<p>O mercado de ve&iacute;culos eletrificados cresceu 22,3% em maio de 2025, em rela&ccedil;&atilde;o ao mesmo m&ecirc;s de 2024, segundo a Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira do Ve&iacute;culo El&eacute;trico (ABVE). Seja com a inten&ccedil;&atilde;o de reduzir impactos ambientais, acompanhar avan&ccedil;os tecnol&oacute;gicos ou reduzir custos operacionais, cada vez mais brasileiros optam por adquirir modelos de carro el&eacute;trico no Brasil.&nbsp;</p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/6934336c-cbef-4332-844b-f011da51615b.webp?width=1170&amp;height=700" alt="Vendas de carros el&eacute;tricos aumentam 19,5% nos 5 primeiros meses de 2025, em compara&ccedil;&atilde;o a mesmo per&iacute;odo do ano anterior. Foto: Jos&eacute; Cruz / Ag&ecirc;ncia Brasil"></p>
<p>No m&ecirc;s avaliado, 16.641 unidades de ve&iacute;culos el&eacute;tricos (VE&rsquo;s) foram vendidas. J&aacute; no acumulado de 2025, foram cerca de 71,3 mil. O n&uacute;mero representa um salto de 19,5% em rela&ccedil;&atilde;o ao mesmo per&iacute;odo do ano passado, quando foram vendidos 59,7 mil.</p>
<p>Caso pesquisas de inten&ccedil;&atilde;o de compra se confirmem, a tend&ecirc;ncia &eacute; que estes n&uacute;meros continuem em crescimento, pois, segundo o levantamento &ldquo;Rumo &agrave; mobilidade el&eacute;trica &ndash; Expectativas e prontid&atilde;o dos consumidores para a era dos ve&iacute;culos el&eacute;tricos&rdquo;, 75% dos consumidores brasileiros pretendem adquirir um VE at&eacute; 2029.</p>
<p>A pesquisa foi realizada pela Strategy&amp;, consultoria estrat&eacute;gica da PricewaterhouseCoopers (PwC), com 17 mil participantes em 27 pa&iacute;ses. Ela mostra que o Brasil lidera a transi&ccedil;&atilde;o para a mobilidade el&eacute;trica na Am&eacute;rica Latina e supera a m&eacute;dia global de inten&ccedil;&atilde;o de compra de VE's, que &eacute; de 62%.</p>
<p>Existem v&aacute;rias modalidades de VE&rsquo;s, com caracter&iacute;sticas que podem atender a diferentes necessidades dos clientes, ou mesmo frustrar expectativas, caso a compra seja feita sem a devida pesquisa e planejamento. S&atilde;o elas:&nbsp;</p>
<ul>
<li>Ve&iacute;culos El&eacute;tricos a Bateria (BEV), que utilizam exclusivamente energia el&eacute;trica armazenada em baterias;</li>
<li>Ve&iacute;culos H&iacute;bridos (HEV), que combinam motor a combust&atilde;o com um motor el&eacute;trico. A bateria do motor el&eacute;trico armazena energia el&eacute;trica gerada pelo motor a combust&atilde;o e pela frenagem regenerativa;</li>
<li>H&iacute;bridos Plug-in (PHEV), que possuem motor a combust&atilde;o, mas tamb&eacute;m podem ser carregados em tomadas, com baterias maiores e maior autonomia no modo el&eacute;trico;</li>
<li>Ve&iacute;culos El&eacute;tricos a C&eacute;lula Combust&iacute;vel (FCEV), que funcionam com energia el&eacute;trica gerada pela rea&ccedil;&atilde;o qu&iacute;mica entre hidrog&ecirc;nio e oxig&ecirc;nio, sem a necessidade de bateria recarregada na tomada.</li>
</ul>
<h2>Escolha entre carro el&eacute;trico, h&iacute;brido ou a combust&atilde;o depende da rotina de quem compra</h2>
<p>Um dos aspectos a ser considerado antes de fazer a escolha certa &eacute; observar a infraestrutura de carregamento de ve&iacute;culos dispon&iacute;vel na regi&atilde;o em que mora e a necessidade individual. O engenheiro agr&ocirc;nomo Francisco Alisson Xavier, por exemplo, optou pelo modelo h&iacute;brido (HEV) Haval, da montadora chinesa GWM, por costumar percorrer longas dist&acirc;ncias nas estradas com sua fam&iacute;lia.</p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/9aec918c-e213-4b39-bb78-2a523cb0af67.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="GWM Haval H6 foi segundo carro h&iacute;brido mais vendido no Brasil em 2024, com 17.851 vendas. Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o / GWM"></p>
<p>&ldquo;Eu n&atilde;o tinha ainda total seguran&ccedil;a de mudar para um 100% el&eacute;trico, porque n&oacute;s n&atilde;o temos uma rede de abastecimento bem estabelecida nos estados do Brasil, [por exemplo] aqui na Bahia, onde eu mais rodo, indo para o Cear&aacute;. Ent&atilde;o, isso me fez repensar&rdquo;, relata.</p>
<p>O engenheiro agr&ocirc;nomo complementa que para a sua realidade, com viagens frequentes, o modelo h&iacute;brido foi uma &ldquo;solu&ccedil;&atilde;o mais real&rdquo;, uma vez que consegue utilizar o motor el&eacute;trico em baixas rota&ccedil;&otilde;es, sem correr o risco de ficar desabastecido nas estradas.</p>
<p>Para Alisson Xavier, a combina&ccedil;&atilde;o dos motores &agrave; combust&atilde;o e el&eacute;trico proporciona conforto na dirigibilidade, por gerar um torque mais imediato, que favorece a ultrapassagem. Sobre o funcionamento do carro, ele tamb&eacute;m explica que o motor el&eacute;trico &eacute; acionado em baixas rota&ccedil;&otilde;es, ou seja, em velocidades mais reduzidas. &ldquo;Estou falando em termos de 40km a 50km por hora. Ou ent&atilde;o, na estrada, em uma reta entre 70km e 80km por hora, ele tamb&eacute;m pode entrar no modo 100% el&eacute;trico&rdquo;.</p>
<p>&ldquo;Quando voc&ecirc; est&aacute; em centros urbanos, voc&ecirc; n&atilde;o consegue andar a mais de 60km por hora, ent&atilde;o o carro entra no modo el&eacute;trico e isso &eacute; uma solu&ccedil;&atilde;o interessante para a cidade&rdquo;, complementa. Nestas circunst&acirc;ncias, Alisson afirma que seu carro consegue percorrer entre 14km e 16km por litro.</p>
<p>Contudo, ele observa que em cidades pequenas, a economia de combust&iacute;vel de seu modelo h&iacute;brido n&atilde;o &eacute; t&atilde;o grande quanto nos grandes centros, devido &agrave; necessidade de frenagens constantes e retomada da acelera&ccedil;&atilde;o, que causa a altern&acirc;ncia entre os modos a combust&atilde;o e o el&eacute;trico. &ldquo;Isso exige mais do motor, ent&atilde;o ele n&atilde;o anda muito no el&eacute;trico assim como eu gostaria&rdquo;, relata.&nbsp;</p>
<p>Ainda assim, o agr&ocirc;nomo considera que n&atilde;o voltaria a comprar um carro &agrave; combust&atilde;o. &ldquo;Meu passo hoje &eacute; ficar no el&eacute;trico mesmo, ou no h&iacute;brido. Talvez, numa pr&oacute;xima compra, mudaria para um modelo plug-in (PHEV)&rdquo;.</p>
<p>J&aacute; a empres&aacute;ria Giulia Code&ccedil;o possui um carro 100% el&eacute;trico (BEV) da BYD, no <a href="https://aratuon.com.br/economia/carro-eletrico-byd-feito-em-camacari-bate-35-mil-vendas" target="_blank" rel="noopener">modelo Mini Dolphin</a> e considera n&atilde;o precisar abastecer o carro com &aacute;lcool ou gasolina uma vantagem pr&aacute;tica e ben&eacute;fica para o meio ambiente. &ldquo;Na cidade &eacute; muito mais pr&aacute;tico, voc&ecirc; carrega quando est&aacute; em casa. No meu caso, eu carrego na empresa&rdquo;.&nbsp;</p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/b6e8cbd4-dbd0-45ae-abfe-25199b7fc794.jpg?width=1140&amp;height=570" alt="At&eacute; julho de 2025, o BYD Dolphin Mini foi o carro el&eacute;trico mais emplacado no Brasil (35 mil unidades). Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o / BYD"></p>
<p>Giulia Code&ccedil;o tamb&eacute;m reconhece que ve&iacute;culos 100% el&eacute;tricos n&atilde;o s&atilde;o ideais para percorrer longas dist&acirc;ncias. O modelo de seu carro, por exemplo, possui bateria de 38 kW.h e autonomia de 280 km. &ldquo;Se voc&ecirc; quiser fazer uma viagem longa, voc&ecirc; teria que parar em algum lugar, alguma pousada, dormir em algum lugar e colocar seu carro para carregar&rdquo;, considera. &nbsp;</p>
<p>Existem carregadores do modelo Dolphin Mini, com corrente alternada (AC), que proporcionam o carregamento de 0 a 100% em uma m&eacute;dia de 6 horas. &nbsp;Por&eacute;m, carregadores r&aacute;pidos de corrente cont&iacute;nua (DC) possibilitam um carregamento mais r&aacute;pido. A vers&atilde;o divulgada no &nbsp;site da <a href="https://aratuon.com.br/politica/secretario-diz-que-infraestrutura-de-escolas-em-camacari-seguira-conceito-da-byd" target="_blank" rel="noopener">BYD</a>, por exemplo, promete um carregamento de 30% a 80% da capacidade da bateria em 22 minutos. Esta pode ser uma op&ccedil;&atilde;o mais vi&aacute;vel para uso em viagens longas.</p>
