O deputado Osni Cardoso (PT-BA) apresentou indica&ccedil;&atilde;o de um projeto na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), solicitando que pacientes oncol&oacute;gicos sejam inclu&iacute;dos nos grupos priorit&aacute;rios da vacina&ccedil;&atilde;o contra a Covid-19 no estado. No documento, Cardoso explica que, por estarem com o sistema imunol&oacute;gico fragilizado, esse grupo est&aacute; mais propenso a adquirir a doen&ccedil;a.

&quot;Nosso objetivo &eacute; preservar vidas. Internacionalmente j&aacute; foi recomendado que pacientes oncol&oacute;gicos sejam priorizados. Um estudo divulgado pela Associa&ccedil;&atilde;o Americana para Pesquisa do C&acirc;ncer mostrou que os portadores da doen&ccedil;a t&ecirc;m taxa de mortalidade maior do que outros grupos&quot;, justificou o deputado. Al&eacute;m disso, pacientes oncol&oacute;gicos est&atilde;o em constante acompanhamento m&eacute;dico, sendo necess&aacute;ria a ida aos hospitais e, dessa forma, ficam mais expostos ao v&iacute;rus.

Em fevereiro deste ano, a Sociedade Brasileira de Oncologia Cl&iacute;nica (SBOC) enviou uma carta ao Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, tamb&eacute;m pedindo a inclus&atilde;o de pacientes oncol&oacute;gicos nos grupos com prioridade da campanha de vacina&ccedil;&atilde;o. O documento citou as evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas de que portadores de c&acirc;ncer s&atilde;o mais vulner&aacute;veis aos riscos de complica&ccedil;&otilde;es ocasionadas pelo novo coronav&iacute;rus.

O Plano Nacional de Operacionaliza&ccedil;&atilde;o da Vacina deixou de fora o grupo de pacientes com c&acirc;ncer, nas edi&ccedil;&otilde;es publicadas nos dias 22 e 29 de janeiro. Ele passou a incluir, na descri&ccedil;&atilde;o do grupo de imunossuprimidos, os pacientes oncol&oacute;gicos que realizaram tratamento quimioter&aacute;pico ou radioter&aacute;pico nos &uacute;ltimos seis meses e aqueles com neoplasias hematol&oacute;gicas.

A Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial de Sa&uacute;de (OMS), baseada na literatura cient&iacute;fica produzida ao longo do enfrentamento da pandemia ao redor do mundo, tamb&eacute;m classifica o paciente oncol&oacute;gico no grupo de risco para complica&ccedil;&otilde;es da Covid-19, independentemente do tipo da doen&ccedil;a e das circunst&acirc;ncias do tratamento. Outro estudo, desta vez brasileiro e publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO), diz que a taxa de mortalidade da doen&ccedil;a, entre pacientes com c&acirc;ncer, &eacute; de 16,7%, seis vezes mais que o &iacute;ndice global, que &eacute; de 2,4%.

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