Saúde

Projeto de lei obriga comunicação em casos de complicação após peeling de fenol

A morte de um empresário de 27 anos em São Paulo, no último dia 3 de junho, após fazer um peeling de fenol, levantou um alerta sobre os riscos dessa técnic

Por Da Redação

Projeto de lei obriga comunicação em casos de complicação após peeling de fenolCréditos da foto: Redes Sociais

Um projeto de lei (PL 9602/2018) que torna obrigatória a comunicação das complicações em procedimentos estéticos está aguardando apreciação pelo Senado após ser aprovado na Câmara dos Deputados, em dezembro do ano passado.


Segundo o texto, o objetivo é melhorar a qualidade da informação, facilitando o acesso aos dados para prevenir esses casos. A morte de um empresário de 27 anos em São Paulo, no último dia 3 de junho, após fazer um peeling de fenol, levantou um alerta sobre os riscos dessa técnica. O valor do procedimento é de R$ 15 mil a R$ 30 mil.


De acordo com as investigações acerca da morte do empresário Henrique Silva Chagas, ele faleceu cerca de duas horas após realizar o peeling de fenol, na clínica da esteticista Natalia Becker. Chagas teve ferimentos graves no rosto e na garganta, e a suspeita é de que ele sofreu uma reação alérgica, que teria desencadeado um choque anafilático. Segundo informações preliminares, ele não havia sido submetido a exames prévios.


Após o caso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulgou uma nota técnica esclarecendo que o peeling de fenol existe há muitos anos e, por ser um procedimento agressivo e invasivo, é essencial ser conduzido por médicos habilitados, preferencialmente em ambiente hospitalar.


+ Peeling de fenol: conheça o procedimento estético que provoca uma necrose na pele do rosto do paciente


Ainda de acordo com o SBD, o profissional deve ser treinado e especializado, capaz de fazer uma avaliação médica completa do paciente, levando em conta seus fatores de risco e possíveis efeitos adversos. “Como em muitos procedimentos, vemos uma banalização e toda vez que isso ocorre se subestimam os riscos e aparecem casos de complicações”, observa a dermatologista Barbara Miguel, do Hospital Israelita Albert Einstein.


“Infelizmente, as pessoas escolhem o profissional pelo número de seguidores, pelas fotos ‘antes e depois’ cujos resultados nem sempre representam a realidade. Da mesma forma que a internet trouxe acesso à informação, ela também faz tudo parecer muito fácil”, completa.


Por isso, antes de qualquer intervenção clínica ou cosmiátrica, a SBD recomenda procurar a orientação de um dermatologista, que pode avaliar as condições e indicar a melhor abordagem.


“Procedimentos médicos sempre apresentam riscos e complicações potenciais, algumas vezes irreversíveis, que podem ser agravados quando não há uma avaliação completa da saúde e das expectativas do paciente”, frisa a dermatologista.


Com informações da Agência Einstein

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