<p>Giulia Code&ccedil;o tamb&eacute;m aponta como aspecto positivo a <a href="https://aratuon.com.br/economia/saiba-como-solicitar-isencao-do-ipva-para-carros-eletricos-ate-r-300-mil" target="_blank" rel="noopener">isen&ccedil;&atilde;o do Imposto sobre a Propriedade de Ve&iacute;culos Automotores (IPVA)</a> para carros el&eacute;tricos na Bahia, que n&atilde;o se aplica a modelos h&iacute;bridos. De acordo com um estudo da Universidade Veiga de Almeida (UVA), apenas 12 estados brasileiros oferecem algum tipo de incentivo para a ado&ccedil;&atilde;o da mobilidade el&eacute;trica, por meio de isen&ccedil;&atilde;o parcial ou total no imposto. As regras variam em cada unidade federativa.</p>
<p>Outra vantagem dos ve&iacute;culos 100% el&eacute;tricos &eacute; a menor necessidade de restaura&ccedil;&atilde;o. A engenheira eletr&ocirc;nica Ana Clara Fachardo, que &eacute; mestranda em eletromobilidade e energia sustent&aacute;vel pela Universidade T&eacute;cnica Chalmers, na Su&eacute;cia, explica que estes modelos possuem motores mais simples, com menos pe&ccedil;as. &ldquo;O motor a diesel tem v&aacute;rias partes. Por isso, precisa de mais manuten&ccedil;&atilde;o nesses componentes&rdquo;, explica. Exemplo disso, &eacute; a aus&ecirc;ncia de &oacute;leos, filtros e velas, nos carros el&eacute;tricos.</p>
<p>A pesquisadora ainda explica que, mesmo com a redu&ccedil;&atilde;o do n&uacute;mero de pe&ccedil;as, ve&iacute;culos el&eacute;tricos costumam ter um pre&ccedil;o superior devido ao custo da bateria. &nbsp;&ldquo;A bateria n&atilde;o requer tanta manuten&ccedil;&atilde;o, mas ela em si &eacute; um componente complexo. A fabrica&ccedil;&atilde;o ainda &eacute; muito cara&rdquo;, afirma.&nbsp;</p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/c8d05ae3-a4bf-4e71-9ca6-f79cd5c894ab.avif?width=1200&amp;height=800" alt="Carros el&eacute;tricos requerem menos manuten&ccedil;&atilde;o, devido a menor n&uacute;mero de pe&ccedil;as. Foto: Getty Images"></p>
<p>Ana Clara Fachardo ainda observa a diminui&ccedil;&atilde;o da diferen&ccedil;a de pre&ccedil;o entre ve&iacute;culos el&eacute;tricos e &agrave; combust&atilde;o ao longo dos anos. &ldquo;Eu acho que a tend&ecirc;ncia &eacute; diminuir mais. Exponencialmente, est&aacute; diminuindo. Agora voc&ecirc; j&aacute; consegue ver carros da BYD bem competitivos, comparados a carros a diesel. H&aacute; cinco anos atr&aacute;s, tinha uma diferen&ccedil;a muito grande. Acredito que est&aacute; chegando num ponto que n&atilde;o tem como diminuir muito mais, mas ainda h&aacute; espa&ccedil;o para diminui&ccedil;&atilde;o&rdquo;, considera.</p>
<p>Uma alternativa para evitar o custo inicial mais elevado em compara&ccedil;&atilde;o a ve&iacute;culos &agrave; combust&atilde;o &eacute; a obten&ccedil;&atilde;o de ve&iacute;culos de segunda m&atilde;o. Atualmente, de acordo com a pesquisa da PwC, a penetra&ccedil;&atilde;o desse segmento &eacute; de apenas 10%, mas este &eacute; um mercado em expans&atilde;o. Segundo levantamento da Webmotors, &nbsp;a busca por carros el&eacute;tricos usados cresceu 57% no primeiro semestre de 2025. J&aacute; a busca por h&iacute;bridos usados aumentou 41% no semestre.&nbsp;</p>
<p>Os n&uacute;meros confirmam o aquecimento do setor de VE&rsquo;s e a busca por alternativas financeiramente vi&aacute;veis para aderir aos benef&iacute;cios das novas tecnologias, que, a longo prazo, apresentam redu&ccedil;&atilde;o de custos operacionais.&nbsp;</p>
<p>O modelo el&eacute;trico da Dolphin EV, da BYD, por exemplo, representa uma economia de R$ 22.527,70 em rela&ccedil;&atilde;o ao Chevrolet Onix flex a gasolina em cinco anos, considerando pre&ccedil;o de compra, IPVA, seguro, combust&iacute;vel e energia, de acordo com comparativo feito pelo TechTudo com valores refer&ecirc;ncia do estado de S&atilde;o Paulo em 2025.</p>
<h2>Condi&ccedil;&otilde;es ambientais influenciam no desmpenho de carros el&eacute;tricos</h2>
<p>Antes de comprar um novo ve&iacute;culo, &eacute; preciso saber que o desempenho de carros el&eacute;tricos pode ser influenciado por condi&ccedil;&otilde;es de temperatura. Ana Clara Fachardo explica que a bateria possui uma faixa ideal de opera&ccedil;&atilde;o, que, em geral, varia entre 20&deg;C e 40&deg;C. &ldquo;Se voc&ecirc; est&aacute; muito abaixo disso, ela n&atilde;o consegue gerar energia de forma t&atilde;o r&aacute;pida&rdquo;. A engenheira eletr&ocirc;nica exemplifica que carros com autonomia de 300km, por exemplo, podem ter redu&ccedil;&atilde;o para 200km em dias frios.</p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/d27475b3-286b-4430-953b-a92c3e7ec7c4.jpeg?width=1024&amp;height=576" alt="Ana Clara Fachardo &eacute; engenheira de software da Polestar,  marca de carros el&eacute;tricos sueca. Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o / Polestar"></p>
<p>Nesses casos, grande parte da energia do carro &eacute; usada para colocar a bateria em condi&ccedil;&otilde;es ideais de funcionamento. &ldquo;Se estiver muito frio, voc&ecirc; tem que usar a energia da bateria para esquent&aacute;-la. Se estiver muito calor, existe o risco de explos&atilde;o da bateria. Por isso, voc&ecirc; tem que usar a pr&oacute;pria energia da bateria para resfriamento&rdquo;, detalha.</p>
<h2>Carros el&eacute;tricos causam impactos negativos ao meio ambiente?</h2>
<p>A principal vantagem dos carros 100% el&eacute;tricos para o meio ambiente &eacute; que eles n&atilde;o emitem gases estufa, de modo que localmente, representam uma redu&ccedil;&atilde;o importante na polui&ccedil;&atilde;o do ar. Contudo, existem preocupa&ccedil;&otilde;es relacionadas ao impacto da minera&ccedil;&atilde;o para a obten&ccedil;&atilde;o de materiais como l&iacute;tio, essencial para a produ&ccedil;&atilde;o das baterias. Considerar a origem da energia utilizada para o carregamento do carro tamb&eacute;m &eacute; importante, pois, em &nbsp;caso de uso de fontes n&atilde;o renov&aacute;veis, como combust&iacute;veis f&oacute;sseis, a polui&ccedil;&atilde;o acontece de forma indireta.</p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/e753bffa-7bef-4248-942a-fea172132ae1.webp?width=1170&amp;height=700" alt="Segunda vida de baterias de carros el&eacute;tricos pode ser utilizada para armazenar energia solar. Foto: Soninha Vill / Giz"></p>
<p>&ldquo;Se a energia que voc&ecirc; usou para abastecer o carro el&eacute;trico vem de uma fonte limpa, como a energia solar, do vento e at&eacute; hidrel&eacute;trica, desde o momento que voc&ecirc; comprou o carro, ele vai poluir muito menos do que carros &agrave; diesel. Mas, para voc&ecirc; produzir a bateria, [a polui&ccedil;&atilde;o] acaba sendo mais alta do que o carro a diesel. S&oacute; que, ao longo do tempo, como o carro el&eacute;trico n&atilde;o vai poluir, ele acaba se tornando, no final do ciclo, melhor para o meio ambiente&rdquo;, explica a engenheira eletr&ocirc;nica Ana Clara Fachardo.</p>
<p>Para evitar impactos negativos ao meio ambiente, tamb&eacute;m &eacute; preciso encontrar solu&ccedil;&otilde;es sustent&aacute;veis para o descarte de baterias dos VE&rsquo;s. A especialista aponta o aproveitamento da &ldquo;segunda vida&rdquo; da bateria como uma forma de minimizar impactos ambientais. Esta forma de utiliza&ccedil;&atilde;o pode ser feita quando o estado de sa&uacute;de da bateria j&aacute; n&atilde;o &eacute; ideal para alimentar um carro el&eacute;trico, mas ainda &eacute; funcional para armazenar excedentes de energia solar, por exemplo. Outra alternativa &eacute; o desmonte da bateria para reciclagem dos materiais.</p>

