"Salve essa ancestralidade que todo mundo bebe e tem que se curvar, respeitar e se aliar. Já passou do tempo!", disse a cantora Ivete Sangalo, na madrugada desse domingo (28/1), referindo-se ao povo negro. A fala ocorreu durante apresentação no Festival de Verão, em Salvador.
Para a artista, é preciso "reparar historicamente esse gap horroroso da humanidade". A palavra "gap" é entendida como uma "disparidade", "atraso relativo", ou ainda uma "quebra de continuidade".
Utilizando um look referenciando a Timbalada, Ivete discursou: "Salve a Bahia, salve esse estado de glória que é Salvador, Bahia. Salve o povo resiliente dessa terra; salve ritmos originais; salve essa ancestralidade que todo mundo bebe e tem que se curvar e respeitar, e se aliar. Já passou do tempo! Reparar historicamente esse gap horroroso da humanidade. Viva a Bahia!".
Veja abaixo:

https://twitter.com/AcessoSangalo/status/1751417417111146711
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Neste sábado (25/11), o Desfile Salvador Capital Afro arrastou milhares de pessoas em dois cortejos que saíram da Casa d'Italia e da Praça Municipal em direção à Praça Castro Alves, no Centro Histórico, com encontro de trios entre blocos afro e de afoxé. Os grupos Ilê Aiyê, Olodum, Filhos de Gandhy, Didá, A Mulherada, Cortejo Afro, Ara Ketu, Bloco da Capoeira com Tonho Matéria, Filhas de Gandhy, Malê Debalê e Muzenza encheram as ruas da região celebrando a ancestralidade negra da cidade através da música e dança.

O desfile é realizado pela Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador (Secult) e é um dos eventos destaque da programação do Novembro Salvador Capital Afro, que celebra a herança africana na cidade. Iniciando o evento, as Filhas de Gandhy foram acompanhadas por um cortejo de 100 baianas que saíram do Memorial das Baianas até a Castro Alves e fizeram uma lavagem da praça. Os filhos de Gandhy vieram logo atrás e se encontraram com o trio do Cortejo Afro na Castro Alves, onde cantaram juntos músicas em homenagem ao bloco afoxé.

Os cortejos continuaram com os trios de A Mulherada, do Bloco da Capoeira e do tradicional Muzenza do Reggae durante o pôr do sol na Praça Castro Alves. O toque e o balé da Banda Didá adentraram ao anoitecer, levando clássicos da música baiana junto ao Malê Debalê.

No início da noite, o samba reggae impulsionado por Neguinho do Samba mostrou que o mundo negro é feito a partir de encontros, enquanto que o Olodum desceu a Rua Chile para se juntar ao Ilê Aiyê. Ao mesmo tempo, o axé do Ara Ketu chegou à Praça Castro Alves, proporcionando uma união de três blocos.

Turistas de Pernambuco, Flávio Henrique, 35 anos, e Andressa Mendonça, 33, tiraram o dia para curtir as atrações no Centro Histórico. "Estou impressionado com a valorização da cultura afro em Salvador. Com certeza, a diversidade, a música e as tradições enriqueceram minha experiência e minha vinda até a cidade como turista", disse o administrador.

Gilsoney de Oliveira, presidente do Gandhy, agremiação que completou 70 anos este ano, destacou a importância do desfile enquanto um evento de fomento à cultura. "Essa valorização, na cidade mais negra fora da África, é fomentar e dar continuidade. É um momento novo, pois mostra para o mundo, para quem é da cidade e para o turista a força do afoxé e a felicidade dessa grande nação baiana", destacou.

Além do After Batekoo, FreshPrince Da Bahia, Tia Carol, DJ Belle e Errari fecharam o encontro que reuniu blocos afro e afoxés. O último evento do Novembro Salvador Capital Afro acontece neste domingo (26/11), na Caminhada do Samba.

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O Centro Histórico de Salvador recebe a exposição fotográfica "Ancestralidade: olhares sobre a humanidade", que traz as diversas facetas dos costumes, crenças e tradições transmitidas por diversas gerações até os dias de hoje. A mostra também é uma homenagem ao fotógrafo Renato Soares, pelo seu trabalho com os povos originários e a disseminação de suas histórias.

