Governo vai pagar piso da enfermagem retroativo a maio depois de protestos do setor
Manifestações aconteceram no 2 de Julho, data do Bicentenário da Independência da Bahia
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta quarta-feira (5/7) que o governo vai pagar o piso nacional da enfermagem, com retroativo desde maio. O anúncio foi feito durante a 17ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília. Em Salvador, manifestações da classe trabalhadora aconteceram durante o Bicentenário do 2 de Julho.
“O governo federal trabalha para a implementação do piso da enfermagem. Vamos implementá-lo no setor público tal como a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), garantindo as nove parcelas previstas para 2023”, afirmou Nísia.
Durante discurso no evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou o pagamento retroativo a maio, mês em que o ministro do STF Luís Roberto Barroso estabeleceu regras para o pagamento do piso aos profissionais que trabalham no sistema de saúde de estados e municípios nos limites dos valores recebidos pelo governo federal.
EM SALVADOR
Em entrevista a TV Aratu, na última quarta (29), Ivanilda Brito, presidente do SindSaúde, contou que um suposto esquema de acordos entre o poder público e a iniciativa privada estaria acontecendo dentro do STF para barrar a verba destinada aos servidores públicos. Um dia depois dos protestos, na sexta (30/6), o STF votou favorável ao destrave da verba e liberação da mesma para os municípios.
Em entrevista a emissoras de rádio, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que algumas falhas no texto da lei atrasaram o repasse do valor para estados e municípios, mas que isso será resolvido.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Lula argumentou que o trabalho da enfermagem precisa ser mais valorizado:
“Tem gente que acha que o salário de uma enfermeira de R$ 4 mil e pouco é caro, mas é preciso que a gente avalie efetivamente o valor do trabalho por aquilo que ele representa na nossa vida. Quem leva as pessoas para tomar banho, quem vai limpar as pessoas, quem dá comida, quem aplica injeção, quem mede a pressão, quem leva ao banheiro é exatamente o pessoal de baixo, que trabalha. E, por isso, esse pessoal tem que ser valorizado”.
* Com informações da Agência Brasil
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