O idoso de 66 anos que foi resgatado de trabalho an&aacute;logo a escravid&atilde;o em uma resid&ecirc;ncia em Vilas do Atl&acirc;ntico, Lauro de Freitas, foi acolhido na Institui&ccedil;&atilde;o Doces Sonhos, em Port&atilde;o. Ele&nbsp;est&aacute; no local desde &uacute;ltima segunda-feira (5/9).

O encaminhamento foi feito pela Prefeitura de Lauro de Freitas, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania de Lauro de Freitas (SEMDESC).

O idoso, que trabalhava como caseiro, tamb&eacute;m foi encaminhado para receber atendimentos m&eacute;dicos. A assist&ecirc;ncia social da institui&ccedil;&atilde;o ainda est&aacute; providenciando a documenta&ccedil;&atilde;o do homem, como a retirada da 2&ordm; via do RG e CPF, por exemplo.

DENUNCIE

Den&uacute;ncias de trabalho an&aacute;logo a escravid&atilde;o podem ser realizadas no <a href="https://ipe.sit.trabalho.gov.br/#!/" target="_blank">site do Sistema Ip&ecirc;</a>. As den&uacute;ncias podem ser feitas em sigilo, e ajudam as institui&ccedil;&otilde;es a identificar e investigar novos casos.

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O Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Trabalho (MPT) resgatou um homem de 66 anos que trabalhava&nbsp;em condi&ccedil;&otilde;es an&aacute;logas &agrave; de escravos na &uacute;ltima segunda-feira em Vilas do Atl&acirc;ntico, Lauro de Freitas, munic&iacute;pio da Regi&atilde;o Metropolitana de Salvador.&nbsp;O idoso, que vivia num pequeno quarto nos fundos da casa de alto padr&atilde;o sem receber pagamento pelo trabalho, foi retirado do local e est&aacute; sendo atendido por assistentes sociais do munic&iacute;pio e do estado.

As condi&ccedil;&otilde;es insalubres identificadas pela equipe que realizou o resgate, formada por auditores-fiscais do trabalho e um procurador do MPT, com apoio da Pol&iacute;cia Militar, resultaram em graves condi&ccedil;&otilde;es de sa&uacute;de para o caseiro. Ele relatou ter sofrido dois acidentes vasculares cerebrais.

Segundo o MPT, ap&oacute;s ser retirado do cub&iacute;culo em que vivia, ele precisou passar por atendimento m&eacute;dico de urg&ecirc;ncia. O quadro inclui infec&ccedil;&atilde;o urin&aacute;ria e press&atilde;o arterial alta e descontrolada, al&eacute;m da aus&ecirc;ncia de vacinas regulares, inclusive da covid-19. Por causa do quadro de sa&uacute;de delicado, ele foi transferido pela Coordena&ccedil;&atilde;o de Enfrentamento ao Tr&aacute;fico de Pessoas e Combate ao Trabalho Escravo, da Secretaria da Justi&ccedil;a do Estado, para um lar para idosos em Salvador.

Ainda de acordo com o MPT, a equipe de fiscaliza&ccedil;&atilde;o apurou que o idoso realizava regularmente trabalhos dom&eacute;sticos diversos, como limpeza interna e externa e jardinagem. Em seu depoimento, o caseiro informou ter sido v&iacute;tima de viol&ecirc;ncia pela sua empregadora e que tamb&eacute;m sofria agress&otilde;es verbais. Com a formaliza&ccedil;&atilde;o do resgate, ele dever&aacute; receber tr&ecirc;s parcelas do seguro-desemprego especial para v&iacute;timas do trabalho escravo.

Na quinta-feira (8/9), o MPT participa da audi&ecirc;ncia com o empregador do caseiro, que&nbsp;acontece pela manh&atilde; na sede da Superintend&ecirc;ncia egonal do Trabalho (SRT) no Com&eacute;rcio. Na ocasi&atilde;o, os procuradores e os auditores do trabalho v&atilde;o propor ao patr&atilde;o o pagamento das verbas rescis&oacute;rias e de uma indeniza&ccedil;&atilde;o por danos morais.

