A Pol&iacute;cia Civil prendeu, na madrugada deste domingo (25/7), um homem suspeito de atuar no inc&ecirc;ndio da est&aacute;tua de Borba Gato, localizada em Santo Amaro, na zona sul da capital paulista. O monumento foi incendiado na tarde deste &uacute;ltimo s&aacute;bado (24/7).

Segundo as investiga&ccedil;&otilde;es do 11&ordm; DP (Santo Amaro), o suspeito preso foi apontado como o motorista que dirigiu o caminh&atilde;o que conduziu parte do grupo e os pneus que foram usados no inc&ecirc;ndio. A pol&iacute;cia diz que o ve&iacute;culo tamb&eacute;m estava com as placas adulteradas. &quot;As investiga&ccedil;&otilde;es prosseguem para identificar e localizar os demais autores&quot;, disse, por nota, o governo de Jo&atilde;o Doria (PSDB).

O que j&aacute; se sabe &eacute; que, por volta das 13h30 deste s&aacute;bado, um grupo desembarcou de um caminh&atilde;o e espalhou pneus na avenida Santo Amaro e em torno do monumento, ateando fogo logo depois. Um movimento chamado Revolu&ccedil;&atilde;o Perif&eacute;rica assumiu a autoria do inc&ecirc;ndio.

Policiais militares e bombeiros chegaram na sequ&ecirc;ncia, controlaram as chamas e liberaram o tr&aacute;fego. O ato terminou sem feridos nem detidos. Ap&oacute;s o fogo ser controlado, pessoas favor&aacute;veis e contr&aacute;rias &agrave; a&ccedil;&atilde;o foram at&eacute; perto do monumento. Carros que passavam pelo local se manifestaram de forma cr&iacute;tica ao vandalismo.

A Guarda Civil Metropolitana e a Pol&iacute;cia Militar tamb&eacute;m foram at&eacute; o local vigiar a est&aacute;tua, enquanto agentes da Pol&iacute;cia Civil iniciavam as investiga&ccedil;&otilde;es.

Nas redes sociais, circulou um v&iacute;deo que mostra o momento em que membros do grupo se aproximam da est&aacute;tua com pneus. O perfil do Revolu&ccedil;&atilde;o Perif&eacute;rica repostou as imagens.Em outro v&iacute;deo, postado nas rede sociais no dia 14 de julho, um dos integrantes do grupo afirma que Borba Gato contribuiu ativamente para o genoc&iacute;dio da popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena do pa&iacute;s.

Um dia antes do inc&ecirc;ndio, o grupo tinha publicado outro v&iacute;deo no qual alguns de seus membros aparecem colando cartazes pelas ruas da cidade com a frase &quot;Voc&ecirc; sabe quem foi Borba Gato?&quot;.

BANDEIRANTES

Bandeirantes como Borba Gato desbravaram territ&oacute;rios no interior do pa&iacute;s e capturaram e escravizaram ind&iacute;genas e negros.&nbsp;Segundo historiadores, muitos mataram &iacute;ndios em confrontos que acabaram por dizimar etnias. Tamb&eacute;m estupraram e traficaram mulheres ind&iacute;genas, al&eacute;m de roubar minas de metais preciosos nos arredores das aldeias, conforme o livro &quot;Vida e Morte do Bandeirante&quot;, de Alc&acirc;ntara Machado.

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