Quem era Marcelo VIPs, famoso golpista que morreu em Santa Catarina
Façanhas de Marcelo Vips incluíam fingir ser olheiro da seleção brasileira e se passar por repórter para acessar festas exclusivas
Marcelo Nascimento da Rocha, conhecido como "Marcelo VIPs", conhecido por ser um dos maiores golpistas do Brasil, morreu na terça-feira (9) em Joinville, Santa Catarina, em decorrência de cirrose hepática. A morte foi comunicada pelo advogado e amigo do golpista, Roberto Bona Junior.
Natural de Maringá, no norte do Paraná, Marcelo foi sepultado nesta quarta-feira (10) em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
A vida de trapaças e identidades falsas de Marcelo inspirou obras de destaque no cinema nacional. Ele estrelou o documentário "VIPs – Histórias Reais de um Mentiroso" (2010) e foi tema do filme de ficção "VIPs" (2011), no qual foi interpretado pelo baiano Wagner Moura.

Segundo seu advogado, no período anterior à morte, Marcelo estaria em um processo de ressocialização, atuando como produtor de grandes artistas.
Em uma biografia lançada em 2005, o paranaense detalhou sua trajetória no crime, afirmando ter iniciado os golpes aos 14 anos. Aos 18, ele alega ter se tornado piloto do narcotráfico, inventando diversas mentiras paralelamente ao serviço.
Marcelo VIPs ficou famoso por uma série de fraudes e mentiras, sendo uma das mais conhecidas a tentativa de se passar por proprietário da companhia aérea Gol.
Suas façanhas incluíam fingir ser olheiro da seleção brasileira, em Curitiba, e se passar por repórter para acessar festas exclusivas.
Primeira prisão
A primeira prisão por falsidade ideológica ocorreu em Balneário Camboriú (SC), quando se apresentou em colunas sociais como o guitarrista da banda Engenheiros do Hawaii.
Em 2014, Marcelo Nascimento da Rocha somava uma pena de 33 anos de prisão por crimes como associação ao tráfico, roubo de avião, estelionato e falsidade ideológica. Na ocasião, ele já havia sido detido em 12 estados diferentes e contabilizava nove fugas.
A última prisão de destaque ocorreu em 2018, em Cuiabá (MT), durante a 2ª fase da Operação Regressus. Ele foi acusado de fraude processual para progredir de regime, utilizando atestados e certificados falsos, mas foi liberado 40 dias após a prisão preventiva.

Golpistas usam dados reais para criar cobranças falsas da Receita Federal
Criminosos têm utilizado nome, CPF e até endereços reais de contribuintes para montar páginas falsas que simulam cobranças da Receita Federal. A prática, que vem se espalhando em diferentes regiões do país, acendeu um alerta oficial do órgão após o aumento de relatos em unidades de atendimento.
Em períodos de renegociação de dívidas, aumentam as tentativas de golpes financeiros na Bahia e no Brasil e as principais vítimas são pessoas com idade acima de 60 anos, segundo a informações da empresa de proteção financeira Silverguard.
Os golpistas enviam mensagens por WhatsApp, SMS ou e-mail, sempre acompanhadas de um link que leva a um site que imita o visual do Portal Gov.br — com brasões, cores e formatação semelhantes às páginas oficiais.
Para tornar a fraude mais convincente, dados pessoais verdadeiros são inseridos nos documentos falsos.
Receita Federal: órgão não envia cobranças por mensagem.
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