No Brasil, h&aacute; um setor que alimenta o mundo, sustenta milh&otilde;es de empregos, injeta bilh&otilde;es na economia&hellip; e ainda assim &eacute; tratado como vil&atilde;o de novela. N&atilde;o, n&atilde;o estamos falando de bancos, mineradoras ou empreiteiras. Estamos falando do agroneg&oacute;cio &mdash; essa locomotiva produtiva que, para parte da opini&atilde;o p&uacute;blica, virou sin&ocirc;nimo de devasta&ccedil;&atilde;o, desigualdade e oportunismo.
N&atilde;o foi o acaso que plantou esse ran&ccedil;o. Foi a ret&oacute;rica.
Algumas semanas atr&aacute;s, publiquei nas redes sociais a reportagem sobre cont&ecirc;ineres de frutas produzidas no norte da Bahia que ficaram retidos no porto de Salvador por causa da incerteza com os valores do tarifa&ccedil;o americano. O conte&uacute;do mostrava o impacto econ&ocirc;mico: no ano passado, 36 mil toneladas de manga do Vale do S&atilde;o Francisco tinham sido exportadas para os EUA. Neste ano, a expectativa &eacute; menos da metade disso. Desemprego e preju&iacute;zo s&atilde;o apenas algumas das consequ&ecirc;ncias esperadas.
Muita gente entendeu a dimens&atilde;o desse problema, n&atilde;o apenas para um empres&aacute;rio, mas para o estado como um todo. Outros - ruidosos, debochados - pareciam comemorar. Alguns destilaram coment&aacute;rios desse tipo: &ldquo;Se vendesse as frutas para o Brasil, n&atilde;o estaria passando por isso. Quer vender para exporta&ccedil;&atilde;o (emoji gargalhada). Agora as coisas fica (sic) mais barato (sic) no mercado interno&rdquo;; &ldquo;Rid&iacute;culos que s&oacute; querem sugar o que a terra aqui d&aacute;. Bem feito. Agora, v&atilde;o ser obrigados a vender para os brasileiros ou se lasquem e percao (sic) tudo&rdquo;; &ldquo;Que nada, vende mais barato. Perder faz parte do jogo&rdquo;.
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Por que ser&aacute; que o agro &eacute; t&atilde;o demonizado, mesmo quando &eacute; v&iacute;tima?
Em termos econ&ocirc;micos, a produ&ccedil;&atilde;o do campo n&atilde;o &eacute; apenas importante: ela &eacute; vital. Dados da Confedera&ccedil;&atilde;o da Agricultura e Pecu&aacute;ria do Brasil (CNA) indicam que o setor movimentou cerca de R$ 1,3 trilh&atilde;o em 2024, <a href="https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/agronegocio/394753-o-agronegocio-setor-que-deve-faturar-quase-1-3-trilhao-lancara-uma-marca-para-ajudar-a-fortalecer-sua-reputacao.html" target="_blank" rel="noopener">e foi respons&aacute;vel por aproximadamente um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, somando R$ 2,72 trilh&otilde;es, nesse mesmo ano</a>.&nbsp;
O ramo agr&iacute;cola contribui com 70% desse valor, e a pecu&aacute;ria com 30%. Al&eacute;m disso, o setor &eacute; um pilar das exporta&ccedil;&otilde;es brasileiras, respondendo por quase a metade (49% do total em 2024) e gerando super&aacute;vits comerciais que fortalecem a economia nacional. O Brasil foi o <a href="https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202401/exportacoes-do-agronegocio-fecham-2023-com-us-166-55-bilhoes-em-vendas" target="_blank" rel="noopener">segundo maior exportador mundial de produtos agropecu&aacute;rios em 2023</a>, com cerca de US$ 149,7 bilh&otilde;es.&nbsp;
Em empregos, n&atilde;o fica atr&aacute;s. <a href="https://www.cnabrasil.org.br/noticias/populacao-ocupada-no-agronegocio-no-1o-trimestre-e-recorde" target="_blank" rel="noopener">O agroneg&oacute;cio absorveu mais de 28,5 milh&otilde;es de pessoas no primeiro trimestre de 2025</a>, o que equivale a aproximadamente um quarto da popula&ccedil;&atilde;o ocupada no pa&iacute;s. Voc&ecirc; leu direito: se quatro brasileiros estiverem trabalhando, um deles vai estar empregado na agricultura ou na pecu&aacute;ria.&nbsp;
Ainda assim, o setor apanha. Falar mal do agro sempre foi muito cool. E isso n&atilde;o &eacute; espont&acirc;neo. H&aacute; uma campanha difamat&oacute;ria, de d&eacute;cadas, que vai muito al&eacute;m dos apelos vermelhos e inflamados do Movimento dos Sem Terra. Al&eacute;m do MST, pol&iacute;ticos, ve&iacute;culos de comunica&ccedil;&atilde;o, docentes&hellip; muitos s&atilde;o os que parecem demonstrar, coletivamente, m&aacute;goas contra o setor produtivo do campo. &nbsp;
A m&iacute;dia, por exemplo, compra com muita facilidade argumentos de que produtores s&oacute; pensam em maneiras f&aacute;ceis e baratas de fazer do Brasil um imenso pasto alugado: latif&uacute;ndio, veneno, desmatamento... A maioria n&atilde;o percebe bem o que est&aacute; falando, n&atilde;o conhece sequer uma fazenda e n&atilde;o dimensiona a gera&ccedil;&atilde;o de empregos e a movimenta&ccedil;&atilde;o de economia de cidades inteiras, que s&oacute; giram quando a colheitadeira est&aacute; realmente em a&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
Uma pesquisa do Centro de Estudos Avan&ccedil;ados em Economia Aplicada (CEPEA), al&eacute;m de chegar &agrave; conclus&atilde;o de que o agro responde por 25% dos empregos formais do pais, apontou um crescimento nos rendimentos dos trabalhadores e um aumento no n&iacute;vel de instru&ccedil;&atilde;o e na participa&ccedil;&atilde;o feminina no setor.
No entanto, a narrativa de sucesso &eacute; confrontada por uma s&eacute;rie de impactos negativos. Pesquisadores e movimentos sociais argumentam que o agroneg&oacute;cio n&atilde;o s&oacute; n&atilde;o resolve a fome, como estimula, impulsionando a desigualdade.
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<h3>A fome &eacute; culpa de quem produz... comida?</h3>
A fome &eacute; uma realidade alarmante, com cerca de 20 milh&otilde;es de pessoas sem ter o que comer no Brasil, apesar do agroneg&oacute;cio prosperar. Frutas classificadas como "refugo" e que n&atilde;o atendem aos padr&otilde;es de exporta&ccedil;&atilde;o s&atilde;o muitas vezes descartadas, n&atilde;o chegando &agrave; popula&ccedil;&atilde;o local. Para os estudiosos, a fome e a mis&eacute;ria seriam responsabilidade do setor produtivo, o que, em &uacute;ltima an&aacute;lise, poderia equivaler a culpar os professores pelo alto &iacute;ndice de analfabetismo na Bahia, ou os m&eacute;dicos pela sa&uacute;de ineficiente. Ou os meteorologistas, por eventos clim&aacute;ticos extremos no planeta.
Continuam os argumentos contr&aacute;rios. H&aacute; um processo de "reprimariza&ccedil;&atilde;o da economia", onde o Brasil se foca na exporta&ccedil;&atilde;o de mat&eacute;rias-primas e importa produtos industrializados, levando a uma desindustrializa&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
Segundo essas vertentes, o setor acarreta &ldquo;altos custos ao Estado&rdquo;, recebendo grande volume de cr&eacute;ditos e renegocia&ccedil;&otilde;es de d&iacute;vidas, enquanto contribui pouco em impostos. A moderniza&ccedil;&atilde;o no campo, focada no lucro, intensifica a monocultura, a concentra&ccedil;&atilde;o de terras e o uso massivo de agrot&oacute;xicos e fertilizantes, resultando em &ldquo;devasta&ccedil;&otilde;es ambientais&rdquo; e problemas de sa&uacute;de para os trabalhadores rurais.
Mas parte da cr&iacute;tica virou caricatura. A l&oacute;gica &eacute; a seguinte: se o agro &eacute; forte, &eacute; porque est&aacute; sugando o fraco. Se exporta, &eacute; porque abandona o povo. Se lucra, &eacute; porque explora. O sucesso virou suspeita.
O presidente da Faeb, o veterin&aacute;rio Humberto Miranda, ex-prefeito da cidade de Miguel Calmon, reconhece que o setor &ldquo;deve dar a m&atilde;o &agrave; palmat&oacute;ria&rdquo;. Mas n&atilde;o por falhas ambientais. &ldquo;A gente ainda tem equ&iacute;vocos no campo, mas eu desafio qualquer um a dizer qual setor zela mais pelo meio ambiente do que o setor produtivo&rdquo;. Miranda conta que 60% das terras protegidas est&atilde;o nas propriedades. E para quem duvida da boa f&eacute;, da consci&ecirc;ncia e da sensibilidade, ele usa argumentos totalmente capitalistas. &ldquo;Se eu tenho um rio em minha fazenda, n&atilde;o vou contaminar porque isso desvaloriza meu patrim&ocirc;nio, do mesmo jeito que n&atilde;o posso prejudicar um manancial e nem fazer com que a terra fique improdutiva. A pessoa que mais tem interesse em preserva&ccedil;&atilde;o &eacute; o produtor&rdquo;.
Nessa l&oacute;gica, o bom produtor n&atilde;o &eacute; s&oacute; um empres&aacute;rio. &Eacute; tamb&eacute;m um gestor ecol&oacute;gico, muitas vezes mais pragm&aacute;tico do que qualquer ambientalista de gabinete.
Para Humberto Miranda, a m&atilde;o &agrave; palmat&oacute;ria &eacute; pelo reconhecimento de uma comunica&ccedil;&atilde;o n&atilde;o t&atilde;o eficaz com a sociedade. &ldquo;A gente participar dos mesmos eventos, com os mesmos produtores e falando as mesmas coisas. A gente s&oacute; conversa com n&oacute;s mesmos&rdquo;, reconheceu, na sede da Faeb/Senar, num pr&eacute;dio inteiro localizado no com&eacute;rcio de Salvador.&nbsp;
Para alguns do setor, h&aacute; tamb&eacute;m &ldquo;recalque&rdquo;, que seria identificado na ind&uacute;stria ou no segmento de bancos. Na Bahia Farm Show de 2024, conversei com o ent&atilde;o senador pelo Rio Grande do Sul, Ireneu Orth. Al&eacute;m de pol&iacute;tico, o fazendeiro fez um diagn&oacute;stico direto sobre alguns dos ataques: &ldquo;Infelizmente, acho que &eacute; ci&uacute;me. O Brasil se manteve nos &uacute;ltimos anos gra&ccedil;as ao agro. N&oacute;s precisamos valorizar o que &eacute; nosso. O que os brasileiros est&atilde;o fazendo&rdquo;.&nbsp;
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S&oacute; recentemente os ve&iacute;culos de comunica&ccedil;&atilde;o passaram a conceder espa&ccedil;o ao agroneg&oacute;cio. Do mesmo jeito que criar o ran&ccedil;o n&atilde;o foi ato espont&acirc;neo, gerar um princ&iacute;pio de simpatia tamb&eacute;m exigiu esfor&ccedil;o. Isso &agrave;s custas de muito convencimento - e de muito patroc&iacute;nio tamb&eacute;m.
Minha amostragem n&atilde;o &eacute; representativa. Devo conhecer uma dezena de grandes produtores rurais, no m&aacute;ximo. Sobre um deles, pairam suspeitas de ser inescrupuloso. Sabe em quais setores, certamente, mais de 10% da categoria agem sem escr&uacute;pulos? No jornalismo, entre advogados, na medicina, nos empres&aacute;rios urbanos&hellip; em todos os setores, enfim. &nbsp;
A opini&atilde;o p&uacute;blica sobre o agroneg&oacute;cio &eacute; majoritariamente positiva, com&nbsp;<a href="https://news.agrofy.com.br/noticia/199776/pesquisa-65-dos-brasileiros-tem-percepcao-positiva-do-agronegocio" target="_blank" rel="noopener">65% dos brasileiros tendo uma percep&ccedil;&atilde;o favor&aacute;vel</a>&nbsp;em uma pesquisa de 2022, e sete em cada dez demonstrando interesse em saber mais sobre o setor em 2025. Contudo, uma parcela expressiva (22%) estaria disposta a boicot&aacute;-lo. Essa "m&aacute; impress&atilde;o" ou "m&aacute; vontade" &eacute;, para muitos, justific&aacute;vel. A campanha "Agro &eacute; tech, agro &eacute; pop, agro &eacute; tudo", veiculada pela Rede Globo desde 2016, busca construir uma imagem idealizada do setor. No entanto, esta pesquisa aponta que a campanha adota <a href="https://journals.openedition.org/cs/11700" target="_blank" rel="noopener">estrat&eacute;gias de *greenwashing* e desinforma&ccedil;&atilde;o</a>, silenciando impactos ambientais e sociais negativos.&nbsp;&nbsp;
Uma hip&oacute;tese para a m&aacute; impress&atilde;o em setores formadores de opini&atilde;o reside na discrep&acirc;ncia entre a imagem propagada e a realidade vivenciada e investigada. A Frente Parlamentar da Agropecu&aacute;ria (FPA), a chamada bancada ruralista, &eacute; apontada como poderoso lobby anti-ambiental que busca influenciar a legisla&ccedil;&atilde;o trabalhista, fundi&aacute;ria e tribut&aacute;ria, frequentemente em detrimento dos direitos dos trabalhadores rurais e popula&ccedil;&otilde;es tradicionais.&nbsp;
Os haters do agro dizem que o setor co-opta o discurso de "agricultura familiar" e "sustentabilidade" para se legitimar, embora essas categorias frequentemente n&atilde;o se encaixem no modelo de monocultura e larga escala predominante no setor.&nbsp;
Al&eacute;m disso, formadores de opini&atilde;o criticam "mitos" difundidos pelo setor, como a ideia de que o mundo sempre depender&aacute; do Brasil para alimenta&ccedil;&atilde;o, que a depend&ecirc;ncia da China &eacute; inabal&aacute;vel, ou que o C&oacute;digo Florestal Brasileiro &eacute; o mais robusto do mundo. Para eles, as prote&iacute;nas alternativas v&atilde;o se expandir ao ponto de serem consumidas em larga escala, e as san&ccedil;&otilde;es contra desmatamentos e mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas v&atilde;o determinar toda a geopol&iacute;tica.
A complexidade do agroneg&oacute;cio brasileiro reside na tens&atilde;o entre sua ineg&aacute;vel for&ccedil;a econ&ocirc;mica e os desafios substanciais impostos &agrave; sociedade e ao meio ambiente. A "m&aacute; impress&atilde;o" em alguns setores formadores de opini&atilde;o n&atilde;o &eacute; arbitr&aacute;ria, mas sim um reflexo de cr&iacute;ticas embasadas em dados sobre a fome, a desigualdade, a degrada&ccedil;&atilde;o ambiental, a precariedade do trabalho rural, e as estrat&eacute;gias de comunica&ccedil;&atilde;o que tentam mascarar ou neutralizar esses problemas.
O agroneg&oacute;cio brasileiro oscila entre a exalta&ccedil;&atilde;o como motor econ&ocirc;mico do pa&iacute;s e severas cr&iacute;ticas por seus impactos sociais e ambientais. Essa dualidade se reflete em campanhas midi&aacute;ticas que buscam construir uma imagem moderna e sustent&aacute;vel, ao passo que estudos e movimentos sociais apontam para realidades contradit&oacute;rias.
A verdade &eacute; que o agroneg&oacute;cio brasileiro n&atilde;o &eacute; santo nem sat&acirc;nico. &Eacute; complexo, contradit&oacute;rio, plural. E precisa ser entendido como tal. Ali&aacute;s, como cada um de n&oacute;s.&nbsp;
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Amigos e familiares se despediram, na manh&atilde; deste s&aacute;bado (19), de S&iacute;lvio Roberto Coelho, presidente do Grupo Aratu. Ap&oacute;s missa na casa dele, no bairro de Ondina, em Salvador, o corpo foi liberado para <a href="https://aratuon.com.br/especiais/despedida-de-silvio-roberto-coelho-acontece-neste-sabado-em-salvador" target="_blank" rel="noopener">crema&ccedil;&atilde;o, no Cemit&eacute;rio Jardim da Saudade</a>.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/cea03e5f-e1af-48d9-b8a2-4cbba286be9d.jpg?width=1024&amp;height=1050" alt="S&iacute;lvio Roberto Coelho faleceu no dia 18 de julho de 2025, aos 84 anos | Foto: arquivo">
Entre os presentes, nomes como o do jornalista Casemiro Neto, o ex-presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Belintani, e o chefe da Secretaria de Comunica&ccedil;&atilde;o Social do Governo Lula, Sid&ocirc;nio Pereira. Diversas coroas de flores tamb&eacute;m foram enviadas em homenagem ao empres&aacute;rio.
O empres&aacute;rio S&iacute;lvio Roberto Coelho faleceu aos 84 anos, na madrugada de sexta-feira (18), na pr&oacute;pria resid&ecirc;ncia. Ele deixa a esposa, Maria Cristina Ferraz Coelho, os filhos Jo&atilde;o, Ana e Tiago, al&eacute;m dos netos Pedro, Rafael, Roberto, Isabela e Bernardo.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/59dad9f5-b86e-4eae-8b37-e1f532fbc3bb.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Coroas de flores em homenagem a S&iacute;lvio Roberto Coelho, presidente da Aratu | Foto: Aratu On">
<h3>S&iacute;lvio Roberto Coelho</h3>
Com carreira bem sucedida, S&iacute;lvio Roberto era o propriet&aacute;rio do conglomerado de m&iacute;dia do qual faz parte a TV Aratu: emissora de televis&atilde;o aberta, na capital baiana, filiada ao Sistema Brasileiro de Televis&atilde;o (SBT). Al&eacute;m da conhecida &lsquo;TV do Galinho&rsquo;, o grupo empresarial tem neg&oacute;cios em m&iacute;dia exterior, r&aacute;dio e internet.
Nascido em Guanambi, cidade do sudoeste baiano, ele teve papel relevante no cen&aacute;rio empresarial baiano, com empreendimentos nas &aacute;reas de m&iacute;dia, avia&ccedil;&atilde;o, setor automotivo e agroneg&oacute;cio. Foi ainda um dos desbravadores do desenvolvimento econ&ocirc;mico da regi&atilde;o oeste do estado.
<h3>Autoridades prestam homenagens a S&iacute;lvio Roberto Coelho</h3>
<a href="https://aratuon.com.br/politica/autoridades-lamentam-morte-de-silvio-roberto-coelho-trajetoria-admiravel" target="_blank" rel="noopener">Autoridades baianas l</a>amentaram a morte do empres&aacute;rio. O governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) ressaltou o legado do empres&aacute;rio como &ldquo;pioneiro no setor e refer&ecirc;ncia &agrave; frente do Grupo Aratu&rdquo;. &ldquo;A trajet&oacute;ria de Roberto marcou a passagem de uma pessoa comprometida com o fortalecimento da comunica&ccedil;&atilde;o na Bahia e no Brasil. Seu trabalho segue como exemplo de vis&atilde;o, dedica&ccedil;&atilde;o e compromisso com a informa&ccedil;&atilde;o. Que ele descanse em paz e que seu legado permane&ccedil;a vivo&rdquo;, comentou.
<a href="https://aratuon.com.br/politica/governador-e-prefeito-lamentam-morte-de-silvio-coelho-perda-significativa" target="_blank" rel="noopener">Prefeito de Salvador, Bruno Reis (Uni&atilde;o Brasil)</a>, destacou a inspira&ccedil;&atilde;o deixada pelo legado de S&iacute;lvio Roberto Coelho, com destaque para a contribui&ccedil;&atilde;o do presidente para o avan&ccedil;o da comunica&ccedil;&atilde;o na Bahia. "&Eacute; com muita tristeza que a gente traz uma palavra de reconhecimento ao grande trabalho realizado por Roberto Coelho, &agrave; frente do Grupo Aratu, mas tamb&eacute;m como grande empres&aacute;rio. Um empres&aacute;rio que deu uma contribui&ccedil;&atilde;o efetiva para o desenvolvimento da Bahia", disse o prefeito.
O senador Jaques Wagner desejou for&ccedil;a &agrave; fam&iacute;lia Coelho e classificou S&iacute;lvio Roberto Coelho como &ldquo;um amigo&rdquo;. &ldquo;Eu quero desejar que Deus lhe d&ecirc; o conforto merecido e dar meu abra&ccedil;o &agrave; esposa, aos filhos, netos e amigos e funcion&aacute;rios da TV Aratu&rdquo;, afirmou.
Leia tamb&eacute;m: <a href="https://aratuon.com.br/politica/tiago-correia-se-despede-do-sogro-e-lider-do-grupo-aratu-silvio-roberto-coelho" target="_blank" rel="noopener">Tiago Correia se despede do sogro e l&iacute;der do Grupo Aratu, S&iacute;lvio Roberto Coelho</a>

