O cantor baiano Jeremias Gomes pode dizer que nasceu no reggae. Filho de um dos maiores expoentes do g&ecirc;nero,&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/cultura/edson-gomes-o-rei-do-reggae-brasileiro-que-encanta-a-bahia" target="_blank">Edson Gomes</a>, desde cedo ele participava dos shows do pai e, nos &uacute;ltimos anos, tem buscado unir esta heran&ccedil;a musical a uma identidade pr&oacute;pria nos palcos.&nbsp;

No dia 18 de janeiro (s&aacute;bado), Jeremias Gomes <a href="https://aratuon.com.br/cultura/jeremias-gomes-faz-show-de-lancamento-de-projeto-audiovisual-na-concha-acustica" target="_blank">comanda o Baile do Rasta</a>, que acontece na Concha Ac&uacute;stica do Teatro Castro Alves, a partir das 18h. O evento, que marca o lan&ccedil;amento de um projeto audiovisual gravado no Parque da Cidade de Salvador,&nbsp;vai contar com a participa&ccedil;&atilde;o de Edson Gomes, Nengo Vieira, Edy Vox, Ad&atilde;o Negro e H&eacute;lio Bentes, vocalista da banda Ponto de Equil&iacute;brio, al&eacute;m da abertura do DJ Ras Seles. Os ingressos est&atilde;o &agrave; <a href="https://bileto.sympla.com.br/event/101707/d/294289/s/2004501?share_id=1-copiarlink" target="_blank">venda na plataforma Sympla</a>.&nbsp;

Na entrevista a seguir, o artista fala sobre o Baile do Rasta, destaca a necessidade de mais casas de show em Salvador e afirma que seu papel no reggae &eacute; ampliar as possibilidades e alcan&ccedil;ar cada vez mais pessoas. Confira:

<h3>Voc&ecirc; est&aacute; praticamente organizando um festival de reggae na Concha Ac&uacute;stica, com a participa&ccedil;&atilde;o de grandes nomes do g&ecirc;nero. Acha que Salvador est&aacute; precisando de mais eventos de reggae de grande porte?</h3>

Sim, acredito que Salvador tem muito potencial para receber mais eventos de reggae. A cidade tem uma conex&atilde;o hist&oacute;rica e cultural muito forte com o g&ecirc;nero. O reggae faz parte do cotidiano do povo e das periferias. Salvador tem todas as condi&ccedil;&otilde;es de criar um circuito de reggae mais robusto. Precisamos de mais eventos de grande porte que coloquem o reggae no centro das aten&ccedil;&otilde;es.

<h3>No Baile do Rasta, voc&ecirc; vai receber convidados como Edson Gomes, Nengo Vieira, H&eacute;lio Bentes (da banda Ponto de Equil&iacute;brio), Edy Vox e a banda Ad&atilde;o Negro. Como ser&aacute; esse encontro de gera&ccedil;&otilde;es?</h3>

Olha, esse encontro de gera&ccedil;&otilde;es &eacute; algo muito importante para mim e cheio de significado para a cena do reggae. Tenho certeza de que ser&aacute; um momento hist&oacute;rico, porque todos esses artistas que v&atilde;o dividir o palco comigo s&atilde;o pessoas que admiro profundamente e acompanho h&aacute; muitos anos. S&atilde;o minhas refer&ecirc;ncias, artistas de n&iacute;vel nacional. Para mim, &eacute; um privil&eacute;gio poder cantar junto com grandes nomes que ajudaram a construir a hist&oacute;ria do reggae no Brasil, como meu pai, Edson Gomes, e artistas que continuam levando essa bandeira com for&ccedil;a, como o professor Nengo Vieira, Edy Vox, os meninos do Ad&atilde;o Negro e H&eacute;lio Bentes.

<h3>Voc&ecirc; foi conquistando seu espa&ccedil;o e se tornou um dos principais representantes da nova gera&ccedil;&atilde;o do reggae baiano. Foi dif&iacute;cil fazer essa &lsquo;transi&ccedil;&atilde;o&rsquo; entre ser filho de Edson Gomes e se tornar um artista com identidade pr&oacute;pria?</h3>

Foi dif&iacute;cil, sim, porque o nome do meu pai &eacute; muito grande e forte. Isso faz com que algumas etapas sejam puladas, facilitando em certos aspectos, mas dificultando em outros. Ser filho de Edson Gomes &eacute; um duro privil&eacute;gio, pois ele &eacute; um &iacute;cone do reggae, e sua obra &eacute; refer&ecirc;ncia para todos n&oacute;s. No in&iacute;cio, muita gente me via apenas como &ldquo;o filho do Edson&rdquo;, mas sempre soube que precisava encontrar meu pr&oacute;prio espa&ccedil;o e construir minha identidade musical.

