A tens&atilde;o entre os auxiliares do presidente Jair Bolsonaro (PL), que antecedeu a sabatina do candidato &agrave; reelei&ccedil;&atilde;o no Jornal Nacional, deu lugar a comemora&ccedil;&atilde;o logo depois que William Bonner encerrou os 40 minutos de perguntas. O ministro Ciro Nogueira, da Casa Civil, disse ao SBT News que considerou o desempenho de Bolsonaro fant&aacute;stico.

Nas redes sociais, o cacique do Progressistas afirmou, que na noite desta segunda-feira (22/8), o Brasil pode ver a verdade que tentaram esconder. Nem durante os questionamentos sobre urnas, neglig&ecirc;ncia na gest&atilde;o da pandemia, aumento do desmatamento ilegal e a investiga&ccedil;&atilde;o contra o pastor Milton Ribeiro, suspeito de receber propina para liberar recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa&ccedil;&atilde;o a prefeituras indicadas por pastores da igreja evang&eacute;lica, o presidente se desestabilizou.

Interlocutores do Planalto consideraram que Bolsonaro se manteve sereno mesmo com um roteiro de entrevista que classificaram como agressivo para a sabatina feita por Bonner e Renata Vasconcelos. Outro fator que chamou aten&ccedil;&atilde;o dos aliadas foi que o presidente ignorou o ex-presidente Lula n&atilde;o citou o nome do petista durante todo o tempo da sabatina.

O QG de campanha avalia que para Bolsonaro tirar votos de Lula ele, pessoalmente, n&atilde;o deve ir para o confronto. Os ataques contra o advers&aacute;rio devem partir de aliados e n&atilde;o do candidato.&nbsp;

O &uacute;nico momento considerado ruim por um ministro palaciano foi quando o candidato &agrave; reelei&ccedil;&atilde;o disse a Bonner que o &acirc;ncora estava estimulando que Bolsonaro fosse um ditador. A declara&ccedil;&atilde;o aconteceu quando o jornalista questionou a rela&ccedil;&atilde;o do presidente com o Centr&atilde;o j&aacute; que em 2018 Bolsonaro havia dito que governaria sem o bloco de partidos envolvido em esc&acirc;ndalos de corrup&ccedil;&atilde;o como o Mensal&atilde;o e o Petrol&atilde;o.

No grupo de ministros que acompanhou Bolsonaro no Rio de Janeiro a avalia&ccedil;&atilde;o &eacute; que a entrevista n&atilde;o poderia ter sido melhor e que o candidato deixou a sede dos est&uacute;dios Globo com mais votos do que antes da sabatina.

Outro motivo de comemora&ccedil;&atilde;o foi o tom adotado por Bolsonaro para falar de urnas. O presidente evitou colocar em xeque o processo de vota&ccedil;&atilde;o brasileiro e disse que ir&aacute; aceitar o resultado do pleito de outubro desde que &quot;sejam limpas&quot;.

Bolsonaro tamb&eacute;m evitou atacar os ministros do STF uma mudan&ccedil;a de postura que come&ccedil;ou no in&iacute;cio de agosto depois que chegou a dizer que o ministro Luiz Fux tamb&eacute;m teria que ser investigado por propagar fake news. Depois de ser pressionado pelo &acirc;ncora do JN, reconheceu que chamou Alexandre de Moraes de canalha durante os protestos de 7 de setembro do ano passado, no entanto, o candidato ponderou que foi a posse de Morares no Tribunal Superior Eleitoral, na semana passada, e que o gesto foi uma sinaliza&ccedil;&atilde;o para uma rela&ccedil;&atilde;o com o novo presidente do TSE que o pr&oacute;prio Bolsonaro classificou como amistosa.

Apesar de relutante, o presidente realizou um &quot;media training&quot; antes da sabatina. Assessores, ministros e apoiadores conclu&iacute;ram a noite satisfeitos. Resta saber se o tom mais ameno de Bolsonaro vai durar pelo pr&oacute;ximo m&ecirc;s at&eacute; 02 de outubro, data do primeiro turno.

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Ministros e auxiliares comemoram desempenho de Bolsonaro em sabatina