&ldquo;Eventos a exemplo da Bahia Farm Show s&atilde;o excelentes oportunidades para uma maior aproxima&ccedil;&atilde;o das for&ccedil;as de seguran&ccedil;a, especialmente da Pol&iacute;cia Cient&iacute;fica, com a popula&ccedil;&atilde;o&rdquo;. &Eacute; assim que o diretor-geral do Departamento de Pol&iacute;cia T&eacute;cnica, Osvaldo Silva, descreveu a participa&ccedil;&atilde;o da corpora&ccedil;&atilde;o na feira de agroneg&oacute;cio em Lu&iacute;s Eduardo Magalh&atilde;es, entre os dias 9 e 14 de junho.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/ee7a1308-c1ed-4668-974a-7d12aa61bfb6.jpeg?width=779&amp;height=585" alt="Ilha da Seguran&ccedil;a, estande da Pol&iacute;cia T&eacute;cnica na Bahia Farm Show. Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o / ASCOM DPT">
<a href="https://aratuon.com.br/grupo-aratu/direto-de-lem-aratu-noticias-cobre-1-dia-da-bahia-farm-show-2025">+ Direto de LEM: Aratu Not&iacute;cias cobre 1&ordm; dia da Bahia Farm Show 2025</a>
A Diretoria do Interior e da Macrorregional Oeste da Pol&iacute;cia T&eacute;cnica participa da Bahia Farm Show com a exposi&ccedil;&atilde;o de t&eacute;cnicas e tecnologias utilizadas na resolu&ccedil;&atilde;o de crimes. Durante os seis dias do evento, os visitantes podem conhecer o trabalho da Pol&iacute;cia Cient&iacute;fica de perto, com a simula&ccedil;&atilde;o de cenas de crime, demonstra&ccedil;&otilde;es com equipamentos usados na an&aacute;lise de drogas, processo de identifica&ccedil;&atilde;o por impress&otilde;es digitais, al&eacute;m de explica&ccedil;&otilde;es sobre antropologia, odontologia-legal e bal&iacute;stica forense.
O aparato tecnol&oacute;gico dispon&iacute;vel para salvamento, defesa social, preven&ccedil;&atilde;o e combate ao crime ser&aacute; demonstrada pelas for&ccedil;as de seguran&ccedil;a no estande chamado Ilha da Seguran&ccedil;a, <a href="https://aratuon.com.br/economia/missa-solene-recepciona-visitantes-no-primeiro-dia-da-bahia-farm-show-2025">+ Missa solene recepciona visitantes no primeiro dia da Bahia Farm Show 2025</a>
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/ee460f5e-8ead-4c19-ad28-cb2faeb354ba.png?width=1920&amp;height=1080" alt="Pol&iacute;cia T&eacute;cnica exibe tecnologias de intelig&ecirc;ncia na Bahia Farm Show. Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o / ASCOM DPT">
&ldquo;Embora esta seja uma feira de agroneg&oacute;cio, o tema da tecnologia &eacute; uma excelente oportunidade para a Pol&iacute;cia Cient&iacute;fica apresentar os recursos dispon&iacute;veis pelo Estado para per&iacute;cia criminal e tudo que n&oacute;s podemos oferecer &agrave; sociedade na elucida&ccedil;&atilde;o e combate ao crime&rdquo;, esclareceu Vanderclei Carvalho, Diretor do Interior.
Leia mais: <a href="https://aratuon.com.br/grupo-aratu/aratu-noticias-tera-estudio-no-bahia-farm-show-veja-programacao">'Aratu Not&iacute;cias' ter&aacute; est&uacute;dio no Bahia Farm Show; veja programa&ccedil;&atilde;o</a>

