Em Salvador, o Ateli&ecirc; M&atilde;o de M&atilde;e transforma fios de algod&atilde;o em arte. Mais que moda autoral, h&aacute; mem&oacute;ria afetiva e identidade em cada pe&ccedil;a de croch&ecirc;. No oeste da Bahia, o mesmo algod&atilde;o passa por rigorosos testes no maior centro de an&aacute;lise de fibras da Am&eacute;rica Latina, garantindo padr&atilde;o internacional de qualidade.
Assim, entre artes&atilde;s que criam cole&ccedil;&otilde;es inspiradas no cotidiano e m&aacute;quinas de alta tecnologia que classificam milh&otilde;es de amostras por safra, o algod&atilde;o baiano se firma como elo entre tradi&ccedil;&atilde;o, inova&ccedil;&atilde;o e sustentabilidade.
<img src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/3b3ddf42-5db7-4b32-b329-a09924b1cfdf.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Pe&ccedil;as de croch&ecirc; do Ateli&ecirc; M&atilde;o de M&atilde;e | Imagens: divulga&ccedil;&atilde;o">
<h2>Moda com raiz no algod&atilde;o</h2>
Com "fazer coletivo, artesanal e respons&aacute;vel", o&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/ateliemaodemae/" target="_blank" rel="noopener">Ateli&ecirc; M&atilde;o de M&atilde;e</a> &eacute; resultado de um sonho tecido a muitas m&atilde;os pelos s&oacute;cios criadores Vin&iacute;cius Santana, Patrick Fortuna e Luciene Brito. &ldquo;O Ateli&ecirc; surgiu da ideia de enaltecer a m&atilde;e do Vinicius, que acabou se transformando tamb&eacute;m na hist&oacute;ria de outras mulheres, m&atilde;es artes&atilde;s e crocheteiras&rdquo;, conta Patrick Fortuna, cofundador e diretor criativo.
<img src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/90a5077a-99ed-4826-885c-6699fd46946d.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Vin&iacute;cius Santana, Luciene Brito e Patrick Fortuna, criadores do Ateli&ecirc; M&atilde;o de M&atilde;e | Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o/Ateli&ecirc; M&atilde;o de M&atilde;e">
A marca aposta em processos criativos org&acirc;nicos e sustent&aacute;veis, com cole&ccedil;&otilde;es divididas em temas, refer&ecirc;ncias e storytelling. &ldquo;Trabalhamos com mat&eacute;rias-primas sustent&aacute;veis, como o 100% algod&atilde;o da marca Pingouin, e o linho produzido no Brasil com quase zero poluentes. Aproveitamos praticamente todos os restos de linha, criando pe&ccedil;as &uacute;nicas&rdquo;, explica Fortuna ao Aratu On.
E a busca por mat&eacute;ria-prima de excel&ecirc;ncia est&aacute; no centro da proposta. &ldquo;Est&aacute; diretamente relacionada a conforto, bom caimento e vestibilidade. Todas as pe&ccedil;as s&atilde;o estudadas antes de chegar ao consumidor final, para que vistam bem e proporcionem eleg&acirc;ncia e originalidade.&rdquo;
<img src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/885834fb-4494-4192-a51f-e54ca6fd48f2.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Patrick Fortuna, diretor criativo do Ateli&ecirc; M&atilde;o de M&atilde;e | Foto: arquivo pessoal">
Parceiro da iniciativa "Sou de Algod&atilde;o", o Ateli&ecirc; refor&ccedil;a o compromisso com a cadeia produtiva nacional. &ldquo;&Eacute; um aliado essencial desde o in&iacute;cio. Eles valorizam o algod&atilde;o brasileiro, fiscalizam agricultores, oferecem treinamento e contribuem para a sustentabilidade, sob lideran&ccedil;a de Silmara Ferraresi e Manami&rdquo;, afirma o diretor criativo.
A "Sou de Algod&atilde;o" &eacute; uma iniciativa criada pela Abrapa (Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira dos Produtores de Algod&atilde;o) em 2016, lan&ccedil;ada durante a S&atilde;o Paulo Fashion Week, para promover a sustentabilidade e o consumo consciente do algod&atilde;o brasileiro. A ideia &eacute; incentivar o uso de ao menos 70% do produto nacional sustent&aacute;vel na composi&ccedil;&atilde;o dos tecidos, al&eacute;m de proporcionar conforto e durabilidade ao consumido.
<h2 style="text-align: justify;">Bahia, pot&ecirc;ncia da fibra</h2>
<a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/brasil-desbanca-eua-e-assume-lideranca-mundial-na-exportacao-de-algodao" target="_blank" rel="noopener">O Brasil &eacute; l&iacute;der mundial na exporta&ccedil;&atilde;o</a> de algod&atilde;o e a Bahia &eacute; o segundo maior produtor de algod&atilde;o do pa&iacute;s, atr&aacute;s apenas do Mato Grosso. De acordo com a <a href="https://aratuon.com.br/politica/acb-e-fieb-pedem-uso-de-creditos-para-reduzir-custo-do-gas-natural-a-empresas" target="_blank" rel="noopener">Federa&ccedil;&atilde;o das Ind&uacute;strias da Bahia (FIEB)</a>, a fibra foi o 5&ordm; produto mais exportado pelo estado em 2024.
Esse protagonismo exige efici&ecirc;ncia e controle de qualidade. Por isso, desde 2020, todo o algod&atilde;o produzido na regi&atilde;o do Matopiba &mdash; Maranh&atilde;o, Tocantins, Piau&iacute; e Bahia &mdash; passa pelo Centro de An&aacute;lise de Fibras da Abapa, localizado em Lu&iacute;s Eduardo Magalh&atilde;es (LEM), cidade <a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/agronegocio-na-bahia-potencia-economica-principais-produtos-e-desafios" target="_blank" rel="noopener">refer&ecirc;ncia no agroneg&oacute;cio</a> nacional e realizadora da <a href="https://aratuon.com.br/economia/bahia-farm-show-2025-comeca-com-novidades-em-infraestrutura" target="_blank" rel="noopener">Bahia Farm Show</a>.
&ldquo;O processo principal da usina de beneficiamento &eacute; o descaro&ccedil;amento, que separa a fibra da semente. A fibra, que tem maior valor agregado, segue para limpeza e prensagem em fardos, cada um com amostras destinadas &agrave; classifica&ccedil;&atilde;o&rdquo;, explica S&eacute;rgio Brentano, gerente do laborat&oacute;rio.
<img src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/89106d9c-2d09-4dbd-8638-6016bd7d0753.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="A Bahia &eacute; o segundo maior produtor de algod&atilde;o do Brasil | Foto: Abapa">
<h2 style="text-align: justify;">O maior centro de an&aacute;lise de fibra da Am&eacute;rica Latina</h2>
Com capacidade para processar 30 mil amostras por dia, o centro opera 24 horas durante a safra, com at&eacute; 100 colaboradores tempor&aacute;rios. &ldquo;Esse laborat&oacute;rio foi fundado nos anos 2000 e expandido &agrave; medida que a produ&ccedil;&atilde;o cresceu. Hoje, a estrutura est&aacute; no limite. Por isso, estamos construindo uma nova sede, projetada para abrigar at&eacute; 32 m&aacute;quinas, com capacidade para 60 mil an&aacute;lises di&aacute;rias&rdquo;, revela Brentano.
O laborat&oacute;rio utiliza equipamentos de ponta, como os instrumentos HVI da marca Uster, e integra o programa Standard Brazil HVI, garantindo padroniza&ccedil;&atilde;o nacional. Tamb&eacute;m adota o Sistema de Condicionamento R&aacute;pido, que reduziu o tempo de an&aacute;lise de 86 horas para apenas 24.
Al&eacute;m da classifica&ccedil;&atilde;o, o centro assegura rastreabilidade por meio do sistema SAE, gerido pela Abrapa, que atribui c&oacute;digo &uacute;nico a cada fardo produzido. &ldquo;A rastreabilidade mostra ao mercado que o algod&atilde;o foi cultivado com boas pr&aacute;ticas econ&ocirc;micas e ambientais, trazendo confian&ccedil;a e credibilidade&rdquo;, acrescenta o gerente.
<img src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/06a65c4f-fa05-49dd-89ed-79d2083ac2c2.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Centro de Analise de Fibras da Abapa &eacute; o maior da Am&eacute;rica Latina e atende ao Matopiba | Fotos: Divulga&ccedil;&atilde;o/Abapa">
<h2>Sustentabilidade e desafios clim&aacute;ticos na produ&ccedil;&atilde;o do Algod&atilde;o</h2>
&Agrave; frente da Associa&ccedil;&atilde;o Baiana dos Produtores de Algod&atilde;o, Alessandra Zanotto Costa refor&ccedil;a o papel da entidade em conectar o campo a diferentes setores. &ldquo;Estamos aqui para oferecer solu&ccedil;&otilde;es ao associado, n&atilde;o apenas para que ele produza mais e melhor, mas tamb&eacute;m para integrar essa produ&ccedil;&atilde;o a outras cadeias, como a animal e a ind&uacute;stria aliment&iacute;cia. Esse &eacute; o papel da Abapa: fazer conex&otilde;es, desde pol&iacute;ticas p&uacute;blicas at&eacute; parcerias com institui&ccedil;&otilde;es.&rdquo;
<blockquote>
&ldquo;&Eacute; uma cultura onde tudo se aproveita&rdquo;, diz Alessandra Zanotto.
</blockquote>
Diante da emerg&ecirc;ncia clim&aacute;tica, ela ressalta as pr&aacute;ticas adotadas no campo: &ldquo;Os produtores j&aacute; trabalham com manejo eficiente da &aacute;gua e do solo, conten&ccedil;&atilde;o de recursos h&iacute;dricos, mensura&ccedil;&atilde;o de carbono e opera&ccedil;&otilde;es mais limpas, emitindo menos gases. Tudo isso fortalece o papel do setor dentro da <a href="https://aratuon.com.br/mundo/brasil-e-oficialmente-anunciado-como-sede-da-cop30-em-2025" target="_blank" rel="noopener">pauta da COP 30</a>.&rdquo;
<img src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/417c4be7-6dff-4ef0-98ab-cab8b5904dbe.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Alessandra Zanotto (ao centro) com vestido do Ateli&ecirc; M&atilde;o de M&atilde;e no jantar de 25 anos da Abapa | Foto: redes sociais">
<h2>Exporta&ccedil;&atilde;o do algod&atilde;o baiano em alta</h2>
O algod&atilde;o baiano tamb&eacute;m encontrou novas rotas para o mercado externo. Em 2022, apenas 545 cont&ecirc;ineres sa&iacute;ram do Terminal de Cont&ecirc;ineres de Salvador (Tecon). Na safra 2024/25, j&aacute; foram mais de 5,7 mil. A expans&atilde;o se deve a obras de moderniza&ccedil;&atilde;o do porto e a uma nova rota direta para a &Aacute;sia, que reduziu o tempo de viagem para 40 dias.
Com isso, a Bahia se aproxima cada vez mais de mercados estrat&eacute;gicos como China, Paquist&atilde;o e Vietn&atilde;. A expectativa, segundo estimativas da Conab, &eacute; que o Matopiba produza cerca de 925 mil toneladas da pluma na safra 2024/25, aproximadamente 23% do total nacional.
+&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/quais-sao-os-principais-produtos-do-agronegocio-na-bahia" target="_blank" rel="noopener">Quais s&atilde;o os principais produtos do agroneg&oacute;cio na Bahia?</a>
<h2>Algod&atilde;o da Bahia: do fio &agrave; vitrine</h2>
<article>
Da fibra que sai do campo &agrave;s pe&ccedil;as que chegam &agrave;s vitrines de Salvador, o algod&atilde;o baiano percorre uma longa jornada. Para Patrick Fortuna, essa conex&atilde;o &eacute; essencial. &ldquo;Estamos nos aproximando da Abapa e em breve vamos realizar um workshop sobre nossa hist&oacute;ria. &Eacute; uma parceria fundamental, porque impacta diretamente a qualidade da fibra que utilizamos.&rdquo;
Entre tecnologia, sustentabilidade e criatividade, o algod&atilde;o segue sendo um fio condutor que une produtores, estilistas, exportadores e consumidores. Com um ciclo que come&ccedil;a no campo, passa por laborat&oacute;rios de alta tecnologia, chega &agrave;s m&atilde;os de artes&atilde;s e ganha o mundo, a produ&ccedil;&atilde;o baiana constroi pontes enquanto tece.
<img src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/20974046-8cf4-40b1-bbe3-44e1e0574859.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Algod&atilde;o baiano percorre longa jornada do campo &agrave;s vitrines | Foto: Abapa">
</article>

