A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a segunda fase do ensaio clínico de um medicamento de uso oral contra a dengue. O medicamento é chamado de EYU688 e está sendo implementado pela empresa farmacêutica Novartis Biociências.
A promessa é de que o remédio atue inibindo a replicação dos quatro sorotipos do vírus da dengue em pacientes já infectados pelo mosquito Aedes aegypti. A permissão foi dada após a conclusão dos benefícios potenciais do medicamento, apresentados em dados de estudos pré-clínicos e clínicos.
De acordo com a resolução, serão feitos 38 ensaios clínicos em pacientes recrutados por centros de pesquisas vinculados. Serão: 7 em Brasília, 7 em Manaus, 7 no Rio de Janeiro e 17 nas cidades paulistas de Sorocaba e São José do Rio Preto.
A pesquisa será feita de forma randomizada, duplo-cego, e controlada por placebo, ou seja, os pacientes serão divididos em dois grupos aleatórios. O primeiro recebe o medicamento em teste e o outro, um placebo.
Caso o resultado seja positivo, o medicamento passa para a terceira fase, com testes feitos em humanos em maior escala.

Entre mais de 1,5 milhão de casos autóctones de malária identificados na região amazônica brasileira entre 2013 e 2022, 29% foram em crianças de até 12 anos. No mesmo período, foram registrados 73 mortes em crianças nessa faixa etária, sendo 22 em crianças com menos de um ano.

Os dados integram a pesquisa Saúde Brasil, lançada este mês pelo Ministério da Saúde, e demonstram, segundo avaliação da própria pasta, que a taxa de letalidade por malária na região amazônica brasileira é baixa, mesmo em crianças.

No intuito de diminuir a ocorrência de casos da doença, uma das estratégias recomendadas pelo ministério é o uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas de longa duração (MILDs), distribuídos gratuitamente e instalados em áreas de alta transmissão por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Na busca pelo controle e pela eliminação da malária, o diagnóstico e o tratamento oportunos são combinados com ações de controle vetorial do mosquito, como a utilização de MILDs. Essa estratégia, recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), oferece uma barreira física e química, diminuindo a população intradomiciliar do vetor.”

TRATAMENTO

Para tratar menores de 12 anos contra a malária, causada pelo parasita Plasmodium falciparum, a pasta informou que está retomando a oferta da associação artesunato + mefloquina, conhecida como ASMQ, produzida no Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O AMSQ foi incorporado ao Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária em 2009, mas teve sua fabricação interrompida em 2021. Em 2023, foram fabricados e disponibilizados no Sistema Único de Saúde (SUS) 254,4 mil unidades do medicamento, mas para maiores de 12 anos. “Agora, em 2024, Farmaguinhos retomou a produção do ASMQ para menores de 12 anos”.

LEIA MAIS:<a href="https://aratuon.com.br/saude/2024-06-11/chas-nao-sao-recomendados-para-menores-de-6-meses-alerta-pediatra-apos-morte-de-bebe-em-juazeiro/" target="_blank" rel="noopener"> ‘Chás não são recomendados para menores de 6 meses’, alerta pediatra após morte de bebê em Juazeiro</a>

Acompanhe nossas transmissões ao vivo no <a href="http://www.aratuon.com.br/aovivo">www.aratuon.com.br/aovivo</a>. Siga a gente no <a href="https://instagram.com/aratuonline" target="_blank" rel="nofollow noopener">Insta</a>, <a href="https://www.facebook.com/aratuon/" target="_blank" rel="nofollow noopener">Facebook</a> e <a href="https://twitter.com/aratuonline?ref_src=twsrc%5Egoogle%7Ctwcamp%5Eserp%7Ctwgr%5Eauthor" target="_blank" rel="nofollow noopener">Twitter</a>. Envie denúncia ou sugestão de pauta para <a href="tel:(71) 99940 %E2%80%93 7440">(71) 99940 – 7440 </a>(WhatsApp).

Os brasileiros ainda não sacaram, até o fim de dezembro, R$ 7,59 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro, divulgou nesta quarta-feira (7) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 5,74 bilhões, de um total de R$ 13,33 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras. As estatísticas do SVR são divulgadas com 2 meses de defasagem.