Esse processo foi lento e cheio de trabalho, junto com a minha equipe. Hoje, vejo que essas dificuldades me trouxeram mais bagagem e experi&ecirc;ncia. Agora, me sinto pronto e realizado ao perceber que minha m&uacute;sica est&aacute; chegando &agrave;s pessoas e que meu nome carrega uma mensagem pr&oacute;pria. O legado do meu pai faz parte de mim mas, hoje, meu foco est&aacute; em construir minha pr&oacute;pria trajet&oacute;ria.

<img alt="Jeremias Gomes" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/129527/mg/foto_jeremias_gomes_1200px.jpg" style="width: 852px; height: 480px;" />Evento vai marcar lan&ccedil;amento de audiovisual gravado no Parque da Cidade. Foto:&nbsp;Luciana Nascimento | Divulga&ccedil;&atilde;o

<h3>O ver&atilde;o na Bahia &eacute; conhecido pelo grande n&uacute;mero de eventos carnavalescos, com foco no ax&eacute;, pagode e m&uacute;sicas &#39;para pular&#39;. O Baile do Rasta tem a proposta de incluir mais o reggae como o &#39;estilo da esta&ccedil;&atilde;o&#39;?</h3>

Com certeza! O reggae tem um lugar muito especial no cora&ccedil;&atilde;o dos baianos, e o ver&atilde;o &eacute; o momento ideal para refor&ccedil;ar isso. O Baile do Rasta chega com a proposta de colocar o reggae no centro das programa&ccedil;&otilde;es, mostrando que ele tamb&eacute;m &eacute; m&uacute;sica para dan&ccedil;ar e celebrar. Inclusive, tenho uma m&uacute;sica chamada &ldquo;Dan&ccedil;ando Reggae&rdquo;, que reflete que tudo com o reggae fica mais leve.

Normalmente, n&atilde;o vemos eventos de reggae no ver&atilde;o, ent&atilde;o sinto que o p&uacute;blico acaba ficando sem op&ccedil;&otilde;es para curtir um grande evento do g&ecirc;nero. Estar na programa&ccedil;&atilde;o de ver&atilde;o &eacute; uma forma de equilibrar a diversidade musical que a Bahia oferece e reafirmar o reggae como um estilo que tamb&eacute;m pode fazer parte da esta&ccedil;&atilde;o, ao lado de samba, pagode e ax&eacute;.

<h3>No ano passado, a Concha Ac&uacute;stica recebeu shows de artistas como Julian Marley, Edson Gomes, Ad&atilde;o Negro e Armandinho (do reggae). Na sua opini&atilde;o, a Concha tem se tornado prop&iacute;cio para receber grandes artistas do g&ecirc;nero ou isso reflete uma car&ecirc;ncia de espa&ccedil;os em Salvador?</h3>

Eu vejo dois aspectos. A Concha Ac&uacute;stica &eacute; um palco bonito, democr&aacute;tico e emblem&aacute;tico. Para mim, &eacute; um dos espa&ccedil;os mais m&aacute;gicos n&atilde;o s&oacute; de Salvador, mas de todo o estado e do Brasil. Ela &eacute;, sem d&uacute;vida, prop&iacute;cia para receber grandes nomes do reggae, tanto nacionais quanto internacionais.

Por outro lado, percebo que essa concentra&ccedil;&atilde;o de eventos de reggae na Concha reflete uma car&ecirc;ncia de outros espa&ccedil;os em Salvador com estrutura e respeito equivalentes. Salvador &eacute; vista e promovida como uma cidade da m&uacute;sica, mas n&atilde;o possui muitas casas de shows adequadas para eventos de pequeno, m&eacute;dio e grande porte. Ou voc&ecirc; faz shows em pubs no Rio Vermelho, Barra ou Santo Ant&ocirc;nio para p&uacute;blicos reduzidos, ou organiza eventos para 15 a 20 mil pessoas.

Aproveito para destacar que o reggae sempre esteve pronto para integrar as grades de grandes festivais culturais e eventos p&uacute;blicos da cidade, mas, muitas vezes, acaba sendo deixado de lado. O meu papel no reggae &eacute; ampliar essas possibilidades, fortalecer o movimento e colocar o reggae no lugar que ele merece, porque o g&ecirc;nero tem um p&uacute;blico fiel e apaixonado que merece mais op&ccedil;&otilde;es para curtir nossa m&uacute;sica.

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<h3>Esse show marca o lan&ccedil;amento do audiovisual gravado no Parque da Cidade, que lotou o anfiteatro do local. Como voc&ecirc; avalia este momento da sua carreira?</h3>

Eu avalio esse momento da minha carreira de forma extremamente positiva. Sinto que estamos colhendo os frutos de um trabalho &aacute;rduo. Lotar o anfiteatro do Parque da Cidade foi uma das grandes realiza&ccedil;&otilde;es de 2024, um momento incr&iacute;vel e muito feliz. Hoje, realizar o Baile do Rasta e levar o evento para a Concha Ac&uacute;stica, com convidados especiais &mdash; grandes artistas que eu amo e que fazem parte da minha hist&oacute;ria musical &mdash; tamb&eacute;m foi um marco importante.