O agroneg&oacute;cio &eacute; um dos pilares da economia baiana, respons&aacute;vel por movimentar bilh&otilde;es de reais e por garantir a presen&ccedil;a do estado no cen&aacute;rio nacional e internacional de exporta&ccedil;&otilde;es. Segundo o IBGE, no primeiro trimestre de 2025, o setor respondeu por&nbsp;14,3% da economia estadual, confirmando sua for&ccedil;a e sua relev&acirc;ncia para o desenvolvimento regional.
No total, o setor agropecu&aacute;rio baiano mant&eacute;m um estoque de 134.017 empregos formais, demonstrando sua relev&acirc;ncia n&atilde;o apenas econ&ocirc;mica, mas tamb&eacute;m social.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/ca21b6f4-4a2b-4e12-92d4-fd69f115df6b.jpeg?width=955&amp;height=520" alt="Participa&ccedil;&atilde;o do agroneg&oacute;cio no PIB baiano">
A participa&ccedil;&atilde;o do agroneg&oacute;cio no PIB estadual tamb&eacute;m se destaca. Entre 2012 e 2024, a contribui&ccedil;&atilde;o do setor vem oscilando, mas segue como um dos pilares da economia baiana, ao lado da ind&uacute;stria e dos servi&ccedil;os.
A Bahia re&uacute;ne condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas e geogr&aacute;ficas diversas, o que permite a produ&ccedil;&atilde;o de uma grande variedade de culturas. Da soja cultivada em larga escala no Oeste, passando pelo cacau que transformou o sul do estado, at&eacute; a fruticultura irrigada no Vale do S&atilde;o Francisco, o territ&oacute;rio baiano se consolidou como refer&ecirc;ncia em produtividade e diversidade agr&iacute;cola.
A seguir, destacamos os principais produtos do agroneg&oacute;cio na Bahia, contextualizando sua import&acirc;ncia hist&oacute;rica, econ&ocirc;mica e social. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE) e compilados, a pedido do Aratu On, <a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/quem-mais-preserva-meio-ambiente-e-o-produtor-rural-diz-presidente-da-faeb" target="_blank" rel="noopener">pela Federa&ccedil;&atilde;o da Agricultura e Pecu&aacute;ria do Estado da Bahia (FAEB).</a>
<h3 data-start="1068" data-end="1202">Ranking por produtividade</h3>
Apesar de n&atilde;o serem os produtos mais lucrativos, na Bahia, o tomate, a batata-inglesa e a cebola lideram o top3 de rendimento por &aacute;rea plantada no estado. Com rendimento m&eacute;dio de 56.023 kg por hectare, o tomate demonstra alto desempenho, mesmo em uma &aacute;rea relativamente pequena de 6,2 mil hectares. A produ&ccedil;&atilde;o total chegou a 343 mil toneladas, movimentando R$ 935,8 milh&otilde;es no estado.
A batata-inglesa tamb&eacute;m se mostra bastante produtiva, alcan&ccedil;ando 43.988 kg/ha em 8,8 mil hectares plantados. Foram colhidas 389 mil toneladas, com valor superior a R$ 730,5 milh&otilde;es.&nbsp;Outro destaque &eacute; a cebola, tradicional no interior baiano, que atingiu rendimento de 39.490 kg/ha. Em 7,5 mil hectares cultivados, a safra rendeu quase 299 mil toneladas, avaliadas em R$ 671,6 milh&otilde;es.
Embora n&atilde;o ocupe lugar de lideran&ccedil;a em valor de produ&ccedil;&atilde;o, a cana-de-a&ccedil;&uacute;car apresenta produtividade expressiva, com 73.139 kg/ha. Foram 5,65 milh&otilde;es de toneladas colhidas em 77,2 mil hectares, movimentando R$ 776,7 milh&otilde;es. A cultura &eacute; estrat&eacute;gica para o setor energ&eacute;tico e para a ind&uacute;stria aliment&iacute;cia.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/7d27fb87-48ca-488f-8942-e34b004ccd89.jpeg?width=1002&amp;height=285" alt="Produtos do agroneg&oacute;cio, lucro e &aacute;rea plantada">
<h2 data-start="1209" data-end="1244">O protagonismo do Oeste baiano</h2>
J&aacute; em termos de <a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/oeste-da-bahia-entenda-por-que-a-regiao-e-um-polo-do-agronegocio-brasileiro" target="_blank" rel="noopener">regi&otilde;es produtivas, destaca-se o Oeste da Bahia,</a> que se transformou no maior polo de produ&ccedil;&atilde;o de gr&atilde;os do estado. Munic&iacute;pios como Barreiras, Lu&iacute;s Eduardo Magalh&atilde;es e Correntina concentram grandes &aacute;reas agr&iacute;colas e atraem investimentos nacionais e estrangeiros.
Segundo o IBGE (2023), a regi&atilde;o produziu:
<ul data-start="1526" data-end="1734">
<li data-start="1526" data-end="1591">
Soja: 7.749.176 toneladas, com valor de R$ 16,98 bilh&otilde;es;
</li>
<li data-start="1592" data-end="1668">
Algod&atilde;o herb&aacute;ceo: 1.429.656 toneladas, equivalente a R$ 7,2 bilh&otilde;es;
</li>
<li data-start="1669" data-end="1734">
Milho: 2.232.120 toneladas, com valor de R$ 2,07 bilh&otilde;es.
</li>
</ul>
Al&eacute;m desses, o feij&atilde;o, o fumo, o caf&eacute; ar&aacute;bica e as frutas &mdash; como banana, laranja, manga, lim&atilde;o e maracuj&aacute; &mdash; tamb&eacute;m se destacam, demonstrando a diversidade produtiva da regi&atilde;o.
O modelo de produ&ccedil;&atilde;o do Oeste combina tecnologia agr&iacute;cola, uso intensivo de maquin&aacute;rio e pesquisa cient&iacute;fica, o que transformou a &aacute;rea em uma das mais produtivas do Brasil. A regi&atilde;o &eacute; respons&aacute;vel por colocar a Bahia entre os maiores produtores de gr&atilde;os e fibras do pa&iacute;s.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/b22aa019-d2fa-4b0c-9780-face243ab188.jpeg?width=838&amp;height=413" alt="Pessoas empregadas por cultivo ">
<h2 data-start="2198" data-end="2218">A for&ccedil;a da soja</h2>
Entre os principais produtos do agroneg&oacute;cio na Bahia, a soja ocupa posi&ccedil;&atilde;o de destaque. O gr&atilde;o &eacute; utilizado na alimenta&ccedil;&atilde;o animal, na produ&ccedil;&atilde;o de &oacute;leo e como mat&eacute;ria-prima para biocombust&iacute;veis, al&eacute;m de ser uma das principais commodities exportadas pelo estado.
A soja &eacute; a grande protagonista do agroneg&oacute;cio na Bahia. Em 2023, o gr&atilde;o movimentou R$ 17,03 bilh&otilde;es, com uma &aacute;rea plantada superior a 1,9 milh&atilde;o de hectares e produ&ccedil;&atilde;o de 7,77 milh&otilde;es de toneladas. O rendimento m&eacute;dio foi de 4.043 kg por hectare, consolidando a oleaginosa como principal produto agr&iacute;cola do estado. O setor emprega cerca de 13.778 trabalhadores formais, o maior contingente de m&atilde;o de obra entre todas as culturas.