<p>No Brasil, h&aacute; um setor que alimenta o mundo, sustenta milh&otilde;es de empregos, injeta bilh&otilde;es na economia&hellip; e ainda assim &eacute; tratado como vil&atilde;o de novela. N&atilde;o, n&atilde;o estamos falando de bancos, mineradoras ou empreiteiras. Estamos falando do agroneg&oacute;cio &mdash; essa locomotiva produtiva que, para parte da opini&atilde;o p&uacute;blica, virou sin&ocirc;nimo de devasta&ccedil;&atilde;o, desigualdade e oportunismo.</p>
<p>N&atilde;o foi o acaso que plantou esse ran&ccedil;o. Foi a ret&oacute;rica.</p>
<p>Algumas semanas atr&aacute;s, publiquei nas redes sociais a reportagem sobre cont&ecirc;ineres de frutas produzidas no norte da Bahia que ficaram retidos no porto de Salvador por causa da incerteza com os valores do tarifa&ccedil;o americano. O conte&uacute;do mostrava o impacto econ&ocirc;mico: no ano passado, 36 mil toneladas de manga do Vale do S&atilde;o Francisco tinham sido exportadas para os EUA. Neste ano, a expectativa &eacute; menos da metade disso. Desemprego e preju&iacute;zo s&atilde;o apenas algumas das consequ&ecirc;ncias esperadas.</p>
<p>Muita gente entendeu a dimens&atilde;o desse problema, n&atilde;o apenas para um empres&aacute;rio, mas para o estado como um todo. Outros - ruidosos, debochados - pareciam comemorar. Alguns destilaram coment&aacute;rios desse tipo: &ldquo;Se vendesse as frutas para o Brasil, n&atilde;o estaria passando por isso. Quer vender para exporta&ccedil;&atilde;o (emoji gargalhada). Agora as coisas fica (sic) mais barato (sic) no mercado interno&rdquo;; &ldquo;Rid&iacute;culos que s&oacute; querem sugar o que a terra aqui d&aacute;. Bem feito. Agora, v&atilde;o ser obrigados a vender para os brasileiros ou se lasquem e percao (sic) tudo&rdquo;; &ldquo;Que nada, vende mais barato. Perder faz parte do jogo&rdquo;.</p>
<p>&nbsp;</p>
<blockquote class="instagram-media" style="background: #FFF; border: 0; border-radius: 3px; box-shadow: 0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width: 540px; min-width: 326px; padding: 0; width: calc(100% - 2px);" data-instgrm-captioned="" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/reel/DMK6z_BM4iF/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14">
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</blockquote>
<p><strong>Por que ser&aacute; que o agro &eacute; t&atilde;o demonizado, mesmo quando &eacute; v&iacute;tima?</strong></p>
<p>Em termos econ&ocirc;micos, a produ&ccedil;&atilde;o do campo n&atilde;o &eacute; apenas importante: ela &eacute; vital. Dados da Confedera&ccedil;&atilde;o da Agricultura e Pecu&aacute;ria do Brasil (CNA) indicam que o setor movimentou cerca de R$ 1,3 trilh&atilde;o em 2024, <a href="https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/agronegocio/394753-o-agronegocio-setor-que-deve-faturar-quase-1-3-trilhao-lancara-uma-marca-para-ajudar-a-fortalecer-sua-reputacao.html" target="_blank" rel="noopener">e foi respons&aacute;vel por aproximadamente um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, somando R$ 2,72 trilh&otilde;es, nesse mesmo ano</a>.&nbsp;</p>
<p>O ramo agr&iacute;cola contribui com 70% desse valor, e a pecu&aacute;ria com 30%. Al&eacute;m disso, o setor &eacute; um pilar das exporta&ccedil;&otilde;es brasileiras, respondendo por quase a metade (49% do total em 2024) e gerando super&aacute;vits comerciais que fortalecem a economia nacional. O Brasil foi o <a href="https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202401/exportacoes-do-agronegocio-fecham-2023-com-us-166-55-bilhoes-em-vendas" target="_blank" rel="noopener">segundo maior exportador mundial de produtos agropecu&aacute;rios em 2023</a>, com cerca de US$ 149,7 bilh&otilde;es.&nbsp;</p>
<p>Em empregos, n&atilde;o fica atr&aacute;s. <a href="https://www.cnabrasil.org.br/noticias/populacao-ocupada-no-agronegocio-no-1o-trimestre-e-recorde" target="_blank" rel="noopener">O agroneg&oacute;cio absorveu mais de 28,5 milh&otilde;es de pessoas no primeiro trimestre de 2025</a>, o que equivale a aproximadamente um quarto da popula&ccedil;&atilde;o ocupada no pa&iacute;s. <strong>Voc&ecirc; leu direito: se quatro brasileiros estiverem trabalhando, um deles vai estar empregado na agricultura ou na pecu&aacute;ria</strong>.&nbsp;</p>
<p>Ainda assim, o setor apanha. Falar mal do agro sempre foi muito cool. E isso n&atilde;o &eacute; espont&acirc;neo. H&aacute; uma campanha difamat&oacute;ria, de d&eacute;cadas, que vai muito al&eacute;m dos apelos vermelhos e inflamados do Movimento dos Sem Terra. Al&eacute;m do MST, pol&iacute;ticos, ve&iacute;culos de comunica&ccedil;&atilde;o, docentes&hellip; muitos s&atilde;o os que parecem demonstrar, coletivamente, m&aacute;goas contra o setor produtivo do campo. &nbsp;</p>
<p>A m&iacute;dia, por exemplo, compra com muita facilidade argumentos de que produtores s&oacute; pensam em maneiras f&aacute;ceis e baratas de fazer do Brasil um imenso pasto alugado: latif&uacute;ndio, veneno, desmatamento... A maioria n&atilde;o percebe bem o que est&aacute; falando, n&atilde;o conhece sequer uma fazenda e n&atilde;o dimensiona a gera&ccedil;&atilde;o de empregos e a movimenta&ccedil;&atilde;o de economia de cidades inteiras, que s&oacute; giram quando a colheitadeira est&aacute; realmente em a&ccedil;&atilde;o.&nbsp;</p>
<p>Uma pesquisa do Centro de Estudos Avan&ccedil;ados em Economia Aplicada (CEPEA), al&eacute;m de chegar &agrave; conclus&atilde;o de que o agro responde por 25% dos empregos formais do pais, apontou um crescimento nos rendimentos dos trabalhadores e um aumento no n&iacute;vel de instru&ccedil;&atilde;o e na participa&ccedil;&atilde;o feminina no setor.</p>
<p>No entanto, a narrativa de sucesso &eacute; confrontada por uma s&eacute;rie de impactos negativos. <strong>Pesquisadores e movimentos sociais argumentam que o agroneg&oacute;cio n&atilde;o s&oacute; n&atilde;o resolve a fome, como estimula, impulsionando a desigualdade</strong>.</p>
<p>&nbsp;</p>
<h3>A fome &eacute; culpa de quem produz... comida?</h3>
<p>A fome &eacute; uma realidade alarmante, com cerca de 20 milh&otilde;es de pessoas sem ter o que comer no Brasil, apesar do agroneg&oacute;cio prosperar. Frutas classificadas como "refugo" e que n&atilde;o atendem aos padr&otilde;es de exporta&ccedil;&atilde;o s&atilde;o muitas vezes descartadas, n&atilde;o chegando &agrave; popula&ccedil;&atilde;o local. <strong>Para os estudiosos, a fome e a mis&eacute;ria seriam responsabilidade do setor produtivo, o que, em &uacute;ltima an&aacute;lise, poderia equivaler a culpar os professores pelo alto &iacute;ndice de analfabetismo na Bahia, ou os m&eacute;dicos pela sa&uacute;de ineficiente. Ou os meteorologistas, por eventos clim&aacute;ticos extremos no planeta.</strong></p>
<p>Continuam os argumentos contr&aacute;rios. H&aacute; um processo de "reprimariza&ccedil;&atilde;o da economia", onde o Brasil se foca na exporta&ccedil;&atilde;o de mat&eacute;rias-primas e importa produtos industrializados, levando a uma desindustrializa&ccedil;&atilde;o.&nbsp;</p>
<p>Segundo essas vertentes, o setor acarreta &ldquo;altos custos ao Estado&rdquo;, recebendo grande volume de cr&eacute;ditos e renegocia&ccedil;&otilde;es de d&iacute;vidas, enquanto contribui pouco em impostos. A moderniza&ccedil;&atilde;o no campo, focada no lucro, intensifica a monocultura, a concentra&ccedil;&atilde;o de terras e o uso massivo de agrot&oacute;xicos e fertilizantes, resultando em &ldquo;devasta&ccedil;&otilde;es ambientais&rdquo; e problemas de sa&uacute;de para os trabalhadores rurais.</p>
