Pelo menos tr&ecirc;s pessoas foram presas por participar de tentativa de invas&atilde;o ao edif&iacute;cio-sede da Pol&iacute;cia Federal e de outros atos de vandalismos, na capital federal, no dia 12 de dezembro.&nbsp;

De acordo com informa&ccedil;&otilde;es&nbsp;da Ag&ecirc;ncia Brasil, a PF e a Pol&iacute;cia Civil do Distrito Federal, por meio da Opera&ccedil;&atilde;o Nero, cumprem um total de 32 mandados, sendo 11 de pris&atilde;o, no DF e em sete estados: Rond&ocirc;nia, Par&aacute;, Mato Grosso, Tocantins, Cear&aacute;, S&atilde;o Paulo e Rio de Janeiro.

Em coletiva de imprensa realizada no edif&iacute;cio-sede da PF, as corpora&ccedil;&otilde;es detalharam que os mandados de pris&atilde;o e de busca e apreens&atilde;o foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

&ldquo;A PF cumpriu um mandado de pris&atilde;o de um cidad&atilde;o ind&iacute;gena [Jos&eacute; Ac&aacute;cio Serene Xavante] no dia 12 de dezembro. Logo ap&oacute;s essa pris&atilde;o, houve uma tentativa de invas&atilde;o ao pr&eacute;dio da PF. Aparentemente, para tentar o resgate desse preso. A partir disso, houve uma rea&ccedil;&atilde;o dos policiais para reprimir essa tentativa de invas&atilde;o e ocorreu o recrudescimento. Os manifestantes come&ccedil;aram atos violentos de depreda&ccedil;&atilde;o tanto de patrim&ocirc;nio p&uacute;blico quanto particular&rdquo;, explicou o diretor-geral da PF, M&aacute;rcio Nunes de Oliveira.

Uma das tr&ecirc;s pris&otilde;es efetuadas at&eacute; o momento foi feita em Bras&iacute;lia. As investiga&ccedil;&otilde;es apontam que os demais suspeitos j&aacute; deixaram o DF. A princ&iacute;pio, como se trata de pris&atilde;o tempor&aacute;ria, os alvos ser&atilde;o levados para a superintend&ecirc;ncia da PF de cada estado.

Os suspeitos podem responder pelos crimes de dano qualificado, inc&ecirc;ndio majorado, associa&ccedil;&atilde;o criminosa, aboli&ccedil;&atilde;o violenta do Estado Democr&aacute;tico de Direito e golpe de Estado, cujas penas m&aacute;ximas somadas atingem 34 anos de pris&atilde;o.

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Pa&iacute;ses do mundo inteiro entraram em estado de alerta ap&oacute;s o grupo Talib&atilde; tomar o governo&nbsp;do Afeganist&atilde;o no dia 15 de agosto, ap&oacute;s 20 anos longe do poder. Desde ent&atilde;o, vemos dia ap&oacute;s dia cenas de desespero e afli&ccedil;&atilde;o entre os civis que lutam para deixar o pa&iacute;s. Nesta ter&ccedil;a-feira (31/8), o Aratu On Explica a avalanche de informa&ccedil;&otilde;es que passam nos notici&aacute;rios internacionais, a hist&oacute;ria do Talib&atilde; e as consequ&ecirc;ncias dessa crise pol&iacute;tica e humanit&aacute;ria.&nbsp;

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A organiza&ccedil;&atilde;o foi formada em 1994 por rebeldes que lutaram contra as for&ccedil;as invasoras sovi&eacute;ticas na d&eacute;cada de 1980. Na &eacute;poca,&nbsp;o grupo recebeu apoio dos Estados Unidos e do Paquist&atilde;o.&nbsp;

O Talib&atilde;, que &eacute; considerado extremista da religi&atilde;o isl&acirc;mica, tomou o poder do Afeganist&atilde;o em 1996, ap&oacute;s conquistarem a capital, Cabul, e permaneceram no comando at&eacute; 2001.

Ao assumir o controle,&nbsp;estabeleceu um cruel sistema judicial, onde pessoas acusadas de adult&eacute;rio podiam ser condenadas &agrave; morte e suspeitos de roubo sofriam puni&ccedil;&otilde;es f&iacute;sicas e at&eacute; mesmo mutila&ccedil;&otilde;es.

As leis do grupo tamb&eacute;m eram severas para as mulheres. Durante seu tempo no poder &ndash; de 1996 a 2001 &ndash; o Talib&atilde; proibiu que meninas e mulheres jovens frequentassem a escola. Al&eacute;m disso, elas precisavam vestir a burca, cobrindo todo o corpo, viviam confinadas em casa e n&atilde;o poderiam ir &agrave;s ruas sem a companhia de um homem.

ATAQUE &Agrave;S TORRES G&Ecirc;MEAS E BIN LADEN

Em 2001, o Talib&atilde; teve participa&ccedil;&atilde;o no atentado de 11 de setembro contra as Torres G&ecirc;meas nos Estados Unidos, que foram derrubadas por aeronaves interceptadas pelos terroristas da Al-Qaeda, liderada por Osama Bin Laden. Na &eacute;poca, o grupo Talib&atilde; foi acusado de proteger e esconder o terrorista.&nbsp;

Como consequ&ecirc;ncia, tropas americanas invadiram o Afeganist&atilde;o com o objetivo de impedir o Talib&atilde; de fornecer um porto seguro para a Al Qaeda &ndash; e tamb&eacute;m a Al Qaeda de usar o Afeganist&atilde;o como base de opera&ccedil;&otilde;es para atividades terroristas -. As tropas se instalaram por l&aacute; durante 20 anos. No entanto, essa invas&atilde;o ocasionou a guerra mais longa dos EUA e custou bilh&otilde;es de d&oacute;lares ao pa&iacute;s.&nbsp;

Em fevereiro de 2020, o ent&atilde;o presidente dos Estados Unidos Donald Trump firmou um acordo com o Talib&atilde; para a retirada das tropas militares norte-americanas do Afeganist&atilde;o com a promessa de que o grupo extremista n&atilde;o atacasse os integrantes das for&ccedil;as internacionais.

A sa&iacute;da das tropas foi adiada, mas, quando tomou posse em janeiro deste ano, Joe Biden declarou que daria continuidade e cumpriria o acordo j&aacute; estabelecido. A evacua&ccedil;&atilde;o come&ccedil;ou em maio deste ano.

VOLTA AO PODER EM 2021

No dia 15 de agosto, diante da tomada de Cabul, capital do Afeganist&atilde;o, o presidente afeg&atilde;o Ashraf Ghani deixou o pa&iacute;s e o controle do pal&aacute;cio presidencial foi assumido pelos rebeldes. Tudo ocorreu sem que houvesse resist&ecirc;ncias.

Essa mudan&ccedil;a no cen&aacute;rio do pa&iacute;s fez com que os Estados Unidos acelerassem o processo de retirada das tropas americanas do Afeganist&atilde;o. Essa medida iniciou uma s&eacute;rie de cenas desesperadoras dos afeg&atilde;os se aglomerando em aeroportos e at&eacute; se penduraram na porta de um avi&atilde;o na tentativa de fugir do pa&iacute;s.&nbsp;

O comportamento da popula&ccedil;&atilde;o retrata o receio popular que j&aacute; sentem no dia a dia as mudan&ccedil;as provocadas pela volta do Talib&atilde;.&nbsp;

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