O Oeste concentra praticamente toda a produ&ccedil;&atilde;o, que abastece o mercado interno e externo. A soja baiana &eacute; exportada principalmente para pa&iacute;ses da &Aacute;sia e da Europa, o que fortalece a balan&ccedil;a comercial do agroneg&oacute;cio baiano.
<h2 data-start="2722" data-end="2760">Algod&atilde;o: fibra de ouro do campo</h2>
Outro produto que alavanca o agroneg&oacute;cio baiano &eacute; o algod&atilde;o herb&aacute;ceo. A Bahia &eacute; um dos maiores produtores nacionais, rivalizando com Mato Grosso. O cultivo concentra-se no Oeste, em grandes propriedades que utilizam sistemas modernos de irriga&ccedil;&atilde;o e colheita mecanizada.
Logo atr&aacute;s da soja, o algod&atilde;o herb&aacute;ceo aparece como destaque, com valor de produ&ccedil;&atilde;o de R$ 7,31 bilh&otilde;es em uma &aacute;rea de 312,5 mil hectares, resultando em 1,45 milh&atilde;o de toneladas. O rendimento m&eacute;dio da lavoura &eacute; de 4.649 kg por hectare, e a cultura gera 4.472 empregos diretos.
Al&eacute;m da produ&ccedil;&atilde;o de pluma, destinada &agrave; ind&uacute;stria t&ecirc;xtil, o algod&atilde;o tamb&eacute;m gera subprodutos como &oacute;leo e farelo, aproveitados pela ind&uacute;stria de alimentos e de ra&ccedil;&atilde;o animal. O setor tem ainda um forte impacto na industrializa&ccedil;&atilde;o local, movimentando f&aacute;bricas de beneficiamento e fortalecendo cadeias produtivas na Bahia.
<h2 data-start="3368" data-end="3406">Cacau: s&iacute;mbolo hist&oacute;rico da Bahia</h2>
<a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/importancia-do-cacau-na-bahia-tradicao-economia-e-futuro-da-producao" target="_blank" rel="noopener">O cacau &eacute; um cap&iacute;tulo &agrave; parte na hist&oacute;ria, n&atilde;o s&oacute; da agricultura, mas da Bahia. </a>Desde os primeiros p&eacute;s plantados em Canavieiras, no sul do estado, a cultura mudou a hist&oacute;ria econ&ocirc;mica e social da Bahia.
Durante d&eacute;cadas, o cacau foi a base da economia local, consolidando o poder da aristocracia rural conhecida como os &ldquo;coron&eacute;is do cacau&rdquo;. Por&eacute;m, a praga vassoura-de-bruxa devastou as planta&ccedil;&otilde;es, gerando desemprego em massa e transforma&ccedil;&otilde;es sociais profundas, como explicou o historiador Murilo Mello em entrevista ao Aratu On. &ldquo;As fazendas demitiram, a popula&ccedil;&atilde;o migrou, a regi&atilde;o se transformou socialmente, e o estado n&atilde;o tinha como ajudar&rdquo;, lembra.
O renascimento do setor veio com investimentos em pesquisa cient&iacute;fica, incentivo ao cacau fino e pol&iacute;ticas de produ&ccedil;&atilde;o sustent&aacute;vel. Hoje, o sul da Bahia voltou ao mapa mundial, n&atilde;o apenas como produtor de am&ecirc;ndoas, mas tamb&eacute;m como refer&ecirc;ncia em chocolates premiados. O cacau baiano se tornou s&iacute;mbolo de tradi&ccedil;&atilde;o, resili&ecirc;ncia e inova&ccedil;&atilde;o no agroneg&oacute;cio.
O cacau, s&iacute;mbolo da agricultura baiana, apresentou valor de R$ 2,35 bilh&otilde;es em 2023. Foram 425,9 mil hectares plantados e 139 mil toneladas colhidas, com rendimento m&eacute;dio de 326 kg/ha. O cultivo gera aproximadamente 6.882 empregos formais, reafirmando a for&ccedil;a da lavoura cacaueira no sul do estado.
<h2 data-start="4428" data-end="4479">Fruticultura&nbsp;</h2>
A fruticultura tamb&eacute;m se consolida como vetor de dinamiza&ccedil;&atilde;o do agroneg&oacute;cio baiano. A manga registrou produ&ccedil;&atilde;o de 704,1 mil toneladas, com valor de R$ 1,6 bilh&atilde;o e empregando 7.982 pessoas. J&aacute; a banana alcan&ccedil;ou 862,5 mil toneladas, movimentando R$ 1,53 bilh&atilde;o e garantindo mais de 2.700 empregos.
Outras frutas de relev&acirc;ncia s&atilde;o o mam&atilde;o (354,5 mil toneladas), a laranja (610 mil toneladas) e a uva (72,9 mil toneladas), que juntas diversificam e fortalecem a agricultura irrigada no Vale do S&atilde;o Francisco.
<a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/agronegocio-irrigado-inovacao-garante-safra-no-semiarido-baiano" target="_blank" rel="noopener">Com o uso intensivo de sistemas de irriga&ccedil;&atilde;o</a>, regi&otilde;es como o Vale do S&atilde;o Francisco consegue produzir em todas as esta&ccedil;&otilde;es do ano, o que garante frutas frescas para o mercado interno e externo. Grande parte da produ&ccedil;&atilde;o &eacute; exportada para&nbsp;Estados Unidos e Europa, consolidando a fruticultura como uma das atividades mais din&acirc;micas do agroneg&oacute;cio baiano.
<h2 data-start="5031" data-end="5072">Caf&eacute;, feij&atilde;o e cultivos tradicionais</h2>
Embora n&atilde;o tenham o mesmo peso econ&ocirc;mico da soja ou do algod&atilde;o, outros cultivos mant&ecirc;m relev&acirc;ncia no campo baiano:
<ul data-start="5192" data-end="5670">
<li data-start="5192" data-end="5365">
Caf&eacute; ar&aacute;bica: produzido em &aacute;reas da Chapada Diamantina e do Planalto da Conquista, tem se destacado em concursos nacionais e internacionais pela qualidade dos gr&atilde;os;
</li>
</ul>
O caf&eacute;, somando as variedades ar&aacute;bica e canephora, alcan&ccedil;ou R$ 2,38 bilh&otilde;es, cultivado em 122,5 mil hectares, com produ&ccedil;&atilde;o total de 232,5 mil toneladas. O setor emprega 7.156 pessoas, especialmente em regi&otilde;es tradicionais como o Planalto da Conquista.
<ul>
<li style="font-weight: bold;" data-start="1741" data-end="2017">Hortali&ccedil;as e outras culturas</li>
</ul>
A produ&ccedil;&atilde;o de tomate atingiu 343 mil toneladas, com valor de R$ 935 milh&otilde;es, enquanto a batata-inglesa chegou a 389 mil toneladas (R$ 730 milh&otilde;es) e a cebola a 298,9 mil toneladas (R$ 671 milh&otilde;es).
Cultivos tradicionais como mandioca (808 mil toneladas), feij&atilde;o (174,5 mil toneladas) e cana-de-a&ccedil;&uacute;car (5,65 milh&otilde;es de toneladas) tamb&eacute;m ocupam papel estrat&eacute;gico, seja para consumo interno, seja para abastecer ind&uacute;strias locais.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/ed444029-35d1-4259-8bd5-6a525b05c57c.webp?width=984&amp;height=441" alt="Quais s&atilde;o os principais produtos do agroneg&oacute;cio na Bahia?">

