Fazer as refeições mais cedo pode reduzir risco de doenças cardiovasculares, afirma estudo
Pesquisa aponta que pessoas que comem depois das 21h tem probabilidade 28% maior de desenvolver males cardiovasculares do que as que se alimentam antes das 20h
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisa de Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente da França apontou que pessoas que se alimentam pela primeira vez às 9h têm 6% mais risco de desenvolver uma doença cardiovascular do que quem faz o desjejum às 8h.
Já no caso da última refeição do dia, o aumento do risco é de 28% para quem comer depois das 21h, comparando com aqueles que comem antes das 20h. Na pesquisa do instituto, mais de 100 mil pessoas tiveram seus registros alimentares e dados analisados por pesquisadores.
Segundo a nutricionista Serena del Favero, do Hospital Israelita Albert Einstein, os resultados do estudo têm implicações importantes para a vida das pessoas, especialmente considerando os hábitos alimentares modernos.
“Esse estudo é extremamente relevante porque aborda um tema muitas vezes negligenciado da dieta, que são os horários em que as refeições são realizadas e sua sincronização com os ritmos circadianos - a área da nutrição conhecida como crononutrição -, que são essenciais na regulação de várias funções corporais, incluindo o metabolismo cardiovascular”, disse Serena.
Ela reforça que, além das mudanças de horário das refeições, outras alterações na rotina alimentar, como lanches menores e o ato de "beliscar", podem influenciar o relógio biológico e ter impactos na saúde.
JEJUM
De acordo com a nutricionista, a prática que se tornou popular de atrasar ou até mesmo pular o café da manhã pode levar à maior ingestão de alimentos mais tarde, às vezes, de forma menos organizada e mais calórica. Isso pode causar ganho de peso e até obesidade, fatores de risco de doenças cardiovasculares.
CRONUTRIÇÃO
A cronutrição, explica Serena, é um campo que explora como o horário das refeições interage com o relógio biológico do corpo para afetar a saúde e o metabolismo. "Baseia-se na ideia de que não apenas o que você come, mas quando você come, tem impactos significativos na saúde, no bem-estar e na prevenção de doenças", diz a nutricionista.
*Com informações da Agência Einstein
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