Raiva associada à injustiça pode intensificar dor crônica? Entenda
Estudo indica que a percepção de injustiça pode intensificar dor crônica ao influenciar a forma como pacientes lidam com a raiva e o sofrimento emocional
Por Da redação.
Um estudo realizado com mais de 700 pessoas com dor crônica, publicado no The Journal of Pain, aponta que a percepção de injustiça pode intensificar a dor crônica ao agravar sentimentos de raiva, contribuindo para quadros mais intensos, duradouros e com maior impacto funcional.

O estudo foi conduzido por uma equipe liderada pelo neurocientista Gadi Gilam, da Universidade Hebraica de Jerusalém, que identificou quatro perfis distintos de raiva.
A análise, no qual parte dos voluntários foi monitorada por cerca de cinco meses, levou em conta tanto fatores físicos quanto emocionais associados à experiência da dor.
Os resultados indicam que participantes com níveis médios ou elevados de raiva aliados a uma forte percepção de injustiça apresentaram os piores desfechos. Por outro lado, indivíduos com maior capacidade de regular a raiva e lidar com a condição de forma menos ressentida tiveram evolução mais favorável durante o acompanhamento.
Raiva diminui com a idade em mulheres

Um novo estudo publicado pela "The Menopause Society" revela que, à medida que envelhecem, as mulheres tendem a sentir menos raiva. A pesquisa analisou mais de 500 mulheres entre 35 e 55 anos e observou que reações de raiva, agressividade e hostilidade diminuem significativamente entre os 40 e 65 anos. A única exceção foi a raiva reprimida, que não apresentou relação direta com o envelhecimento.
A raiva, definida pela ciência como um sentimento de antagonismo frente a algo ou alguém, pode ser útil como ferramenta de ação diante de ameaças. No entanto, quando frequente e mal gerida, contribui para o estresse e pode impactar negativamente a saúde e os relacionamentos.
Estudos desde a década de 1980 já relacionavam episódios frequentes de raiva em mulheres de meia-idade a problemas como hipertensão, doenças cardíacas e espessamento das artérias carótidas devido à aterosclerose. Além disso, foi observada uma ligação entre sintomas depressivos e raiva durante a transição para a menopausa, especialmente em mulheres que faziam uso de terapia hormonal.
“A saúde mental na transição da menopausa pode ter um efeito significativo na vida pessoal e profissional da mulher. Esse aspecto da perimenopausa nem sempre foi reconhecido”, afirmou Monica Christmas, diretora médica associada da "The Menopause Society".
Saiba o que comer para manter o foco
Vivemos a era das supermentes, um tempo em que somos exigidos a decidir rápido, produzir em alta intensidade e sustentar o foco por longas horas. Líderes, médicos, executivos, criadores e empresários vivem sob uma carga mental altíssima, muitas vezes invisível. O cérebro, nesse contexto, tornou-se o órgão mais exigido e, paradoxalmente, o mais negligenciado.
É justamente aí que a alimentação assume um papel fundamental. Assumir o comando do que seu corpo precisa é nossa autorresponsabilidade, inscrita na fisiologia humana. Não se trata apenas de "comer para ter energia", mas de compreender que cada refeição é um ajuste fino na química cerebral.
O cérebro representa apenas 2% do peso corporal, mas consome cerca de 20% de toda a energia produzida pelo organismo. Sob estresse, essa demanda aumenta e, quando os nutrientes certos não chegam, o resultado é previsível: queda de performance, oscilações de humor, lapsos de memória e perda de clareza mental.
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