Os professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) aprovaram estado de greve e vão paralisar as atividades a partir desta sexta-feira (27/9). A decisão, tomada em assembleia na segunda (23), acontece após não haver avanços nas negociações salariais entre a categoria e o Governo do estado.

A greve deve acontecer por tempo indeterminado e manterá mais de 30% dos serviços essenciais na universidade, de acordo com a associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), e greve. A negociação salarial entre as partes ocorre desde 2023 e teve sua última atualização no dia 19 de setembro.

A deflagração da greve aconteceu após os professores considerarem insuficiente a nova proposta apresentada na última reunião. “Após duas propostas iniciais e rebaixadas serem levadas às direções sindicais, uma terceira foi colocada à mesa e encaminhada para análise da assembleia. Nela, o governo propôs reajuste salarial acumulado em 13,83% em dois anos, sendo 6,79% em 2025 (4,7% em jan / 2% em jul) e 6,59% em 2026 (4,5 em jan / 2% em jul).”

Segundo a associação, as análises e projeções realizadas pelo Fórum das ADs, demonstraram que a nova proposta representa uma recomposição salarial (aumento acima da inflação) de 4,94%, juntando os valores dos anos de 2025 e 2026, utilizando-se as previsões inflacionárias do Boletim Focus. Segundo cálculos do DIEESE, a defasagem salarial devido à falta de recomposição inflacionária, desde 2015, chega a 35%. Valor muito superior aos 4,94% que vieram da última mesa de negociação.

Para a Coordenação da Aduneb, “embora a última negociação tenha demonstrado um avanço, o Governo da Bahia ainda persiste na falta de interesse político para a resolução do problema”. Desde o início de 2023, docentes das universidades estaduais baianas tentaram negociar sem a necessidade da radicalização do movimento. Com responsabilidade, as representações sindicais participaram de 15 reuniões. Outras quatro foram desmarcadas pelo Executivo.

Uma nova reunião entre as partes vai ocorrer nesta quarta-feira (25), na Secretaria Estadual da Educação. Além de levar as respostas das assembleias ao governo, a expectativa é a continuidade das negociações.

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Est&aacute; programada para esta ter&ccedil;a-feira (31/5) um dia de paralisa&ccedil;&otilde;es das atividades de professores das universidades estaduais da Bahia. A a&ccedil;&atilde;o deve impactar os cerca de 50 mil estudantes das institui&ccedil;&otilde;es.

Devem aderir ao movimento professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). De acordo com a Associa&ccedil;&atilde;o dos Docentes da Uneb (Aduneb), a mobiliza&ccedil;&atilde;o busca retomar a negocia&ccedil;&atilde;o com o governo estadual sobre a pauta salarial da categoria.

No campus da Uneb, em Salvador, a programa&ccedil;&atilde;o come&ccedil;a &agrave;s 7h com um caf&eacute; da manh&atilde; e debates sobre a PEC 206/19, que pretende instituir mensalidades nas universidades p&uacute;blicas. Durante a tarde, representantes do F&oacute;rum das Associa&ccedil;&otilde;es de Docentes das Universidades Estaduais da Bahia (F&oacute;rum das ADs) seguir&atilde;o para o Centro Administrativo da Bahia (CAB) para tentar audi&ecirc;ncias com secret&aacute;rios de governo e parlamentares da Assembleia Legislativa.

A principal reivindica&ccedil;&atilde;o das professoras e dos professores &eacute; a quest&atilde;o salarial. De acordo com a categoria, ap&oacute;s sete anos de espera, o Governo do Estado aplicou para a categoria um reajuste abaixo da infla&ccedil;&atilde;o do ano de 2021. Outro ponto de reivindica&ccedil;&atilde;o &eacute; a retomada do di&aacute;logo com o Governo do Estado. H&aacute; mais de 800 dias, a mesa de negocia&ccedil;&atilde;o est&aacute; paralisada.

A nota da assessoria da Aduneb ainda acrescenta que o dia de paralisa&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m ser&aacute; utilizado para que a comunidade acad&ecirc;mica dialogue sobre problemas provenientes da atual conjuntura, como o adoecimento ps&iacute;quico que atinge estudantes, docentes e integrantes do corpo t&eacute;cnico-administrativo. Ass&eacute;dio moral, insufici&ecirc;ncia de programas de perman&ecirc;ncia estudantil e evas&atilde;o escolar.

