São Paulo registra menos mortes de idosos por Covid-19, mas há aumento de mortes entre mais jovens
Os cartórios do estado de São Paulo começaram a registrar, no mês de março e agora em abril, queda no número de mortes de idosos por covid-19, principalmente nas faixas etárias já incluídas na campanha de vacinação.
Os cartórios do estado de São Paulo começaram a registrar, no mês de março e agora em abril, queda no número de mortes de idosos por Covid-19, principalmente nas faixas etárias já incluídas na campanha de vacinação. No entanto, houve aumento de óbitos de pessoas mais jovens, entre 20 e 59 anos. Os dados foram apresentados pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen/SP).
Dados do Portal da Transparência do Registro Civil mostraram redução de até 70% no registro de óbitos de pessoas entre 90 e 99 anos, o primeiro grupo de idosos imunizado, com vacinação iniciada no dia 8 de fevereiro. Essa faixa etária representava, em média, 7,1% do total de mortos pela Covid-19 desde o início da pandemia. Em março deste ano, já com os primeiros reflexos da vacinação, as pessoas dessa idade passaram a representar 3% dos óbitos e, nos primeiros dias de abril, 2,1% do total registrado no estado de São Paulo.
Na faixa de 80 a 89 anos, o número de mortes registradas caiu 54%. Esse grupo de idosos, que correspondia a uma média de 20,6% sobre o total de mortos no ano passado, passou a representar 14,5% em março deste ano e 9,5% em abril. A vacinação desse grupo começou no dia 12 de fevereiro.
Entre os idosos de 70 a 79 anos, que receberam a primeira dose de vacina somente no início de março e podem ainda estar aguardando o intervalo para a segunda a redução na taxa de óbitos ainda é pequena, em torno de 3%. Esse grupo, que representava cerca de 25,6% do total de óbitos no ano passado, passou a representar 24,8% em abril deste ano.
"A queda no número de óbitos da população com mais idade anuncia a importância da vacinação no estado, assim como a necessidade de tomar a segunda dose", disse a presidente da Arpen/SP, Daniela Silva Mroz, em nota.
O Portal da Transparência do Registro Civil tem base de dados abastecida em tempo registros de nascimentos, casamentos e óbitos feitos pelos cartórios de todo o país.
MAIS JOVENS
Se, no início da pandemia, o grupo de pessoas com idade entre 60 e 89 anos, era o daquelas que proporcionalmente mais vinham a óbito por causa do novo coronavírus em São Paulo, o quadro começou a mudar em fevereiro deste ano, quando os casos de Covid-19 cresceram exponencialmente no país e sr iniciou a vacinação de idosos.
A faixa de pessoas entre 40 e 49 anos foi a mais afetada pelo aumento no número de falecimentos causados pela nova fase da pandemia. Até janeiro deste ano, essa faixa etária representava 5,4% do total de óbitos causados pela doença. Em fevereiro, o percentual estava em 6,7% e, desde então, só cresceu: em março, pessoas entre 40 e 49 anos correspondiam a 9,92% do total de óbitos por Covid-19 e, nos primeiros dias de abril, a 10,5%das mortes pela doença no estado.
Também muito afetada na segunda onda da doença, a população com idade entre 50 e 59 anos representava, em média, 12,3% do total de mortes pela Covid-19 no primeiro ano completo da pandemia. Em fevereiro, correspondia a 13,4%; em março, a 16,69%, e, nos primeiros dias de abril, a 18,8% do total de mortos, um aumento de 53% no número de óbitos pela doença.
Já os óbitos de pessoas com idade entre 20 e 29 anos, que representavam 0,8% dos falecimentos por Covid-19 em março, em abril, passaram para 1,2% dos óbitos, o que significou crescimento de 40% no número de mortes.
Os óbitos de pessoas entre 30 e 39 anos correspondiam a 3% do total das mortes, mas em abril, passaram para 5%, um crescimento de 69%.
Começando agora a entrar no calendário de vacinação nos municípios paulistas, a população entre 60 e 69 anos continua muito afetada pela pandemia. Até março de 2020, ocorreram nesta faixa etária, em média, 23% dos óbitos por Covid-19 em São Paulo. O percentual vem subindo nos últimos meses, passando para 25,4% em março deste ano e para 27,4% na primeira quinzena de abril, o que representa aumento de 19% nos óbitos causados pela doença.
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