Saúde

Pesquisa aponta que alimentação mediterrânea ajuda a diminuir doenças do coração

Estudo científico publicado em periódico europeu aponta que dieta rica em frutas, grãos e peixes auxilia na proteção cardiovascular

Por Da Redação

Pesquisa aponta que alimentação mediterrânea ajuda a diminuir doenças do coração
Inserir alimentos como hortaliças, frutas, grãos integrais, castanhas, pescados, lácteos magros e azeite de oliva na alimentação ajuda a saúde do coração. Foi essa conclusão que chegou um estudo científico publicado no periódico "European Journal of Clinical Nutrition". De acordo com a pesquisa, a cultura alimentar das regiões banhadas pelo Mar Mediterrâneo, como Grécia, Espanha e Itália, é rica em alimentos cujo consumo frequente minimiza o risco da hipertensão arterial.
Para chegar aos resultados, foram observados os hábitos alimentares de 1.415 adultos gregos no período de 20 anos. Segundo a nutricionista Evangelia Damigou, uma das autoras da pesquisa, por trás do benefício dessa alimentação mediterrânea está uma mistura de substâncias provenientes dos alimentos, com destaque para minerais como potássio e magnésio, além de compostos conhecidos como polifenóis, que são antioxidantes e anti-inflamatórios.
Declarada como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco, a "dieta mediterrânea" prioriza vegetais, mas tem também opções de origem animal, como lácteos, ovos, peixes e frutos do mar.
BRASIL
Apesar de relacionada com uma região distante, a alimentação mediterrânea pode ser referência para brasileiros, dizem especialistas. "Essa dieta valoriza a produção local e a sazonalidade dos alimentos", diz a nutricionista Amália Almeida Bastos, pesquisadora de padrões alimentares da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).
Por isso, explica Amália, faz todo o sentido seguir o modelo no Brasil utilizando ingredientes acessíveis e que são facilmente encontrados por aqui. Entre as frutas, é possível agregar à alimentação manga, mamão, uva, acerola, jabuticaba, caju, pitanga, goiaba e açaí. “Mas atenção para o consumo do fruto verdadeiro, e não para derivados ultraprocessados, carregados de açúcar e aditivos”, orienta a nutricionista Débora Donio, do Hospital Israelita Albert Einstein
O consumo de abacate também é incentivado pelas nutricionistas. Já o azeite de oliva pode ser trocado por óleos vegetais, segundo Amália, caso o preço elevado do primeiro seja um impeditivo. "No dia a dia, na cozinha, dá para usar óleos de canola, girassol e mesmo o de soja", sugere Amália. Quanto às hortaliças, a dica das nutricionistas é apostar na diversidade e não cair na monotonia.
EXCESSOS
Outra inspiração para os brasileiros dos países mediterrâneos é evitar excessos, seja de ingredientes, seja no tamanho das porções. “Lembrando que a dieta mediterrânea vai muito além do cardápio. Ela engloba atividade física ao ar livre, lazer, descanso, controle do estresse e convívio social, entre outros aspectos”, destaca Amália.
*Com informações da Agência Einstein*
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