Como j&aacute; &eacute; tradi&ccedil;&atilde;o, Carla Perez e o bloco infantil Algod&atilde;o Doce abrem o s&aacute;bado (1) de Carnaval no Circuito Osmar, levando muita alegria ao p&uacute;blico infantil que lota o Campo Grande.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/4b700522-ed62-4c53-bb7b-2631da190036.jfif?width=1280&amp;height=853" alt="Carla P&eacute;rez comanda o bloco Algod&atilde;o Doce neste s&aacute;bado (1). Kleber Lobo/Ag.FPontes">
Primeiro bloco da crian&ccedil;ada a desfilar no dia, o Algod&atilde;o Doce tem Carla P&eacute;rez interagindo totalmente com os presentes, descendo do trio e se juntando a molecada que est&aacute; presente no bloco e na pipoca.&nbsp;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/091c03ce-c226-4b45-892d-557b04aa3b0d.jfif?width=1280&amp;height=853" alt="Carla P&eacute;rez desce para o ch&atilde;o e brinca com as crian&ccedil;as presentes no Campo Grande. Foto: Kleber Lobo/Ag.FPontes">
Na apresenta&ccedil;&atilde;o, Carla confirmou que este &eacute; seu pen&uacute;ltimo ano puxando o bloco, que seguir&aacute; em atividade ap&oacute;s sua sa&iacute;da. Seu marido, o cantor Xanddy, tamb&eacute;m est&aacute; presente e motiva o p&uacute;blico que espera uma apresenta&ccedil;&atilde;o do cantor.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/73f69224-b757-4e73-89ea-5f03d9159982.jfif?width=1280&amp;height=853" alt="Foto: Kleber Lobo/Ag.FPontes">

