Familiares e amigos do adolescente Samuel Caio Oliveira, de 15 anos, queimaram objetos e bloquearam uma rua na regi&atilde;o da Baixa Fria, bairro da Boca do Rio, em Salvador, nesta quinta-feira (21/4), para protestar contra a morte do jovem.

Segundo a irm&atilde; de Samuel, que n&atilde;o quis se identificar, ela acordou com o barulho dos disparos. Em entrevista - ao vivo - para o rep&oacute;rter Ramon Lisb&ocirc;a, da TV Aratu, durante o Aratu Not&iacute;cias, a jovem acusou a Pol&iacute;cia Militar (PM) de matar o adolescente, e afirmou que n&atilde;o houve &quot;troca de tiros nenhuma&quot;.

&quot;Acordei com a &#39;zoada&#39; dos tiros. A pol&iacute;cia n&atilde;o deixou ningu&eacute;m passar pro beco...&nbsp;minha m&atilde;e querendo ir l&aacute; ver ele [...] Meu irm&atilde;o tava na esquina do beco, eles [policiais] j&aacute;&nbsp;chegam atirando, todo dia. Atiraram no meu irm&atilde;o, n&atilde;o deixaram minha m&atilde;e ver ele&quot;, disse ao rep&oacute;rter Ramon Lisb&ocirc;a. Ela falou, ainda, que a pol&iacute;cia colocou uma arma ao lado de Samuel e jogou o adolescente no porta-malas de uma das viaturas. &quot;Est&atilde;o forjando as coisas&quot;, acusou. &quot;O&nbsp;menino s&oacute; tinha 15 anos&quot;.

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V&iacute;deo do protesto, na noite desta quinta-feira, na Baixa Fria. Saiba mais: <a href="https://t.co/bORwBbS1kE">https://t.co/bORwBbS1kE</a> 
 
Imagens: Diego Salviano/TV Aratu <a href="https://t.co/WeWh6tlynB">pic.twitter.com/WeWh6tlynB</a>
&mdash; Aratu On (de 🏠) (@aratuonline) <a href="https://twitter.com/aratuonline/status/1517292270164262914?ref_src=twsrc%5Etfw">April 22, 2022</a></blockquote>
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A namorada de Samuel, que tamb&eacute;m preferiu n&atilde;o ser identificada, endossou a vers&atilde;o da irm&atilde;, e acrescentou que a pol&iacute;cia teria atirado no jovem mesmo depois de ele estar ca&iacute;do. &quot;A&nbsp;policia fez um cerco&rdquo;, disse, alegando que atiraram na perna dele e, depois, com o jovem j&aacute; ca&iacute;do, efetuaram mais tr&ecirc;s disparos.

Segundo a namorada, eles estavam conversando (via celular), quando Samuel falou que iria almo&ccedil;ar. Ela soube da morte do namorado de forma inusitada. &quot;Primeiro vi uma foto, mas n&atilde;o acreditei... &Ocirc;, mo&ccedil;o [dirigindo-se ao rep&oacute;rter], preciso, pelo menos, fazer o enterro do&nbsp;bichinho&quot;, disse, chorando.

Ainda de acordo com irm&atilde; de Samuel Caio, a m&atilde;e deles e a madrinha do menino procuram pelo adolescente, dado como desaparecido.

O&nbsp;Aratu On&nbsp;tentou entrar em contato com a Pol&iacute;cia Militar, para um posicionamento, mas n&atilde;o obteve retorno at&eacute; a publica&ccedil;&atilde;o desta mat&eacute;ria. O texto ser&aacute; atualizado em caso de resposta.

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