O prefeito de Lu&iacute;s Eduardo Magalh&atilde;es, Junior Marab&aacute;, visitou nesta ter&ccedil;a-feira (25) a TV Aratu e divulgou a Bahia Farm Show. <a href="https://aratuon.com.br/tvaratu/2024-06-17/an-de-sabado-especial-bahia-farm-show-2024" target="_blank" rel="noopener">Ele tamb&eacute;m participou de uma entrevista para o Linha de Frente, comandado pelo jornalista Pablo Reis.</a>
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/ebc6bf27-9e26-4b88-9481-05b92834318f.jpeg?width=1024&amp;height=768" alt="No encontro foram debatidos pontos sobre a Bahia Farm Show. Foto: Jo&atilde;o Brand&atilde;o/Aratu On">
<a href="https://aratuon.com.br/tvaratu/2024-06-11/produtores-rurais-vao-as-compras-setor-busca-melhor-condicao-de-credito-na-bahia-farm-show" target="_blank" rel="noopener">A Bahia Farm Show, uma das maiores e mais importantes feiras agr&iacute;colas do Brasil, est&aacute; chegando com grandes expectativas de neg&oacute;cios</a> e difus&atilde;o de conhecimento e tecnologia. A apenas tr&ecirc;s meses do seu in&iacute;cio, o evento j&aacute; comercializou 95% do espa&ccedil;o destinado &agrave;s empresas expositoras. Com o tema &ldquo;Agro Inteligente, Futuro Sustent&aacute;vel&rdquo;, a 19&ordf; edi&ccedil;&atilde;o da feira pretende, mais uma vez, ser a grande vitrine de novas tecnologias e solu&ccedil;&otilde;es para o setor agr&iacute;cola, ampliando as parcerias e neg&oacute;cios entre expositores, agentes financeiros e agricultores.
&ldquo;Exportamos conhecimento para o Brasil. Quem n&atilde;o conhece ainda vale &agrave; pena estar l&aacute;&rdquo;, disse Marab&aacute;.
Com uma infraestrutura em constante crescimento e uma opera&ccedil;&atilde;o que se aperfei&ccedil;oa a cada edi&ccedil;&atilde;o, os expositores e visitantes da Bahia Farm Show ter&atilde;o acesso a um complexo com ruas asfaltadas, parte delas cobertas, audit&oacute;rios climatizados, pista de test drive, &aacute;reas de alimenta&ccedil;&atilde;o, espa&ccedil;o para crian&ccedil;as e amplo estacionamento com capacidade para mil vagas. Em 2024, o evento ocupou 246 mil metros quadrados, reunindo 434 empresas expositoras e representando mais de mil marcas de produtos e servi&ccedil;os voltados ao agroneg&oacute;cio.
<a href="https://aratuon.com.br/tvaratu/2024-06-11/produtores-rurais-vao-as-compras-setor-busca-melhor-condicao-de-credito-na-bahia-farm-show" target="_blank" rel="noopener">Durante os cinco dias de feira, tamb&eacute;m ser&atilde;o realizados leil&otilde;es de gado de corte, demonstra&ccedil;&otilde;es</a> e lan&ccedil;amentos de produtos, palestras, oficinas, treinamentos e um espa&ccedil;o destinado &agrave; comercializa&ccedil;&atilde;o de produtos da agricultura familiar. A Bahia Farm Show 2025 &eacute; uma realiza&ccedil;&atilde;o da Associa&ccedil;&atilde;o de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), com o apoio da Associa&ccedil;&atilde;o Baiana dos Produtores de Algod&atilde;o (Abapa), Funda&ccedil;&atilde;o de Apoio &agrave; Pesquisa e Desenvolvimento do Oeste Baiano (Funda&ccedil;&atilde;o Bahia) e Associa&ccedil;&atilde;o dos Revendedores e Representantes de M&aacute;quinas, Equipamentos e Implementos Agr&iacute;colas do Oeste da Bahia (Assomiba).