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Ap&oacute;s assembleia realizada nesta &uacute;ltima quinta-feira (13/5), os professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) decidiram paralisar as atividades acad&ecirc;micas remotas na pr&oacute;xima quarta-feira (19). De acordo com a Associa&ccedil;&atilde;o dos Docentes da Uneb (Aduneb), o protesto &eacute; contra o Projeto de Lei (PL) que obrigar&aacute; o retorno das aulas presenciais em escolas e universidades p&uacute;blicas e particulares.

Na assembleia, a Aduneb &nbsp;tamb&eacute;m aprovou atividades de mobiliza&ccedil;&atilde;o, nas cidades em que est&atilde;o localizados os 24 campi da universidade, para dialogar com a sociedade. Entre as a&ccedil;&otilde;es previstas est&atilde;o a utiliza&ccedil;&atilde;o de carros de som, fixa&ccedil;&atilde;o de faixas, spots e entrevistas em r&aacute;dios e a ocupa&ccedil;&atilde;o das redes sociais com publica&ccedil;&otilde;es e compartilhamento de pe&ccedil;as gr&aacute;ficas. Al&eacute;m da institui&ccedil;&atilde;o baiana, a paralisa&ccedil;&atilde;o por 24 horas dever ocorrer tamb&eacute;m por v&aacute;rias universidades p&uacute;blicas em todo o pa&iacute;s.

PROJETO DE LEI

O PL citado na assembleia foi aprovado na C&acirc;mara dos Deputados em regime de urg&ecirc;ncia no dia 20 de abril, e agora tramita no Senado. A proposta torna a educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica e a superior servi&ccedil;os essenciais, ou seja, que n&atilde;o podem ser interrompidos durante a pandemia.&nbsp;

&quot;Atravessamos o pior momento da pandemia. A trag&eacute;dia tem mais de 430 mil mortes e a vacina chega a conta-gotas. Diante desse cen&aacute;rio, um PL genocida que tem como objetivo atender aos interesses econ&ocirc;micos dos empres&aacute;rios da educa&ccedil;&atilde;o privada, quer colocar em risco todas as comunidades acad&ecirc;micas do pa&iacute;s, nossos familiares e, consequentemente, toda a sociedade. Retorno presencial, nesse momento, significar&aacute; aumento da taxa de cont&aacute;gio, mais mortes, lota&ccedil;&atilde;o das U.T.I.s e caos generalizado&quot;, afirma a coordenadora da Aduneb, Nillza Martins.&nbsp;

A professora Ir&ecirc; Oliveira, tamb&eacute;m coordenadora da AdUneb, esclarece tamb&eacute;m que docentes e servidores t&eacute;cnicos das universidades continuaram a trabalhar, desde o in&iacute;cio da pandemia, mas de forma remota. &quot;Desejamos muito voltar &agrave;s aulas presenciais. Por&eacute;m, nesse momento, o essencial &eacute; a vida. O retorno precisa ser com total seguran&ccedil;a, com as estruturas das institui&ccedil;&otilde;es de ensino adequadas &agrave;s normas sanit&aacute;rias, sobretudo nas universidades e escolas p&uacute;blicas. Defendemos o retorno somente a partir da imuniza&ccedil;&atilde;o de toda a comunidade acad&ecirc;mica&quot;, ressalta.

Nesta sexta (14) a coordena&ccedil;&atilde;o do sindicato participa de uma reuni&atilde;o para discutir a&ccedil;&otilde;es, caso o PL seja sancionado. Uma nova assembleia de professores deve ocorrer na pr&oacute;xima quinta (20).

LEIA MAIS:<a href="https://aratuon.com.br/noticia/cidade/corte-na-educacao-faz-ufba-diminuir-orcamento-praticado-ha-11-anos-e-correr-risco-de-fechar-em-2021" target="_blank"> Corte na educa&ccedil;&atilde;o faz UFBA diminuir para or&ccedil;amento praticado h&aacute; 11 anos e correr risco de fechar em 2021</a>

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