O Esporte Clube Vit&oacute;ria lamentou a morte do designer Filipe Oliveira, de 23 anos, nesta ter&ccedil;a-feira (12/11). O profissional trabalhava no clube desde 2021 e lutava contra um c&acirc;ncer de pulm&atilde;o desde o ajo passado.

Em nota de pesar, o Rubro-Negro baiano destacou a rela&ccedil;&atilde;o que o&nbsp;jovem &#39;Felphs&#39;, como era conhecido, tinha com o time.&nbsp;

Nas redes sociais, amigos e torcedores lamentaram o falecimento de Felphs. Fotografo do clube, Victor Ferreira escreveu: &quot;Tenho certeza que voc&ecirc; vai t&aacute; com a gente sempre. Descanse em paz, meu irm&atilde;o&quot;. Ex-jogador do Le&atilde;o, Dudu Cearense publicou: &quot;Meu sentimentos, que Deus conforte toda fam&iacute;lia&quot;.

CONFIRA A NOTA DO CLUBE&nbsp;

&quot;O Esporte Clube Vit&oacute;ria lamenta profundamente o falecimento de Filipe Oliveira (carinhosamente conhecido como Felphs), designer do clube desde 2021.

Felphs sempre foi rubro-negro de cora&ccedil;&atilde;o e lutava contra o c&acirc;ncer no pulm&atilde;o desde dezembro de 2023.

Rubro-negro &eacute; a cor da luta, e voc&ecirc; lutou bravamente enquanto p&ocirc;de!

Desejamos for&ccedil;as aos familiares, amigos e a todos n&oacute;s que sentiremos falta da sua energia e positividade em nosso dia a dia.&quot;