<p><strong>Mas parte da cr&iacute;tica virou caricatura. A l&oacute;gica &eacute; a seguinte: se o agro &eacute; forte, &eacute; porque est&aacute; sugando o fraco. Se exporta, &eacute; porque abandona o povo. Se lucra, &eacute; porque explora. O sucesso virou suspeita.</strong></p>
<p>O presidente da Faeb, o veterin&aacute;rio Humberto Miranda, ex-prefeito da cidade de Miguel Calmon, reconhece que o setor &ldquo;deve dar a m&atilde;o &agrave; palmat&oacute;ria&rdquo;. Mas n&atilde;o por falhas ambientais. &ldquo;A gente ainda tem equ&iacute;vocos no campo, mas eu desafio qualquer um a dizer qual setor zela mais pelo meio ambiente do que o setor produtivo&rdquo;. Miranda conta que 60% das terras protegidas est&atilde;o nas propriedades. E para quem duvida da boa f&eacute;, da consci&ecirc;ncia e da sensibilidade, ele usa argumentos totalmente capitalistas. &ldquo;Se eu tenho um rio em minha fazenda, n&atilde;o vou contaminar porque isso desvaloriza meu patrim&ocirc;nio, do mesmo jeito que n&atilde;o posso prejudicar um manancial e nem fazer com que a terra fique improdutiva. A pessoa que mais tem interesse em preserva&ccedil;&atilde;o &eacute; o produtor&rdquo;.</p>
<p>Nessa l&oacute;gica, o bom produtor n&atilde;o &eacute; s&oacute; um empres&aacute;rio. &Eacute; tamb&eacute;m um gestor ecol&oacute;gico, muitas vezes mais pragm&aacute;tico do que qualquer ambientalista de gabinete.</p>
<p>Para Humberto Miranda, a m&atilde;o &agrave; palmat&oacute;ria &eacute; pelo reconhecimento de uma comunica&ccedil;&atilde;o n&atilde;o t&atilde;o eficaz com a sociedade. &ldquo;A gente participar dos mesmos eventos, com os mesmos produtores e falando as mesmas coisas. A gente s&oacute; conversa com n&oacute;s mesmos&rdquo;, reconheceu, na sede da Faeb/Senar, num pr&eacute;dio inteiro localizado no com&eacute;rcio de Salvador.&nbsp;</p>
<p>Para alguns do setor, h&aacute; tamb&eacute;m &ldquo;recalque&rdquo;, que seria identificado na ind&uacute;stria ou no segmento de bancos. Na Bahia Farm Show de 2024, conversei com o ent&atilde;o senador pelo Rio Grande do Sul, Ireneu Orth. Al&eacute;m de pol&iacute;tico, o fazendeiro fez um diagn&oacute;stico direto sobre alguns dos ataques: <strong>&ldquo;Infelizmente, acho que &eacute; ci&uacute;me. O Brasil se manteve nos &uacute;ltimos anos gra&ccedil;as ao agro. N&oacute;s precisamos valorizar o que &eacute; nosso. O que os brasileiros est&atilde;o fazendo&rdquo;.&nbsp;</strong></p>
<p><iframe title="YouTube video player" src="https://www.youtube.com/embed/kfdNP4AiivY?si=Jd-fShurVRHKvBPg" width="560" height="315" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></p>
<p>S&oacute; recentemente os ve&iacute;culos de comunica&ccedil;&atilde;o passaram a conceder espa&ccedil;o ao agroneg&oacute;cio. Do mesmo jeito que criar o ran&ccedil;o n&atilde;o foi ato espont&acirc;neo, gerar um princ&iacute;pio de simpatia tamb&eacute;m exigiu esfor&ccedil;o. Isso &agrave;s custas de muito convencimento - e de muito patroc&iacute;nio tamb&eacute;m.</p>
<p>Minha amostragem n&atilde;o &eacute; representativa. Devo conhecer uma dezena de grandes produtores rurais, no m&aacute;ximo. Sobre um deles, pairam suspeitas de ser inescrupuloso. Sabe em quais setores, certamente, mais de 10% da categoria agem sem escr&uacute;pulos? No jornalismo, entre advogados, na medicina, nos empres&aacute;rios urbanos&hellip; em todos os setores, enfim. &nbsp;</p>
<p>A opini&atilde;o p&uacute;blica sobre o agroneg&oacute;cio &eacute; majoritariamente positiva, com&nbsp;<a href="https://news.agrofy.com.br/noticia/199776/pesquisa-65-dos-brasileiros-tem-percepcao-positiva-do-agronegocio" target="_blank" rel="noopener">65% dos brasileiros tendo uma percep&ccedil;&atilde;o favor&aacute;vel</a>&nbsp;em uma pesquisa de 2022, e sete em cada dez demonstrando interesse em saber mais sobre o setor em 2025. Contudo, uma parcela expressiva (22%) estaria disposta a boicot&aacute;-lo. Essa "m&aacute; impress&atilde;o" ou "m&aacute; vontade" &eacute;, para muitos, justific&aacute;vel. A campanha "Agro &eacute; tech, agro &eacute; pop, agro &eacute; tudo", veiculada pela Rede Globo desde 2016, busca construir uma imagem idealizada do setor. No entanto, esta pesquisa aponta que a campanha adota <a href="https://journals.openedition.org/cs/11700" target="_blank" rel="noopener">estrat&eacute;gias de *greenwashing* e desinforma&ccedil;&atilde;o</a>, silenciando impactos ambientais e sociais negativos.&nbsp;&nbsp;</p>
<p>Uma hip&oacute;tese para a m&aacute; impress&atilde;o em setores formadores de opini&atilde;o reside na discrep&acirc;ncia entre a imagem propagada e a realidade vivenciada e investigada. A Frente Parlamentar da Agropecu&aacute;ria (FPA), a chamada bancada ruralista, &eacute; apontada como poderoso lobby anti-ambiental que busca influenciar a legisla&ccedil;&atilde;o trabalhista, fundi&aacute;ria e tribut&aacute;ria, frequentemente em detrimento dos direitos dos trabalhadores rurais e popula&ccedil;&otilde;es tradicionais.&nbsp;</p>
<p>Os haters do agro dizem que o setor co-opta o discurso de "agricultura familiar" e "sustentabilidade" para se legitimar, embora essas categorias frequentemente n&atilde;o se encaixem no modelo de monocultura e larga escala predominante no setor.&nbsp;</p>
<p>Al&eacute;m disso, formadores de opini&atilde;o criticam "mitos" difundidos pelo setor, como a ideia de que o mundo sempre depender&aacute; do Brasil para alimenta&ccedil;&atilde;o, que a depend&ecirc;ncia da China &eacute; inabal&aacute;vel, ou que o C&oacute;digo Florestal Brasileiro &eacute; o mais robusto do mundo. Para eles, as prote&iacute;nas alternativas v&atilde;o se expandir ao ponto de serem consumidas em larga escala, e as san&ccedil;&otilde;es contra desmatamentos e mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas v&atilde;o determinar toda a geopol&iacute;tica.</p>
<p>A complexidade do agroneg&oacute;cio brasileiro reside na tens&atilde;o entre sua ineg&aacute;vel for&ccedil;a econ&ocirc;mica e os desafios substanciais impostos &agrave; sociedade e ao meio ambiente. A "m&aacute; impress&atilde;o" em alguns setores formadores de opini&atilde;o n&atilde;o &eacute; arbitr&aacute;ria, mas sim um reflexo de cr&iacute;ticas embasadas em dados sobre a fome, a desigualdade, a degrada&ccedil;&atilde;o ambiental, a precariedade do trabalho rural, e as estrat&eacute;gias de comunica&ccedil;&atilde;o que tentam mascarar ou neutralizar esses problemas.</p>
<p>O agroneg&oacute;cio brasileiro oscila entre a exalta&ccedil;&atilde;o como motor econ&ocirc;mico do pa&iacute;s e severas cr&iacute;ticas por seus impactos sociais e ambientais. Essa dualidade se reflete em campanhas midi&aacute;ticas que buscam construir uma imagem moderna e sustent&aacute;vel, ao passo que estudos e movimentos sociais apontam para realidades contradit&oacute;rias.</p>
<p>A verdade &eacute; que o agroneg&oacute;cio brasileiro n&atilde;o &eacute; santo nem sat&acirc;nico. &Eacute; complexo, contradit&oacute;rio, plural. E precisa ser entendido como tal. Ali&aacute;s, como cada um de n&oacute;s.&nbsp;</p>
<p>&nbsp;</p>
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<p style="text-align: justify;">Dos&nbsp;417 munic&iacute;pios da Bahia, 98,1% possu&iacute;am alguma unidade de destina&ccedil;&atilde;o ou disposi&ccedil;&atilde;o final de res&iacute;duos s&oacute;lidos, em 2023. Desses,&nbsp;312 cidades (74,8%) ainda utilizavam lix&otilde;es, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE) nesta quinta-feira (28).</p>

