Colorindo as ruas do Circuito Osmar, em Campo Grande, a banda Yay&aacute; Muxima liderou um bloco nesta ter&ccedil;a-feira (4) de<a href="https://aratuon.com.br/secao/carnaval-2025" target="_blank" rel="noopener"> Carnaval de Salvador</a> com o tema &ldquo;Metamorfose - Tambor Faz o Mundo Vibrar&rdquo;.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/e1c9975e-abb9-48b9-9b05-faa1a759dd3f.jpeg?width=1600&amp;height=1200" alt="A banda Y&aacute;y&aacute; Muxima &eacute; composto exclusivamente por mulheres percussionistas. Foto: Ananda Costa / Aratu ON">
O<a href="https://aratuon.com.br/carnaval/bloco-da-saudade-relembra-tradicao-dos-velhos-carnavais-da-bahia" target="_blank" rel="noopener"> tema faz refer&ecirc;ncia </a>ao mito africano em que Oy&aacute; se transforma em uma borboleta. &ldquo;Na avenida, nossa terceira ala representa a vibra&ccedil;&atilde;o do tambor ao imprimir ritmos nos corpos das mulheres&rdquo;, explicou a banda.
A Yay&aacute; Muxima tem sua <a href="https://aratuon.com.br/carnaval/festival-batuquere-busca-fortalecimento-dos-blocos-afros-em-2026" target="_blank" rel="noopener">base musical fundamentada no samba-reggae</a>. Idealizada pela percussionista e pesquisadora V&iacute;viam Caroline, o grupo feminino carrega consigo uma hist&oacute;ria de representatividade, diversidade musical e luta contra a viol&ecirc;ncia cultural dirigida &agrave;s mulheres.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/cb0f85ea-b47e-4c23-8bed-73940269624e.jpeg?width=1200&amp;height=1600" alt="Foto: Ananda Costa / Aratu ON">
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/carnaval/galinho-invade-o-carnaval-e-confirma-edicao-de-2025-com-surpresas" target="_blank" rel="noopener">Galinho invade o Carnaval e confirma edi&ccedil;&atilde;o de 2025 com surpresas</a>

