Otto Alencar discute com Dra. Nise Yamaguchi na CPI da Covid-19: "de médico audiovisual esse plenário tá cansado"
Os dois, que são médicos, discutiram a questão da Covid-19, a biologia do vírus e os remédios adotados.
O senador Otto Alencar (PSD), que também é médico, confrontou a doutora Nise Yamaguchi, que foi ouvida nesta terça-feira (1/6) durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. Os dois discutiram a questão da doença, a biologia do vírus e os remédios adotados.
A conversa começou quando o baiano questionou as diferenças entre um protozoário e um vírus. A médica tentou responder sobre outros assuntos, mas Otto insistiu. Depois, ele explicou que a hidroxicloroquina é um medicamento para malária, causada por um protozoário, e a Covid-19 é causada por um vírus, precisando de um anti-viral. "A senhora apostou num remédio que poderia dar certo ou não. Mas a ciência não admite isso", criticou.
"De médico audiovisual esse plenário tá cansado. De alguém que viu, ouviu e não leu, não se aprofundou, não tem estudado. A senhora não sabe qual foi a primeira manifestação da Covid no mundo e não podia de jeito nenhum estar debatendo esse assunto que não é do seu domínio. Isso não é honesto, doutora", reclamou.
Nise tentou falar sobre os pacientes que tratou com o medicamento, mas Otto seguiu o confronto, pedido que dissesse nome, endereço e documentos de cada um deles. "Como é que a senhora, com a resposabilidade que tem, diz que tratou trezentos e setenta e tantos pacientes sem comprovar que tratou? Isso é leviano, doutora", disse.
Em outros momentos, o advogado da médica falava com ela, fazendo com que o baiano pedisse de volta a atenção. "A senhora não sabe nada de infectologia. Nem estudou, doutora? a senhora foi aleatória, mesmo, superficial. Me perdoe, eu não queria nem constranger a senhora", continuou o senador.
Em outro trecho, o político falou sobre um "gabinete paralelo" que ajudaria o Ministério da Saúde. "A senhora não estava preparada para integrar esse gabinete paralelo, tanto quanto os outros que participaram, curiosos, advogados, empresários". "Que bom, né?", brincou ela, que já havia negado fazer parte dessa iniciativa.
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