O mutir&atilde;o online criado pelo Hospital Aristides Maltez (HAM), em Salvador, para agilizar o atendimento de mulheres com suspeita de c&acirc;ncer no ov&aacute;rio, colo do &uacute;tero, vulva e endom&eacute;trio segue de forma intensiva.
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<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/75bc12c7-7da9-471b-8994-64642dcd976a.webp?width=960&amp;height=502" alt="Hospital Aristides Maltez. Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o | Sesab">
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As atividades visam facilitar a matricula das pacientes &nbsp;e agilizar a triagem para iniciar o tratamento. O m&eacute;dico Paulo Henrique Zanvetor, chefe do setor de ginecologia do HAM disse que n&atilde;o precisa ter bi&oacute;psia, &nbsp;basta ter um relat&oacute;rio m&eacute;dico ou resultado de algum exame ou com confirma&ccedil;&atilde;o do c&acirc;ncer para ser matriculada e iniciar o tratamento.
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Esta a&ccedil;&atilde;o come&ccedil;ou no inicio de julho e at&eacute; o momento 70 mulheres j&aacute; foram matriculadas e est&atilde;o sendo acompanhadas pela equipe de especialistas do hospital. Inicialmente o objetivo e chegar a 100 pacientes, mas &nbsp;segundo a m&eacute;dica Maria Romilda Maltez, presidente da Liga Bahiana Contra o C&acirc;ncer o projeto prev&ecirc; extens&atilde;o caso haja uma grande procura.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/b7da05ce-b362-46c0-b6cd-e8725c2236b5.jpg?width=800&amp;height=518" alt="Foto: Ilustra&ccedil;&atilde;o | Instituto Femina">
Para participar do mutir&atilde;o online, basta enviar os resultados dos exames, cart&atilde;o do SUS, c&oacute;pia do RG e de comprovante de endere&ccedil;o. A documenta&ccedil;&atilde;o passar&aacute; por an&aacute;lise e, depois de matriculadas, as pacientes ser&atilde;o chamadas para consulta e avalia&ccedil;&atilde;o presencial.
O email para enviar os documentos &eacute; buscaativa@aristidesmaltez.org.br.&nbsp;&ldquo;Esse mutir&atilde;o oline &nbsp;&eacute; para agilizar &nbsp;o procedimento de matricula e apressar o inicio do tratamento&rdquo;, disse Paulo Henrique Zanvetor.
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Mulheres negras, mulheres com baixa escolaridade e mulheres da Regi&atilde;o Norte s&atilde;o as mais acometidas pelo c&acirc;ncer do colo do &uacute;tero. As informa&ccedil;&otilde;es est&atilde;o na info.oncollect, publica&ccedil;&atilde;o in&eacute;dita da Funda&ccedil;&atilde;o do C&acirc;ncer, divulgada nesta sexta-feira (25/11). O boletim busca chamar aten&ccedil;&atilde;o para a incid&ecirc;ncia da doen&ccedil;a que, segundo especialistas, pode ser evitada e at&eacute; mesmo erradicada do Brasil com vacina e exames preventivos. As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o da Ag&ecirc;ncia Brasil.

Segundo o boletim, o c&acirc;ncer do colo do &uacute;tero, em sua forma mais grave, acomete 49 a cada 100 mil mulheres no Brasil. Considerada apenas a Regi&atilde;o Norte, a incid&ecirc;ncia &eacute; maior: 79 a cada 100 mil mulheres, a maior taxa do pa&iacute;s. A Regi&atilde;o Sudeste registra a menor incid&ecirc;ncia: 36 a cada 100 mil mulheres.

Entre os casos analisados, mais de 60% eram em mulheres negras e cerca da metade, em mulheres com baixa escolaridade. Considerada apenas a forma mais grave do c&acirc;ncer, 62% dos casos foram registrados em mulheres com baixa escolaridade. O boletim usa dados populacionais e registros de mais de 300 hospitais do pa&iacute;s de 2005 a 2019.

Em todo o pa&iacute;s, oito a cada 100 mil mulheres morrem em decorr&ecirc;ncia desse c&acirc;ncer, segundo dados de 2015 a 2020. Na Regi&atilde;o Norte, o n&uacute;mero &eacute; maior, 15 a cada 100 mil mulheres, enquanto na Regi&atilde;o Sudeste cai para aproximadamente 6 mulheres a cada 100 mil.

SINTOMAS

A principal causa do c&acirc;ncer do colo do &uacute;tero, segundo o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, &eacute; a infec&ccedil;&atilde;o por alguns tipos de v&iacute;rus chamados Papiloma V&iacute;rus Humano (HPV). Trata-se de um tipo de c&acirc;ncer que demora muitos anos para se desenvolver. As altera&ccedil;&otilde;es das c&eacute;lulas que d&atilde;o origem a este c&acirc;ncer s&atilde;o, no entanto, facilmente descobertas no exame preventivo. Conforme a doen&ccedil;a avan&ccedil;a, os principais sintomas s&atilde;o sangramento vaginal, corrimento e dor.

Para evitar a doen&ccedil;a, a principal recomenda&ccedil;&atilde;o, para todas as mulheres que j&aacute; tiveram rela&ccedil;&atilde;o sexual, especialmente as que t&ecirc;m entre 25 e 59 anos, &eacute; fazer o exame preventivo, o chamado Papanicolau, que &eacute; a coleta da secre&ccedil;&atilde;o do colo do &uacute;tero, utilizando esp&aacute;tula e escovinha. O material &eacute; colocado em uma l&acirc;mina de vidro para ser examinado posteriormente em um microsc&oacute;pio.

As les&otilde;es que precedem o c&acirc;ncer do colo do &uacute;tero n&atilde;o t&ecirc;m sintomas, mas podem ser descobertas por meio do Papanicolau. Quando o c&acirc;ncer &eacute; diagnosticado na fase inicial, as chances de cura s&atilde;o de 100%.

Al&eacute;m dos exames, a vacina&ccedil;&atilde;o &eacute; uma forma de combater a doen&ccedil;a. A vacina contra o HPV, &eacute; ofertada gratuitamente pelo Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) nos postos de sa&uacute;de. Ela &eacute; voltada para meninos e meninas de 9 a 14 anos de idade. Podem tamb&eacute;m se vacinar homens e mulheres imunossuprimidos, de 9 a 45 anos, que vivem com HIV/aids, transplantados de &oacute;rg&atilde;os s&oacute;lidos ou medula &oacute;ssea e pacientes oncol&oacute;gicos.

Segundo o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, a vacina&ccedil;&atilde;o contra o HPV em adolescentes &eacute; adotada em mais de 100 pa&iacute;ses. Em v&aacute;rios desses pa&iacute;ses, existem estudos de impacto dessa estrat&eacute;gia com resultados positivos na preven&ccedil;&atilde;o e redu&ccedil;&atilde;o das doen&ccedil;as ocasionadas pelo v&iacute;rus, como c&acirc;ncer de colo de &uacute;tero, vulva, vagina, regi&atilde;o anal, p&ecirc;nis e orofaringe.

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