A Promotoria de Direitos Humanos do Minist&eacute;rio P&uacute;blico de S&atilde;o Paulo abriu inqu&eacute;rito para investigar suspeita de apologia ao nazismo feita, no podcast Flow, pelo apresentador e influenciador digital Bruno Aiub, conhecido como Monark. No entendimento dos promotores, ele defendeu a &quot;cria&ccedil;&atilde;o de um partido nazista&rdquo; durante entrevista com os deputados federais Kim Kataguiri (DEM-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP).

Na portaria do inqu&eacute;rito consta que o apresentador, s&oacute;cio da produtora Flow Podcast, afirmou, na entrevista que foi ao ar nessta ter&ccedil;a-feira (8/2), que &ldquo;a esquerda radical tem muito mais espa&ccedil;o que a direita radical, na minha opini&atilde;o. Eu sou muito mais louco que todos voc&ecirc;s. Acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido&rdquo;.&nbsp;

Segundo os promotores Anna Trotta Yaryd e Reynaldo Mapelli J&uacute;nior, que assinam o pedido de abertura de investiga&ccedil;&atilde;o, &ldquo;houve expressa defesa da cria&ccedil;&atilde;o de um partido nazista, como se este partido fosse decorr&ecirc;ncia do direito &agrave; liberdade de express&atilde;o&rdquo;.

No texto da portaria, eles destacam que est&aacute; impl&iacute;cito no discurso do apresentador a viol&ecirc;ncia contra diversos grupos. &ldquo;A cria&ccedil;&atilde;o de um partido nazista representa, em s&iacute;ntese, a cria&ccedil;&atilde;o de um partido pol&iacute;tico feito para perseguir e exterminar pessoas, notadamente judeus, mas tamb&eacute;m pessoas com defici&ecirc;ncia, LGBTQIA+ e outras minorias.&rdquo;

Ap&oacute;s intimados, o Flow Podcast e o apresentador Bruno Aiub ter&atilde;o 30 dias para apresentar informa&ccedil;&otilde;es sobre os fatos e sobre a constitui&ccedil;&atilde;o societ&aacute;ria da produtora que produz e veicula o conte&uacute;do.

OUTRO LADO

Segundo nota divulgada nessa ter&ccedil;a-feira, os Est&uacute;dios Flow informaram que o epis&oacute;dio do podcast (arquivo digital de &aacute;udio transmitido pela internet) foi retirado do ar e o apresentador foi desligado da produtora. Em v&iacute;deo, tamb&eacute;m divulgado na noite de ontem, Igor Coelho, que &eacute; s&oacute;cio de Aiub, anunciou vai comprar a participa&ccedil;&atilde;o do apresentador nos est&uacute;dios, encerrando a liga&ccedil;&atilde;o de Monark com a empresa.

No comunicado, os Est&uacute;dios Flow afirmam ainda ter compromisso com a democracia e os direitos humanos, lamentando o ocorrido. &ldquo;Pedimos desculpas &agrave; comunidade judaica, em especial e a todas as pessoas, bem como repudiamos todo e qualquer tipo de posicionamento que possa ferir, ignorar ou questionar a exist&ecirc;ncia de algu&eacute;m ou de uma sociedade.&rdquo;

Bruno Aiub divulgou um v&iacute;deo em seu canal no Twitter em que diz que errou, pede desculpas e afirma que estava &ldquo;muito b&ecirc;bado&rdquo; na ocasi&atilde;o.

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Caso Monark: Ministério Público vai investigar apresentador e produtora por apologia ao nazismo