Gratuita e aberto ao público, a visitação acontece até o dia 26 de novembro, no ME Ateliê da Fotografia, localizado na Ladeira do Boqueirão, nº 6 - Santo Antônio Além do Carmo, às sextas, das 17h às 19h e sábados e domingos, das 16h às 19h.

Reunindo 22 obras, de 12 fotógrafos, entre eles Luiz Bhering, Tiago Queiroz, Lu Brito, Alex Dantas e Mário Edson, a exposição expressa a herança dos antepassados que ainda se encontram presentes atualmente em comunidades, rodas de candomblé, sambas, conversas e rimas.

Segundo Mário Edson, idealizador e curador da mostra, um grande diferencial da apresentação é a pluralidade de olhares dos artistas participantes, garantindo a abrangência da história dos antecessores.

“Lembrar dos costumes dos nossos antepassados é honrar os mesmos, reconhecendo sua sabedoria e força. Ancestralidade é fonte de pertencimento que tece o chão, o lugar, espaço-território regido pelo tempo da natureza, tempo do aprender, do experienciar, amadurecer, encantar-se e aqui pudemos reunir diversos olhares em volta disso e juntar todas essas histórias”, conta o artista.

ARTISTAS PARTICIPANTES

Alessandro Fernandes, Alex Dantas, André Fernandes, Damião Paz Pixoré, Leila Chandani, Lu Brito, Luiz Bhering, Magali Abreu, Mário Edson, Sonia Chaves, Tiago Queiroz.

SERVIÇO - Exposição "Ancestralidade: olhares sobre a humanidade"

Onde: ME Ateliê de Fotografia,  Ladeira do Boqueirão, nº 6, Santo Antônio Além do Carmo
Quando: até 26 de novembro, às sextas-feiras das 17h às 19h, aos sábados e domingos das 16h às 19h
Quanto: gratuito

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/servico/2023-10-26/thiaguinho-flora-matos-e-olodum-sao-os-destaques-da-agenda-cultural-desse-fim-de-semana-em-salvador/" target="_blank" rel="noopener">Thiaguinho, Flora Matos e Olodum são os destaques da Agenda Cultural desse fim de semana em Salvador</a>

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A marca&nbsp;Arezzo recebeu fortes cr&iacute;ticas nas redes sociais, ap&oacute;s lan&ccedil;ar sua campanha de anivers&aacute;rio de 50 anos, onde estampou como uma das modelos a digital influencer Jade Picon. A campanha foi lan&ccedil;ada na segunda-feira (18/6).&nbsp;

Dividida em tr&ecirc;s d&eacute;cadas, o lan&ccedil;amento de 50 anos&nbsp;constitu&iacute;a em repaginar pe&ccedil;as que foram marcantes em diferentes d&eacute;cadas&nbsp;da moda no Brasil. Para a d&eacute;cada de 70, a empresa baiana Meninos Rei&nbsp;foi a escolhida para idealizar&nbsp;estampas para a&nbsp;sand&aacute;lia&nbsp;&quot;Anabella&quot;.

Conhecida por muitas cores e estampas de ancestralidade africana, a marca baiana manteve sua linha, por&eacute;m, a escolha das modelos&nbsp;gerou coment&aacute;rios &quot;cinzentos&quot;, nas redes sociais.&nbsp;

Com Jade Picon e&nbsp;Clara Buarque, estampando as fotos de lan&ccedil;amento das sand&aacute;lias, diversos usu&aacute;rios do Instagram&nbsp;questionaram a representatividade. &quot;Duas mulheres brancas, vestindo roupas com estampas de ancestralidade africana?&quot;, ponderou uma usu&aacute;ria. &quot;Seguem nos silenciando. Existem mulheres negras ideias para campanhas, mas preferem fingir que elas n&atilde;o existem&quot;, alfinetou uma segunda seguidora.&nbsp;

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</blockquote>
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As pe&ccedil;as de roupas, identificadas como &quot;Sand&aacute;lia Colorida Tecido Geom&eacute;trico Plataforma&quot;, e &quot;Sand&aacute;lia Colorida Tecido Estampa Plataforma&quot;, podem ser adquiridas no site da marca por exatos R$ 499,90. Oficialmente, nenhuma das marcas envolvidas, ou as modelos, se posicionaram.&nbsp; 
 
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LEIA MAIS:<a href="https://aratuon.com.br/linha-de-frente/noticia/politica/enganoso-fala-de-rui-costa-sobre-trafico-e-tirada-de-contexto" target="_blank">&nbsp;ENGANOSO: Fala de Rui Costa sobre tr&aacute;fico &eacute; tirada de contexto</a>

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Beleza e ancestralidade | Por On&atilde; Rud&aacute; 
Modelo tran&ccedil;ada em foto de perfil usando adere&ccedil;os de b&uacute;zios que comp&otilde;em a ancestralidade africana, da onde deriva a cultura de uso das tran&ccedil;as.

