O resultado do Carnaval para os bares e restaurantes superou as expectativas, segundo levantamento preliminar da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Em cidades como Salvador, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, o setor faturou 15% a mais do que em 2023. Fatores como as altas temperaturas e a grande movimentação de foliões nos quatro dias de festa podem ter contribuído para o crescimento, aponta a associação.
Em outras capitais do Nordeste, como Natal, no Rio Grande do Norte e São Luís, no Maranhão, houve um aumento de 20% no faturamento em relação ao mesmo período do ano passado.
Mesmo em cidades em que não há festas tradicionais de Carnaval, o cenário foi positivo para muitos estabelecimentos, de acordo com dados da Abrasel. Alguns bares e restaurantes em Curitiba, no Paraná, que se prepararam especificamente para receber consumidores durante o feriado, chegaram a registrar alta de até 20% na movimentação, em comparação a 2023. Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, alguns estabelecimentos chegaram a registrar um aumento de até 10% no faturamento.
"A organização e o planejamento dos eventos, tanto por parte dos governos estaduais quanto municipais, e o investimento em segurança, foram primordiais para atrair os foliões para as ruas, movimentando ainda mais o nosso setor. Essas ações fazem a diferença porque estimulam as pessoas a circularem e, consequentemente, consumirem mais nos bares e restaurantes", afirma Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.
QUEDA NO FATURAMENTO
Em Fortaleza, capital do Ceará, houve uma queda de 30% no faturamento, devido às fortes chuvas que afetaram a cidade durante o Carnaval. Fora da rota da folia, a maioria dos estabelecimentos em Florianópolis, em Santa Catarina, também registraram faturamento menor que o mesmo período em 2023.

A Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em conjunto com o Sindicato de Hot&eacute;is, Restaurantes, Bares e Similares de Salvador e Litoral Norte, entraram com um mandato de seguran&ccedil;a coletivo, contra as proibi&ccedil;&otilde;es de venda de bebidas alco&oacute;licas aos finais de semana e toque de recolher. As medidas foram impostas pelo governo estadual da Bahia, como forma de conter o avan&ccedil;o do novo coronav&iacute;rus.

O mandado de seguran&ccedil;a coletivo foi protocolado no &uacute;ltimo dia 28. A a&ccedil;&atilde;o que foi dada entrada no Tribunal de Justi&ccedil;a do Estado da Bahia, buscando efeito imediato, aguarda resposta da justi&ccedil;a.

&ldquo;Estamos buscando desde mar&ccedil;o do ano passado o di&aacute;logo com o governador Rui Costa para levar nossa contribui&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnica e respons&aacute;vel no enfrentamento da pandemia e n&atilde;o fomos recebidos, nos cabe agora a confian&ccedil;a na justi&ccedil;a para que possamos avan&ccedil;ar e transformar essa realidade ca&oacute;tica que est&aacute; nos sendo imposta&rdquo;, disse o presidente executivo da Abrasel na Bahia, Luiz Henrique Amaral.&nbsp;

O presidente do sindicato, Silvio Pessoa, afirmou quase um milh&atilde;o de pessoas podem ter sido prejudicadas pelas medidas restritivas. &quot;N&atilde;o podemos ter restaurantes que n&atilde;o funcionem a noite, e que n&atilde;o possam vender bebidas alco&oacute;licas nos finais de semana. S&atilde;o quase 1 milh&atilde;o de pessoas que est&atilde;o sendo prejudicadas pelas medidas restritivas impostas pelo governo do Estado. Ent&atilde;o procuramos a justi&ccedil;a, para que ela interceda a nosso favor&quot;, declarou.

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