Carla Perez anunciou que se despedir&aacute; do Carnaval de Salvador em 2026. A artista, que <a href="https://aratuon.com.br/carnaval/carla-perez-carlinhos-brown-filhos-de-jorge-veja-atracoes-do-4-dia-de-carnaval-no-circuito-osmar">h&aacute; 25 anos comanda o bloco infantil "Algod&atilde;o Doce", </a>revelou a novidade nesta ter&ccedil;a-feira (18) em seu perfil no Instagram. A decis&atilde;o j&aacute; estava tomada, mas s&oacute; seria divulgada mais tarde. No entanto, um conselho da filha, Camilly Victoria, fez a dan&ccedil;arina antecipar a not&iacute;cia.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/ac120be2-8dcb-44ee-bc0f-10af26c1747d.jpg?width=1890&amp;height=1063" alt="Completando 30 anos de carreira, Carla Perez anuncia despedida do Carnaval em 2026. / Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o - Rede social"> &nbsp; A ex-loira do &Eacute; o Tchan explicou que sua primog&ecirc;nita a incentivou a avisar os f&atilde;s com anteced&ecirc;ncia, permitindo que todos possam celebrar esse momento ao seu lado. "Minha filha foi cir&uacute;rgica ao me dizer:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/celebridades/carla-perez-recusa-convite">'Eu, como f&atilde; da Carla Perez, ficaria muito chateada</a> se n&atilde;o fosse informada com anteced&ecirc;ncia que seria seu &uacute;ltimo Carnaval'. Ela tem raz&atilde;o", disse a baiana.&nbsp;
Em 2025,&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/variedades/meu-primeiro-e-eterno-patrao-diz-carla-perez-em-homenagem-a-silvio-santos">Carla comemora 30 anos de carreira e seguir&aacute; &agrave; frente do Algod&atilde;o Doce</a> nos dias 1&ordm; e 2 de mar&ccedil;o. Apesar da despedida j&aacute; estar no horizonte, a dan&ccedil;arina refor&ccedil;ou que ainda h&aacute; tempo para uma grande celebra&ccedil;&atilde;o. "&Eacute; uma hist&oacute;ria linda. Mas chega uma hora que &eacute; necess&aacute;rio passar o bast&atilde;o para a nova gera&ccedil;&atilde;o", afirmou. &nbsp;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/d181fcca-633c-478d-8e2d-3135bdbd6c63.jpg?width=1890&amp;height=1063" alt="Foto: Thiago Martins / AgNews">
A despedida oficial acontecer&aacute; no Carnaval de 2026, e Carla j&aacute; convida os f&atilde;s para acompanh&aacute;-la nessa reta final: "Se organizem para estar aqui, pertinho de mim". Ainda n&atilde;o h&aacute; informa&ccedil;&otilde;es sobre quem assumir&aacute; o bloco infantil ap&oacute;s sua sa&iacute;da.