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<meta charset="utf-8" />

A cultura das tran&ccedil;as est&aacute; presente no cotidiano de Salvador, em especial nas periferias e bairros populares. N&atilde;o &eacute; preciso andar muito pela cidade para encontrar variados tipos, tamanhos e formatos, em homens e mulheres. Mais que um estilo, as tran&ccedil;as representam um tra&ccedil;o importante da cultura afro-brasileira, oriundo da ancestralidade africana.

As pessoas escravizadas que vieram de &Aacute;frica para o Brasil trouxeram consigo a tradi&ccedil;&atilde;o do uso do cabelo como uma ferramenta que cumpria os mais variados objetivos, desde esconder arroz dos senhores de engenhos e seus capatazes, &agrave; organiza&ccedil;&atilde;o de mapas, demarca&ccedil;&atilde;o de grupo, entre outros.&nbsp;

Nos dias atuais, a cultura da tran&ccedil;a tamb&eacute;m movimenta uma cadeia produtiva important&iacute;ssima na economia solid&aacute;ria e criativa, garantindo assim o sustento de muitas fam&iacute;lias, em especial chefiadas por mulheres negras e de baixa renda, aqui em Salvador.

A gera&ccedil;&atilde;o de renda &eacute; t&atilde;o significativa que diversas organiza&ccedil;&otilde;es ministram cursos de capacita&ccedil;&atilde;o de forma paga e gratuita. O curso de trancista tamb&eacute;m comp&otilde;e todas as modalidades de cursos de qualifica&ccedil;&atilde;o profissional do governo do estado, atrav&eacute;s da Secretaria do Trabalho Emprego Renda e Esportes (Setre).

No Pelourinho, s&atilde;o diversos os pontos e barracas que muitas pessoas, em sua maioria mulheres negras, fazem o servi&ccedil;o de tran&ccedil;as, muitas vezes apenas sob um guarda-sol. Todas as pessoas l&aacute; fotografadas aprenderam o of&iacute;cio muito cedo e, atrav&eacute;s dos anos, assumiram o posto, passando a atender os pr&oacute;prios clientes e expandir o neg&oacute;cio da fam&iacute;lia. Eles atendem ao p&uacute;blico da cidade e aos turistas, que circulam pelo Centro Hist&oacute;rico.

A cultura das tran&ccedil;as tamb&eacute;m est&aacute; presente nos bairros e comunidades, onde muitas mulheres oferecem o servi&ccedil;o de tran&ccedil;ar em v&aacute;rios formatos, entre eles, usando sua varanda ou at&eacute; sua sala como espa&ccedil;o para a realiza&ccedil;&atilde;o do trabalho.

Vale lembrar que al&eacute;m das trancistas em si, a cultura da tran&ccedil;a movimenta consigo diversos produtos no mercado como a fibra sint&eacute;tica, l&atilde;, el&aacute;sticos, pasta modeladora e outros adere&ccedil;os usados nas tran&ccedil;as.

As pessoas que as usam n&atilde;o s&oacute; buscam por estilo e embelezamento, mas, tamb&eacute;m, um marcador est&eacute;tico que reafirme a identidade negra, e a quebra de uma est&eacute;tica determinada pela Europa. Algumas pessoas quase n&atilde;o tiram as tran&ccedil;as, fazendo, quando muito, a troca da fibra ou fios.