Para o pr&oacute;ximo <a href="https://aratuon.com.br/secao/carnaval-2025" target="_blank" rel="noopener">Carnaval</a>, em 2026, os blocos afros da Bahia ter&atilde;o um novo espa&ccedil;o de fortalecimento com a realiza&ccedil;&atilde;o do Festival Batuquer&ecirc;. Mais do que um desfile no circuito Ondina-Barra, o festival se apresenta como um movimento cont&iacute;nuo de valoriza&ccedil;&atilde;o e visibilidade para os <a href="https://aratuon.com.br/carnaval/bloco-afro-os-negoes-homenageia-mestre-moa-do-katende-no-carnaval" target="_blank" rel="noopener">blocos afros</a>, com a&ccedil;&otilde;es estruturadas que come&ccedil;am j&aacute; neste Carnaval.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/e48e254e-927e-4b1d-b06b-00649c621f67.jpg?width=1024&amp;height=683" alt="Ao longo do ano, membros dos blocos afro passar&atilde;o por acompanhamento e capacita&ccedil;&atilde;o. Foto: Secom Pms">
O an&uacute;ncio foi feito nesta ter&ccedil;a-feira (25), em coletiva de imprensa no Il&ecirc; Aiy&ecirc;, onde foram detalhadas as primeiras iniciativas do Batuquer&ecirc;. Durante a folia de 2025, cada bloco ter&aacute; um suporte de comunica&ccedil;&atilde;o online e offline para ampliar a presen&ccedil;a dos blocos afros na m&iacute;dia, garantindo espa&ccedil;o na cobertura jornal&iacute;stica para aqueles que n&atilde;o possuem assessoria de imprensa.
O Batuquer&ecirc; tamb&eacute;m inicia um planejamento anual de qualifica&ccedil;&atilde;o profissional, voltado para a forma&ccedil;&atilde;o de jovens das comunidades dos blocos afros em &aacute;reas estrat&eacute;gicas do mercado cultural. &nbsp;O festival realizar&aacute; oficinas de forma&ccedil;&atilde;o ao longo do ano, abrangendo temas como: &nbsp;&bull; T&eacute;cnico de Som &ndash; Capta&ccedil;&atilde;o, opera&ccedil;&atilde;o e mixagem de &aacute;udio. &nbsp;&bull; Roadie &ndash; Montagem, manuten&ccedil;&atilde;o e suporte t&eacute;cnico para eventos. &nbsp;&bull; Audiovisual &ndash; Filmagem, edi&ccedil;&atilde;o e produ&ccedil;&atilde;o de conte&uacute;do cultural. &nbsp;&bull; Consci&ecirc;ncia e Letramento Racial &ndash; Reflex&otilde;es sobre identidade, representatividade e hist&oacute;ria afro-brasileira.
Outra iniciativa ser&aacute; a Oficina de Conscientiza&ccedil;&atilde;o sobre Limpeza das Praias e Preserva&ccedil;&atilde;o Marinha, promovida em parceria com o Projeto Baleia Jubarte.
<h3>Blocos afros como patrim&ocirc;nio cultural</h3>
Durante a coletiva, foi refor&ccedil;ada a necessidade de reconhecimento oficial dos blocos afros como Patrim&ocirc;nio Cultural Imaterial da Bahia, seguindo o exemplo do Rio de Janeiro, onde os blocos afros j&aacute; conquistaram esse status.
&ldquo;Esse festival &eacute; um ponto de partida para um movimento muito maior. Os blocos afros s&atilde;o a base da nossa identidade cultural, e o Batuquer&ecirc; chega para garantir que essa hist&oacute;ria continue sendo contada, com mais estrutura, mais oportunidades e mais visibilidade&rdquo; &ndash; destacou Alberto Pitta, fundador <a href="https://aratuon.com.br/cultura/ensaio-do-cortejo-afro-tera-marcia-castro-e-emanuelle-araujo" target="_blank" rel="noopener">do Cortejo Afro</a>.
Para os organizadores do festival, a iniciativa representa um avan&ccedil;o na luta por maior reconhecimento e apoio ao legado dos blocos afros na constru&ccedil;&atilde;o do Carnaval da Bahia.
&ldquo;Esse projeto tem a ver com a ressignifica&ccedil;&atilde;o de um momento que sempre esperamos. O Batuquer&ecirc; chega para reafirmar a for&ccedil;a e a resist&ecirc;ncia do nosso povo&rdquo; &ndash; afirmou Jorge Araujo, presidente do Mal&ecirc; Debal&ecirc; e Presidente da Liga dos Blocos Afros.
O Festival Batuquer&ecirc; contar&aacute; com a participa&ccedil;&atilde;o de oito blocos tradicionais da cultura afro-baiana, cada um com uma hist&oacute;ria rica de resist&ecirc;ncia e express&atilde;o cultural:
 1. Cortejo Afro &ndash; Um dos blocos mais emblem&aacute;ticos de Salvador, o Cortejo Afro &eacute; reconhecido por sua ousadia em levar &agrave; rua a riqueza das manifesta&ccedil;&otilde;es culturais negras, unindo m&uacute;sica, dan&ccedil;a e tradi&ccedil;&atilde;o com temas contempor&acirc;neos.
 2. Did&aacute; &ndash; Fundado por mulheres, o Bloco Dida &eacute; uma das principais express&otilde;es da cultura afro-feminina, com &ecirc;nfase no protagonismo negro e nas dan&ccedil;as tradicionais.
 3. Bankoma &ndash; O Bankoma representa a for&ccedil;a das tradi&ccedil;&otilde;es africanas e o movimento de reafirma&ccedil;&atilde;o da cultura afro-brasileira, com foco na preserva&ccedil;&atilde;o de ritmos e dan&ccedil;as.
 4. Mal&ecirc; Debal&ecirc; &ndash; O Mal&ecirc; Debal&ecirc; &eacute; um dos blocos mais tradicionais, com uma hist&oacute;ria marcada pela luta e resist&ecirc;ncia dos negros na Bahia, trazendo em suas m&uacute;sicas e dan&ccedil;as a mem&oacute;ria de Zumbi dos Palmares e a luta pela liberdade.
 5. Apaxes do Toror&oacute; &ndash; Focado na valoriza&ccedil;&atilde;o das tradi&ccedil;&otilde;es negras e nos festejos de rua, o Apaxes do Toror&oacute; &eacute; conhecido por sua energia contagiante e por manter vivas as ra&iacute;zes culturais dos afrodescendentes.
 6. Bloc&atilde;o da Liberdade &ndash; O Bloc&atilde;o da Liberdade &eacute; um dos maiores blocos afros da Bahia, com uma trajet&oacute;ria de resist&ecirc;ncia e for&ccedil;a no movimento cultural, resgatando a mem&oacute;ria dos negros e celebrando sua hist&oacute;ria.
7. Bloco da Capoeira &ndash; Esse bloco &eacute; um marco na preserva&ccedil;&atilde;o da capoeira como manifesta&ccedil;&atilde;o cultural afro-brasileira, levando o ritmo e a arte das rodas de capoeira para as ruas do Carnaval.
8. Muzenza &ndash; Fundado com o prop&oacute;sito de promover a m&uacute;sica e a dan&ccedil;a afro-brasileira, o Muzenza &eacute; um bloco que celebra a riqueza da cultura negra, sempre com forte presen&ccedil;a de m&uacute;sicos e dan&ccedil;arinos.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/320d79fa-7838-4b7a-b550-ade7ddc4045f.jpeg?width=1024&amp;height=768" alt="O lan&ccedil;amento do Festival Batuquer&ecirc; aconteceu nesta ter&ccedil;a-feira (25). Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o">