A Comiss&atilde;o de Agricultura e Pol&iacute;tica Rural da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) realizou nesta sexta-feira (21) sua primeira agenda itinerante de 2025 durante a 12&ordf; edi&ccedil;&atilde;o da AgroRos&aacute;rio, que acontece at&eacute; s&aacute;bado (22), no distrito de Ros&aacute;rio, em Correntina. <a href="https://aratuon.com.br/politica/manuel-rocha-e-reconduzido-a-presidencia-da-comissao-de-agricultura-da-al-ba" target="_blank" rel="noopener">O evento se consolidou como um dos principais do agroneg&oacute;cio no Matopiba, reunindo produtores rurais, representantes do setor agropecu&aacute;rio e grandes empresas de insumos, m&aacute;quinas e equipamentos.</a>
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/67640293-3d64-4dc9-ac9f-a592ef584b96.jpeg?width=1080&amp;height=818" alt="Presidente da comiss&atilde;o, deputado Manoel Rocha | Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o">
A agenda faz parte da estrat&eacute;gia do colegiado de intensificar o di&aacute;logo com o setor agropecu&aacute;rio em diversas regi&otilde;es da Bahia. Al&eacute;m dos parlamentares da Comiss&atilde;o de Agricultura, deputados da Comiss&atilde;o de Infraestrutura da AL-BA tamb&eacute;m participaram do evento. O governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) e o prefeito de Correntina, Mariano Correntina (Uni&atilde;o Brasil), tamb&eacute;m estiveram presentes, ao lado de outras autoridades.
Presidente da Comiss&atilde;o de Agricultura da AL-BA, o deputado estadual Manuel Rocha (Uni&atilde;o Brasil) destacou a for&ccedil;a da AgroRos&aacute;rio e o potencial do Oeste baiano para a produ&ccedil;&atilde;o agr&iacute;cola. &ldquo;O distrito de Ros&aacute;rio se tornou um grande polo produtivo e o Oeste da Bahia j&aacute; &eacute; uma das regi&otilde;es mais importantes do pa&iacute;s para o agroneg&oacute;cio. Nossa comiss&atilde;o tem o compromisso de dialogar com o setor, ouvir as demandas e buscar solu&ccedil;&otilde;es para garantir que esse crescimento continue, impulsionando o desenvolvimento do estado&rdquo;, afirmou o parlamentar.
Rocha ressaltou ainda a relev&acirc;ncia do agroneg&oacute;cio para a economia da Bahia, que representa cerca de 30% do PIB estadual e tem papel fundamental na gera&ccedil;&atilde;o de emprego e renda. &ldquo;O agro &eacute; um motor econ&ocirc;mico da Bahia. Por isso, precisamos de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas que incentivem sua expans&atilde;o e eliminem os entraves que ainda dificultam seu avan&ccedil;o, como infraestrutura e energia. Na comiss&atilde;o, estamos trabalhando para garantir que os produtores tenham condi&ccedil;&otilde;es de continuar crescendo&rdquo;, destacou.
Realizada desde 2013, a AgroRos&aacute;rio tem o objetivo de levar informa&ccedil;&atilde;o e avan&ccedil;os tecnol&oacute;gicos aos profissionais da cadeira produtiva da regi&atilde;o do Oeste da Bahia, al&eacute;m de oferecer uma excelente oportunidade de neg&oacute;cio aos produtores e empres&aacute;rios do setor agr&iacute;cola. Na edi&ccedil;&atilde;o de 2024, a feira registrou mais de 16 mil participantes, com 165 expositores e R$40 mil doados para entidades beneficentes.

