Tr&ecirc;s dos seis presos no dia 6 de maio durante a Opera&ccedil;&atilde;o Exceptis, na favela do Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro, ser&atilde;o liberados pela Justi&ccedil;a. De acordo com o desembargador que decidiu sobre a soltura dos suspeitos, houve excesso de prazo desde a pris&atilde;o dos acusados.

A expedi&ccedil;&atilde;o dos alvar&aacute;s de soltura foi determinada nesta &uacute;ltima ter&ccedil;a (1/6), pelo desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7&ordf; C&acirc;mara Criminal do Tribunal de Justi&ccedil;a do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). Patrick Marcelo da Silva Francisco, Max Arthur Vasconcellos de Souza e Vinicius Pereira da Silva ser&atilde;o contemplados pela determina&ccedil;&atilde;o.

Segundo TJ-RJ, o pedido de liminar foi feito pela defesa de Francisco, alegando que o rapaz estaria preso, mesmo sem uma den&uacute;ncia formal.&nbsp; O magistrado estendeu a soltura a outros dois presos, considerando que n&atilde;o foi oferecida den&uacute;ncia.

O trio foi preso em flagrante durante a opera&ccedil;&atilde;o, acusados dos crimes de tr&aacute;ficos de drogas e associa&ccedil;&atilde;o para o tr&aacute;fico. Os tr&ecirc;s tiveram a pris&atilde;o convertida em preventiva no dia 8 de maio, durante audi&ecirc;ncia de cust&oacute;dia.

Nos autos, o desembargador considerou que o excesso de prazo sem ser feita a den&uacute;ncia contra os presos caracteriza constrangimento ilegal.&ldquo;Verifico que o deferimento liminar da ordem &eacute; medida que se imp&otilde;e, diante do constrangimento ilegal por excesso de prazo. Isso porque, ao analisar a documenta&ccedil;&atilde;o apresentada, pude constatar que o paciente e os corr&eacute;us est&atilde;o cautelarmente segregados desde o dia 06/05/2021, sem que tenha sido oferecida den&uacute;ncia, o que j&aacute; ultrapassa em muito o prazo razo&aacute;vel&rdquo;, argumentou Almeida Neto.

A Opera&ccedil;&atilde;o Exceptis foi a opera&ccedil;&atilde;o <a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/geral/operacao-no-rio-de-janeiro-termina-com-25-mortos-passageiros-de-metro-estao-feridos" target="_blank">com maior n&uacute;mero de mortes em confronto entre policiais e traficantes no Rio de Janeiro</a>. A a&ccedil;&atilde;o no Jacarezinho visava combater grupos armados de traficantes de drogas que estariam aliciando crian&ccedil;as para o crime. Segundo a pol&iacute;cia, 28 morreram na ocasi&atilde;o, incluindo um policial.

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Uma for&ccedil;a-tarefa foi criada para investigar as<a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/geral/operacao-no-rio-de-janeiro-termina-com-25-mortos-passageiros-de-metro-estao-feridos" target="_blank"> 28 mortes ocorridos durante a opera&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Civil na favela Jacarezinho</a>, no Rio de Janeiro, conforme anunciou o procurador-geral de Justi&ccedil;a do Rio, Luciano Matos. A informa&ccedil;&atilde;o foi divulgada nesta ter&ccedil;a-feira (11/5).&nbsp;

De acordo com o procurador, o grupo contar&aacute; com o promotor natural do caso, Andr&eacute; Cardoso, al&eacute;m de tr&ecirc;s outros promotores, peritos e t&eacute;cnicos do Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Rio (MP-RJ).

Desde que ocorreu a opera&ccedil;&atilde;o, no dia 6 de maio deste ano, o MP-RJ vem sendo alvo de cobran&ccedil;as por conta da necessidade de uma apura&ccedil;&atilde;o independente sobre a a&ccedil;&atilde;o. O Supremo Tribunal Federal (STF) havia restringido opera&ccedil;&otilde;es policiais durante a pandemia, apenas a situa&ccedil;&otilde;es excepcionais. O procurador, no entanto, afirmou que o &oacute;rg&atilde;o est&aacute; &quot;cumprindo integralmente&quot; a decis&atilde;o da Corte.

ABUSO POLICIAL

Al&eacute;m das mortes ocorridas na a&ccedil;&atilde;o, entre elas a de um policial civil, a investiga&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m ir&aacute; apurar se policiais removeram os corpos para desfazer cenas do crime, o que pode caraterizar fraude processual.&nbsp;

Den&uacute;ncias de torturas contra presos, que teriam sido agredidos e obrigados a carregar parte dos corpos, tamb&eacute;m devem ser apuradas. Segundo representantes do MP, ap&oacute;s a investiga&ccedil;&atilde;o, ser&aacute; poss&iacute;vel fazer um &quot;ju&iacute;zo de valor&quot; sobre o ocorrido.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/interior/com-radio-em-maos-menor-chama-a-atencao-da-pm-e-entrega-arsenal-de-faccao-na-bahia-submetralhadoras-foram-apreendidas" target="_blank">Com r&aacute;dio em m&atilde;os, &quot;menor&quot; chama a aten&ccedil;&atilde;o da PM e &quot;entrega&quot; arsenal de fac&ccedil;&atilde;o na Bahia; submetralhadoras foram apreendidas</a>

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