Um trecho da BR-135, na região de Formosa do Rio Preto, no oeste da Bahia, está interditado nos dois sentidos desde o fim da tarde de quinta-feira (22/8), após uma carreta que transportava algodão começar a pegar fogo.
Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), um guincho foi acionado na manhã de hoje (23) para ajudar na liberação da via.
O incidente aconteceu no KM 46, por volta das 17h. De acordo com o g1, o motorista da carreta, que não ficou ferido, disse que, antes do acidente, fez uma manobra em forma de L na rodovia, e o veículo começou a pegar fogo. Parte da carga de algodão ficou completamente destruída.
Veja o vídeo:

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Trecho da BR-135 está interditado há mais de 20 horas após carreta de algodão pegar fogo<a href="https://t.co/naNZ6IiZoV">https://t.co/naNZ6IiZoV</a> <a href="https://t.co/So1FrRv3Hc">pic.twitter.com/So1FrRv3Hc</a>
— Aratu On (@aratuonline) <a href="https://twitter.com/aratuonline/status/1827049183884275760?ref_src=twsrc%5Etfw">August 23, 2024</a></blockquote>
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O Brasil desbancou os Estados Unidos e assumiu o primeiro lugar na lista de maiores exportadores de algodão do planeta. A notícia foi confirmada durante a 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), realizada durante o 21° Anea Cotton Dinner, em Comandatuba, na Bahia.