Em relação ao número de beneficiários, até o fim de dezembro, 17.928.779 correntistas haviam resgatado valores, o que representa apenas 29,4% do total de 60.984.441 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 17.016.755 são pessoas físicas e 912.024 são pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 39.952.928 são pessoas físicas e 3.102.734 são pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque têm direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,49% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,11% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,68% dos clientes. Só 1,73% tem direito a receber acima de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase 1 ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em dezembro, foram retirados R$ 191 milhões, queda em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 211 milhões.

MELHORIAS
A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também há uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vidas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

FONTES DE RECURSOS
Também foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os valores, já disponíveis para saques no ano passado, em contas corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

GOLPES
O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

*Agência Brasil*

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/saude/2024-02-07/oms-surto-de-dengue-no-brasil-faz-parte-de-aumento-em-escala-global/">OMS: surto de dengue no Brasil faz parte de aumento em escala global</a>

Acompanhe nossas transmissões ao vivo no <a href="http://www.aratuon.com.br/aovivo">www.aratuon.com.br/aovivo</a>. Siga a gente no <a href="https://instagram.com/aratuonline" target="_blank" rel="nofollow noopener">Insta</a>, <a href="https://www.facebook.com/aratuon/" target="_blank" rel="nofollow noopener">Facebook</a> e <a href="https://twitter.com/aratuonline?ref_src=twsrc%5Egoogle%7Ctwcamp%5Eserp%7Ctwgr%5Eauthor" target="_blank" rel="nofollow noopener">Twitter</a>. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para <a href="tel:(71) 99940 - 7440">(71) 99940 – 7440</a>. Nos insira nos seus grupos!

A Caixa Econ&ocirc;mica Federal lan&ccedil;ou, nesta&nbsp;quinta-feira (6/10), a campanha &#39;Voc&ecirc; no Azul&#39;, que disponibiliza descontos de at&eacute; 90% para regulariza&ccedil;&atilde;o de d&iacute;vidas de cr&eacute;ditos comerciais de pessoas f&iacute;sicas e jur&iacute;dicas.<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1486843&amp;o=node" /><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1486843&amp;o=node" />

Est&atilde;o contempladas na a&ccedil;&atilde;o contratos de 4 milh&otilde;es de clientes pessoa f&iacute;sica e 396 mil na pessoa jur&iacute;dica. Mais de 80% podem liquidar seus d&eacute;bitos por at&eacute; mil reais.

&quot;Temos buscado aprofundar cada vez mais a nossa atua&ccedil;&atilde;o para que o brasileiro tenha o nome limpo. Esta &eacute; uma campanha importante&nbsp;que ajuda no recome&ccedil;o, as pessoas &agrave;s vezes tem dificuldade. A gente d&aacute; esse impulso, que tradicionalmente acontece todos os anos.&nbsp;Desde 2017&nbsp;a Caixa faz a campanha de recupera&ccedil;&atilde;o de cr&eacute;dito, estimulando aqueles que quiserem quitar &agrave; vista&nbsp;qualquer tipo de modalidade de cr&eacute;dito, exceto habita&ccedil;&atilde;o e agro&rdquo;, afirmou a presidente da Caixa Econ&ocirc;mica Federal, Daniella Marques, durante coletiva de lan&ccedil;amento,&nbsp;em S&atilde;o Paulo.

A novidade desta edi&ccedil;&atilde;o &eacute; a amplia&ccedil;&atilde;o da oferta de renegocia&ccedil;&atilde;o de d&iacute;vidas em seus canais digitais. Cerca de 70% das propostas da campanha Voc&ecirc; no Azul 2022 est&atilde;o habilitadas para efetiva&ccedil;&atilde;o por meio do&nbsp;<a href="https://www.caixa.gov.br/Paginas/home-caixa.aspx" target="_blank">site da Caixa</a>,&nbsp;&nbsp;do aplicativo e WhatsApp Caixa (0800 104 0104).

Os contratos negociados ser&atilde;o retirados dos cadastros restritivos de cr&eacute;dito em at&eacute; cinco dias &uacute;teis ap&oacute;s a efetiva&ccedil;&atilde;o do acordo por meio do pagamento do boleto.