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Um estudo realizado pela American Lung Association, uma organização voluntária de saúde, mostrou que o número de mulheres jovens com câncer de pulmão cresceu 84% nos últimos 42 anos. No entanto, 20% das pacientes não são nem nunca foram fumantes. O número cai 36% em relação aos homens, que vêm sendo menos acometidos pela doença nos últimos anos.
A equipe de reportagem da TV Aratu conversou com Josilane Amorim, que é Assistente Social e foi diagnosticada com a doença em outubro de 2021. Após passar por uma cirurgia, ela se submeteu a sessões de quimioterapia, mas não obteve o resultado esperado. Por isso, precisou recorrer a outro medicamento.
"Após seis sessões, eu não obtive um resultado tão satisfatório e comecei a usar outra medicação, que é a 'quimio' que eu faço até hoje", disse.
Em busca de qualidade de vida, além do tratamento médico, Josilane também pratica regularmente atividade física e dança. A sua luta contra a doença, porém, começou cedo. Isso porque, 10 anos antes, a assistente social descobriu um Câncer de Mama.
"Eu dizia: 'Se eu tiver que morrer, farei isso lutando!'. Eu comecei a planejar a minha vida, porque meu sonho era ser professora no curso de Serviço Social. Então, eu comecei a planejar a minha vida para esses cinco anos", concluiu.
HISTÓRICO
Ao Cidade Aratu, programa da TV Aratu, a oncologista Samira Mascarenhas fez uma análise a respeito do que pode estar motivando o crescimento da doença entre as mulheres e a queda de casos entre os homens.
"Esse dado é muito interessante, porque ele acompanha, também, a história do tabagismo com a libertação feminina. Se a gente for olhar, o homem começa a fumar historicamente mais cedo, enquanto que a mulher fuma depois. Então, a gente tem o pico de incidência de câncer de pulmão mais tardio na mulher. O que tem nos preocupado mais recentemente, que foi chamada a atenção na reportagem, é o número de mulheres abaixo de 50 anos, não fumantes, que vem crescendo nas estatísticas da doença. O que pode explicar isso? Será que é a exposição, ou mesmo ser uma fumante passiva? Qualquer exposição aumenta o risco. Será que a mulher é mais sensível? Essas são perguntas importantes e a gente vem estudando", inicia.
"Um ponto interessante é que a poluição ambiental entra, hoje em dia, como um fator muito importante no desenviolamento da neoplasia de pulmão. Os brônquios estão em contato direto com o ar. Então, esse é um fator de extrema importância", finaliza.
ASSISTA À REPORTAGEM COMPLETA 
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Para cada ano do trimestre 2023-2025, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 704 mil casos novos de câncer no Brasil. Desses, cerca de 32 mil diagnósticos são de câncer de pulmão, terceiro em incidência nos homens e quarto nas mulheres.
Em todo o mundo, mais de 600 mil mulheres morrem de câncer de pulmão a cada ano e pelo menos uma em cada 17 deve apresentar a doença nos próximos anos. Embora, no geral, tenha havido reduções significativas na taxa de diagnósticos deste tipo de tumor ao longo do tempo para todas as idades e sexos, nos últimos anos os casos confirmados da doença têm crescido entre as mulheres mais jovens.
Diferente do que acontecia no passado, quando o câncer de pulmão era visto como uma doença de homens fumantes, essa realidade está mudando. Segundo a American Lung Association, os diagnósticos aumentaram surpreendentes 84% entre as mulheres nos últimos 42 anos, enquanto caíram 36% entre os homens no mesmo período. Quebrando paradigmas, aproximadamente 20% das mulheres diagnosticadas com câncer de pulmão hoje não são nem nunca foram fumantes. Média bem acima dos homens, já que apenas um em cada 12 pacientes do sexo masculino com a doença nunca fumou.
Segundo a oncologista Samira Mascarenhas, apesar dos homens ainda representarem a maioria dos diagnósticos, a diferença de gênero está diminuindo, com a mira da doença aparentemente voltada para as mulheres sem nenhuma razão comportamental óbvia:
"Possíveis causas, como alterações hormonais, exposição passiva, exposição ambiental e mais suscetibilidade genética estão sendo estudadas, mas ainda não há certezas quanto à origem do aumento deste tipo de tumor em mulheres abaixo dos 60 anos de idade", disse a especialista, coautora do estudo "Perfil genômico abrangente de pacientes brasileiros com câncer de pulmão de células não pequenas".
Em cerca de 85% dos casos, o tumor de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. Por isso, mulheres que fumam, são ex-fumantes ou convivem com uma pessoa fumante devem conversar com seu médico para saber se são elegíveis para exames anuais de tomografia computadorizada de baixa dose voltados para rastreamento da doença, já que identificar a lesão precoce aumenta muito as chances de cura.
"As que não preenchem o critério para rastreamento não precisam se apavorar, pois apesar do aumento da incidência em não fumantes, não estamos vivendo uma epidemia e não há motivos no momento para realização de exames na população geral", frisou a oncologista. Quem fuma deve procurar assistência médica para cessar o vício o quanto antes.
Ainda segundo a oncologista, as estatísticas revelam que muitas jovens adolescentes fumam. Este é um problema real, dadas as taxas de câncer de pulmão em ex-fumantes. "As famílias devem fazer todo esforço possível para impedir o fumo, ainda que experimental ou casualmente", sugeriu.
Além do tabagismo e da exposição passiva ao tabaco, são fatores de risco a doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose pulmonar; exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, história familiar de câncer de pulmão ou de alguns outros tipos de câncer e contato prolongado do paciente com alguns agentes, como urânio, cromo, radônio e sílica.
SINTOMAS
O câncer de pulmão em estágio inicial raramente apresenta sintomas, mas podem ocorrer tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, rouquidão, piora da falta de ar, perda de peso e de apetite, pneumonia recorrente, bronquite, cansaço e/ou fraqueza.
A detecção do tumor pode ser feita por meio de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença ou por meio de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas, mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
O tratamento requer a participação de um grupo multidisciplinar. Para os pacientes com doença localizada sem linfonodo (gânglio) aumentado (íngua) na região entre os dois pulmões (mediastino), o tratamento é cirúrgico, seguido ou não de quimioterapia e/ou radioterapia.
Para aqueles com doença localizada no pulmão e nos linfonodos, o tratamento é feito com radioterapia e quimioterapia ao mesmo tempo. "Em pacientes que apresentam metástases, o papel da personalização do tratamento é fundamental, sendo possível incluir imunoterapia, droga-alvo, combinação de imunoterapia com quimioterapia ou até mesmo quimioterapia isolada", destacou Samira Mascarenhas.

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