A marca é significativa para o algodão baiano, uma vez que a tomada do protagonismo nas exportações era previsto para o ano de 2030. A Bahia é o segundo estado que mais produz algodão no Brasil e, de acordo com as projeções da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), o estado deve colher 345,4 mil hectares, resultando em uma produção de 663 mil toneladas de algodão em pluma, com uma estimativa de exportação de aproximadamente 300 mil toneladas.

Gustavo Prado, Diretor Executivo da Abapa, ressaltou a importância estratégica da Bahia na conquista da liderança global do Brasil na exportação de algodão. “Sendo sustentável essa posição, nossa imagem, como um dos produtos de melhor qualidade, se consolida. Não obstante, trabalhamos arduamente em negociações com os atores da cadeia de suprimentos para exportação e estamos prestes a consolidar a rota de Salvador diretamente para a Ásia. Isso, graças à parceria com esses atores, incluindo o apoio do Governo da Bahia”, destacou.

Miguel Faus, presidente da Anea, alertou que a posição brasileira depende da safra americana, que tende a ser maior do que a do ano passado. Ultrapassar os Estados Unidos em volume de exportação era uma meta do setor com previsão para ser batida apenas em 2030, mas acabou sendo alcançada antes do encerramento do ano comercial de 2023/2024, disse a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

BRASIL

De acordo com a Abrapa, o Brasil deve colher em torno de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) nesta safra e as exportações devem alcançar 2,6 milhões de toneladas. Cerca de 60% da produção já foi comercializada.

Os maiores produtores de algodão são a China e a Índia, seguidos pelos Estados Unidos, deixando o Brasil em quarto lugar no ranking mundial, aponta a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, Fao.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/interior/2024-07-04/junior-maraba-prefeito/" target="_blank" rel="noopener">Prefeito de Luis Eduardo, Júnior Marabá diz que cidade ‘é a que mais cresce no estado’</a>

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Com o compromisso de proporcionar aos cotonicultores o que há de melhor e mais moderno em pesquisa e tecnologia, o Dia do Algodão 2024 confirma a programação para o evento marcado para acontecer no dia 20 de julho, na Fazenda Orquídeas, em Barreiras, no oeste da Bahia.

Nesta terceira edição do evento, organizado pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), que traz como tema "O Presente da transformação", os participantes percorrerão três estações técnicas que acontecem de forma simultânea com duração de 30 minutos e na plenária principal, onde será realizada a palestra de encerramento.

Além da programação de alto nível, o Dia do Algodão terá como diferencial uma estrutura projetada para proporcionar a interação entre produtores, pesquisadores e profissionais do setor agrícola, e com grandes empresas, que estarão demonstrando as principais novidades tecnológicas em produtos e serviços para os cotonicultores.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/2024-06-16/bahia-farm-show-2024-bate-novo-recorde-de-publico/">Bahia Farm Show 2024 bate novo recorde de público</a>

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Segundo maior estado produtor do Brasil, a Bahia iniciou a colheita da safra 2023/2024 do algodão. De acordo com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a colheita foi iniciada no sudoeste do estado em 1º de maio. No entanto, o grande destaque é o oeste baiano, responsável por 98% da produção estadual, onde a colheita começou no dia 16.