A Escola de Dança da Fundação Cultural da Bahia (Funceb) está oferecendo para as crianças, de seis a 12 anos, o curso Omodê Agbara: dança de princesas e príncipes dos blocos afro. As aulas serão ministradas pela Deusa do Ébano Ilê Aiyê, que também é professora de dança e coreógrafa, Gisele Soares.

As aulas acontecerão às terças e quintas-feiras, das 14h às 15h30, até o dia 1º de fevereiro de 2024 no turno vespertino, na Escola de Dança da Funceb, localizada no Pelourinho, bairro do Centro Histórico de Salvador. O valor  do curso é de R$ 150 (matrícula por curso) ou R$ 40 (aula avulsa), e o pagamento é feito no dia da matrícula diretamente com a professora.

Além disso, outros cursos para diferentes públicos também serão oferecidos pela Funceb até o dia 1° de fevereiro. Além da aula de dança sobre os blocos afros, as pessoas poderão participar, com ou sem experiência, de cursos de Afrobeats, Ballet clássico iniciante, K-pop summer class, Canto e Dança dos Orixás, Gestos performáticos, Danças acrobáticas, Danças de blocos afro, Dança moderna, Stiletto dance, Capoeira, Performance músico-teatral, Pole dance, Corpo brincador com ênfase em cultura maranhense, Expressão corporal, Danças afro urbanas, Tribal fusion, Do funk carioca ao afro, Chair dance, Sambas, Dança de reis e rainhas dos blocos afro, Jazz contemporâneo, Twerk, Dança- teatro INvencionando o movimento, Danças urbanas, Dança afro-brasileira iniciante, Omode Agbara: dança de princesas e príncipes dos blocos afro, Mulheres urbanas, Afro-contemporâneo, Tap como dança afro: sapateado e orixás, Breaking, Swing afro baiano, Vida mais flex, Dancehall e Dança afro iniciante.

SERVIÇO:
O que: Curso Omodê Agbara: dança de princesas e príncipes dos blocos afro
Quando: Terças e Quintas-feiras, das 14h às 15h30, até o dia 1º de fevereiro de 2024
Onde: Escola de Dança da Funceb - Pelourinho
Quanto: R$ 150 (matrícula por curso) ou R$ 40 (aula avulsa)

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