&quot;A tran&ccedil;a, para mim, &eacute; s&iacute;mbolo que carrega em si a ancestralidade do meu povo, tran&ccedil;ar o cabelo para mim transpassa e vai para al&eacute;m da palavra est&eacute;tica. Tran&ccedil;ar &eacute; ancestral e eu entendo toda a pot&ecirc;ncia que h&aacute; em carreg&aacute;-las em meu or&iacute;. Ter o meu or&iacute; fotografado e mostrar a tran&ccedil;a que nele h&aacute; &eacute; contar a minha hist&oacute;ria, a hist&oacute;ria do meu povo e dos meus ancestrais&quot;, relatou Elen Graziele, que abrilhantou nosso ensaio em est&uacute;dio.

Por outro lado, h&aacute; uma pol&ecirc;mica no uso das tran&ccedil;as quando ela &eacute; feita por pessoas&nbsp;brancas. Diversos setores do movimento negro levantam um debate sobre &quot;apropria&ccedil;&atilde;o cultural&quot; - uma vez que, para estes, a tran&ccedil;a simboliza nada mais&nbsp;que a est&eacute;tica - nas redes sociais, movimentos e academia. Entretanto, no dia a dia das pessoas, em especial mulheres, que vivem do of&iacute;cio de trancista, os turistas, muitos brancos, comp&otilde;em boa parte da clientela.

Finalizamos afirmando que al&eacute;m do sustento familiar, o principal papel que cumprem as trancistas &eacute; a&nbsp;perpetua&ccedil;&atilde;o da cultura da preta afrodiasp&oacute;rica, atrav&eacute;s do cabelo, que carrega consigo uma marca de ancestralidade.

Confira as fotos, abaixo:

<img alt="1-conjunto" border="0" src="https://i.ibb.co/9tGHK88/1-conjunto.jpg" /> 
Conjunto | Por Pophema Profeta 
Arte ancestral em tran&ccedil;a nag&ocirc; com uso de b&uacute;zios

<img alt="2-a-coroa" border="0" src="https://i.ibb.co/vjxffJg/2-a-coroa.jpg" /> 
A Coroa | Por Natane Ramos 
A foto traz destaque ao cabelo da modelo e o adere&ccedil;o utilizado nas tran&ccedil;as. As m&atilde;os acima da cabe&ccedil;a trazem uma vis&atilde;o carregada de espiritualidade e hist&oacute;ria; pois as m&atilde;os aben&ccedil;oam, curam, criam e comunicam. A coroa &eacute; o cabelo tran&ccedil;ado que transmite essa arte ancestral

<img alt="3-a-sublime-beleza" border="0" src="https://i.ibb.co/YtFZX3D/3-a-sublime-beleza.jpg" /> 
A sublime beleza | Por Donato de Assis 
As tran&ccedil;as exaltam a est&eacute;tica preta trazendo consigo auto afirma&ccedil;&atilde;o e fortalecendo a autoestima, a foto retrata simbologias da cultura ancestral como o colar de b&uacute;zios.&nbsp;&ldquo;O sorriso negro traz felicidade&rdquo;

<img alt="4-o-sol-no-estudio" border="0" src="https://i.ibb.co/dj1WScM/4-o-sol-no-estudio.jpg" /> 
O sol no est&uacute;dio | Por St&eacute;phanie Louise 
Olhar marcante, express&otilde;es e gestos suaves real&ccedil;am a beleza de Elen Graziele e sua exultante ancestralidade

<img alt="6-afroancestralidade" border="0" src="https://i.ibb.co/ZhjSBYK/6-afroancestralidade.jpg" /> 
Afrodiasp&oacute;ra | Por Vit&oacute;ria Britto 
Modelo Ellen Graziele enaltecendo suas ra&iacute;zes afrodiasp&oacute;ricas atrav&eacute;s das tran&ccedil;as nag&ocirc; em seu cabelo crespo, com adornos utilizados pelos ancestrais da terra m&atilde;e 
 
<img alt="7" border="0" src="https://i.ibb.co/421p4Db/7.jpg" /> 
Neon &eacute; a cor mais quente | Por&nbsp;St&eacute;phanie Louise 
Advinda de outro estado do Nordeste, Graziella sentiu-se pertencente. A convic&ccedil;&atilde;o em suas ra&iacute;zes subiu &agrave; cabe&ccedil;a.

<img alt="8" border="0" src="https://i.ibb.co/mNW5YY8/8.jpg" /> 
Tran&ccedil;adeira | Por Vit&oacute;ria Britto 
Sankofa: trancista do Pelourinho carregando s&iacute;mbolos e a est&eacute;tica do povo preto, atrav&eacute;s de acess&oacute;rios e dreads no cabelo.