A Associa&ccedil;&atilde;o de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e Associa&ccedil;&atilde;o Baiana dos Produtores de Algod&atilde;o (Abapa) participaram nesta quarta-feira (5), da reuni&atilde;o t&eacute;cnica de monitoramento h&iacute;drico da Bahia, realizada em Salvador. <a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/aiba-discute-boas-praticas-agricolas-em-eventos-em-salvador" target="_blank">O evento come&ccedil;ou no Centro de Treinamento e Intelig&ecirc;ncia da Bahia, reunindo especialistas, produtores rurais, gestores e representantes de institui&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas e privadas.&nbsp;</a>

Com foco na regi&atilde;o Oeste da Bahia, a reuni&atilde;o discutiu estrat&eacute;gias para o uso sustent&aacute;vel dos recursos h&iacute;dricos, integrando apresenta&ccedil;&otilde;es t&eacute;cnicas e debates sobre ferramentas e pol&iacute;ticas para a preserva&ccedil;&atilde;o das &aacute;guas e o desenvolvimento regional.&nbsp;

<a href="https://aratuon.com.br/geral/brasil-reduz-em-12-emissoes-de-gases-de-efeito-estufa-aponta-observatorio-do-clima" target="_blank">LEIA MAIS: Brasil reduz em 12% emiss&otilde;es de gases de efeito estufa, aponta Observat&oacute;rio do Clima</a>

O produtor rural J&uacute;lio Busato destacou a import&acirc;ncia do di&aacute;logo entre entidades e especialistas. &ldquo;Demos mais um passo para consolidar o projeto de monitoramento h&iacute;drico. Reunimos professores, t&eacute;cnicos do Inema e da SEMA para avan&ccedil;ar com solu&ccedil;&otilde;es. Essa reuni&atilde;o &eacute; fundamental e certamente trar&aacute; resultados importantes para o futuro&rdquo;, afirmou.&nbsp;

Outro destaque veio do pesquisador Everardo Mantovani, que ressaltou a efici&ecirc;ncia da irriga&ccedil;&atilde;o no Oeste da Bahia. Segundo ele, &ldquo;o modelo aplicado &eacute; sustent&aacute;vel, gerando empregos e renda n&atilde;o apenas para grandes produtores, mas tamb&eacute;m para pequenos agricultores, promovendo qualidade de vida e perman&ecirc;ncia no campo&rdquo;.&nbsp;

Na segunda etapa do evento, realizada no Minist&eacute;rio P&uacute;blico da Bahia, as discuss&otilde;es se aprofundaram na implementa&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas e na integra&ccedil;&atilde;o entre diferentes setores. O Minist&eacute;rio P&uacute;blico enfatizou a import&acirc;ncia da fiscaliza&ccedil;&atilde;o e da participa&ccedil;&atilde;o comunit&aacute;ria na governan&ccedil;a h&iacute;drica, refor&ccedil;ando a necessidade de um manejo sustent&aacute;vel para enfrentar desafios como a escassez h&iacute;drica.

O presidente da Aiba, Odacil Ranzi, destacou o impacto positivo do encontro. &ldquo;Discutimos profundamente o relat&oacute;rio do Aqu&iacute;fero Urucuia, um recurso fundamental no Oeste. Com ci&ecirc;ncia e tecnologia ao nosso lado, temos uma gest&atilde;o h&iacute;drica mais eficiente&rdquo;, declarou. A reuni&atilde;o foi considerada um marco na busca por solu&ccedil;&otilde;es inovadoras e sustent&aacute;veis para a preserva&ccedil;&atilde;o ambiental e o equil&iacute;brio do desenvolvimento no estado.

+&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/esportes/suspeitos-de-agredir-torcedores-do-vitoria-sao-presos-durante-operacao-em-salvador">Suspeitos de agredir torcedores do Vit&oacute;ria s&atilde;o presos em Salvador</a>

