A partir de 2 de janeiro, o Pix n&atilde;o ter&aacute; mais limite de valor por transa&ccedil;&atilde;o. O an&uacute;ncio foi feito nesta quinta-feira (1/12), pelo Banco Central, que adiantou que pagamentos de aposentadorias e pens&otilde;es poder&atilde;o ser pagos pela ferramenta.

Os limites de valor ser&atilde;o mantidos apenas por per&iacute;odo: diurno (6h &agrave;s 20h) ou noturno (20h &agrave;s 6h). Em outras palavras, o correntista poder&aacute; fazer uma transa&ccedil;&atilde;o s&oacute;, no valor que ele decidir como limite ndo hor&aacute;rio - antes, ele tinha que fazer diversas transa&ccedil;&otilde;es de valores menores at&eacute; alcan&ccedil;ar o valor.&nbsp;

O BC tamb&eacute;m elevou o limite para as retiradas de dinheiro por meio das modalidades Pix Saque e Pix Troco. O valor m&aacute;ximo passou de R$ 500 para R$ 3 mil durante o dia e de R$ 100 para R$ 1 mil no per&iacute;odo noturno.

As regras para o cliente personalizar os limites do Pix n&atilde;o mudaram. As institui&ccedil;&otilde;es financeiras ter&atilde;o de 24 a 48 horas para acatar a amplia&ccedil;&atilde;o dos limites e dever&atilde;o aceitar imediatamente os pedidos de redu&ccedil;&atilde;o.

Em nota, o BC informou que a atualiza&ccedil;&atilde;o das regras simplificar&aacute; o Pix, al&eacute;m de aprimorar a experi&ecirc;ncia dos usu&aacute;rios, &ldquo;ao efetuar a gest&atilde;o de limites por meio de aplicativos, mantendo o atual n&iacute;vel de seguran&ccedil;a&rdquo;. Quanto ao Pix Saque e ao Pix Troco, o &oacute;rg&atilde;o informou que as mudan&ccedil;as pretendem igualar o Pix ao saque tradicional nos caixas eletr&ocirc;nicos.

A sugest&atilde;o para abolir o limite por opera&ccedil;&atilde;o foi feita no F&oacute;rum Pix de setembro, grupo de trabalho coordenado pelo &oacute;rg&atilde;o e secretariado pela Federa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Bancos (Febraban) que re&uacute;ne as institui&ccedil;&otilde;es participantes do Pix. Segundo o grupo, o valor m&aacute;ximo por transa&ccedil;&atilde;o era pouco efetivo porque o usu&aacute;rio pode fazer diversas opera&ccedil;&otilde;es pelo valor do limite desde que respeite a quantia fixada para o per&iacute;odo diurno ou noturno.

APOSENTADORIA

O BC tamb&eacute;m alterou a regulamenta&ccedil;&atilde;o para o pagamento de sal&aacute;rios e benef&iacute;cios previdenci&aacute;rios pelo governo. O Tesouro Nacional poder&aacute; pagar sal&aacute;rios ao funcionalismo, aposentadorias e pens&otilde;es por meio do Pix. O BC tamb&eacute;m facilitar&aacute; o recebimento de recursos por correspondentes banc&aacute;rios pela modalidade.

Outras regulamenta&ccedil;&otilde;es foram atualizadas. Ficar&aacute; a crit&eacute;rio de cada institui&ccedil;&atilde;o financeira definir os limites para transa&ccedil;&otilde;es em que os usu&aacute;rios finais sejam empresas. A personaliza&ccedil;&atilde;o do hor&aacute;rio noturno diferenciado passar&aacute; a ser facultativa. Al&eacute;m disso, as institui&ccedil;&otilde;es financeiras passar&atilde;o a considerar os limites da transfer&ecirc;ncia eletr&ocirc;nica dispon&iacute;vel (TED) para definir os limites das opera&ccedil;&otilde;es Pix com finalidade de compra. At&eacute; agora, os valores m&aacute;ximos eram definidos com base no cart&atilde;o de d&eacute;bito.

A maioria das regras valer&aacute; a partir de 2 de janeiro. No entanto, os ajustes relacionados &agrave; gest&atilde;o dos limites para os clientes por meio do aplicativo ou do canal digital da institui&ccedil;&atilde;o valem a partir de 3 de julho de 2023.

Desde o lan&ccedil;amento, em novembro de 2020, o Pix tornou-se o meio de pagamento mais usado no Brasil. Com o pagamento da primeira parcela do 13&ordm; sal&aacute;rio ontem (30), o sistema bateu um novo recorde di&aacute;rio de transa&ccedil;&otilde;es. Segundo o BC, foram realizadas 99,4 milh&otilde;es opera&ccedil;&otilde;es Pix em apenas um dia.

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O presidente do Banco Central (BC) do Brasil, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira (11/8) que n&atilde;o &eacute; verdade que os bancos est&atilde;o perdendo dinheiro com o PIX. De acordo com ele, as institui&ccedil;&otilde;es financeiras participaram do desenvolvimento da ferramenta de pagamento. Al&eacute;m disso, as eventuais perdas de receita nas transa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o compensadas pela abertura de novas contas banc&aacute;rias e pela menor circula&ccedil;&atilde;o de papel-moeda.

&ldquo;Eu quero j&aacute; dizer que n&atilde;o &eacute; verdade que os bancos perdem dinheiro com o PIX. Inclusive, a gente deve, em algum momento, soltar algum tipo de estudo mostrando isso. Voc&ecirc; tem uma perda de receita em transfer&ecirc;ncia, mas, por outro lado, novas contas s&atilde;o abertas, novos modelos de neg&oacute;cio s&atilde;o gerados, voc&ecirc; retira dinheiro de circula&ccedil;&atilde;o, o que &eacute; um custo enorme para o banco, voc&ecirc; aumenta a transa&ccedil;&atilde;o, ent&atilde;o o transacional aumenta&rdquo;, disse, em palestra na 32&ordf; edi&ccedil;&atilde;o da Febraban Tech, evento da Federa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Bancos, na capital paulista.

O presidente do BC ressaltou que os bancos entenderam, no processo de constru&ccedil;&atilde;o do PIX, que o sistema seria de &ldquo;ganha-ganha&rdquo;, ou seja, todos os participantes sairiam no lucro, e ajudaram na divulga&ccedil;&atilde;o da ferramenta. &ldquo;O sistema foi constru&iacute;do por todo o sistema financeiro. Os bancos ajudaram muito, botaram propaganda bonita, fizeram um marketing muito bom&quot;, completou.

Campos Neto ressaltou que a inten&ccedil;&atilde;o do BC &eacute; aumentar a participa&ccedil;&atilde;o da sociedade no sistema banc&aacute;rio nacional. &ldquo;A gente quer &acute;bancarizar&rsquo;, a gente quer competi&ccedil;&atilde;o com inclus&atilde;o, n&atilde;o &eacute; sobre se est&aacute; ganhando ou est&aacute; perdendo, todo mundo est&aacute; ganhando&quot;, declarou.

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