O empregador ser&aacute; ouvido e ao final dever&aacute; ser proposta a quita&ccedil;&atilde;o das verbas rescis&oacute;rias, que ser&atilde;o calculadas a partir dos depoimentos que indicar&atilde;o o tempo em que a v&iacute;tima trabalhou para os patr&otilde;es. O objetivo &eacute; garantir logo o pagamento de valores que possam garantir a sobreviv&ecirc;ncia do idoso.

Enquanto isso, conforme o MPT, a Coordena&ccedil;&atilde;o de Combate ao Trabalho Escravo dar&aacute; total assist&ecirc;ncia ao idoso. Um inqu&eacute;rito civil foi aberto para investigar o caso. Se n&atilde;o houver acordo, os procuradores poder&atilde;o ajuizar uma a&ccedil;&atilde;o civil p&uacute;blica em busca da repara&ccedil;&atilde;o indenizat&oacute;ria pelos danos causados.

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Morreu, na madrugada desta sexta-feira (12/8), aos 66 anos, o cantor baiano Zelito Miranda. Segundo informa&ccedil;&otilde;es da fam&iacute;lia do artista, ele faleceu devido a um problema pulmonar.

O sepultamento do forrozeiro, natural de Serrinha, est&aacute; marcado para acontecer na tarde desta sexta-feira (12/8), &agrave;s 16h30, no cemit&eacute;rio Bosque da Paz,em Salvador.

O FORROZEIRO

Nascido no munic&iacute;pio de Serrinha, a 175km de Salvador, foi um artista multifacetado. Embora sua intimidade com o tri&acirc;ngulo tenha come&ccedil;ado ainda na inf&acirc;ncia, aos oito anos de idade, Zelito trilhou por v&aacute;rios caminhos, das artes pl&aacute;sticas, ao teatro, ao cinema at&eacute; chegar a m&uacute;sica e ao forr&oacute;.

Come&ccedil;ou na m&uacute;sica na m&uacute;sica &ldquo;um pouco depois&rdquo;, aos 27 anos. Antes, fez parte da cultura alternativa de sua cidade, foi ator por 10 anos, &eacute; escritor e flertou com a MPB, o rock e tocou no Novos B&aacute;rbaros, grupo que fez sucesso nos trios el&eacute;tricos na efervescente d&eacute;cada de 80 na capital baiana.

Gravou o primeiro disco com um repert&oacute;rio daquilo que ele chama de MPN (M&uacute;sica Popular Nordestina) mas os pedidos de shows e grava&ccedil;&otilde;es em forr&oacute; foram, aos poucos, fazendo com que o artista assumisse a heran&ccedil;a de Gonzag&atilde;o como sua carreira.

Dessa influ&ecirc;ncia do rock, da MPB e da experi&ecirc;ncia em trio el&eacute;trico, ficou conhecido como o &ldquo;Rei do Forr&oacute; Temperado&rdquo;, um som que preserva a sonoridade do g&ecirc;nero, mas se permite a novos instrumentos, arranjos e melodias.

Pioneiro nos ensaios do g&ecirc;nero nordestino nas casas noturnas da capital baiana, h&aacute; 26 anos, o &ldquo;Rei do forr&oacute; temperado&rdquo; se dedicou a arte de misturar elementos do mais autentico forr&oacute; p&eacute;-de-serra a o que h&aacute; de mais moderno e cosmopolita.

Com um DVD e 12 Cd&rsquo;s gravados, Zelito Miranda foi o grande anfitri&atilde;o do projeto que levou de janeiro a junho, milhares de pessoas ao Parque da Cidade.&nbsp;

O &ldquo;Forr&oacute; no Parque com Zelito Miranda e convidados&rdquo;, tinha 12 anos e ocorria uma vez por m&ecirc;s, nas manh&atilde;s de domingo, com a participa&ccedil;&atilde;o de v&aacute;rios artistas da m&uacute;sica brasileira. Seu &uacute;ltimo palco foi o Pelourinho.&nbsp; 
&nbsp; 
Zelito faleceu com 40 anos de carreira e mais de 200 m&uacute;sicas no curr&iacute;culo, defendia cultura e a tradi&ccedil;&atilde;o do forr&oacute;.&nbsp;Ele deixa a esposa Telma, maior parceira de sua vida, e as filhas Clarice, que espera a sua primeira neta, e Luiza.

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