Vereador é preso em operação contra organização criminosa na Bahia

A Polícia Civil da Bahia deflagrou, nesta quinta-feira (4), uma nova fase da Operação Anátema contra uma organização criminosa na Bahia, resultando na prisão de um vereador do interior do estado e de outras cinco pessoas.

Os mandados de prisão e de busca e apreensão, expedidos pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos de Organização Criminosa de Salvador, foram cumpridos em Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Feira de Santana e Santo Estêvão, além de cidades de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. As diligências continuam para o cumprimento das demais ordens judiciais.

Segundo o diretor do Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DRACO), delegado Fábio Lordello, a deflagração desta etapa precisou ser antecipada após o vazamento de informações sigilosas por veículos de imprensa baianos, o que colocou em risco as ações planejadas.

Operação contra organização criminosa na Bahia

A Operação Anátema – Fase 2 dá continuidade à etapa iniciada em setembro, quando sete integrantes da organização criminosa liderada por Fábio Souza Santos, conhecido como “Geleia”, foram presos.

Foragido do sistema prisional desde 2023, o investigado é apontado como responsável por um núcleo que movimentou mais de R$ 4 bilhões em cinco anos por meio do tráfico de drogas. O avanço de análises financeiras, telemáticas e patrimoniais embasou a ampliação das investigações.

A ação contou com atuação conjunta do DRACO, unidades do Departamento de Polícia do Interior (DEPIN) de Juazeiro, Senhor do Bonfim e Feira de Santana, além das Polícias Civis de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. A operação segue em andamento, e novas informações serão divulgadas conforme evolução das diligências e autorização judicial.

Vereador de Santo Estêvão preso

Em setembro, um vereador de Santo Estêvão, no Recôncavo Baiano, foi preso durante a Operação Anátema, deflagrada pela Polícia Civil. Outro parlamentar também é suspeito de integrar o grupo criminoso especializado em lavagem de dinheiro, cuja movimentação financeira ultrapassa R$ 4,3 bilhões. O esquema atua em pelo menos quatro estados, incluindo a Bahia.

Um dos principais alvos da operação foi um posto de combustíveis em Santo Estêvão, apontado como instrumento de lavagem de dinheiro. Administrado pelo vereador preso, o estabelecimento foi fechado e multado pelas autoridades.

Entre os investigados estão dois vereadores. O de Santo Estêvão teve R$ 18 mil em espécie, além de cheques e contratos, apreendidos no posto vinculado ao esquema. Conforme a investigação, o vereador de Santo Estêvão é irmão de um traficante de alta periculosidade morto em confronto com a polícia em 2017.

Em Jaguarari, um imóvel ligado a outro parlamentar foi alvo de mandado de busca e apreensão, resultando na apreensão de celulares e documentos. 

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