OMS diz que transmissão da Covid-19 por assintomáticos parece ser "rara"
OMS diz que transmissão da Covid-19 por assintomáticos parece ser "rara"
Em entrevista nesta segunda-feira (8/6), a líder técnica da Organização Mundial de Saúde (OMS), Maria van Kerkhove, afirmou que a transmissão da Covid-19 por pacientes que não apresentam sintomas parece ser "rara".
"Temos alguns relatos de países que estão fazendo rastreios de contatos muito detalhados, estão seguindo casos assintomáticos, seguindo contatos e não estão encontrando transmissões secundárias. É muito raro", disse, na ocasião.
Kerkhove explicou que os casos assintomáticos têm sido identificados no rastreio de contatos de pacientes que apresentam os sinais da doença. Ainda de acordo com a líder técnica, em alguns casos, quando uma segunda análise desses casos é feita, descobre-se que os pacientes tiveram, na verdade, sintomas leves.
"Dito isso, nós sabemos que pode haver pessoas que são verdadeiramente assintomáticas e testam positivo no PCR", falou. O exame do tipo PCR é o da "coleta nasal", considerado o "padrão ouro" para diagnóstico da doença.
"Se, de fato, acompanhássemos todos os casos sintomáticos, isolássemos esses casos, rastreássemos os contatos e colocássemos esses contatos em quarentena, haveria uma drástica redução na transmissão. Se pudéssemos nos focar nisso, iríamos nos sair muito bem em termos de suprimir a transmissão", completou Maria.
Contudo, há uma controvérsia. Segundo o diretor do Instituto de Saúde Global da Universidade de Harvard, Ashish K. Jha, muitos pacientes espalham o vírus antes do aparecimento dos sintomas.
TRANSPARÊNCIA
Na oportunidade, a OMS também destacou a importância da transparência em relação aos dados da pandemia no país. A entidade fez um apelo para que o governo brasileiro mantenha o envio de dados detalhados. "O Brasil é um país grande, com uma população muito diversa, com uma população vulnerável, especialmente em zonas urbanas e indígenas e outros", explicou o diretor de operações da organização, Michael Ryan.
Ele afirmou, ainda, que a entidade irá continuar apoiando o Brasil, mas que os dados sobre a pandemia precisam ser transparentes. "Ao mesmo tempo, é muito importante, portanto, que as mensagens sobre transparência e compartilhamento de informação sejam consistentes e que possamos confiar em nossos parceiros no Brasil para fornecer informação para nós", esclareceu Ryan, ressaltando ainda que a população precisa ser informada. "Eles precisam entender onde o vírus está. Precisam administrar o risco", completou.
Para o diretor-geral da OMS, é necessário resolver qualquer "confusão" que exista no Brasil, e que o governo e os estados informem os dados de forma consistente, para que a pandemia possa chegar a um fim "assim que possível". Atualmente, a América é considera o epicentro da Covid-19, com crescimento no número de novos casos e óbitos.
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