Responsável por maior onda de Covid-19, variante gama some do Brasil; 280 mil óbitos ocorreram no início de 2021
Mais transmissível e patogênica que as demais linhagens que circulavam, um ano depois, a cepa sumiu das amostras genômicas do Brasil, dando espaço agora às variantes delta e ômicron.
Responsável pela maior parte das infecções na segunda onda de Covid-19, quando 280 mil pessoas morreram, entre janeiro e maio do ano passado, a variante gama sumiu do Brasil, conforme publicou o site Uol. Em janeiro de 2021, o Amazonas viveu um colapso hospitalar sem comparação à primeira onda da doença e ela provocou o adoecimento em massa. Segundo a publicação, mais transmissível e patogênica que as demais linhagens que circulavam até então.
Um ano depois, a cepa sumiu das amostras genômicas do Brasil, dando espaço agora às variantes delta e ômicron. De acordo com o site, a conclusão é baseada no banco de dados da Rede Genômica, coordenada pela Fiocruz. Até ontem (12/1), foram colhidas e analisadas 94.188 amostras do SARS-CoV-2 (ou 417 por cada 100 mil casos).
No Amazonas, onde surgiu, a última vez que a variante apareceu em amostras sequenciadas foi em 16 de novembro de 2021. No país, as últimas três amostras de gama foram sequenciadas no início do mês de dezembro —todas do estado de São Paulo.
Segundo a publicação, o virologista da Fundação Oswaldo Cruz Amazônia Felipe Naveca, coordenador do estudo que descobriu a variante em janeiro de 2021, estamos acompanhando a extinção da gama— para ele, já esperado.
"O processo de evolução de um vírus é algo natural, e consequência das mutações que ele acumula ao longo do tempo, desde que esteja infectando hospedeiros. No caso do SARS-CoV-2, esse processo já levou ao surgimento de cinco VOCs [variantes de preocupação]", explica.
As VOCs citadas são cepas mais agressivas ou transmissíveis e são classificadas assim pela Organização Mundial de Saúde desde que apresentem um ou mais de três pontos:
• Aumento da transmissibilidade ou alteração prejudicial na epidemiologia da Covid-19;
• Aumento da virulência ou mudança na apresentação clínica da doença;
• Diminuição da eficácia das medidas sociais e de saúde pública ou diagnósticos, vacinas e terapias disponíveis.
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