Na região, estão sendo cultivados 339.721 hectares, sendo 242.489 hectares de sequeiro e 97.231 hectares de algodão irrigado. Já no sudoeste, a área plantada é de 5.710 hectares, quase toda destinada ao cultivo de sequeiro.

Luiz Carlos Bergamaschi, presidente da Abapa, explicou que a safra atual foi desafiadora desde o início do plantio, principalmente devido ao fenômeno El Niño, que trouxe chuvas irregulares e abaixo da média. "Nos meses seguintes, as chuvas normalizaram, favorecendo o desenvolvimento das plantações. Neste início de colheita, esperamos manter a estimativa inicial de 312 arrobas por hectare e também obter uma boa qualidade de algodão", afirmou Bergamaschi.

Apesar das dificuldades iniciais, a Abapa relatou que houve necessidade de replantio em 11,5% da área total, o que corresponde a cerca de 28 mil hectares. Após essa fase, o clima se mostrou mais favorável e os produtores aplicaram as melhores práticas agrícolas para garantir uma produtividade média consistente com os anos anteriores.

Na safra passada, a área plantada no oeste da Bahia foi de 312,5 mil hectares, com uma produtividade média de 330,8 arrobas por hectare de algodão em caroço. A produção de algodão em pluma resultou em 635,8 mil toneladas.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/2023-10-03/producao-de-algodao-une-maquinas-e-trabalhadores-no-oeste-da-bahia-e-afasta-medo-de-tecnologia/" target="_blank" rel="noopener">Produção de algodão une máquinas e trabalhadores no Oeste da Bahia e afasta medo de tecnologia</a>

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De acordo com o 6º levantamento do ciclo 2023/2024 feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de grãos baianos deve girar em torno de 11,47 milhões de tonelada, uma queda de 14,4% em relação ao ciclo anterior. A queda é puxada pelo milho, que deve ter produção de 36,9% menor e da soja, que deve cair 6,1%.

O levantamento aponta que a área usada para o plantio é maior que o período anterior, com uma ampliação de 0,5%, o que alcança uma área de 3,77 milhões de hectares. Com relação ao milho, a expectativa é de que a safra atual seja bem menor que a anterior, totalizando 2,48 milhões de toneladas.

A soja, segundo a Conab, deve apresentar um ciclo de baixa, apesar da área plantada ser 3,1% maior que a da temporada passada, quase dois milhões de hectares. A produção deve recuar em 6,1% para 7,25 milhões de toneladas na atual temporada.

Já a produção de algodão está estimada em 1,53 milhão de toneladas, plantado em 339 mil hectares, o que representa um crescimento de 0,1% em relação ao ciclo 2022/2023. Há expectativa positiva, também, associada à produção de feijão, cujo volume estimado em 316 mil toneladas (plantados em 436 mil hectares) representa um crescimento de 9,5% em relação ao ciclo 2022/2023.

DADOS DO IBGE

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem um direcionamento semelhante, mostrando que a produção de cereais, oleaginosas e leguminosas baianas deve recuar 6,8%, em comparação com 2023, ano melhor resultado da série histórica do levantamento para o conjunto de produtos pesquisados.

O volume de soja a ser colhido pode alcançar 7,35 milhões de toneladas, o que corresponde a uma queda de 2,8% sobre o verificado em 2023. As duas safras anuais do milho, estimadas pelo IBGE, podem alcançar 2,42 milhões de toneladas, o que também representa declínio de 21,7% na comparação anual. Com relação à área plantada, houve queda de 18,5% em relação à estimativa da safra anterior de 698 mil hectares.

Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estimou produção de 5,54 milhões de toneladas, revelando aumento de 1,4% em relação à safra 2023. A estimativa da produção do cacau, por sua vez, ficou projetada em 123 mil toneladas, apontando um avanço de 2,7% na comparação com a do ano anterior.

Em relação ao café, está prevista a colheita de 270 mil toneladas este ano, 9,4% acima do observado no ano passado. A safra do tipo arábica está projetada em 116 mil toneladas, com variação anual de 15,7%. Por sua vez, a safra do tipo canéfora teve previsão de 153 mil toneladas, 5,1% acima do nível do ano anterior.

As estimativas para as lavouras de banana (920 mil toneladas), laranja (628 mil toneladas) e uva (62 mil toneladas), por sua vez, registraram, respectivamente, variações de 0,7%, -1,0% e -5,4%, em relação à safra anterior.

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Pela primeira vez na história da cotonicultura baiana, mais de 500 toneladas do algodão produzido em Luís Eduardo Magalhães (LEM), no oeste da Bahia, será exportado para o Porto de Port Said West, no Egito, localizado no continente africano.
A operação aconteceu nesta última quinta-feira (29/2), pelo terminal de contêineres do Porto de Salvador, o Tecon Salvador, unidade de negócios da Wilson Sons, com o embarque de 2.500 fardos da pluma do algodão, equivalentes a 22 contêineres.
A carga levará, em média, três semanas para completar o percurso até o porto do Egito que, de lá, será direcionado para os fins necessário, como por exemplo fabricação de roupas e muitos outros produtos.
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