<p style="text-align: justify;">A utiliza&ccedil;&atilde;o de lix&otilde;es &eacute; considerada inadequada tanto do ponto de vista ambiental quanto da sa&uacute;de p&uacute;blica. Em contrapartida, os aterros sanit&aacute;rios (alternativa mais apropriada)&nbsp;estavam presentes em apenas 58 munic&iacute;pios (13,9%), colocando a Bahia em 9&ordm; lugar nacional em propor&ccedil;&atilde;o de cidades com lix&otilde;es.</p>

<p style="text-align: justify;">No Brasil, 31,9% dos munic&iacute;pios ainda utilizavam lix&otilde;es, com destaque negativo para Amazonas (91,9%), Maranh&atilde;o (86,2%) e Par&aacute; (82,6%). Por outro lado, Alagoas liderava positivamente ao n&atilde;o reportar nenhum munic&iacute;pio com lix&atilde;o.</p>

<p style="text-align: justify;"><b>Coleta seletiva e educa&ccedil;&atilde;o ambiental</b></p>

<p style="text-align: justify;">Ainda conforme o levantamento do IBGE, apenas 37,2% das cidades (155 munic&iacute;pios) baianas&nbsp;contavam com coleta seletiva em 2023, a 8&ordf; menor propor&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s. Nacionalmente, 60,4% dos munic&iacute;pios realizavam esse servi&ccedil;o, com os maiores &iacute;ndices no Paran&aacute; (94,0%), Esp&iacute;rito Santo e S&atilde;o Paulo (ambos com 85,9%).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Cabe destacar que a Pol&iacute;tica Nacional de Res&iacute;duos S&oacute;lidos (Lei n&ordm; 12.305/2010) determina a implementa&ccedil;&atilde;o da coleta seletiva nos munic&iacute;pios e a&ccedil;&otilde;es de conscientiza&ccedil;&atilde;o ambiental.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">A situa&ccedil;&atilde;o &eacute; ainda mais cr&iacute;tica na educa&ccedil;&atilde;o ambiental. Apenas 11,3% das cidades da Bahia (47 munic&iacute;pios)&nbsp;tinham pol&iacute;ticas espec&iacute;ficas para o tema, &iacute;ndice inferior &agrave; m&eacute;dia nacional (20,1%) e 10&ordm; mais baixo entre os estados.</p>

<p style="text-align: justify;"><strong>Gest&atilde;o de res&iacute;duos especiais e pol&iacute;ticas p&uacute;blicas</strong></p>

<p style="text-align: justify;">No campo dos res&iacute;duos especiais, 80,8% dos munic&iacute;pios baianos contavam com coleta especializada, alinhando-se &agrave; m&eacute;dia nacional. Res&iacute;duos de servi&ccedil;os de sa&uacute;de lideravam, sendo coletados em 315 munic&iacute;pios, seguidos pelos res&iacute;duos de constru&ccedil;&atilde;o e demoli&ccedil;&atilde;o (173 cidades).</p>

<p style="text-align: justify;">Por&eacute;m, em termos de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas de res&iacute;duos s&oacute;lidos, a Bahia apresentava os &iacute;ndices mais baixos do pa&iacute;s. Apenas 26,6% das cidades&nbsp;possu&iacute;am pol&iacute;ticas municipais espec&iacute;ficas, e 24,9% tinham planos de gest&atilde;o integrada de res&iacute;duos s&oacute;lidos, n&uacute;meros bem abaixo da m&eacute;dia nacional (46,4% e 55,7%, respectivamente).</p>

<p style="text-align: justify;"><strong>Exemplos de sucesso e munic&iacute;pios em situa&ccedil;&atilde;o prec&aacute;ria</strong></p>

<p style="text-align: justify;">Em 2023, apenas dois munic&iacute;pios baianos &mdash; Feira de Santana e Cruz das Almas &mdash; eram considerados exemplares&nbsp;na gest&atilde;o de res&iacute;duos s&oacute;lidos, enquanto 27 cidades&nbsp;apresentavam condi&ccedil;&otilde;es consideradas prec&aacute;rias, um dos piores &iacute;ndices nacionais.</p>