O Brasil reduziu em 12% suas emissões de gases de efeito estufa em 2023 em comparação com o ano anterior, conforme divulgado nesta quinta-feira (7/11) pelo Observatório do Clima. Em 2023, o país emitiu 2,3 bilhões de toneladas de CO₂ equivalente (GtCO₂e), frente a 2,6 bilhões em 2022.
De acordo com o Observatório, essa é a maior redução percentual nas emissões desde 2009, ano em que o país registrou a menor emissão da série histórica, iniciada em 1990, com 1,77 bilhão de GtCO₂e.
A principal razão para a queda nas emissões foi a redução do desmatamento na Amazônia. As emissões oriundas do desmatamento na floresta caíram 37%, passando de 1,074 bilhão de toneladas de CO₂ equivalente para 687 milhões de toneladas.
No entanto, os dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) indicam que, apesar da desaceleração na Amazônia, a devastação em outros biomas gerou emissões brutas de 1,04 GtCO₂e em 2023.
Para David Tsai, coordenador do SEEG, a redução é positiva, mas destaca a dependência das ações na Amazônia para que o Brasil atinja sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC). “A queda nas emissões em 2023 certamente é uma boa notícia, e põe o país na direção certa para cumprir sua NDC, o plano climático nacional, para 2025. Ao mesmo tempo, mostra que ainda estamos excessivamente dependentes do que acontece na Amazônia, já que as políticas para os outros setores são tímidas ou inexistentes. Isso terá de mudar na nova NDC, que será proposta ainda este ano. O Brasil precisa de um plano de descarbonização consistente e que faça de fato uma transformação na economia”, afirmou.
Nos outros biomas, as emissões por desmatamento e queima de biomassa cresceram: 23% no Cerrado, 11% na Caatinga, 4% na Mata Atlântica e 86% no Pantanal. Apenas no Pampa houve redução de 15%, embora esse bioma represente apenas 1% das emissões totais.
“Ao mesmo tempo em que o Brasil observa os efeitos positivos do combate ao desmatamento na Amazônia, há uma aceleração do desmatamento em outros biomas, como o Cerrado e o Pantanal. Esse ‘vazamento’ não é algo novo e precisa de solução urgente para que continuemos tendo chances de atingir as metas de mitigação brasileiras”, afirmou Bárbara Zimbres, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), instituição responsável pelo cálculo de emissões por uso da terra no SEEG.
USO DA TERRA E AGROPECUÁRIA
As mudanças de uso da terra representaram quase metade das emissões nacionais (46%), com 1,062 bilhão de toneladas de CO₂e. A agropecuária, por sua vez, atingiu o quarto recorde consecutivo de emissões, com um aumento de 2,2%, respondendo por 28% das emissões totais do Brasil, impulsionada pelo crescimento do rebanho bovino.
“A maior parte das emissões vem da fermentação entérica (o popular ‘arroto’ do boi), com 405 milhões de toneladas em 2023 (mais do que a emissão total da Itália)”, aponta o Observatório. “Somando as emissões por mudança de uso da terra, a atividade agropecuária segue sendo de longe a maior emissora do país, com 74% do total”.
Gabriel Quintana, analista de Ciência do Clima do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), recorda que a última queda nas emissões da agropecuária brasileira foi registrada em 2018. Desde então, as emissões aumentaram e atingiram recordes. “Elas são puxadas pelo aumento do rebanho bovino, uso de calcário e fertilizantes sintéticos nitrogenados, afinal, a produção brasileira tem crescido. O desafio para o setor, bastante suscetível aos impactos da crise climática, é alinhar a mitigação das emissões de gases de efeito estufa com a eficiência da produtividade, em especial, a redução de metano e a adoção de sistemas que geram sequestro de carbono no solo”, pontuou.
RESÍDUOS E ENERGIA
Nos setores de resíduos e energia, as emissões de CO₂ equivalente cresceram 1% e 1,1%, respectivamente. No setor energético, o aumento se deu pelo consumo de diesel, gasolina e querosene de aviação, que juntos elevaram as emissões de transporte em 3,2%, atingindo o recorde de 224 MtCO₂e.
“Essa elevação mais do que compensou a redução de emissões devido à queda de 8% na geração de eletricidade por termelétricas fósseis no ano passado, no qual não houve crise hídrica para impactar a geração hidrelétrica. No total, energia e processos industriais emitiram 22% do total nacional, 511 MtCO₂e”, aponta o relatório.
QUEIMADAS
As emissões provenientes de queimadas de pasto e vegetação nativa, que não são contabilizadas como desmatamento, caíram 38% e 7% em 2023, respectivamente.
Essas emissões não constam no inventário nacional, mas tornam-se cada vez mais relevantes à medida que a mudança climática aumenta o risco de ocorrência de fogo, inclusive em florestas úmidas, destaca o Observatório.
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Nesta segunda-feira, 22 de julho, é comemorado o Dia Internacional da Manga, data que destaca a importância econômica da fruta para a agricultura e a economia da Bahia.

A manga é uma das frutas mais procuradas no mundo, com uma demanda crescente nos mercados interno e externo. As cidades que mais a produzem  na Bahia são Juazeiro, Casa Nova, Sento Sé e Curaçá, todas no extremo-norte do estado.

O estado se destaca como o maior produtor e exportador de manga do Brasil, com uma produção de 664 mil toneladas em uma área de 32.434 hectares, gerando um Valor Bruto da Produção (VBP) de 989,3 milhões de reais.

A manga é uma fruta rica em vitaminas A, C e do complexo B, além de minerais como ferro, cálcio e fósforo. Ela é conhecida por seus benefícios à saúde, como a melhoria da digestão, fortalecimento do sistema imunológico, proteção contra doenças cardíacas e prevenção de vários tipos de câncer.

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No baixo-sul da Bahia, mais precisamente a cerca de 258 km de distância de Salvador, a jovem cidade de Presidente Tancredo Neves (PTN) é lar de 27.734 pessoas (Censo 2022) e também de duas iniciativas, que têm mudado a realidade do município e de seus moradores, de acordo com eles mesmos.
O Aratu On foi ao município, fundado em 1989, após se emancipar da cidade de Valença, para conferir a Casa Familiar Rural (CFR) e a Cooperativa de Produtores Rurais (Coopatan), iniciativas voltadas para a atividade agrícola da região, que é a principal fonte econômica de PTN, por meio do cultivo e comercialização de produtos in natura e derivados da mandiocas e bananas.
O primeiro projeto visitado foi a Casa Familiar Rural, fundada em 2002, uma instituição de ensino médio e técnico, voltado para a agropecuária, totalmente gratuita, que se mantém por doações e parcerias. De acordo com funcionários e estudantes da CFR, é nas hortas e salas de aula do local que acontece uma verdadeira “transformação de vida”.


[caption id="attachment_347933" align="aligncenter" width="700"]<img class="wp-image-347933 " src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/06/IMG_4756.jpeg" alt="" width="700" height="700" /> Lucas Pereira/Aratu On[/caption]
A Casa recebe inscrições de jovens entre 14 e 18 anos que tenham interesse e aptidão para a agricultura e busquem, a partir da educação no campo, se desenvolverem. Ao longo desses 22 anos, mais de 500 estudantes foram formados, algo que, de acordo com o diretor da instituição, Thales Lima, é motivo de “muito orgulho”.
Há 12 como integrante do projeto, Thales, que também é formado em zootecnia, conta que deixou para trás a cidade de Ilhéus, no sul da Bahia, para se dedicar ao trabalho na instituição. Atualmente, a CFR conta com 131 jovens, divididos em três turmas de Ensino Médio e Técnico, ele explicou que a instituição atende os moradores de Presidente Tancredo, mas também de cidades do entorno, como Teolândia e Wenceslau Guimarães.
“O nosso grande objetivo aqui é que esses jovens se tornem empresários rurais da agricultura familiar. A implantação da Casa visa com que esses jovens, filhos de agricultores familiares, possam olhar para essa propriedade rural e ver ela como uma empresa, uma oportunidade de melhora de vida”, destaca.
Adotando um modelo francês de educação, baseado no princípio da alternância, esses estudantes ficam sete dias na instituição de ensino e outros 15, atuando em suas comunidades. “Eles ficam imersos aqui durante sete dias, dormindo e convivendo uns com os outros, tendo aulas de matérias do ensino médio e também as matérias técnicas. Após essa semana, eles retornam para atuarem em suas comunidades, levando algumas atividades teóricas e práticas, que são acompanhadas por monitores, que vão até esses locais, até a casa desses jovens, para avaliar, tirar dúvidas e ajudar também na relação com a família e com a comunidade”, explica ele.
<blockquote>“A nossa missão é oferecer uma educação profissional de qualidade e permitir que esses jovens possam continuar nas comunidades, no município, trabalhando com agricultura” - Thales Lima, diretor da CFR</blockquote>
Em todo território baiano, existem apenas três unidades de CFRs: além da CFR-PTN, existe uma Casa na cidade de Nilo Peçanha e outra em Igrapiúna. Questionado sobre a razão pela qual a proposta das Casas Familiares Rurais não se espalhou, Thales afirma que não há investimento suficiente por parte das empresas, que dizem considerar o projeto "caro demais", algo que o diretor classifica como uma "bobagem", uma vez que "é a partir da educação que a gente consegue transformar vidas".