A campanha segue at&eacute;&nbsp;29 de dezembro&nbsp;em todo o Brasil.

*Com edi&ccedil;&atilde;o.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/variedades/noticia/carnaval/expo-carnaval-brazil-com-show-de-ivete-e-olodum-salvador-sedia-primeira-feira-de-experiencias-sobre-a-festa" target="_blank">Expo Carnaval Brazil: com show de Ivete e Olodum, Salvador sedia primeira feira de experi&ecirc;ncias sobre a festa</a>

Acompanhe nossas transmiss&otilde;es ao vivo no&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/aovivo/aratuon" target="_blank">www.aratuon.com.br/aovivo</a>. Nos siga no&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/aratuonline/" target="_blank">Instagram</a>,&nbsp;<a href="https://www.facebook.com/aratuon/" target="_blank">Facebook</a>&nbsp;e&nbsp;<a href="https://twitter.com/aratuonline?ref_src=twsrc%5Egoogle%7Ctwcamp%5Eserp%7Ctwgr%5Eauthor" target="_blank">Twitter</a>. Quer mandar uma den&uacute;ncia ou sugest&atilde;o de pauta, mande WhatsApp para&nbsp;<a href="tel:(71) 99940 - 7440">(71) 99940 - 7440</a>. Nos insira nos seus grupos!

A Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) n&atilde;o acredita que o surto de var&iacute;ola dos macacos,fora da &Aacute;frica exija vacina&ccedil;&otilde;es em massa, uma vez que medidas como boa higiene e comportamento sexual seguro ajudar&atilde;o a controlar a propaga&ccedil;&atilde;o, disse uma autoridade s&ecirc;nior nesta segunda-feira (23/5).<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1461470&amp;o=node" /><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1461470&amp;o=node" />

Em entrevista &agrave; Reuters, Richard Pebody, que lidera a equipe de pat&oacute;genos de alta amea&ccedil;a na OMS Europa, tamb&eacute;m afirmou que os suprimentos imediatos de vacinas e antivirais s&atilde;o relativamente limitados.

Os coment&aacute;rios ocorrem no momento em que o Centro de Controle e Preven&ccedil;&atilde;o de Doen&ccedil;as (CDC) dos EUA disse que estava em processo de libera&ccedil;&atilde;o de algumas doses da vacina Jynneos para uso em casos de var&iacute;ola dos macacos.

Autoridades de sa&uacute;de p&uacute;blica na Europa e na Am&eacute;rica do Norte est&atilde;o investigando mais de 100 casos suspeitos e confirmados da infec&ccedil;&atilde;o viral no pior surto do v&iacute;rus fora da &Aacute;frica, onde a doen&ccedil;a &eacute; end&ecirc;mica.

As principais medidas para controlar o surto s&atilde;o o rastreamento e o isolamento de contatos, disse ele, observando que n&atilde;o &eacute; um v&iacute;rus que se espalha com muita facilidade e nem causou doen&ccedil;as graves at&eacute; agora.

&quot;N&atilde;o estamos em uma situa&ccedil;&atilde;o em que estamos nos movendo para a vacina&ccedil;&atilde;o generalizada das popula&ccedil;&otilde;es&quot;, declarou.

N&atilde;o est&aacute; claro o que est&aacute; impulsionando o surto. Cientistas tentam entender a origem dos casos e se algo sobre o v&iacute;rus mudou. N&atilde;o h&aacute; evid&ecirc;ncias de que o v&iacute;rus tenha sofrido muta&ccedil;&atilde;o, disse um executivo s&ecirc;nior da ag&ecirc;ncia da ONU separadamente nesta segunda-feira. 
 