<img alt="9" border="0" src="https://i.ibb.co/y55JzS7/9.jpg" /> 
Fios e cores | Por Raquel Souza 
Evidenciando alguns tipos de materiais b&aacute;sicos para a produ&ccedil;&atilde;o das tran&ccedil;as e suas vertentes.Temos a linha e l&atilde; em diversas cores, prendedores &ldquo;conhecida como piranhas&rdquo;, el&aacute;stico e tesoura. Estes auxiliam no resultado da performance ancestral das trancistas. 
 
<img alt="10" border="0" src="https://i.ibb.co/R2YpYNL/10.jpg" /> 
Na rua | Por Pohema Profeta 
Processo da tran&ccedil;a/twist utilizando a fibra sint&eacute;tica pelas m&atilde;os da mulher preta.

<img alt="11" border="0" src="https://i.ibb.co/5Mjs1XF/11.jpg" /> 
M&atilde;os que tran&ccedil;am hist&oacute;rias | Por Natane Ramos 
Na foto &eacute; apresentada uma trancista que est&aacute; realizando seu trabalho, o foco da foto &eacute; mostrar como a tran&ccedil;a carrega uma riqueza de cultura h&aacute; muito tempo. Dessa forma &eacute; apresentado a trancista sendo uma mulher com uma idade mais avan&ccedil;ada, tran&ccedil;ando o cabelo da mais nova, mostrando assim como essa cultura transcende o tempo.&nbsp;

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Um evento gratuito para&nbsp;incentivar o debate sobre quebra de padr&otilde;es, reconhecimento da identidade e valoriza&ccedil;&atilde;o da beleza negra. Essa &eacute; a ideia da primeira edi&ccedil;&atilde;o do projeto &quot;Da Raiz Ancestral ao Fio Cultural&quot;, que acontece na pr&oacute;xima segunda-feira (8/11), das 9h &agrave;s 12h, no Orix&aacute;s Center, no Politeama, em Salvador.

Realizado pelo Atelier dos Cachos, o evento contar&aacute; com rodas de conversas sobre transi&ccedil;&atilde;o capilar, moda afro-brasileira, maquiagem para peles negras, representatividade na inf&acirc;ncia e m&uacute;sica.

A edi&ccedil;&atilde;o estreia com a participa&ccedil;&atilde;o de nomes expressivos como C&aacute;ssia Valle, atriz do Bando de Teatro Olodum, escritora e psicopedagoga, idealizadora do Projeto Calu Brincante, que fala sobre representatividade para crian&ccedil;as negras; Mad&aacute; Negrif, empreendedora e designer de moda, idealizadora da marca de roupas Negrif que mistura brasilidade e ancestralidade africana; Nat&aacute;lia Cavalcante, maquiadora especialista em peles negras, CEO da Para Maquiadores e uma das fundadoras do Espa&ccedil;o Criativo de maquiagem A Casa do Para; e Patr&iacute;cia Salviano, produtora cultural, administradora e gestora do Atelier dos Cachos, que estar&aacute; mediando a conversa.

<center><img alt="image" border="0" src="https://i.ibb.co/7NgfX2q/image.png" /> 
Imagem: divulga&ccedil;&atilde;o</center>

A programa&ccedil;&atilde;o conta ainda com depoimentos de mulheres e cabeleireiras contando sobre suas hist&oacute;rias com a transi&ccedil;&atilde;o capilar e o reconhecimento da beleza natural dos cabelos, al&eacute;m de m&uacute;sica ao vivo com o violoncelista Caio Brito.

Segundo Soraia Coelho, idealizadora do Atelier dos Cachos, o evento tem como prop&oacute;sito se constituir enquanto espa&ccedil;o de informa&ccedil;&atilde;o, debate e reconex&atilde;o. &quot;Culturalmente, n&atilde;o fomos ensinados a reconhecer os tra&ccedil;os e a identidade negra como bonitos, j&aacute; que a beleza foi pautada no padr&atilde;o euroc&ecirc;ntrico e h&aacute; todo um contexto da escraviza&ccedil;&atilde;o que refor&ccedil;ou isso. Acreditamos que para romper essa ideia o primeiro passo &eacute; ter clareza desse contexto hist&oacute;rico-social-cultural, reconhecer nossas ra&iacute;zes ancestrais e aprender a valorizar a beleza do corpo negro&quot;, disse.

