Ministro Pazuello diz que testes prestes a vencer podem ter validade estendida; Anvisa irá avaliar
Ministro Pazuello diz que testes prestes a vencer podem ter validade estendida; Anvisa irá avaliar
O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, foi questionado em sabatina na Câmara dos deputados sobre os quase 7 milhões de testes de Covid-19 não utilizados e prestes a vencer. O titular da pasta afirmou que o fabricante já disse que é seguro estender a validade de oito meses para um ano. Segundo o ministro, a validade inicial estabelecida entre empresa e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) era “temporária” e vinculada à emergência de saúde.
A declaração foi dada nesta quarta-feira (2/12), quando o gestor também informou sobre o recebimento, entre janeiro e fevereiro, de 15 milhões de doses da vacina produzida pela AstraZeneca.
São 7 milhões de testes armazenados, sendo que 2,8 milhões venceriam em dezembro e 4 milhões em janeiro. A Agência de Notícias da Câmara ressaltou que o pedido de extensão do prazo ainda está sendo analisado pela Anvisa. Em nota, a Anvisa declarou que a validade foi definida pela própria fabricante do teste, o laboratório coreano Seegene.
O ministro alegou que o armazenamento não decorre de má distribuição, pois os estados estão recebendo os testes conforme a demanda. Pazuello insistiu, porém, em dizer que a principal estratégia do governo é confiar no diagnóstico do médico e, neste cenário, os testes seriam ferramentas complementares. “O ministério aprende todos os dias. O ministério muda o que tiver que mudar todos os dias. Nós não temos medo de mudar, ninguém pode ter medo de mudar", afirmou ele.
Além de aprovar a renovação da validade do produto, a Anvisa terá de dar aval para que os testes estocados sejam usados após os oito meses. Em casos similares durante a pandemia, a Agência aceitou a alteração no registro do produto, mas negou que o estoque fosse esgotado. Ou seja, a validade estendida passou a valer apenas para as próximas importações. Segundo apurou o Estadão, a agência deve dar um tratamento diferenciado ao caso do Ministério da Saúde, exigindo a análise de cada lote do produto encalhado, para ter certeza de que ele segue eficaz e seguro.
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