Para manter a Casa em Presidente Tancredo Neves, o projeto conta com parcerias com empresas como Braskem, Bayer, Sebrae, Banco do Nordeste e, em especial, a  Fundação Norberto Odebrechet, que é de onde vem a maioria dos recursos, através do programa "Tributo Futuro", que arrecada doações dos próprios funcionários do grupo.

Enquanto pessoa física, <a href="https://www.cfrptn.org.br/doacoes/" target="_blank" rel="noopener">é possivel contribuir com o projeto em até 6% do imposto renda</a>, na hora de declarar, para o Fundo da Infância e Adolescência de Presidente Tancredo Neves, que repassa os valores para a Casa e outros cinco projetos locais.

ATRAÇÃO E PERMANÊNCIA

Outro fator importante que Thales destaca é o fenômeno da “permanência”, onde, segundo o gestor, graças às capacitações técnicas, esses jovens deixam de seguir para outros municípios maiores como Ilhéus e Santo Antônio de Jesus, para se dedicarem às atividades em “casa”.

A visão é compartilhada pela engenheira agrônoma Ivanete Santos, que atua como monitora das turmas da Casa. Vinda de Teolândia, que fica a 21 km de Tancredo, Ivanete é ex-estudante da CFR, matriculada em 2008 e formada em 2010, e desde que deixou a instituição, já havia o desejo de retornar para a região. “Após sair da Casa, eu fui fazer agronomia na UFRB [Universidade Federal do Recôncavo da Bahia], e depois, surgiu a oportunidade de voltar para fazer meu TCC aqui na Coopatan e estagiar na CFR. Quando eu formei, eu já tinha esse desejo de continuar contribuindo com a educação com a formação dos jovens da região e pude continuar”, afirmou.

Vinda de uma família de produtores, a professora contou ainda que sempre trabalhou com a terra, mas que o trabalho realizado por seus pais e avôs exigia um grande esforço físico e tinha um resultado pouco satisfatório. Mas, por meio do que aprendeu ao longo dos três anos de curso, a situação mudou drasticamente.

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“A gente sempre viveu do campo e então eu já tinha essa relação de produzir, só que a gente não sabia ainda como produzir bem. Então nós trabalhamos de uma forma que tinha um grande esforço físico, mas a produtividade era muito baixa. Depois dessa passagem pela escola, isso impactou minha família como um todo, não apenas a mim, mas também as pessoas ao me redor”.
<blockquote>“Quem entra na Casa Familiar Rural, com certeza, não sai a mesma pessoa” - Ivanete Santos</blockquote>
Mais que aprimorar aqueles que já tem uma afinidade com a terra, o trabalho desenvolvido na CFR também serve como um “norteador” para quem ainda não sabe o que quer fazer da vida. Quem conta um pouco sobre a importância da escola é o jovem Elismar Brito, de 20 anos, formado na última turma, em dezembro de 2023.

“Eu digo sempre que a Casa contribuiu muito para mim. Eu era um jovem que não tinha terras e após ter passado pela CFR, me tornei um empresário rural, tenho quatro hectares de terras minhas e coordeno cinco funcionários que trabalham para mim. Eu sempre fico emocionado em falar, porque a Casa realmente mudou a minha vida", revelou.

Criado com os avós e alguns tios, Elismar afirma que, os parentes já trabalhavam com agricultura, mas que não costumava se ver nesse universo e o choque de realidade após iniciar os estudos foi grande.

"A maior dificuldade que tive foi de me adaptar, eu não costumava dormir fora de casa, passar uma semana fora, mas, depois de um tempo, eu fui pegando gosto, vi as mudanças acontecendo e segui, aquilo acabou sendo muito rápido".

[caption id="attachment_347935" align="aligncenter" width="700"]<img class="wp-image-347935 " src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/06/ELISMAR-CFR.jpeg" alt="" width="700" height="700" /> Elismar Brito - Arquivo Pessoal[/caption]

MULHERES NO CAMPO

Com aulas de práticas agrícolas, adubação e cuidado com a terra, e cultivo de fruticultura, como bananas e abacaxis, aliado aos componentes curriculares básicos do Ensino Médio, como sociologia e matemática (aulas dadas por Ivaneide e Thales, respectivamente), a busca por inscrições na instituição só tem aumentado bastante ao longo dos anos, tendo alcançado no ano passado, cerca de 583 inscrições, para 35 vagas.

Durante a entrevista, Thales também comentou sobre a presença feminina no campo. Apesar de ser ainda um ambiente “muito machista”, há uma melhora perceptível graças à presença de meninas e mulheres nesse meio.

“Hoje, 44% dos nossos jovens são meninas. E nós saímos de 30% para 44%, ao longo desses anos e agora a gente tem que trabalhar ainda mais. Aí eu destaco que no nosso primeiro ano de formação, a metade das turmas é de meninas, 50% meninos e 50% meninas. Então a gente tem realmente feito um trabalho muito grande para poder intensificar e quebrar esses paradigmas”, destacou o diretor.

Aos 18 anos, a jovem Camila Pereira, é mais um exemplo de como a instituição atua na vida das pessoas. Colega de classe de Elismar, formada em dezembro do ano passado, ela conta que só se matriculou após incentivo de uma professora da Casa Familiar Rural de Igrapiúna. Graças à insistência da educadora, que trabalhava na fábrica de polpas da família de Camila, a jovem resolveu participar da seleção e foi aprovada nas etapas.

“Eu já ajudava minha família, mas não tinha muita aptidão para o campo, e não pensava em seguir em frente com isso. Após ela insistir e também um primo meu, que estudou lá, me inscrevi e já fui gostando durante o processo de seleção”, revelou. Apesar da dificuldade enfrentada pela questão das aulas virtuais, adotadas por causa da pandemia de Covid-19, a jovem contou que, após o reestabelecimento dos encontros presenciais, outras dificuldades apareceram:

“De início, o que mais surgiu de conflito para mim foram as atividades, que puxavam muito para o meio rural, e era uma coisa que eu não gostava tanto. Mas, no decorrer do tempo, eu fui me desenvolvendo no profissional, mas, principalmente, na parte pessoal, pelas visitas técnicas e acompanhamento dos monitores. E foi aí que eu descobri o que realmente eu queria me dedicar, que a de empresária”.

[caption id="attachment_347936" align="aligncenter" width="700"]<img class="wp-image-347936 " src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/06/camila-cfr.jpg" alt="" width="700" height="700" /> Camila Pereira - Arquivo Pessoal[/caption]

A técnica em agropecuária revelou que o mundo do agro ainda é “muito complicado”, devido à resistência que muitos produtores rurais têm com a figura e presença da mulher. Formada, a jovem, que presta assistência a pequenos produtores da comunidade aos finais de semana, revelou que o tratamento recebido é diferente, por ser mulher.

“É muito complicado, ainda é muito tabu. E para você ser uma técnica, você precisa ser muito boa, porque, a gente sabe que o machismo é estrutural, e o produtor rural não olha para uma profissional mulher da mesma forma que olha para um homem, na função de técnico. Em comparação a 10 anos atrás, a situação é outra, mas ainda a mulher precisa se aprimorar mais, porque não é todo mundo que acredita”, destaca Camila.

Essa presença cada vez maior de meninas e mulheres em atividades do campo, de acordo com a professora Ivaneide, se dá por causa de fatores como a “sensação de pertencimento e o orgulho de ser do campo”, impulsiona essa tomada de posição, ainda que as dificuldades existam, primordialmente no seio familiar.

