Saúde

Ministro da Educação diz que volta às aulas não é tema para a pasta resolver; "a lei é clara"

Ministro da Educação diz que volta às aulas não é tema para a pasta resolver; "a lei é clara"

Por Da Redação

Ministro da Educação diz que volta às aulas não é tema para a pasta resolver; "a lei é clara" Isac Nóbrega/PR

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, reconhece que a pandemia do novo coronavírus acentuou a desigualdade educacional no País. "Não é um problema do MEC, mas um problema do Brasil", afirmou em entrevista ao Estadão publicada nesta quinta-feira (24/9).


Ribeiro, porém, foi além. Ele acredita que não faz parte das atribuições do ministério se envolver na reabertura de escolas ou resolver a falta de acesso à internet de alunos que não conseguem acompanhar aulas online. 


"Remanejamos valores para pagamentos de professores e estagiários. São R$ 525 milhões que vamos mandar direto para as escolas públicas. O diretor e sua equipe que vão manejar para comprar insumos, pequenos reparos, tudo para proporcionar que o aluno volte com segurança, incluindo máscaras. Vamos mandar para todas", ressaltou. 


Sobre a situação de Estados e municípios que se sentem abandonados e sem orientação sobre a condução da educação na pandemia, o ministro da Educação foi taxativo. "A lei é clara. Quem tem jurisdição sobre escolas é Estado e município. Não temos esse tipo de interferência. Se eu começo a falar demais, dizem que estou querendo interferir; se eu fico calado, dizem que se sentem abandonados. Agora, nesta semana, vou soltar um protocolo de biossegurança para a escola básica, como já foi feito com universidades". 


"Não temos o poder de determinar. Por mim, voltava na semana passada, uma vez que já superamos alguns itens, saímos da crista da onda e temos de voltar. Mas essa volta deverá ser de acordo com os critérios de biossegurança", acrescentou. 


DISCUSSÕES DE GÊNERO


À frente do MEC há dois meses, Ribeiro, que é pastor presbiteriano, disse que pretende reformular o currículo do ensino básico e promover mudanças em relação à educação sexual. Segundo ele, a disciplina é usada muitas vezes para incentivar discussões de gênero.


"E não é normal. A opção que você tem como adulto de ser um homossexual, eu respeito, mas não concordo", afirmou ele, que atribui a homossexualidade de jovens a "famílias desajustadas".


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