Saúde

Após entrevista de Mandetta, Weintraub diz que médico projetou 4 milhões de mortes no Brasil; "pânico grande"

Após entrevista de Mandetta, Weintraub diz que médico projetou 4 milhões de mortes no Brasil; "pânico grande"

Por Da Redação

Após entrevista de Mandetta, Weintraub diz que médico projetou 4 milhões de mortes no Brasil; "pânico grande" Fábio Pozzebom/Agência Brasil

O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, atacou o ex-chefe da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em um vídeo publicado nesta sexta-feira (25/9) nas redes sociais. Durante entrevista, o médico disse que havia entregado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) um relatório informando 180 mil mortes por Covid-19, mas o gestor teria se negado a intervir.


Weintraub, que é apoiador de Bolsonaro, defendeu o presidente. "Não foi isso que eu ouvi, não foi isso que eu presenciei e tinha mais gente de sala", disse o aliado. "O cenário que ele passou pra mim na época era absolutamente caótico, ele descrevia que as mortes seriam entre 2 a 4 milhões de brasileiros. A população brasileira iria encolher esse ano, porque além das mortes que normalmente acontecem, cerca de 1 milhão, ainda teriamos de 2 a 4 milhões de mortes. Dois milhões se fizéssemos tudo certo", começou o ex-ministro da Eduação.


Nas redes sociais, ele alega que Mandetta teria piorado a situação, mas não rebate a acusação de que o presidente ignorou o panorama. "O pânico que ele gerou foi grande. Eu nunca ouvi dizer que o presidente defender que houve uma química da China, que foi uma coisa montada em laboratório, também nunca vi isso. O que eu vi foi o Mandetta dizendo que ia morrer tanta gente que a gente não ia conseguir retirar os corpos das casas", acusou.


Sobre o cenário atual, Weintraub minimizou os mais de 4,5 milhões de casos e quase 140 mil mortes, dados do boletim divulgado pelo governo na noite de quinta-feira (24/9). "Infelizmente tem gente morrendo, mas ta longe do cenário que ele descreveu", amenizou.


O ex-ministro ainda acusou Mandetta de ter ignorado a sugestão da cloroquina, medicamento que, até agora, não comprovou ser eficaz em nenhum tratamento contra o coronavírus, mas é chamado de "solução" por Weintraub. "Quando apareceu a solução, o tratamento da cloroquina, ele se recusou a conversar e discutir o caso".


Por fim, o ex-titular da pasta ainda defendeu o senador Flávio Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, sobre possíveis intervenções no ministério da Saúde na gestão Mandetta. "Eu tinha um ministério tão grande quando o saúde e em momento algum houve pressão", declarou.


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