Operação investiga lavagem de dinheiro no setor de combustíveis na Bahia

Ação da Operação Primus apura esquema de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis em Feira de Santana e Conceição do Jacuípe

Por Ananda Costa.

Uma operação da Polícia Civil investiga lavagem de dinheiro no setor de combustíveis na Bahia após o cumprimento de mandados de busca e apreensão, nesta quarta-feira (17), nos municípios de Feira de Santana e Conceição do Jacuípe.

A ação integra a segunda fase da Operação Primus, que apura crimes contra a ordem tributária, com indícios de sonegação fiscal estruturada e ocultação de recursos ilícitos.

Nesta etapa, foram executadas ordens judiciais em seis endereços, cinco em Feira de Santana e um em Conceição do Jacuípe, ligados a pessoas físicas e jurídicas investigadas por lavagem de dinheiro no setor de combustíveis na Bahia. O Judiciário também determinou novos bloqueios e a indisponibilidade de bens relacionados ao grupo suspeito.

As investigações indicam que os envolvidos utilizavam empresas e terceiros para ocultar e dissimular a origem dos recursos, por meio de operações financeiras e patrimoniais consideradas irregulares. Há ainda indícios de vínculos com organizações criminosas, o que amplia a complexidade do esquema apurado.

Segundo os investigadores, o aprofundamento das análises fiscais, contábeis e financeiras permitiu identificar novas irregularidades tributárias, fortalecendo o conjunto de provas e apontando prejuízos significativos aos cofres públicos. As medidas de busca e apreensão têm como objetivo a coleta de documentos, mídias eletrônicas e outros elementos relacionados a fluxos financeiros, patrimônio oculto e possível lavagem de dinheiro no setor de combustíveis na Bahia.

Relembre a Operação Primus, que investiga lavagem de dinheiro no setor de combustíveis na Bahia

Operação investiga lavagem de dinheiro no setor de combustíveis na Bahia. Foto: Tony Silva e Filipe Conceição

A primeira fase da Operação Primus desarticulou uma organização criminosa suspeita de atuar na lavagem de dinheiro, além de adulteração e comercialização irregular de combustíveis. O grupo tinha atuação em dezenas de municípios da Bahia e ramificações nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Durante a ação, foram cumpridas 74 medidas judiciais, incluindo 62 mandados de busca e apreensão e 10 prisões. Ao final da fase inicial, 15 investigados foram denunciados. Também houve a apreensão de 12 veículos e a autorização judicial para o bloqueio e sequestro de mais de R$ 6,5 bilhões em bens, além da manutenção das prisões preventivas.

De acordo com a denúncia, a organização funcionava como braço financeiro e logístico de uma facção criminosa interestadual, utilizando postos de combustíveis e empresas de transporte para lavar recursos provenientes de diferentes atividades ilícitas.

Na época, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), defendeu que o Estado realize mais operações em bairros nobres a fim de combater o crime organizado. O chefe do Executivo baiano citou a Operação Primus, deflagrada no dia 16 de outubro, cujo intuito foi combater um esquema de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. “Fomos mexer onde nós deveríamos mexer que é no andar de cima do crime organizado”, afirmou.

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