O que posso dizer &eacute; que estou vivendo um momento muito gostoso de saborear. Sinto que estou em ascens&atilde;o, com mais pessoas conhecendo minha m&uacute;sica e meu show. Percebo o carinho do p&uacute;blico, quando me encontram na rua ou em outros lugares, me parabenizando e refor&ccedil;ando o apoio ao meu trabalho.

Sem d&uacute;vida, &eacute; um momento muito feliz da minha carreira, que estou curtindo intensamente.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/cultura/jeremias-gomes-faz-show-de-lancamento-de-projeto-audiovisual-na-concha-acustica" target="_blank">Jeremias Gomes lan&ccedil;a projeto audiovisual com show na Concha Ac&uacute;stica</a>

Nesta sexta-feira (19/4), o programa Universo, apresentado por Alex Lopes, será super musical! A atração principal nos estúdios da TV Aratu é a banda Tander, especialista em axé e música baiana.
E não para por aí: na rua, o repórter Ramon Lisbôa entrará ao vivo com Adão Negro, grupo soteropolitano criado em 1996, que ganhou todo o Brasil com muito reggae e baianidade.
Além disso, o Universo de hoje, que foca na agenda cultural de Salvador para este final de semana, terá a participação do Galinho, o galo mais famoso da Bahia.
O programa começa às 12h45, na TV Aratu e no <a href="https://aratuon.com.br/aovivo/">Aratu On</a>.
Programa Universo, na TV Aratu
Exibição: segunda a sexta-feira, às 12h45
Apresentação: Alex Lopes
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Ap&oacute;s uma&nbsp;pausa de dois anos, a cidade de Mata de S&atilde;o Jo&atilde;o, na Regi&atilde;o Metropolitana de Salvador (RMS),&nbsp;volta a celebrar o Senhor&nbsp;do&nbsp;Bonfim. De sexta-feira (3/2) &agrave; pr&oacute;xima segunda (6), o evento re&uacute;ne diversas atra&ccedil;&otilde;es que far&atilde;o cortejo do Centro da cidade &agrave; Igreja do Bonfim.

Entre os nomes confirmados est&atilde;o L&eacute;o Santana, Grupo Pixote, Tiago Aquino, Pablo e Ad&atilde;o Negro.&nbsp;Bandas locais, blocos de rua e grupos culturais&nbsp;tamb&eacute;m animam os foli&otilde;es durante os quatro dias de&nbsp;festa.

O bloco Afro Aluf&aacute; entra no circuito na sexta (3). No s&aacute;bado (4), quem abre a festividade &eacute; o bloco Arrastinho Amigos das Antigas, &agrave;s 16h. J&aacute; no domingo (5), o cantor L&eacute;o Santana comanda o tradicional arrast&atilde;o, ap&oacute;s o cortejo das baianas, com expectativa de p&uacute;blico de&nbsp;40 mil pessoas. Por fim, na segunda-feira (6), quem anima as ruas da cidade &eacute; o irreverente bloco Mo&ccedil;as Baianas.

Tamb&eacute;m est&atilde;o confirmados os blocos que desfilam&nbsp;do&nbsp;centro ao&nbsp;Bonfim. O bloco Afro Aluf&aacute; entra no circuito na sexta. No s&aacute;bado quem abre a festividade &eacute; o bloco Arrastinho Amigos das Antigas, &agrave;s 16h e na segunda-feira, quem anima as ruas da cidade &eacute; o irreverente bloco Mo&ccedil;as Baianas. A&nbsp;festa&nbsp;profana se encerra na segunda-feira ap&oacute;s as atividades esportivas e show de Tiago Aquino. Para conferir a programa&ccedil;&atilde;o completa da&nbsp;festa&nbsp;&eacute; s&oacute; acessar as <a href="http:// facebook.com/festadobonfim" target="_blank">redes sociais</a>,&nbsp;no&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/festadobonfim/" target="_blank">Instagram</a> e no&nbsp;<a href="http://www.festadobonfim.com" target="_blank">site oficial</a>.

SERVI&Ccedil;O

Festa em homenagem ao Senhor do Bonfim - Mata de S&atilde;o Jo&atilde;o 
Quando:&nbsp;de sexta-feira&nbsp;(3/2)&nbsp;at&eacute; segunda-feira (6/2) 
Onde:&nbsp;cortejo do Centro da cidade &agrave; Igreja do Bonfim 
Quanto: gratuito

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/noticia/interior/dois-trabalhadores-morrem-afogados-apos-cairem-em-reservatorio-de-graos-na-bahia" target="_blank">Dois trabalhadores morrem &quot;afogados&quot; ap&oacute;s ca&iacute;rem em reservat&oacute;rio de gr&atilde;os na Bahia</a>

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