Alimentos contaminados aumentam casos de Doença de Chagas; Sesab emite alerta
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, atualmente a maioria dos casos (cerca de 70% deles) é transmitido de forma oral.
Créditos da foto: ilustrativa/PexelsUm alerta emitido, no primeiro semestre deste ano, pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado da Bahia (Divep), chama a atenção de profissionais do setor e da Assistência à Saúde, quanto ao aumento do risco de transmissão da doença de Chagas (DC) e ocorrência de casos da enfermidade.
A transmissão da doença acontece pelas fezes do inseto conhecido, popularmente, como "barbeiro", depositadas sobre a pele da pessoa, enquanto o bicho suga o sangue da vítima. A picada provoca coceira, facilitando a entrada do trypanossoma, parasita causador da doença, no organismo, deixando a pessoa infectada.
TRANSMISSÃO ORAL
A doença que, por algum tempo, direcionou maior preocupação para moradores de zona rural ou habitantes de residências com instalações precárias, passou a fazer parte da realidade de outras populações. É sabido que o contágio é feito, também, de forma oral, através do consumo de alimentos contaminados.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, atualmente a maioria dos casos (cerca de 70% deles) é transmitido dessa forma. As principais são através do açaí e do caldo de cana, a popular garapa. Esse meio de contaminação, provavelmente, justifica um aumento de casos e da preocupação da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).
No alerta divulgado pelo Divep, o órgão recomenda às secretarias de saúde municipais a repassarem as informações para conhecimento e alerta aos profissionais da sua rede de atenção. De acordo com a Divep, cada município, deve anotar os casos suspeitos, em ficha específica (Sistema de Notificação de Agravos de Notificação - SINAN), informando sobre a história epidemiológica do paciente e demais observações levantadas.
É importante, alerta a Divep, identificar na notificação, o Local Provável de Infecção (LPI), informação considerada fundamental para direcionar as medidas de prevenção e controle da doença de Chagas.
Em 2023, na Bahia, até o dia 6 de maio, publicou a Divep, foram registrados oito casos como confirmados no SINAN de Doença de Chagas Agudo (DCA) . Desses, houve confirmação diagnóstica após investigação de cinco casos e um óbito, representando uma letalidade de 20%.
SOBRE A DOENÇA
Embora seja uma enfermidade conhecida há mais de um século, com prevenção, diagnóstico e tratamento disponíveis, continua sendo uma doença de populações negligenciadas, com elevada carga de morbimortalidade, adverte a Divep.
Nos casos suspeitos de DCA, o indivíduo pode ser assintomático ou apresentar febre persistente, por mais de sete dias, com algumas manifestações clínicas, entre elas: edema de face ou membros, inflamação dos gânglios linfáticos, dores no corpo, diarreia, vômito, cardiopatia aguda, hemorragias e icterícia.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
A Sesab, através do alerta divulgado pela Divep, lista algumas medidas de prevenção ao contágio da DC, que estão intimamente associadas à forma de transmissão da doença.
Para a transmissão direta, salienta que é fundamental instituir práticas de manejo sustentável do ambiente, de higiene, e medidas adequadas em locais com infestação e melhoria nas condições de moradia.
Quanto à transmissão oral, as principais medidas são:
• Intensificar ações de vigilância sanitária e inspeção, em todas as etapas da cadeia de produção de alimentos com risco de contaminação, com atenção especial ao local de manipulação de alimentos;
• Instalar a fonte de iluminação longe dos equipamentos de processamento de alimento, para evitar a contaminação acidental por vetores atraídos pela luz;
• Realizar ações de capacitação e assessorias voltada a estabelecimentos, manipuladores de alimentos, profissionais de informação, de educação e de comunicação.
• Realizar ações de educação em saúde às populações em todo o território baiano. Os agentes de saúde são fundamentais nessas atividades de educação continuada.
LEIA MAIS: Baixa procura da vacina contra o HPV aumenta risco de câncer do colo de útero, no Brasil
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para (71) 99940 – 7440. Nos insira nos seus grupos!
A transmissão da doença acontece pelas fezes do inseto conhecido, popularmente, como "barbeiro", depositadas sobre a pele da pessoa, enquanto o bicho suga o sangue da vítima. A picada provoca coceira, facilitando a entrada do trypanossoma, parasita causador da doença, no organismo, deixando a pessoa infectada.
TRANSMISSÃO ORAL
A doença que, por algum tempo, direcionou maior preocupação para moradores de zona rural ou habitantes de residências com instalações precárias, passou a fazer parte da realidade de outras populações. É sabido que o contágio é feito, também, de forma oral, através do consumo de alimentos contaminados.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, atualmente a maioria dos casos (cerca de 70% deles) é transmitido dessa forma. As principais são através do açaí e do caldo de cana, a popular garapa. Esse meio de contaminação, provavelmente, justifica um aumento de casos e da preocupação da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).
No alerta divulgado pelo Divep, o órgão recomenda às secretarias de saúde municipais a repassarem as informações para conhecimento e alerta aos profissionais da sua rede de atenção. De acordo com a Divep, cada município, deve anotar os casos suspeitos, em ficha específica (Sistema de Notificação de Agravos de Notificação - SINAN), informando sobre a história epidemiológica do paciente e demais observações levantadas.
É importante, alerta a Divep, identificar na notificação, o Local Provável de Infecção (LPI), informação considerada fundamental para direcionar as medidas de prevenção e controle da doença de Chagas.
Em 2023, na Bahia, até o dia 6 de maio, publicou a Divep, foram registrados oito casos como confirmados no SINAN de Doença de Chagas Agudo (DCA) . Desses, houve confirmação diagnóstica após investigação de cinco casos e um óbito, representando uma letalidade de 20%.
SOBRE A DOENÇA
Embora seja uma enfermidade conhecida há mais de um século, com prevenção, diagnóstico e tratamento disponíveis, continua sendo uma doença de populações negligenciadas, com elevada carga de morbimortalidade, adverte a Divep.
Nos casos suspeitos de DCA, o indivíduo pode ser assintomático ou apresentar febre persistente, por mais de sete dias, com algumas manifestações clínicas, entre elas: edema de face ou membros, inflamação dos gânglios linfáticos, dores no corpo, diarreia, vômito, cardiopatia aguda, hemorragias e icterícia.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
A Sesab, através do alerta divulgado pela Divep, lista algumas medidas de prevenção ao contágio da DC, que estão intimamente associadas à forma de transmissão da doença.
Para a transmissão direta, salienta que é fundamental instituir práticas de manejo sustentável do ambiente, de higiene, e medidas adequadas em locais com infestação e melhoria nas condições de moradia.
Quanto à transmissão oral, as principais medidas são:
• Intensificar ações de vigilância sanitária e inspeção, em todas as etapas da cadeia de produção de alimentos com risco de contaminação, com atenção especial ao local de manipulação de alimentos;
• Instalar a fonte de iluminação longe dos equipamentos de processamento de alimento, para evitar a contaminação acidental por vetores atraídos pela luz;
• Realizar ações de capacitação e assessorias voltada a estabelecimentos, manipuladores de alimentos, profissionais de informação, de educação e de comunicação.
• Realizar ações de educação em saúde às populações em todo o território baiano. Os agentes de saúde são fundamentais nessas atividades de educação continuada.
LEIA MAIS: Baixa procura da vacina contra o HPV aumenta risco de câncer do colo de útero, no Brasil
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para (71) 99940 – 7440. Nos insira nos seus grupos!