“Os meninos têm mais facilidade em desenvolver o seu projeto produtivo, as meninas têm mais dificuldade, porque depende mais do pai e alguns pais são mais resistentes quando se trata de meninas falando do campo. A gente verifica isso muito forte a própria estrutura familiar. Mas tanto as minhas colegas, quanto eu, sabemos que a nossa presença influencia de forma muito positiva outras meninas a entender que é possível sim desempenhar um papel importante no campo, mas é um grande desafio”, revelou a jovem.

Atualmente, Camila está disputando uma vaga para o curso de agronomia na UFRB e tem trabalhado na fábrica da família, “fazendo um pouco de tudo”. “Pretendo me aprimorar e voltar com mais conhecimento para poder auxiliar no gerenciamento da fábrica. Hoje é esse meu desejo, já que, anteriormente, eu pretendia fazer algo ligado a contabilidade”.

TRABALHO EM COOPERATIVA

Para além do trabalho educacional de referência na região, outra iniciativa de grande impacto em Presidente Tancredo Neves é Coopatan, cooperativa de produtores rurais. O projeto, fundado nos anos 2000 por um grupo de 30 produtores rurais da região que buscavam organizar a cadeia produtiva da mandioca, principal produto do município, se expandiu para a fruticultura e conta atualmente com 366 associados e uma fábrica própria de produção de farinha, tapiocas e beijus, além de doces de banana.

[caption id="attachment_347937" align="aligncenter" width="700"]<img class="wp-image-347937 " src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/06/coopatan.jpeg" alt="" width="700" height="700" /> Lucas Pereira/Aratu On[/caption]

Ex-presidente da cooperativa e atualmente na assessoria da presidência, Juscelino Macedo, brinca que é “suspeito” para falar da Coopatan, onde é membro há 20 anos, e que tem “história atrelada diretamente a do município de PTN.

“A gente tem um foco muito no trabalho, de conseguir organizar a produção do cooperado através da assistência técnica. Aqui na cooperativa, então, o produtor se responsabiliza pela produção agrícola [matéria-prima], e a Coopatan, na agroindustrialização e depois a comercialização dos seus produtos”, explica.

[caption id="attachment_347938" align="aligncenter" width="702"]<img class="wp-image-347938 " src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/06/juscelino-divulgacao-sde.jpeg" alt="" width="702" height="702" /> Juscelino Macedo - Divulgação/SDE[/caption]

Classificando a Coopatan como um dos “pilares de desenvolvimento econômico” em PTN, Juscelino acrescenta que com o desenvolvimento da cooperativa e a inserção de técnicas e tecnologias, a produtividade da região teve um aumento significativo e a mudança é percebida no comportamento dos cooperados:
<blockquote>“A partir do trabalho, o agricultou tem essa visão de que ele é um empresário e não é um pobre coitado. Ele é um comerciante! E por conta disso, ele tá sempre buscando novas técnicas para aumentar a produtividade, ao mesmo tempo que também vai se aprimorando, e isso gera um reinvestimento”. </blockquote>
PRODUÇÃO E PRODUTORES

Crescendo ao longo do tempo, além da comercialização de produtos in natura, como mandioca e outras frutas como bananas e abacaxis, a Coopatan possui atualmente um parque industrial para a produção de produtos derivados da mandioca e da banana, como farinha, beiju e doce. Apenas em 2022, foram mais de 4,9 mil toneladas de alimentos produzidos, segundo a cooperativa.

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Um dos pilares para o crescimento da produção são as parcerias firmadas pela cooperativa com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e com a Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves. Esta última está localizada a menos de um quilômetro de distância e as proximidades não param por aí. Para além das parcerias de pesquisa, com a cooperativa e seus associados disponibilizando terras para que estudantes da CFR coloquem em prática seus projetos, há também casos de funcionários da Coopatan que estudaram na instituição, a exemplo do atual presidente da Coopatan, Nildo Costa.

A história de Nildo é bem parecida com a de Camila, Elismar e Ivanete: com nove irmãos, ele é filho de produtores rurais e, a partir dos conhecimentos obtidos na escola rural, pode melhorar de vida a partir da otimização da produção de suas próprias terras.

"Eu não tinha noção nenhuma da agricultura, trabalhava de qualquer jeito, fazia tudo avulso, sem conhecimento nenhum. E aí, a partir do momento que o passei a estudar na casa, fui adquirindo conhecimento e aplicando na minha propriedade , podendo chegar ao nível que eu estou hoje", conta o produtor rural.

Nildo ressalta que graças a outro projeto que Coopatan executa, o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), ele passou a ser dono de uma área estimada em 12,3 hectares de terra produtiva - o que equivale a quase 15 campos de futebol.

Quem explica sobre o PNCF é o assessor de projetos da cooperativa, Ademar Barreto. Resumidamente, o crédito fundiário é um programa federal de financiamento agrário, onde, nesse caso, a Coopatan realiza a intermediação entre os trabalhadores e candidatos, às propriedades disponíveis para uso e as instituições para o financiamento e o Governo Federal. Atualmente, são quatro condomínios agrícolas, como são chamados os espaços de terra repartidos entre os trabalhadores.

"Essa série de benefícios e facilidades tem realmente impactado na realidade das pessoas. É uma reforma agrária real, que destina essas terras não produtivas para pessoas que realmente querem trabalhar e produzir para si", destaca Ademar. Apenas em 2021, quando ainda existiam apenas três condomínios agrícolas, a movimentação econômica gerada pelo projeto representava cerca de 19,6% do total da cooperativa.

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Cooperado há três anos, Érico "Cowboy" fala com alegria sobre ser um dos contemplados no Crédito Fundiário. "Antigamente, eu não tinha terra para mim, trabalhava para os outros, e graças à Deus agora eu posso me considerar um produtor rural". Por serem culturas de rápido retorno, banana e mandioca dão tom da paisagem nas terras de "Seu Cowboy", na Comunidade Agrícola Mussurunga.

Questionado se espera que, no futuro, os filhos toquem a sua produção agrícola, Érico não pestaneja na resposta: "Ave Maria, eu espero que eles multipliquem [a produção]. Eu acredito que é possível viver hoje da agricultura, sem precisar que nossos meninos se formem e vão para outra cidade buscar uma oportunidade para sobreviver".

E é assim, entre uma aula e outra, um plantio e uma safra, que uma nova forma de fazer agricultura dá uma nova perspectiva de vida para moradores de Presidente Tancredo Neves e região, através da educação, da dedicação e amor ao que a terra dá.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, sem vetos, a Lei 14.877/24, de autoria do deputado baianao Félix Mendonça Júnior (PDT), que institui os selos de produção sustentável Cacau Cabruca e Cacau Amazônia. A medida foi <a href="https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.877-de-4-de-junho-de-2024-563686029" target="_blank" rel="noopener">publicada no Diário Oficial da União (DOU) de quarta-feira (5/6)</a> e representa um marco para a economia cacaueira, especialmente no sul da Bahia.
A legislação fortalece os produtores de cacau ao possibilitar o uso dos selos como ferramenta de promoção de seus produtos e negócios. O foco da certificação está na preservação ambiental, incentivando práticas que conservem a riqueza e diversidade da Mata Atlântica e da floresta amazônica, fundamentais para a produção de cacau.
De acordo com a nova lei, os produtores que cultivarem cacau na modalidade cabruca, com a devida observância das leis ambientais e trabalhistas, poderão pleitear a certificação. A concessão dos selos será realizada por órgão ambiental federal, mediante solicitação do produtor e pagamento de preço público ou tarifa. A validade inicial será de dois anos, podendo ser renovada indefinidamente, sujeita à avaliação e vistoria.
Em caso de descumprimento das normas durante o período de validade do selo, o órgão federal responsável deverá cassar o direito de uso, garantindo a integridade e credibilidade dos selos de produção sustentável de cacau.
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