Acompanhe nossas transmiss&otilde;es ao vivo no&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/aovivo/aratuon" target="_blank">www.aratuon.com.br/aovivo</a>. Nos siga no&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/aratuonline/" target="_blank">Instagram</a>,&nbsp;<a href="https://www.facebook.com/aratuon/" target="_blank">Facebook</a>&nbsp;e&nbsp;<a href="https://twitter.com/aratuonline?ref_src=twsrc%5Egoogle%7Ctwcamp%5Eserp%7Ctwgr%5Eauthor" target="_blank">Twitter</a>. Quer mandar uma den&uacute;ncia ou sugest&atilde;o de pauta, mande WhatsApp para&nbsp;<a href="tel:(71) 99940 - 7440">(71) 99940 - 7440</a>. Nos insira nos seus grupos!

O fim da escravid&atilde;o legalizada no Brasil foi um processo constru&iacute;do por pessoas negras, um ponto que especialistas consideram fundamental ser lembrado no dia 13 de maio, data da aboli&ccedil;&atilde;o da escravid&atilde;o.<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1459481&amp;o=node" /><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1459481&amp;o=node" />

&ldquo;Ao longo das &uacute;ltimas d&eacute;cadas, t&ecirc;m aumentado as percep&ccedil;&otilde;es sobre a a&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica dos escravizados, inclusive o pr&oacute;prio 13 de maio&rdquo;, enfatiza o psic&oacute;logo M&aacute;rcio Farias, que coordena a cole&ccedil;&atilde;o Cl&oacute;vis Moura na Editora Dandara.

O 13 de maio &eacute; alvo de disputas por ser uma data oficial usada como uma esp&eacute;cie de &ldquo;a&ccedil;&atilde;o redentora de uma elite, dos setores dominantes, frente ao que foi o horror da escravid&atilde;o&rdquo;, diz Farias.

Segundo o pesquisador, por isso, os movimentos negros precisaram contestar a celebra&ccedil;&atilde;o no sentido em que a aboli&ccedil;&atilde;o estava sendo apresentada como uma benesse concedida pela monarquia &agrave; popula&ccedil;&atilde;o negra.

&ldquo;Talvez seja uma data das mais emblem&aacute;ticas naquilo que s&atilde;o as disputas de projetos de pa&iacute;s colocados, de um lado, por setores das elites dominantes, classes possuidoras de riquezas e poder, e por outro lado tamb&eacute;m reflete como os setores da classe trabalhadora, ao longo do s&eacute;culo 20, foram se posicionando frente a essa data, como uma plataforma de disputa de projeto de sociedade&rdquo;, comenta.

O historiador Rafael Domingos Oliveira, que faz parte do N&uacute;cleo de Estudos e Pesquisas da Afro-Am&eacute;rica, destaca que a promulga&ccedil;&atilde;o da Lei 3.353, em 13 de maio de 1888, acontece em um contexto hist&oacute;rico amplo, que envolve s&eacute;culos de luta das pessoas escravizadas.

&ldquo;O percurso hist&oacute;rico at&eacute; ela [Lei &Aacute;urea] foi muito mais longo e, se quisermos ser rigorosos, come&ccedil;ou com a primeira pessoa a ser escravizada e que, certamente, tentou resistir de todas as formas &agrave; nova condi&ccedil;&atilde;o a que estava sendo submetida. Desde ent&atilde;o, foram muitas as estrat&eacute;gias de resist&ecirc;ncia -- individual e coletiva &ndash; de que as popula&ccedil;&otilde;es escravizadas lan&ccedil;aram m&atilde;o para conquistar sua liberdade.&rdquo;

MOVIMENTO SOCIAL

De acordo com o historiador, a press&atilde;o para o fim da escravid&atilde;o veio de diversas formas, desde a resist&ecirc;ncia direta at&eacute; os movimentos que lutavam a partir da imprensa, da pol&iacute;tica e do Judici&aacute;rio.

&ldquo;A contribui&ccedil;&atilde;o dos movimentos abolicionistas foi, sem d&uacute;vida, fundamental para isso. Outro fator foi a tens&atilde;o constante causada pela viol&ecirc;ncia da escravid&atilde;o, tens&atilde;o geralmente resumida no medo que a classe senhorial cultivava de que revoltas e rebeli&otilde;es pudessem eclodir a qualquer momento&rdquo;, lembra.

