O amor e a vontade de ser m&atilde;e levaram a baiana Aline do Socorro, de 39 anos, a se dedicar os &uacute;ltimos seis anos a tentar engravidar. Ap&oacute;s in&uacute;meras tentativas, ela conseguiu atingir esse sonho este ano.

Ao atingir o quarto m&ecirc;s de gesta&ccedil;&atilde;o, para sua surpresa, Aline descobriu que o beb&ecirc; que carregava n&atilde;o estava crescendo no &uacute;tero e sim em seu abd&ocirc;men. A incid&ecirc;ncia, que varia de 1 caso para cada 10 mil gesta&ccedil;&otilde;es a at&eacute; 1 caso para cada 30 mil gesta&ccedil;&otilde;es, &eacute; um fen&ocirc;meno m&eacute;dico conhecido como gravidez ect&oacute;pica abdominal.

Apesar do susto, a jovem m&atilde;e resolveu buscar ajuda profissional para conseguir dar prosseguimento na gravidez e salvar a vida de nen&eacute;m. Ela procurou atendimento na &nbsp;Maternidade do Hospital Estadual da Crian&ccedil;a (HEC), em Feira de Santana, no &uacute;ltimo dia 2 de julho.&nbsp;

No local os profissionais informaram sobre os riscos e os progn&oacute;sticos fetais para um beb&ecirc; gerado acima da bexiga e do &uacute;tero, mas a mulher escolheu manter a gravidez e os m&eacute;dicos internaram e iniciaram o tratamento necess&aacute;rio. Na &uacute;ltima quinta-feira (23/9), com 32 semanas e seis&nbsp;dias, a pequena Alice Vit&oacute;ria&nbsp;veio ao mundo por meio de cesariana.&nbsp;

&ldquo;Montamos uma estrutura bem organizada para fazer este parto, com a participa&ccedil;&atilde;o de outros especialistas, como cirurgi&atilde;o vascular, cirurgi&atilde;o geral, equipe de neonatologia e UTI materna, para dar o m&aacute;ximo de suporte para essa cirurgia obst&eacute;trica bem at&iacute;pica&rdquo;, contou a m&eacute;dica obstetra, Am&aacute;lia Ol&iacute;mpia, respons&aacute;vel por todo aparato t&eacute;cnico e suporte especializado montados para este procedimento cir&uacute;rgico.

A unidade de sa&uacute;de revelou que este &eacute; o primeiro caso de gravidez ect&oacute;pica abdominal registrado no local. M&atilde;e e filha passam bem. &ldquo;Demorei seis anos para conseguir ter minha filha, mas eu n&atilde;o desisti. Alice Vit&oacute;ria permaneceu firme com a mam&atilde;e dela e eu sempre mantive a f&eacute; em Deus. E assim estou aqui com ela: bem e fortes&rdquo;, comemora Aline.

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