Regi&otilde;es do extremo sul da Bahia est&atilde;o sofrendo com um &#39;surto&#39; de mal&aacute;ria. Segundo a diretora de Vigil&acirc;ncia Epidemiol&oacute;gica da Secretaria de S&aacute;ude do estado (Sesab), M&aacute;rcia S&atilde;o Pedro Leal, desde a dete&ccedil;&atilde;o do primeiro caso, na cidade de Itabela, no dia 27 de abril, j&aacute; foram registrados 53 casos positivos de mal&aacute;ria.

&ldquo;Realizamos diariamente a&ccedil;&otilde;es de investiga&ccedil;&atilde;o, coleta entomol&oacute;gica de vetores, busca de pessoas sintom&aacute;ticas, tratamento, coleta e leitura de l&acirc;minas de gota espessa&rdquo;, destacou M&aacute;rcia, que participou, na manh&atilde; desta &uacute;ltima quarta-feira (14/7) do &lsquo;3&ordm; F&oacute;rum de Vigil&acirc;ncia Epidemiol&oacute;gica&rsquo;, que teve como tema o recente surto de mal&aacute;ria.

De acordo com o Minist&eacute;rio P&uacute;blico da Bahia (MP-BA), a maioria das pessoas confirmadas com a doen&ccedil;a mora no assentamento Margarida Alves, em Itabela, onde um homem que estava em Manaus fez uma visita no local. Tamb&eacute;m h&aacute; casos registrados em Porto Seguro e Itamaraju.&nbsp;

Durante o f&oacute;rum, a coordenadora de Doen&ccedil;as Transmitidas por Vetores (CODT) da Sesab, Ana Cl&aacute;udia Nunes, apresentou todo o hist&oacute;rico de a&ccedil;&otilde;es feitos pela Sesab, que inclui realiza&ccedil;&atilde;o de reuni&otilde;es com a vigil&acirc;ncia epidemiol&oacute;gica de Itabela e com a regional de sa&uacute;de de Eunap&oacute;lis e visitas aos criadouros do mosquito Anopheles na localidade.

No dia 1&ordm; de julho, os agentes de epidemias realizaram o tratamento de criadouro de Aedes Aegypti do assentamento Margarida Alves e a coleta das informa&ccedil;&otilde;es da quantidade de camas de casal e de solteiro para entrega de mosquiteiros apropriados para casos de mal&aacute;ria. Esses mosquiteiros possuem repelentes prolongados contra o mosquito do g&ecirc;nero Anopheles.&nbsp;

A Sesab tamb&eacute;m montou um laborat&oacute;rio na cidade de Itabela com o objetivo de realizar a&ccedil;&otilde;es de conscientiza&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o por meio da distribui&ccedil;&atilde;o de material educativo e uso de inseticida espec&iacute;fico. Conforme Ana Cl&aacute;udia, equipes da Sa&uacute;de est&atilde;o testando todas as pessoas do assentamento, sintom&aacute;ticas e n&atilde;o sintom&aacute;ticas.

DOEN&Ccedil;A

Existem cerca de 400 esp&eacute;cies de mosquitos, sendo que 60 no Brasil, e destes um total de 11 tem import&acirc;ncia epidemiol&oacute;gica na transmiss&atilde;o da mal&aacute;ria. A doen&ccedil;a &eacute; transmitida pelo mosquito do g&ecirc;nero Anopheles, popularmente conhecido como muri&ccedil;oca, mosquito-prego e bicuda, dentre outros.&nbsp;

A doen&ccedil;a infecciosa, febril e potencialmente grave, pode ser transmitida ao homem, na maioria das vezes, pela picada de mosquito do g&ecirc;nero Anopheles infectado. No entanto, tamb&eacute;m pode ser transmitida pelo compartilhamento de seringas, transfus&atilde;o de sangue ou at&eacute; mesmo da m&atilde;e para feto, na gravidez.

Os principais sintomas s&atilde;o epis&oacute;dios de calafrios, febre e sudorese com dura&ccedil;&atilde;o de 6 a 12 horas, al&eacute;m de cefaleia, n&aacute;useas, mialgia e v&ocirc;mitos. A Orienta&ccedil;&atilde;o T&eacute;cnica trouxe tamb&eacute;m informa&ccedil;&otilde;es sobre os agentes causadores da doen&ccedil;a, sintomas e de como deve ser feito o diagn&oacute;stico, al&eacute;m de dados sobre tratamento, preven&ccedil;&atilde;o e a epidemiologia da doen&ccedil;a.

At&eacute; o momento, nenhum morte pela doen&ccedil;a foi registrada no estado.

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