<p style="text-align: justify;"><strong>Servi&ccedil;os de drenagem e manejo de &aacute;guas pluviais</strong></p>

<p style="text-align: justify;">O manejo de &aacute;guas pluviais esteve presente em 93% dos munic&iacute;pios baianos, percentual elevado, mas ainda inferior &agrave; m&eacute;dia nacional de 96%. No entanto, apenas 6,2% das cidades baianas tinham plano diretor para drenagem, enquanto nacionalmente o &iacute;ndice chegava a 14,3%.</p>

<p style="text-align: justify;"><img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/127861/mg/ibgeba_munic23_drenagem_mapa.png" style="width: 700px; height: 709px;" /></p>

<p style="text-align: justify;"><strong>Resumo</strong></p>

<p style="text-align: justify;">- Solu&ccedil;&atilde;o inadequada para a destina&ccedil;&atilde;o final dos res&iacute;duos s&oacute;lidos, dos pontos de vista ambiental e de sa&uacute;de p&uacute;blica, lix&otilde;es est&atilde;o presentes em 312 munic&iacute;pios baianos, enquanto apenas 58 contam com aterros sanit&aacute;rios;<br />
- Em 2023, s&oacute; 155 munic&iacute;pios da Bahia informaram ter servi&ccedil;o de coleta seletiva, o que representava 37,2% do total de cidades do estado. A propor&ccedil;&atilde;o era bastante inferior &agrave; nacional (60,4%) e a 8&ordf; menor do pa&iacute;s;<br />
- Na Bahia, 337 munic&iacute;pios (80,8% do total) tinham servi&ccedil;o de coleta de res&iacute;duos s&oacute;lidos especiais, em 2023 - uma propor&ccedil;&atilde;o id&ecirc;ntica &agrave; nacional (80,8%);<br />
- Em 2023, todos os munic&iacute;pios baianos possu&iacute;am servi&ccedil;o de limpeza urbana e manejo de res&iacute;duos s&oacute;lidos, mas o estado tinha a menor propor&ccedil;&atilde;o de cidades com pol&iacute;tica de res&iacute;duos s&oacute;lidos: 26,6%;<br />
- Na Bahia s&oacute; 2 dos 417 munic&iacute;pios (0,5%) podiam ser considerados exemplares na gest&atilde;o dos res&iacute;duos s&oacute;lidos: Feira de Santana e Cruz das Almas, que, em 2023, &nbsp;tinham pol&iacute;tica municipal, plano municipal de gest&atilde;o integrada, coleta seletiva, coleta de res&iacute;duos especiais, sistema de log&iacute;stica reversa, n&atilde;o tinham lix&atilde;o e tinham programa de educa&ccedil;&atilde;o ambiental voltado para o tema;<br />
- No Brasil, 304 dos 5.570 munic&iacute;pios eram exemplares (5,5%), distribu&iacute;dos em 21 dos 26 estados. S&atilde;o Paulo (116 munic&iacute;pios), Paran&aacute; (47) e Rio Grande do Sul (33) lideravam, a Bahia (2) ficava apenas em 12&ordm; lugar;<br />
- No outro extremo, a Bahia tinha 27 munic&iacute;pios (6,5% do total) onde a gest&atilde;o de res&iacute;duos s&oacute;lidas era considerada prec&aacute;ria. Eram cidades que n&atilde;o tinham pol&iacute;tica nem plano municipal de gest&atilde;o integrada, nem coleta seletiva, nem coleta de res&iacute;duos especiais, nem sistema de log&iacute;stica reversa, tinham lix&atilde;o e n&atilde;o tinham programa de educa&ccedil;&atilde;o ambiental em limpeza urbana e manejo de res&iacute;duos s&oacute;lidos;<br />
- No Brasil, havia 156 munic&iacute;pios nessa situa&ccedil;&atilde;o (2,8% do total), localizados em 15 dos 26 estados; o n&uacute;mero da Bahia (27) era o 2&ordm; maior, s&oacute; abaixo do Maranh&atilde;o (42);&nbsp;<br />
- Em 9 de cada 10 munic&iacute;pios baianos (93,0%) havia algum servi&ccedil;o de drenagem e manejo de &aacute;guas pluviais, em 2023, propor&ccedil;&atilde;o pouco abaixo da nacional (96,0%);<br />
- Esses s&atilde;o alguns resultados do suplemento de Saneamento B&aacute;sico da Pesquisa de Informa&ccedil;&otilde;es B&aacute;sicas Municipais (MUNIC) 2023, que teve como fonte as 5.570 prefeituras brasileiras.</p>

<p style="text-align: justify;">&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;"></p>


<p style="text-align: justify;">Oito pessoas envolvidas em esquema de comercialização de licenças ambientais, via pagamento de propina para construção de empreendimentos imobiliários em Porto Seguro, foram presas nesta quarta-feira (14/8). Todas são alvo da “Operação Derrocada”, que também cumpriu mandados de busca e apreensão em residências e endereços comerciais de 12 pessoas.</p>
<p style="text-align: justify;">A operação foi deflagrada pelo Ministério Público do Estado da Bahia, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco Sul), com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar (PM) e Gaeco do Espírito Santo.</p>
<p style="text-align: justify;">Segundo as investigações do Gaeco Sul, o grupo criminoso atua há anos de dentro da Prefeitura de Porto Seguro, com alguns de seus integrantes se valendo da função de servidor público para solicitar ou receber, direta ou indiretamente, vantagens indevidas ou aceitar promessas de vantagens que revelam um quadro serial de corrupção pública. Há ainda situações de extorsão e de pagamento de propinas, por empresários, para concessão das licenças ambientais.</p>
<p style="text-align: justify;">De acordo com o Gaeco, o grupo de servidores tem efetuado a lavagem dos valores pagos por meio da dissimulação e ocultação das quantias recebidas, trazendo prejuízo aos cofres públicos, na medida em que declaram valor menor quando da venda dos terrenos recebidos como pagamento das condutas ilícitas praticadas.</p>
<p style="text-align: justify;"><i>Acompanhe nossas transmissões ao vivo no </i><a href="http://www.aratuon.com.br/aovivo"><b><i>www.aratuon.com.br/aovivo</i></b></a><i>. Siga a gente no </i><a href="https://instagram.com/aratuonline" target="_blank" rel="nofollow noopener"><b><i>Insta</i></b></a><i>, </i><a href="https://www.facebook.com/aratuon/" target="_blank" rel="nofollow noopener"><b><i>Facebook</i></b></a><i> e </i><a href="https://twitter.com/aratuonline?ref_src=twsrc%5Egoogle%7Ctwcamp%5Eserp%7Ctwgr%5Eauthor" target="_blank" rel="nofollow noopener"><b><i>Twitter</i></b></a><i>.  Envie denúncia ou sugestão de pauta para </i><b><i>(71) 99940 – 7440</i></b><i> (WhatsApp).</i></p>

<p style="text-align: justify;">Uma sucuri de quase sete metros foi encontrada morta, com marcas de tiros, às margens do Rio Formoso, em Bonito, no Mato Grosso do Sul, nesse domingo (24/3). Segundo o fotógrafo Cristian Dimitrius, que registra animais na região há duas décadas, trata-se de 'Ana Julia', ou 'Vovozona', cobra a qual ele acompanha há dez anos e que ficou famosa em documentários e vídeo compartilhado pelo biólogo holandês Freek Vonk.</p>
<p style="text-align: justify;">"Revoltante! Muito revoltante!", escreveu Dimitrius nas redes sociais. "Como muitos sabem, há quase 20 anos filmo sucuris na região de Bonito e nos últimos anos estes encontros se intensificaram a ponto de reconhecermos e até dar nome a algumas fêmeas. Uma delas, batizamos de Ana Julia ha cerca de 10 anos, quando estava gravando para a BBC", continuou o fotógrafo.</p>
<p style="text-align: justify;">Na postagem, ele diz que encontrava a fêmea todos os anos e que foi possível,l até, entender um pouco o padrão de comportamento dela. "Filmei ela acasalando duas vezes. Ela ficou bem famosa em uma postagem recente sobre uma nova espécie de sucuri descoberta na Amazônia, mas filmada em Bonito, rs, e ano passado fiz belas dessa linda sucuri para 2 documentários que ainda vão sair", acrescentou.</p>
<p style="text-align: justify;">"Que tristeza, que raiva", descreveu Dimitrius ao relatar como reagiu quando soube da morte de Ana Julia. "Quem teria feito um absurdo destes???? Sinto que perdi uma amiga, um membro da família, um ser especial na qual passei muitos momentos especiais juntos. Só digo que isso não vai ficar assim, vamos investigar e ir atrás dessa pessoa. Ela terá que prestar contas à Justiça!", completou ele.</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>Veja abaixo:</strong></p>

