Suspeito de estuprar jovem em corrida por app nega acusações: 'Não aconteceu'

Suspeito de estuprar jovem alegou que alterou o percurso porque a passageira se recusou a usar o capacete

Por Anna Caroline Santiago.

O motociclista identificado como Dejailton, suspeito de estuprar uma jovem de 18 anos durante uma corrida por aplicativo na noite do último domingo (9), negou todas as acusações nesta terça-feira (11). Segundo o relato da vítima, o crime ocorreu após o homem desviar o trajeto da viagem, que tinha como destino o bairro de Cassange, em Salvador.

Suspeito de estuprar jovem em corrida por app nega acusações: 'Não aconteceu'.Foto: Reprodução

De acordo com a Polícia Civil, a vítima, solicitou o transporte por aplicativo no bairro Jardim das Margaridas. O suspeito alegou que alterou o percurso porque a passageira se recusou a usar o capacete devido a uma inflamação na orelha.

“Era para eu pegar a BR, mas por ela estar sem capacete, falei que tinha outro caminho para a gente ir”, afirmou.

A versão dele, no entanto, contrasta com o depoimento da vítima. A jovem relatou que o homem desviou o trajeto e a ameaçou com um revólver antes de cometer o abuso. A defesa da mulher também informou que ela entrou em luta corporal com o suspeito durante a agressão. 

“Isso não aconteceu. Cadê a arma? Não tem como eu ter estuprado ela”, rebateu o motociclista.

Assista à reportagem:

Outro ponto que chama atenção no caso é que, no aplicativo, o nome do condutor aparece como “Emerson”, enquanto o verdadeiro nome seria Dejailton. Segundo ele, a conta utilizada seria alugada porque possui apenas a habilitação provisória.

Após o crime, o suspeito teria obrigado a vítima a subir novamente na moto e finalizou a corrida em Cassange, o destino registrado no aplicativo.

A jovem realizou exame de corpo de delito, mas o resultado ainda não foi divulgado. Dejailton também será submetido a exames e permanece à disposição da Justiça.

Casos de estupro em Salvador 

Stella Maris

No dia 20 de outubro, a Polícia Civil começou a investigar uma denúncia de estupro coletivo contra uma mulher, de 24 anos ocorrido no bairro de Stela Maris, em Salvador. A vítima foi socorrida para uma unidade hospitalar.

Depoimentos foram ouvidos na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam/Casa da Mulher Brasileira), unidade responsável pela apuração do caso. De acordo com a PC, detalhes são mantidos em sigilo, a fim de não prejudicar o andamento das investigações.

Coqueirinho

Em agosto, uma tentativa de estupro contra uma cobradora de ônibus, que não teve o nome divulgado, foi registrada na região do Coqueirinho, em Salvador.

De acordo com nota do Sindicato dos Rodoviários, a funcionária estava a caminho do ponto de apanha, rumo à garagem da G6 Plataforma, quando sofreu a tentativa de estupro.

Foto: Ascom PC

Logo após o crime, que não foi detalhado pelo sindicato, o supervisor da empresa acompanhou a vítima até o Hapvida de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). “A companheira foi atendida por uma psicóloga e, graças a Deus, encontra-se bem fisicamente”, informou a entidade em nota.

Estupro de mulheres atingem recorde em 2024

O Brasil registrou, em 2024, o maior número de feminicídios e estupros de mulheres dos últimos cinco anos, segundo dados do Mapa da Segurança Pública de 2025, divulgado nesta quarta-feira (11) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

De acordo com o levantamento, o país contabilizou 1.459 feminicídios no ano passado — média de quatro mulheres mortas por dia. Trata-se do maior número da série histórica iniciada em 2020. A definição oficial do crime é o assassinato de mulheres “em razão do gênero, em contextos de violência doméstica, familiar, ou por menosprezo e discriminação relacionados à condição do sexo feminino”. O total representa um aumento de 7% em relação a 2020.

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