J&aacute; a gerente administrativa do atelier, Patr&iacute;cia Salviano, ressalta que percebe, no sal&atilde;o, o aumento do n&uacute;mero de mulheres resgatando seus fios naturais. Por&eacute;m, quanto mais crespo o cabelo, maior &eacute; o julgamento preconceituoso, e por isso &eacute; importante combater esse posicionamento e valorizar todas as texturas e formas.&nbsp;&quot;Acreditamos que a aceita&ccedil;&atilde;o do cabelo n&atilde;o &eacute; s&oacute; uma quest&atilde;o est&eacute;tica, mas pol&iacute;tica, de liberdade e atitude e quanto mais falarmos e darmos espa&ccedil;os de visibilidade para falar disso, mais cedo quebraremos esses velhos padr&otilde;es&quot;, refletiu.

Mais informa&ccedil;&otilde;es e programa&ccedil;&atilde;o completa est&atilde;o dispon&iacute;veis no perfil <a href="http://www.instagram.com/atelierdoscachos" target="_blank">@atelierdoscachos</a>.

PROGRAMA&Ccedil;&Atilde;O

9h - 10h30 - Roda de Conversas

- &quot;Representatividade e constru&ccedil;&atilde;o da autoestima de crian&ccedil;as pretas&quot;- C&aacute;ssia Valle;&nbsp; 
-&nbsp;&quot;Quebrando padr&otilde;es e enaltecendo nossos tra&ccedil;os&quot; - Nat&aacute;lia Cavalcante;&nbsp; 
-&nbsp;&quot;Vestindo nossas ra&iacute;zes ancestrais: A moda como express&atilde;o da identidade&quot;- Mad&aacute; Negrif;&nbsp; 
-&nbsp;11h - 12h - Depoimentos de Mulheres que passaram por Transi&ccedil;&atilde;o Capilar;

SOBRE ATELIER DOS CACHOS

O Atelier dos Cachos &eacute; o primeiro sal&atilde;o especializado em crespos e cacheados sem uso de qu&iacute;mica em Salvador. Foi fundado em 2014 e hoje conta com tr&ecirc;s unidades: Orix&aacute;s Center, Itapu&atilde; e Shopping da Gente. O sal&atilde;o tem como prop&oacute;sito cuidar dos cabelos crespos e cacheados, descobrindo a beleza de deix&aacute;-los naturais e proporcionando sua liberdade como resgate &agrave;s suas ra&iacute;zes, cultura e ancestralidade. O Atelier n&atilde;o usa nenhum tipo de qu&iacute;mica (exceto luzes, mechas e colora&ccedil;&atilde;o) e nem fonte de calor que altere a estrutura dos fios, seu objetivo &eacute; evidenciar a beleza natural dos fios, entendendo que o cabelo faz parte da identidade de cada pessoa e essa identidade precisa ser amada, reconhecida e respeitada.

SERVI&Ccedil;O

&quot;Da Raiz Ancestral ao Fio Cultural&quot; - Encontro de (Re)conhecimento e valoriza&ccedil;&atilde;o da identidade e beleza negra 
Quando: pr&oacute;xima segunda-feira (8/11), das&nbsp;9h &agrave;s 12h 
Onde:&nbsp;Orix&aacute;s Center - Rua&nbsp;Cl&oacute;vis Sp&iacute;nola, 40 - Politeama 
Quanto:&nbsp;aberto ao p&uacute;blico 
Mais informa&ccedil;&otilde;es: <a href="http://www.instagram.com/atelierdoscachos" target="_blank">@atelierdoscachos</a>&nbsp;/&nbsp;<a href="http://www.atelierdoscachos.com.br" target="_blank">www.atelierdoscachos.com.br</a>

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/coronavirus/noticia/coronavirus/media-movel-de-obitos-por-covid-19-e-a-menor-desde-abril-de-2020" target="_blank">M&eacute;dia m&oacute;vel de &oacute;bitos por Covid-19 &eacute; a menor desde abril de 2020</a>

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