Casos graves de dengue podem causar hepatite e insuficiência renal; conheça os sintomas
Salvador recebeu, na manhã desta quinta-feira (15/2), o primeiro lote da vacina contra a dengue, com 56.493 doses
Após declarar situação de emergência em saúde pública por causa de uma explosão de casos de dengue, o governo do Distrito Federal alerta que casos graves da doença podem levar a quadros como hepatite e até mesmo insuficiência renal. Hoje, Salvador contabiliza 158 casos confirmados de dengue na 6ª semana epidemiológica, entre 31 de dezembro e 10 de fevereiro. O número representa redução de 65% das notificações quando comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 453 casos.
A gravidade, no caso específico da dengue, decorre de uma inflamação causada nos órgãos e da forma como o vírus atua no organismo: o vírus penetra na corrente sanguínea, multiplica-se em diversos órgãos, e substâncias nocivas são formadas no organismo humano – essa fase é chamada de incubação. A fase seguinte – viremia – dura cerca de seis dias e é marcada por febre. Nesta fase, o vírus continua a se multiplicar e os sintomas mais comuns surgem”, alerta a pasta.
O vírus da dengue provoca uma alteração na permeabilidade dos vasos sanguíneos, provocando a perda de líquido denominado plasma, que deveria estar dentro dos vasos e que acaba indo para o interior de cavidades como abdome e tórax e tecido subcutâneo. Por isso, o paciente fica desidratado.
Como o vírus atinge a medula óssea, há quadros de diminuição das plaquetas, o que ocasiona sangramento, sinal de alarme que deve ser tratado com ajuda médica.
TRATAMENTO
A dengue, geralmente, se manifesta por meio de sintomas como febre, dor de cabeça (atrás dos olhos), dores no corpo, fadiga, fraqueza, manchas, erupções e coceiras na pele, e não há medicamento específico para a doença A febre, por exemplo, pode ser controlada com o uso de paracetamol ou da dipirona. O AAS (ácido acetilsalicílico) e os anti-inflamatórios são contraindicados.
Quando a doença se apresenta com sinais de alarme, os sintomas apresentados são: dores fortes na barriga; vômitos persistentes; sangramentos no nariz, boca ou fezes; tonturas e muito cansaço. Nestes casos, a ajuda médica deve ser procurada imediatamente, especialmente para evitar possíveis sequelas.
Em casos graves, é possível que o paciente desenvolva sequelas, principalmente relacionadas ao dano que a doença pode provocar nos órgãos, como hepatite (inflamação no fígado) e insuficiência renal crônica.
Ao primeiro sinal de sintomas, a pessoa com suspeita de dengue deve buscar a unidade básica de saúde (UBS) de referência. As estruturas desses espaços foram adaptadas para realizar hidratação venosa, se necessário. Caso haja sinais mais graves, os pacientes serão encaminhados às unidades de pronto atendimento (UPA) ou a hospitais regionais.
VACINAÇÃO EM SALVADOR
Salvador recebeu, na manhã desta quinta-feira (15/2), o primeiro lote da vacina contra a dengue, com 56.493 doses. A partir de hoje, a capital baiana iniciará o esquema primário de imunização para os pré-adolescentes entre 10 e 11 anos. Com o recebimento de novos lotes, o público será ampliado gradativamente.
São 87.307 pessoas nessa faixa etária. Em dezembro do ano passado, o Brasil incorporou a vacina no SUS, tornando-se o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal. O início da vacinação será às 14h na sede da OAF – Organização de Auxílio Fraterno, que fica na Rua do Queimado, na Liberdade.
A partir de sexta (16), a vacinação acontecerá em 30 unidades de saúde de referência, distribuídas pelos 12 distritos da cidade, das 8h às 16h. Para receber a dose, deve ser apresentado documento de identificação com foto, cartão SUS de Salvador e caderneta de vacinação. Vale destacar que a aplicação será feita somente na presença dos pais ou responsável legal, garantindo um acompanhamento adequado e a segurança das crianças e adolescentes. Para vacinação nas escolas, as crianças deverão portar documento de autorização dos pais e/ou responsáveis.
“A inclusão da vacina da dengue é mais ferramenta de extrema importância no SUS para se evitar casos graves da doença, principalmente óbitos. Com o avanço da imunização, esperamos que a dengue seja classificada como mais uma doença imunoprevenível, mas o enfrentamento contra o mosquito Aedes deverá continuar sendo prioridade de cada cidadão”, disse a secretária de saúde do município e vice-prefeita Ana Paula Matos.
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