<blockquote class="instagram-media" style="background: #FFF; border: 0; border-radius: 3px; box-shadow: 0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width: 540px; min-width: 326px; padding: 0; width: calc(100% - 2px);" data-instgrm-captioned="" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/p/C46bQrkPtOS/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14">
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&nbsp;
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</div>
</div>
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&nbsp;
<p style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17px; margin-bottom: 0; margin-top: 8px; overflow: hidden; padding: 8px 0 7px; text-align: center; text-overflow: ellipsis; white-space: nowrap;"><a style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 17px; text-decoration: none;" href="https://www.instagram.com/p/C46bQrkPtOS/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" target="_blank" rel="noopener">Uma publicação compartilhada por Cristian Dimitrius (@cdimitrius)</a></p>

</div></blockquote>
<p style="text-align: justify;"><script async src="//www.instagram.com/embed.js"></script></p>
<p style="text-align: justify;">Segundo o G1 do Mato Grosso do Sul, a identificação também foi confirmada pela especialista em sucuris e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Juliana Terra, que acompanhava a cobra há oito anos, em estudos. Ela frisou que Ana Julia era um símbolo para a região de Bonito.</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>EM TEMPO</strong></p>
<p style="text-align: justify;">Em outra postagem, Dimitrius compartilhou imagens que fez em agosto do ano passado, quando Ana Julia estava prestes a mudar de pele. "Foi um dos meus melhores encontros e fiquei na água com ela por mais de uma hora. Apenas eu e ela, a rainha do Formoso. Sigo indignado. Como podem fazer isso com um animal tão incrível? Precisamos mudar a percepção que as pessoas possuem deste animal. Urgente!", escreveu.</p>

<blockquote class="instagram-media" style="background: #FFF; border: 0; border-radius: 3px; box-shadow: 0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width: 540px; min-width: 326px; padding: 0; width: calc(100% - 2px);" data-instgrm-captioned="" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/reel/C48gdmcvpMR/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14">
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<div style="color: #3897f0; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: 550; line-height: 18px;">Ver essa foto no Instagram</div>
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<p style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17px; margin-bottom: 0; margin-top: 8px; overflow: hidden; padding: 8px 0 7px; text-align: center; text-overflow: ellipsis; white-space: nowrap;"><a style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 17px; text-decoration: none;" href="https://www.instagram.com/reel/C48gdmcvpMR/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" target="_blank" rel="noopener">Uma publicação compartilhada por Cristian Dimitrius (@cdimitrius)</a></p>

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<p style="text-align: justify;"><script async src="//www.instagram.com/embed.js"></script></p>
<p style="text-align: justify;"><i>Acompanhe nossas transmissões ao vivo no </i><strong><a href="http://www.aratuon.com.br/aovivo"><i>www.aratuon.com.br/aovivo</i></a></strong><i>. Siga a gente no </i><strong><a href="https://instagram.com/aratuonline" target="_blank" rel="nofollow noopener"><i>Insta</i></a></strong><i>, </i><strong><a href="https://www.facebook.com/aratuon/" target="_blank" rel="nofollow noopener"><i>Facebook</i></a></strong><i> e </i><strong><a href="https://twitter.com/aratuonline?ref_src=twsrc%5Egoogle%7Ctwcamp%5Eserp%7Ctwgr%5Eauthor" target="_blank" rel="nofollow noopener"><i>Twitter</i></a></strong><i>. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para </i><i>(71) 99940 – 7440</i><i>. Nos insira nos seus grupos!</i></p>

<p style="text-align: justify;">Moradores do Corredor da Vitória, em Salvador, denunciaram ao <strong>Aratu On</strong> a prática de pesca com explosivos, o que é considerado crime ambiental, por volta das 6h desta quarta-feira (28/2). Em imagens enviadas ao <strong>Aratu On </strong>é possível ver diversos peixes mortos, boiando, e parte da água branca, como ocorre após alguma forte movimentação.</p>
<p style="text-align: justify;"><img class="alignnone size-full wp-image-300807" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/02/pesca1.jpg" alt="" width="700" height="513" /> <img class="alignnone size-large wp-image-300808" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/02/pesca2.jpg" alt="" width="700" height="488" />
<em>Fotos: Valter Pontes</em></p>
<p style="text-align: justify;">Ainda de acordo com os denunciantes, os responsáveis por essa prática escondem os barcos na vegetação.</p>
<p style="text-align: justify;">Procurada pelo <strong>Aratu On</strong>, a Polícia Ambiental informou que não foi acionada. Vale destacar que a pesca com explosivos é proibida pela Lei 9.605/98 (capítulo V, artigo 35, inciso II).</p>
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O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL) autuou a Braskem em mais de R$ 72 milhões por omissão de informações, danos ambientais e pelo risco de colapso e desabamento da mina 18, na região do Mutange, em Maceió. Conforme divulgou o IMA nesta terça-feira (5/12), desde 2018 a Braskem já foi autuada 20 vezes pelo instituto.<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1570632&amp;o=node" /><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1570632&amp;o=node" />

O IMA informou que a primeira multa, no valor de R$ 70.274.316,34, foi feita devido à degradação ambiental decorrente de atividades que, direta ou indiretamente, afetam a segurança e o bem-estar da população, “gerando condições desfavoráveis para as atividades sociais e econômicas”.

“Além dessa autuação, a Braskem vai responder também pela omissão de informações sobre a obstrução da cavidade da mina 18, detectada no dia 07/11/2023, quando a empresa realizou o exame de sonar prévio para o início do seu preenchimento, em desconformidade com a Licença de Operação n° 2023.18011352030.Exp.Lon. A multa é de R$ 2.027.143,92”, informou o instituto.

Nesta segunda-feira (4/12), a Defesa Civil de Maceió informou que o afundamento da mina 18 da Braskem reduziu para 0,25 centímetros por hora. A mina, que fica na região do antigo campo do Centro Sportivo Alagoano (CSA), no Mutange, é de 1,77 metro e a velocidade vertical apresenta movimento de seis centímetros nas últimas 24 horas. Mesmo com a redução, o alerta máximo permanece devido ao risco de colapso da estrutura.

