Corpo atribuído à Japinha do CV era de um baiano, diz polícia

A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou, nesta terça-feira (4), que nenhum corpo feminino foi encontrado após a megaoperação que deixou 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, no último dia 28. O corpo que vinha sendo apontado como o da “Japinha do Comando Vermelho (CV)”, também conhecida como “Penélope”, pertence, na verdade, a um homem baiano.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o corpo em questão é de Ricardo Aquino dos Santos, de 22 anos, natural da Bahia. Contra ele, havia dois mandados de prisão ativos e registros de antecedentes criminais no estado.

Conhecida como “musa do crime”, a jovem era tida como pessoa de confiança de lideranças da facção. A suposta morte da Japinha ganhou repercussão nas redes sociais após a circulação de imagens que mostravam um corpo com colete tático e roupa camuflada, atingido por disparos de fuzil no rosto.

Também identificada como Maria Eduarda em perfis nas redes sociais, se tornou personagem central nas reportagens sobre a ação, tida como uma das principais integrantes da linha de frente do CV.

Na manhã do dia do confronto, por volta das 9h, supostas mensagens atribuídas a ela foram divulgadas. A jovem fez uma chamada de vídeo de aproximadamente três minutos com a amiga. Durante a conversa, ela afirmou que deixaria o local.

“Oi, não vamos ficar aqui, não. Eles estão em cima de nós. A bala está comendo. Helicóptero tá rodando”, disse. A amiga respondeu: “Fica onde você tá, para de maluquice”. Preocupada, continuou perguntando sobre a segurança da jovem, mas não recebeu mais respostas.

A amiga respondeu pedindo que ela permanecesse onde estava e evitasse riscos, mas não obteve mais respostas.

No domingo (2), um perfil com mais de 450 mil seguidores, apontado como “oficial” de Penélope, publicou vídeos em que a jovem aparece viva, criticando internautas que estariam criando contas falsas em seu nome. Nos vídeos, ela também faz divulgação de apostas online.

Apesar disso, a autenticidade do perfil ainda não foi confirmada. Autoridades e plataformas seguem investigando a proliferação de contas falsas associadas à suposta traficante.