Baianas dadas como desaparecidas estavam presas por furto de chocolate

As irmãs baianas Nathalia Dantas Handan Nunes, de 23 anos, e Nicole Dantas Handan Nunes, de 20, que haviam sido dadas como desaparecidas por familiares, na verdade, estavam presas após serem flagradas roubando chocolates e outros itens em um supermercado de Vitória, no Espírito Santo.

O caso aconteceu na última quinta-feira (25). Amigos das jovens chegaram a compartilhar nas redes sociais pedidos de ajuda para localizá-las, sem saber que elas já estavam detidas. A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) confirmou que Nathalia e Nicole deram entrada no Centro Prisional Feminino de Cariacica na manhã desta sexta-feira (26).

A mensagem compartilhada nas redes dizia que as irmãs haviam sido vistas pela última vez quando saíram para jantar no Restaurante Universitário (RU), no campus de Goiabeiras da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Nathalia é estudante de Estatística e Nicole cursa Economia, na Ufes, conforme informações do G1.

Como ocorreu a prisão

Uma equipe da Polícia Militar, que fazia patrulhamento no bairro Jardim da Penha, foi acionada para verificar o furto. No local, a fiscal patrimonial do supermercado relatou que a Central de Videomonitoramento registrou as jovens escondendo produtos em suas bolsas, sem passarem pelo caixa.

Itens furtados

Segundo o boletim de ocorrência, a dupla levou:

• Rolo adesivo de tirar pelos de roupas

• Pasta de chocolate branco

• Duas pilhas

• Chocolate importado

• Pote de queijo cottage

• Pote de bala

As irmãs foram abordadas pela equipe de segurança no estacionamento, próximo a um caixa eletrônico 24h, com os itens furtados. Elas se ofereceram para pagar pelos produtos, mas o supermercado recusou.

A Polícia Civil informou que as jovens foram conduzidas pela Guarda Municipal à Delegacia Regional de Vitória, autuadas em flagrante por furto qualificado pelo concurso de pessoas e encaminhadas ao Centro Prisional Feminino de Cariacica.

Roubo de carne acaba em morte de tio e sobrinho

Em abril de 2021, o tio e o sobrinho Bruno Barros da Silva, de 29 anos, e Yan Barros da Silva, de 19, foram flagrados furtando pacotes de carne em um supermercado no bairro de Amaralina, em Salvador. No mesmo dia, os dois foram encontrados mortos no porta-malas de um carro, no bairro de Brotas, com sinais de tortura e tiros. De acordo com investigações, os seguranças do estabelecimento teriam entregue as vítimas a traficantes locais.

O caso teve grande repercussão nacional. Treze pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público da Bahia e podem ser levadas a júri popular. Entre elas, oito — incluindo seguranças e traficantes — chegaram a ser presas.

Segundo familiares, Bruno e Yan teriam sido entregues aos traficantes por terem furtado quatro pacotes de carne, totalizando cerca de 20 quilos, e posteriormente se tornaram vítimas de um “tribunal do crime” organizado pelo Comando Vermelho.

 

Operação policial cumpre mandados contra envolvidos nas mortes de tio e sobrinho. pic.twitter.com/8qRC7glK2e

— Aratu On (@aratuonline) June 30, 2021