<em>*Agência Brasil*</em>

<strong>LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/geral/2023-12-04/deslocamento-da-mina-18-da-braskem-cai-para-025-cm-por-hora-em-maceio/">Deslocamento da mina 18 da Braskem cai para 0,25 cm por hora em Maceió</a></strong>

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<p style="text-align: justify;">Setenta metros cúbicos de árvores nativas dos biomas de Cerrado e Mata Atlântica, encontrados na cidade de Ibicoara, que fica a cerca de 570 quilômetros de Salvador, foram apreendidas por equipes da Companhia Independente de Polícia e Proteção Ambiental (Cippa) de Lençóis após a derrubada de árvores com o uso de motoserras por um suspeito de crime ambiental. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP), armas e drogas também foram encontradas com o homem.</p>
<p style="text-align: justify;">De acordo a SSP, guarnições realizavam patrulhamento em diversos pontos em áreas de proteção ambiental quando escutaram um barulho alto de serras elétricas. Em seguida, os policiais correram em direção ao local e encontraram o homem.</p>
<p style="text-align: justify;">“Nós o encontramos com duas espingardas que provavelmente seriam usadas para a caça ilegal de animais selvagens e pequena quantidade de maconha”, detalhou o comandante da unidade, major George Porto.</p>
<p style="text-align: justify;">O oficial ainda informou que os agentes questionaram se o suspeito portava os documentos obrigatórios para o uso das motosserras, mas o homem não informou.</p>
<p style="text-align: justify;">Ele foi conduzido, juntamente com as armas e as drogas, para a Delegacia Territorial de Barra da Estiva. As madeiras encontradas ficaram sob os cuidados da Secretaria do Meio Ambiente de Ibicoara.</p>


<p style="text-align: justify;">O Minist&eacute;rio P&uacute;blico da Bahia (MP) encontrou dez barragens de acumula&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua locais por irregularidades detectadas durante inspe&ccedil;&otilde;es do Instituto do Meio Ambiente e Recursos H&iacute;dricos (Inema) e da Fiscaliza&ccedil;&atilde;o Preventiva Integrada (FPI) na Bacia do Rio do Salitre. O Munic&iacute;pio de V&aacute;rzea Nova e oito respons&aacute;veis foram acionados pelo MP.</p>

<p style="text-align: justify;">Segundo o promotor de Justi&ccedil;a Pablo Almeida, foi constatado que as barragens n&atilde;o t&ecirc;m licenciamento ambiental e n&atilde;o garantem o fluxo h&iacute;drico &agrave; jusante, ap&oacute;s o barramento, para garantia ambiental do rio vivo. Em outras palavras, as estruturas est&atilde;o impedindo a continuidade do leito natural do curso do rio, fazendo com que a &aacute;gua n&atilde;o chegue mais onde chegava.</p>

<p style="text-align: justify;">Uma obra como essa, que modifica uma reserva natural, s&oacute; pode ser feita ap&oacute;s um licenciamento ambiental ou outorga de interven&ccedil;&atilde;o em recurso h&iacute;drico. Na a&ccedil;&atilde;o, Pablo Almeida informa que as inspe&ccedil;&otilde;es revelaram a acumula&ccedil;&atilde;o de impactos sin&eacute;rgicos que acabaram matando o Rio do Salitre, um afluente do Rio S&atilde;o Francisco.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">&ldquo;Agora, o rio pede socorro e &eacute; considerado um dos cursos h&iacute;dricos mais degradados do estado, n&atilde;o correndo ininterruptamente desde a d&eacute;cada de 1980&rdquo;, frisa.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">O promotor enfatizou que a situa&ccedil;&atilde;o atual do rio s&oacute; chegou a este ponto pela falta do licenciamento e da toler&acirc;ncia com a implanta&ccedil;&atilde;o das barragens, constru&iacute;das sob o argumento da necessidade de combate &agrave; seca. &ldquo;Na pr&aacute;tica, n&atilde;o se resolveu, minimamente, a situa&ccedil;&atilde;o do combate &agrave; seca, sendo que, ao contr&aacute;rio, se levou o Rio Salitre &agrave; morte. Isto porque naquelas barragens pertencentes ao Poder P&uacute;blico, contempladas por programa de car&aacute;ter social e de combate &agrave; pobreza, o Inema entendia que seria dispens&aacute;vel a licen&ccedil;a ambiental&rdquo;, conclui Pablo Almeida.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">O MP pede que Inema exija dos respons&aacute;veis a apresenta&ccedil;&atilde;o, no prazo m&aacute;ximo de 90 dias, de um requerimento de Licenciamento Ambiental de Regulariza&ccedil;&atilde;o, tamb&eacute;m chamado de licenciamento corretivo, para as barragens sob sua responsabilidade. Al&eacute;m disso, que exija os planos ambientais de conserva&ccedil;&atilde;o/recupera&ccedil;&atilde;o e uso do entorno do reservat&oacute;rio e defini&ccedil;&atilde;o exata da poligonal da &Aacute;rea de Prote&ccedil;&atilde;o Ambiental (APP) das barragens, com o cadastramento de todos os propriet&aacute;rios, propriedades e posses no entorno das dez estruturas, os dados &agrave;s propriedades e posses rurais, cadastramento preciso das &aacute;reas que precisam de recupera&ccedil;&atilde;o ambiental, das &aacute;reas de APP e Reserva Legal.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;"><br />
O &oacute;rg&atilde;o requer ainda que o Inema seja obrigado a exigir dos propriet&aacute;rios a apresenta&ccedil;&atilde;o dos programas de Regulariza&ccedil;&atilde;o Ambiental e de Recupera&ccedil;&atilde;o &Aacute;rea Degradada para cada uma das &aacute;reas. O promotor tamb&eacute;m solicita que Inema vistorie, no prazo m&aacute;ximo de 90 dias, todas as posses ou propriedades rurais, para que o uso da &aacute;gua das barragens seja regularizado pela Embasa.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Outro pedido &eacute; que o Inema seja obrigado a apresentar, no prazo m&aacute;ximo de 90 dias, cronograma f&iacute;sico, de no m&aacute;ximo dez anos, e financeiro, de n&atilde;o menos que R$ 10 milh&otilde;es, de implementa&ccedil;&atilde;o do Plano da Bacia do Salitre no Munic&iacute;pio de V&aacute;rzea Nova, com previs&atilde;o de in&iacute;cio de a&ccedil;&otilde;es em campo no m&aacute;ximo at&eacute; janeiro de 2023.</p>

<p style="text-align: justify;"><strong>LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/geral/professores-desocupam-prefeitura-de-feira-de-santana-apos-ordem-de-justica" target="_blank">Professores desocupam&nbsp;Prefeitura de Feira de Santana ap&oacute;s ordem de Justi&ccedil;a</a></strong></p>

<p style="text-align: justify;"><strong><a href="https://www.aratuon.com.br/categorias/coronavirus/" target="_blank">Acompanhe&nbsp;todas as not&iacute;cias sobre o novo coronav&iacute;rus</a>.</strong></p>

<p>&zwnj;<em>Acompanhe nossas transmiss&otilde;es ao vivo e conte&uacute;dos exclusivos no&nbsp;<strong><a href="http://www.aratuon.com.br/aovivo" target="_blank">www.aratuon.com.br/aovivo</a></strong>. Nos mande uma mensagem pelo WhatsApp: (71) 99986-0003.</em></p>


<p style="text-align: justify;">Uma opera&ccedil;&atilde;o da Companhia Independente de Pol&iacute;cia de Prote&ccedil;&atilde;o Ambiental (Cippa) Porto Seguro, em conjunto com prepostos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos H&iacute;dricos (Inema) libertou mais de 6 mil caranguejos que estavam sendo criados em cativeiros ilegais, aqui na Bahia.</p>

<p style="text-align: justify;">As incurs&otilde;es foram nas localidades de Ambar e Alcural, munic&iacute;pio de Camamu, que fica a 195 km da capital baiana. Os crust&aacute;ceos estavam sendo mantidos em tanques e caixas localizados em im&oacute;veis que funcionavam como criadouros ilegais.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Diante da fiscaliza&ccedil;&atilde;o, os propriet&aacute;rios dos locais n&atilde;o apresentaram a documenta&ccedil;&atilde;o necess&aacute;ria ao desempenho das atividades de cria&ccedil;&atilde;o em cativeiro e comercializa&ccedil;&atilde;o das esp&eacute;cies encontradas, sendo notificados pelo Inema.</p>

<p style="text-align: justify;">Os 6 mil caranguejos u&ccedil;&aacute;s e os 150 guaiamuns foram apreendidos e em seguida libertados em seu habitat natural. As esp&eacute;cies s&atilde;o nativas das regi&otilde;es de manguezais e ambas s&atilde;o bastante apreciadas pela culin&aacute;ria.</p>

<p style="text-align: justify;"><strong>LEIA MAIS:<a href="https://aratuon.com.br/esportes/noticia/esportes/sera-que-ele-volta-daniel-alves-fala-sobre-possivel-retorno-ao-tricolor-baiano-amo-muito-o-bahia-assista" target="_blank">&nbsp;Ser&aacute; que ele volta? Daniel Alves fala sobre poss&iacute;vel retorno ao tricolor baiano: &quot;amo muito o Bahia&quot;; assista</a></strong></p>

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