&ldquo;H&aacute; uma pesquisa feita pela professora [da Universidade de S&atilde;o Paulo] Angela Alonso que mostra que o primeiro movimento social brasileiro foi o movimento abolicionista. Ela percorre, no livro dele, o per&iacute;odo de 1868 a 1888 mostrando as diferentes estrat&eacute;gias e t&aacute;ticas do movimento social abolicionista para que se chegasse em 1888 com a aboli&ccedil;&atilde;o&rdquo;, acrescenta o soci&oacute;logo e curador de conhecimento na Inesplorato, T&uacute;lio Cust&oacute;dio.

No entanto, em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; luta contra a escravid&atilde;o e pelos direitos da popula&ccedil;&atilde;o negra, o soci&oacute;logo considera mais importante o 20 de novembro, Dia da Consci&ecirc;ncia Negra, data da morte de Zumbi, l&iacute;der do Quilombo dos Palmares.

&ldquo;N&oacute;s temos o 20 de novembro como uma data mais fundamental, porque &eacute; uma data que conecta com a grande luta, ou com uma perspectiva mais ampla da luta contra a escravid&atilde;o, contra o racismo, contra a situa&ccedil;&atilde;o das pessoas negras em um contexto colonial e racista do Brasil&rdquo;, enfatiza.

Por&eacute;m, &eacute; preciso, segundo Cust&oacute;dio, lembrar que promulga&ccedil;&atilde;o da lei que encerrou o per&iacute;odo escravista no pa&iacute;s n&atilde;o foi uma iniciativa da princesa Isabel, respons&aacute;vel pela assinatura do documento oficial, mas, sim uma luta de muitos anos de figuras negras importantes, como Jos&eacute; do Patroc&iacute;nio, Luiz Gama e Andr&eacute; Rebou&ccedil;as.

SEM DIREITOS&nbsp;

Apesar dos esfor&ccedil;os dos abolicionistas, o processo de aboli&ccedil;&atilde;o, no entanto, acabou promovendo a desigualdade racial no Brasil pelas d&eacute;cadas seguintes at&eacute; os dias atuais, diz Domingos Oliveira.

&ldquo;O projeto de redistribui&ccedil;&atilde;o de terras, defendido por Andr&eacute; Rebou&ccedil;as e Joaquim Nabuco, que poderia perfeitamente ser entendido hoje como reforma agr&aacute;ria, estaria associado &agrave; emancipa&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o escravizada. O projeto, como sabemos, nunca foi para a frente e, at&eacute; hoje, o Brasil &eacute; um dos &uacute;nicos pa&iacute;ses de forma&ccedil;&atilde;o agroexportadora que nunca realizou a reforma agr&aacute;ria&rdquo;, exemplifica Oliveira sobre as propostas que chegaram a ser discutidas &agrave; &eacute;poca.

A forma como a aboli&ccedil;&atilde;o foi feita n&atilde;o garantiu, segundo Farias, dignidade e direitos, muito menos repara&ccedil;&atilde;o &agrave;s pessoas que sofreram com a escravid&atilde;o. &ldquo;Esse projeto foi o vitorioso. Um projeto em que as cidadanias foram mutiladas para que uma nova forma de explora&ccedil;&atilde;o do trabalho do ponto de vista formal se instaurasse, mas mantendo formas arcaicas de rela&ccedil;&otilde;es sociais&rdquo;, ressalta.

&ldquo;&Eacute; s&oacute; pensar na [Rua] 25 de Mar&ccedil;o&rdquo;, exemplifica Farias, ao falar da regi&atilde;o de com&eacute;rcio popular no centro da capital paulista. &ldquo;Voc&ecirc; tem l&aacute; toda uma tecnologia dispon&iacute;vel para compra, consumo, mas as pessoas que vendem, em geral, est&atilde;o em condi&ccedil;&otilde;es de trabalho bem prec&aacute;rias. Em uma ponta, o mais alto n&iacute;vel da produ&ccedil;&atilde;o, e em outra, as rela&ccedil;&otilde;es mais arcaicas de trabalho. Essa &eacute; uma imagem que retrata quais s&atilde;o os reflexos do 13 de maio ainda hoje. Um projeto que a rela&ccedil;&atilde;o de superexplora&ccedil;&atilde;o da for&ccedil;a de trabalho est&aacute; muito relacionada com o racismo&rdquo;, ressalta.

