A Pol&iacute;cia do Ex&eacute;rcito e a Pol&iacute;cia Militar do Distrito Federal (PM-DF) come&ccedil;aram, na manh&atilde; desta segunda-feira (9/1), a desocupar a &aacute;rea em frente ao Quartel-General do Ex&eacute;rcito em Bras&iacute;lia, ocupado desde o fim das elei&ccedil;&otilde;es de 2022 por eleitores que n&atilde;o aceitam o resultado das urnas.

Aproximadamente 1.200 pessoas foram presas no local e levadas em cerca de 40 de &ocirc;nibus at&eacute; a Superintend&ecirc;ncia da Policia Federal (PF) em Bras&iacute;lia. O n&uacute;mero de presos foi informado pelo Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a e Seguran&ccedil;a P&uacute;blica.

Os detidos passar&atilde;o por triagem no Instituto de Criminal&iacute;stica e devem ser ouvidos por integrantes da PF. N&atilde;o est&aacute; claro se permanecer&atilde;o presos ou se ser&atilde;o liberados em seguida. Em uma rede social, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), confirmou que a Pol&iacute;cia Legislativa prendeu 44 invasores no domingo, e que eles foram encaminhados ao sistema penitenci&aacute;rio da Papuda.

A Pol&iacute;cia Civil tamb&eacute;m emitiu nota em que confirma a pris&atilde;o em flagrante de 204 v&acirc;ndalos durante o domingo de depreda&ccedil;&atilde;o e viol&ecirc;ncia na Pra&ccedil;a dos Tr&ecirc;s Poderes. Segundo a corpora&ccedil;&atilde;o, os respons&aacute;veis por atos de menor potencial ofensivo assinaram termos de comparecimento &agrave; Justi&ccedil;a e foram liberados. Outros, respons&aacute;veis por condutas mais graves, permanecem presos.

A Secretaria de Administra&ccedil;&atilde;o Penitenci&aacute;ria do Distrito Federal (Seap-DF) divulgou nota no fim da manh&atilde; de hoje informando que 176 pessoas que foram presas em flagrante no domingo (8), 112 homens e 64 mulheres, e foram transferidos para&nbsp;o Centro de Deten&ccedil;&atilde;o Provis&oacute;ria II e a Penitenci&aacute;ria Feminina do Distrito Federal.

ACAMPAMENTOS

A pris&atilde;o das pessoas que pediam golpe de Estado em frente ao QG do Ex&eacute;rcito foi feita ap&oacute;s ordem do ministro Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal (STF), que, durante a madrugada, determinou a remo&ccedil;&atilde;o do acampamento em 24 horas e autorizou a pris&atilde;o em flagrante de quem n&atilde;o acatasse a decis&atilde;o. Segundo o magistrado, os golpistas poder&atilde;o ser enquadrados em ao menos sete crimes.

Antes de realizar as pris&otilde;es, os policiais que trabalham na desmobiliza&ccedil;&atilde;o do acampamento avisaram aos presentes que deveriam se retirar do local voluntariamente, mas passado algum tempo, com a insist&ecirc;ncia das pessoas em permanecer, fizeram as deten&ccedil;&otilde;es.

O ministro da Defesa, Jos&eacute; M&uacute;cio, e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, chegaram a acompanhar a remo&ccedil;&atilde;o do acampamento durante a manh&atilde;. A remo&ccedil;&atilde;o efetiva das estruturas do local &eacute; realizada por militares do Ex&eacute;rcito, enquanto um cord&atilde;o de agentes da PM-DF faz o isolamento da regi&atilde;o.

Na mesma decis&atilde;o em que autorizou as pris&otilde;es, Moraes determinou o afastamento do governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB), por 90 dias.

*Informa&ccedil;&otilde;es da Ag&ecirc;ncia Brasil.

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Cerca de 1.200 são presos em acampamento em frente a quartel em Brasília; 204 foram detidos domingo