilde;o de quase 300 cardeais &eacute; uma esp&eacute;cie de pr&eacute;-conclave, durante o qual ser&aacute; feito um balan&ccedil;o da situa&ccedil;&atilde;o da Igreja ap&oacute;s quase 10 anos de lideran&ccedil;a do papa latino-americano.

A reuni&atilde;o, ressaltou o Uol, provocou muitas especula&ccedil;&otilde;es, em particular sobre o estado de sa&uacute;de do papa, que passou por uma cirurgia no c&oacute;lon em 2021 e sofre com dores no joelho direito que o impedem de caminhar e o obrigam a usar uma cadeira de rodas.

Francisco n&atilde;o descartou a possibilidade de renunciar diante das dificuldades de sa&uacute;de, como admitiu no fim de julho aos jornalistas que acompanharam sua viagem ao Canad&aacute;. &quot;Mudar de papa n&atilde;o seria uma cat&aacute;strofe&quot;, declarou, antes de explicar: &quot;N&atilde;o pensei nesta possibilidade, mas isto n&atilde;o quer dizer que depois de amanh&atilde; n&atilde;o vou pensar&quot;.&nbsp;

Com a posse dos novos cardeais, Francisco inclui na lista de poss&iacute;veis sucessores religiosos procedentes das periferias do mundo, certamente mais abertos, menos acostumados &agrave;s intrigas da C&uacute;ria Romana.

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O papa Francisco decidiu revogar privil&eacute;gios de bispos e cardeais que trabalham no Vaticano. Com a determina&ccedil;&atilde;o, essas duas categorias ser&atilde;o julgadas pelo mesmo tribunal comum que analisa outros casos criminai, e n&atilde;o mais por um painel de prelados de elite. A informa&ccedil;&atilde;o foi divulgada nesta &uacute;ltima sexta (30/4).

Na decis&atilde;o, Francisco emitiu um decreto revogando uma cl&aacute;usula no C&oacute;digo Penal Civil do Vaticano, segundo o qual bispos e cardeais eram julgados apenas pelo Tribunal de Cassa&ccedil;&atilde;o, um &oacute;rg&atilde;o superior formado por cardeais e outros cl&eacute;rigos de alto escal&atilde;o. No entanto, foi observando, nos &uacute;ltimos anos, que pessoas de fora da igreja, pegas em investiga&ccedil;&otilde;es criminais, foram julgadas e condenadas pelo tribunal comum (composto por n&atilde;o cl&eacute;rigos), emquanto que cardeais envolvidos nos mesmos casos n&atilde;o foram julgados ou receberam tratamento especial.

No decreto, o papa Francisco pontuou que o direito civil dentro do Vaticano deve ser &quot;sem privil&eacute;gios de tempos atr&aacute;s&quot; e que n&atilde;o est&aacute; mais em &quot;conson&acirc;ncia&quot; com as responsabilidades individuais. O papa ainda ter&aacute; que aprovar o in&iacute;cio de qualquer investiga&ccedil;&atilde;o ou julgamento.

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