Mesmo considerando o contexto adverso, o pesquisador destaca a capacidade de organiza&ccedil;&atilde;o dos movimentos negros que mantiveram a luta por direitos no s&eacute;culo 20 e continuam nestas primeiras d&eacute;cadas do 21. &ldquo;A popula&ccedil;&atilde;o negra, mesmo colocada em posi&ccedil;&atilde;o de informalidade, perene de superexplora&ccedil;&atilde;o enquanto classe trabalhadora p&oacute;s-13 de maio, ela se organizou, se associou. Teve espa&ccedil;os de associa&ccedil;&atilde;o que permitiram a ela n&atilde;o s&oacute; se reconstituir como grupo social, enquanto classe, mas, acima de tudo, reelaborar projetos&rdquo;, acrescenta Farias. 
 
Acompanhe nossas transmiss&otilde;es ao vivo no&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/aovivo/aratuon" target="_blank">www.aratuon.com.br/aovivo</a>. Nos siga no&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/aratuonline/" target="_blank">Instagram</a>,&nbsp;<a href="https://www.facebook.com/aratuon/" target="_blank">Facebook</a>&nbsp;e&nbsp;<a href="https://twitter.com/aratuonline?ref_src=twsrc%5Egoogle%7Ctwcamp%5Eserp%7Ctwgr%5Eauthor" target="_blank">Twitter</a>. Quer mandar uma den&uacute;ncia ou sugest&atilde;o de pauta, mande WhatsApp para&nbsp;<a href="tel:(71) 99940 - 7440">(71) 99940 - 7440</a>. Nos insira nos seus grupos!

O Tribunal Especial Misto j&aacute; tem votos suficientes&nbsp;para confirmar o impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro,&nbsp;Wilson Witzel (PSC), por crime de responsabilidade.&nbsp;Para que haja a cassa&ccedil;&atilde;o, s&atilde;o necess&aacute;rios 2/3 dos votos do Tribunal, composto por dez integrantes.

Com a decis&atilde;o, Witzel perder&aacute; o cargo imediamente, tornando-se o primeiro governador a sofrer impeachment desde a redemocratiza&ccedil;&atilde;o.

Os membros do Tribunal ainda it&atilde;o decidir,&nbsp;em uma segunda vota&ccedil;&atilde;o, qual &eacute; o per&iacute;odo em que Witzel n&atilde;o poder&aacute; exercer fun&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas (neste caso, a pena m&aacute;xima &eacute; de cinco anos). Ap&oacute;s o fim da sess&atilde;o, ser&aacute; redigido o ac&oacute;rd&atilde;o do julgamento e os interessados ser&atilde;o notificados da decis&atilde;o. Com esse ato burocr&aacute;tico, que deve ocorrer imediatamente, Claudio Castro deixar&aacute; a condi&ccedil;&atilde;o de interino e assumir&aacute; definitivamente o governo do Rio.

<a href="https://www.aratuon.com.br/categorias/coronavirus/" target="_blank">Acompanhe&nbsp;todas as not&iacute;cias sobre o novo coronav&iacute;rus</a>.

&zwnj;Acompanhe nossas transmiss&otilde;es ao vivo e conte&uacute;dos exclusivos no&nbsp;<a href="http://www.aratuon.com.br/aovivo" target="_blank">www.aratuon.com.br/aovivo</a>. Nos mande uma mensagem pelo WhatsApp: (71) 99986-0003.

Tudo sobre: agencia-brasil

Anvisa autoriza segunda fase do ensaio clínico de remédio contra dengue

Quase um terço dos casos de malária ocorre em crianças de até 12 anos, diz MS

Brasileiros ainda não sacaram R$ 7,59 bilhões de valores a receber

Descontos de até 90%: Caixa lança campanha para regularização de dívidas

OMS tranquiliza situação sobre varíola dos macacos: "não há urgência para vacinação"

Treze de Maio: no aniversário da Lei Áurea, especialistas debatem sobre o tema

Tribunal Especial tem votos suficientes para confirmar impeachment de Witzel do governo do Rio