Dez maneiras de oferecer apoio emocional para quem enfrenta um câncer
O diagnóstico de câncer não transforma apenas a vida do paciente — também impacta familiares e amigos
Por Bruna Castelo Branco.
O diagnóstico de câncer não transforma apenas a vida do paciente — também impacta familiares e amigos, que muitas vezes se sentem divididos entre o desejo de ajudar e o medo de agir da forma errada. Essa insegurança pode resultar em silêncio ou afastamento justamente no momento em que o paciente mais precisa de acolhimento. Com informações da Agência Einstein.
“É muito importante ficar claro que sobreviver emocionalmente a um câncer é muito mais fácil quando quem está por perto sabe apoiar de forma sensível, prática e respeitosa”, afirma a psico-oncologista Luciana Holtz, fundadora e presidente do Instituto Oncoguia.

Segundo especialistas, atitudes que resgatem a leveza cotidiana, ofereçam ajuda prática, promovam escuta sem julgamentos e respeitem o ritmo do paciente têm impacto significativo no bem-estar de quem está em tratamento. A seguir, confira dez orientações para apoiar de forma efetiva e cuidadosa:
1. Aborde outros assuntos
O tratamento é exaustivo e ocupa grande parte da rotina. “A família e os amigos têm um poder único: revisitar conversas gostosas, as piadas de sempre e a rotina afetiva... Isso não significa ignorar a doença, apenas não deixar que ela ocupe todos os espaços do dia”, diz Holtz.
2. Demonstre presença real
Em vez de dizer “se precisar, me avise”, ofereça ajuda concreta. Pergunte se pode acompanhar consultas, exames ou sessões de tratamento. Auxílios práticos — como fazer compras, buscar crianças na escola ou passear com o cachorro — fazem grande diferença.
3. Pratique a escuta empática
Ouça com atenção e sem rebater. “Seja um bom ouvinte e permita que o indivíduo fale sobre seus medos e suas angústias sem rebater ou questionar. As conversas difíceis são muito importantes nesse momento”, orienta o oncologista Oren Smaletz, do Hospital Israelita Albert Einstein.

4. Seja um porto seguro
As mudanças físicas decorrentes do tratamento podem abalar profundamente a autoestima. Evite minimizar o sofrimento do paciente ou emitir julgamentos. O essencial é demonstrar afeto e segurança: a aparência pode ter mudado, mas o vínculo emocional permanece.
5. Incentive a participação em grupos de apoio
Nesses espaços, pacientes encontram compreensão, informação, acolhimento e um sentimento de pertencimento. Para quem está inseguro, vale se oferecer para acompanhar nas primeiras visitas.
6. Apoie mesmo sem saber o que dizer
Evite o afastamento por insegurança. Frases simples como “sinto muito” ou “não sei o que dizer” transmitem honestidade e acolhimento.
7. Cuide de si também
“Quem quer cuidar do outro precisa se cuidar também”, lembra Smaletz. Manter hábitos saudáveis e atenção à própria saúde é fundamental para continuar oferecendo suporte.
8. Estimule hobbies e momentos de prazer
A rotina do paciente não deve se resumir ao hospital. Incentive atividades que proporcionem leveza, sempre respeitando o nível de disposição e o desejo da pessoa.

9. Evite comparações
Cada organismo responde de forma única ao câncer e ao tratamento. Comparações, mesmo bem-intencionadas, podem gerar desconforto e pressão.
10. Lembre-se: você não é o paciente
Evite frases como “sei como você se sente” se nunca viveu situação semelhante. Da mesma forma, não recorra à positividade forçada — o mais importante é deixar claro que estará presente independentemente do que acontecer.
Tratamento de câncer na Bahia
A Bahia irá fabricar quatro medicamentos biológicos para tratamento oncológico e de doenças raras, através da Bahiafarma (Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico). A aprovação dos projetos e o resultado da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) foram apresentados durante a reunião do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (GECEIS), realizada no Einstein Hospital Israelita, em São Paulo, nesta segunda-feira (24), da qual participou o governador Jerônimo Rodrigues.

“Esse investimento do Governo Federal atrai a indústria farmacêutica e fortalece a produção de medicamentos aqui na Bahia. Com isso, poderemos ampliar a oferta do SUS com produtos fabricados no nosso estado, na indústria brasileira”, afirmou o chefe do Executivo baiano.
Na PDP, foram aprovadas as fabricações do Bevacizumabe, indicado para tratamento de degeneração macular e neoplasias como câncer colorretal, pulmão, renal, colo do útero, epitelial de ovário e mama; do Eculizumabe, para tratamento da Hemoglobinúria Paroxística Noturna - HPN (doença rara); do Nivolumabe, indicado para pacientes com melanoma avançado e Câncer de Pulmão de Células Não Pequenas (CPCNP); e do Pertuzumabe, para tratamento de câncer de mama inicial e câncer de mama metastático.
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